
Com alta de matrículas na educação especial, especialista destaca necessidades de melhorias estruturais e capacitação docente
O Censo Escolar 2023 registrou um aumento no número de matrículas na
educação especial de 41,6%, conforme dados do Ministério da Educação
(MEC) por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep). Do total, 53,7% são estudantes com deficiência
intelectual, seguido daqueles com Transtorno do Espectro do Autismo
(TEA) com 35,9%. Pessoas com deficiência física, baixa visão,
deficiência auditiva, altas habilidades ou superdotação, surdez,
cegueira e surdo-cegueira aparecem na sequência.
O crescimento no número de matrículas reflete o avanço na inclusão
educacional e a implementação de políticas públicas voltadas para a
acessibilidade e equidade no ensino. No entanto, especialistas destacam
que o aumento deve vir acompanhado de melhorias estruturais, capacitação
docente e adaptação curricular.
“A inclusão vai além da presença em sala de aula. É fundamental
garantir recursos pedagógicos e um ambiente preparado para atender às
necessidades desses alunos”, afirma Wagner Venceslau Dias, diretor
pedagógico do Colégio
Anglo Leonardo da Vinci.
Apesar dos avanços, o diretor ressalta que desafios ainda persistem,
como a falta de infraestrutura adequada em muitas escolas e escassez de
profissionais especializados. Para ele, o apoio governamental e a
conscientização da sociedade são essenciais para um ensino realmente
acessível, sendo necessário investimento contínuo e um compromisso
coletivo para garantir que todos os estudantes tenham as mesmas
oportunidades de aprendizado.
Além disso, o especialista pontua que tecnologias também desempenham
um papel fundamental na integração de alunos com deficiência.
Ferramentas como softwares de leitura, materiais adaptados e comunicação
alternativa ampliam as possibilidades de aprendizagem e podem
transformar a experiência escolar, tornando-a mais dinâmica e acessível.
“Não podemos esquecer que o envolvimento das famílias é outro fator
determinante no desenvolvimento educacional dos alunos. Quando os
responsáveis estão engajados, a inclusão se fortalece e os resultados
são mais positivos. Vejo que ainda temos um longo caminho para que a
educação inclusiva, no Brasil, seja ainda mais eficiente, mesmo com
avanços, e não devemos tratá-la como um favor, mas sim como um direito
garantido a todos”, finaliza o diretor.
O mês de abril carrega datas importantes para essa bandeira, como o
Dia Mundial da Conscientização do Autismo (2), Dia Nacional do Sistema
Braille (8) e Dia Nacional da Educação de Surdos (23).
Fonte https://diariopcd.com.br/2025/04/11/educacao-inclusiva-avancos-e-desafios-na-integracao-de-alunos-com-deficiencia/
Postado Pôr Antônio Brito
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