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Para além de qualquer padrão, a sensualidade feminina prevalece. É isso que o ensaio "Eu continuo mulher", da fotógrafa potiguar Anne Queiroz, de 22 anos, quer mostrar: a beleza e auto-estima de mulheres com deficiência física. A obra entra em exposição nesta nesta quinta-feira, em Natal, e segue aberta ao público até o dia 15 de dezembro.
As fotografias de Anne Queiroz fazem parte da exposição o “Multiverso Fotográfico”, que contempla obras de 23 estudantes de fotografia e começa às 19h na Pinacoteca do Rio Grande do Norte.
De acordo com Anne, o objetivo de seu trabalho, intitulado "Eu Continuo Mulher", é desenvolver a sensualidade de mulheres que possuem algum tipo de necessidade especial. "Quero mostrar que a cadeira de rodas ou alguma má formação não tira a beleza de uma mulher", disse ela, que se prepara para a sua primeira exposição profissional.
Um das modelos é Juline Caroline, de 21 anos, que se tornou cadeirante após levar um tiro de um ex-namorado, há três anos. Ela conta que sempre gostou de fotografia e maquiagem, mas foi sua primeira vez em um ensaio profissional. "Era eu em cima da cama e me maquiando, tirando fotos. Agora estou me sentindo o máximo", disse.
A outra modelo do ensaio é Renata Albuquerque. A recém formada em design de interiores, de 35 anos, possui uma má formação congênita nas mãos e em uma perna. Ela relatou que sentiu medo no início, mas aos poucos foi ganhando confiança e concluiu o trabalho com muita satisfação. "Pude perceber meus pontos fortes, minha sensualidade".
Além do "Eu Continuo Mulher", a exposição contará com mais 22 trabalhos, como o de Meysa Medeiros, que retrata o jovem da periferia potiguar, que é conhecido como "Pinta", além de uma abordagem sobre a indústria da carne, capturadas pelas lentes de Mariana Carolina.
“Multiverso Fotográfico” celebra a conclusão da primeira turma do curso superior de fotografia da Universidade Potiguar (UNP), e tem a coordenação do professor e fotógrafo Henrique José.