13/10/2025

Cairo 2025: paulista é o único brasileiro na equipe de arbitragem do Mundial de halterofilismo

Brasileiro Luis Gustavo observa atleta em mesa de arbitragem durante Mundial de halterofilismo no Cairo | Foto: Alessandra Cabral / CPB

O educador físico paulista Luis Gustavo Corrêa Leite, 45, é o único representante do Brasil na arbitragem no Mundial de halterofilismo do Cairo, no Egito, que acontece até o próximo dia 18. Ele é um dos dois brasileiros que possuem certificação pela categoria internacional 1 da World Para Powerlifting (WPPO), entidade que rege a modalidade em todo o mundo, e que pode atuar na função em Mundiais e Jogos Paralímpicos.

Este é o primeiro Mundial de halterofilismo após os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, quando o Brasil encerrou a participação na modalidade com quatro medalhas, sendo duas de ouro e duas de bronze. No país árabe, o Brasil tem a maior delegação brasileira entre todos os Mundiais, com 16 atletas mulheres e nove halterofilistas homens.

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O primeiro contato de Luis Gustavo com a modalidade aconteceu nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007 e, desde então, já atua com halterofilismo há mais de 15 anos. Tem no currículo arbitragem em Mundiais da modalidade, como em Dubai 2014 e em 2023, e em Jogos Paralímpicos, como Tóquio 2020 e Paris 2024.

“É uma satisfação enorme ser convocado como árbitro. São as principais competições com os maiores atletas do mundo. A experiência que é adquirida em uma competição como essa é grande e, o principal de tudo, é retornar isso ao nosso país. Ajudar a arbitragem que está iniciando ou que está em desenvolvimento a alcançar níveis maiores. Isso ajuda, inclusive, os atletas. Isso porque eles vão encontrar uma arbitragem nas competições nacionais que eles futuramente vão lidar em âmbito internacional. Então, para a gente é uma gratificação por todo o tempo que foi dispensado e toda a qualificação que buscamos nesses anos todos”, afirmou.

Luis Gustavo e Conrado Paiva Brunacci, outro árbitro brasileiro com certificação internacional categoria 1 para atuar no halterofilismo mundial, foram quem traduziram as regras internacionais para a língua portuguesa pela primeira vez para serem aplicadas e competições nacionais e aproximar a atuação brasileira do que estava sendo aplicado no exterior.

“Ao longo destes ano, a forma de avaliação dos movimentos dos atletas é a mesma. O que está sendo refinado são alguns critérios subjetivos, como o tempo de parada que o atleta faz. Então, a ideia é que as avaliações subjetivas sejam cada vez mais objetivas. Fazer com que a regra fique cada vez mais limpa para que seja mais compreensível para treinadores e público espectador do evento”, avaliou.

Para ele, o seu grande “Good Lift” (termo em inglês utilizado no halterofilismo quando a arbitragem valida o levantamento de peso do atleta) na carreira foi ter realizado, durante o período da pandemia, um curso de qualificação de árbitros de halterofilismo de vários países de língua portuguesa, como Timor Leste, Moçambique, Angola, Portugal, entre outros.

“Em 2022, tivemos uma competição de halterofilismo lá na África e Angola conquistou a primeira medalha deles na história da competição. Para mim, foi uma satisfação muito grande em poder perceber que todo o conhecimento que foi plantado lá atrás surtiu frutos logo depois. Foi o resultado de tanta dedicação ao esporte. Acredito que um boa arbitragem eleva o nível técnico do atleta e da competição”, completou.

Patrocínio
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do halterofilismo.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/cairo-2025-paulista-e-o-unico-brasileiro-na-equipe-de-arbitragem-do-mundial-de-halterofilismo/

Postado Pôr Antônio Brito 

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