02/12/2025

Caminhos para a inclusão: desafios e oportunidades para pessoas com deficiência no Brasil em 2026

Caminhos para a inclusão: desafios e oportunidades para pessoas com deficiência no Brasil em 2026 - OPINIÃO - * Por Valmir de Souza

OPINIÃO

  • * Por Valmir de Souza 

A inclusão de pessoas com deficiência no Brasil em 2026 ainda enfrentará uma série de desafios que refletem barreiras estruturais, sociais e tecnológicas. Apesar dos avanços nas legislações e políticas públicas, a realidade dessas pessoas continua marcada por obstáculos que comprometem sua autonomia e qualidade de vida. Um dos principais desafios é a acessibilidade arquitetônica, que permanece como uma das maiores barreiras para a inclusão. As cidades brasileiras frequentemente apresentam infraestrutura integrada, com calçadas mal conservadas, falta de rampas e ausência de sinalização tátil e sonora em espaços públicos. Esses problemas no transporte e na mobilidade limitam a capacidade das pessoas com diferentes tipos de deficiência de se deslocarem com segurança e dignidade.

Além da questão da infraestrutura, o preconceito e os estigmas sociais persistem. Mesmo com as políticas de inclusão, muitos enfrentam discriminação ao buscar empregos ou participar de atividades sociais, resultando em uma sub-representação no mercado de trabalho. Estima-se que menos de um terço das pessoas com deficiência em idade produtiva trabalhe empregado, o que demonstra como o preconceito velado nas empresas e nas interações diárias limita as oportunidades de inclusão e afeta a autoestima e o bem-estar dessas pessoas. Outro aspecto crítico é a falta de oportunidades de emprego e formação profissional. Apesar da Lei de Cotas, que tem como objetivo promover a contratação de pessoas com deficiência, muitas empresas ainda não estão aprimoradas, preparadas para adaptar suas atividades e ambientes de trabalho. A carência de programas de capacitação acessíveis e a resistência à adoção de práticas inclusivas tornam o mercado de trabalho um desafio para a inclusão real desses indivíduos.

A educação especial e a educação inclusiva são fundamentais para a integração plena, mas muitas instituições de ensino ainda carecem da infraestrutura e da formação necessária para atender seus alunos com deficiência. A ausência de abordagens pedagógicas adaptadas e de recursos como tecnologias assistivas impede que esses estudantes usufruam plenamente do direito à educação de qualidade, limitando suas oportunidades futuras. Quanto ao uso da tecnologia, embora existam ferramentas que poderiam facilitar a inclusão, como leitores de tela e outras tecnologias assistivas, seu acesso muitas vezes é restrito. É vital que essas tecnologias sejam amplamente disponíveis e que haja capacidade adequada para que as pessoas com deficiência possam utilizá-las de forma eficaz.

A falta de serviços e recursos adequados também mostra uma barreira significativa. Existe uma alta demanda por serviços que promovam autonomia e independência, mas a oferta é muitas vezes insuficiente e enfrenta problemas em relação à falta de recursos e à alta procura, dificultando a inclusão social. Por último, a integração de políticas públicas é voltada para a inclusão ainda de cuidado de articulação entre os diferentes níveis de governo. Uma abordagem holística que considere as necessidades específicas desse grupo é essencial para promover a inclusão social e econômica, evitando lacunas e ineficiências que perpetuam a exclusão.

Os desafios que as pessoas com deficiência enfrentarão em 2026 são diversos e complexos, exigindo uma mobilização de esforços coordenados por parte do governo, empresas e sociedade civil. A construção de um ambiente mais inclusivo e acessível é fundamental para garantir que todas as pessoas, independentemente das suas diversidades funcionais ou cognitivas, possam desfrutar de dignidade, autonomia e oportunidades equitativas em todas as áreas da vida. Enfrentar esses desafios depende da conscientização, da educação e da ação coletiva, para construir um futuro onde a inclusão de pessoas com deficiência se torne uma realidade eficaz e vívida para todos.

(*) Valmir de Souza é COO da Biomob, startup especializada em consultoria para acessibilidade arquitetônica, digital e atitudinal; criação e adaptação de sites e aplicativos às normas de acessibilidade; além de atuar na capacitação de pessoas com deficiência para o mercado de trabalho.

Fonte https://diariopcd.com.br/caminhos-para-a-inclusao-desafios-e-oportunidades-para-pessoas-com-deficiencia-no-brasil-em-2026/

Postado Pôr Antônio Brito 

Maravilhas do Brasil: Palácio Tiradentes terá obras de PCD

Mostra “Maravilhas do Brasil” chega ao Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro/RJ, em comemoração ao Dia Internacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A exposição, com entrada GRATUITA, reunirá 57 pintores.

Maravilhas do Brasil: Palácio Tiradentes terá obras de PCD

No dia 3 de dezembro, chegará ao Rio de Janeiro/RJ, no Palácio Tiradentes, a mostra “Maravilhas do Brasil” em comemoração do Dia Internacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Com a entrada GRATUITA, a inauguração da exposição acontecerá às 11h. O PALÁCIO TIRADENTES fica na Rua Primeiro de março, s/n - Praça XV, no Centro da cidade.

A mostra é uma iniciativa da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP) e reunirá 57 pintores. Entre os artistas, 16 moram no Rio de Janeiro. Muitos deles participaram da produção da mostra, que destaca as manifestações folclóricas, pontos turísticos e belezas naturais nacionais.

Durante a inauguração, o público poderá ver 4 artistas produzindo obras inéditas. Dois deles pintam com a boca e dois com os pés. Os pintores estão em processo de finalização dos trabalhos que retratam algumas das maravilhas históricas do Rio de Janeiro.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=be13b8cc-6cf2-4b30-a3c8-9bf344ba4645

Postado Pôr Antônio Brito 

Brasil sediará os Campeonatos Mundiais de futebol de cegos feminino e masculino em 2027

05.05.24 – Desafio amistoso de Futebol de Cegos Brasil X França no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Alessandra Cabral/CPB.

A Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) e a IBSA Football anunciaram no domingo, 30, que o Brasil irá sediar os Campeonatos Mundiais de futebol de cegos feminino e masculino de 2027.

A Confederação Brasileira do Esporte para Deficientes Visuais (CBDV) será o Comitê Organizador Local (COL) de ambos os eventos. Os dois Mundiais serão disputados na cidade de São Paulo, em julho de 2027.

“Sediar novamente o Campeonato Mundial de futebol de cegos, mais de duas décadas depois, é um grande motivo de orgulho para o Brasil. Nosso país é uma referência global no esporte, e trazer este evento para cá mais uma vez demonstra a confiança da IBSA no trabalho que realizamos. Também temos a honra de organizar, pela primeira vez, o Campeonato Mundial feminino em solo brasileiro — um marco histórico para o crescimento e a visibilidade das mulheres no esporte paralímpico. Estamos totalmente comprometidos em oferecer uma competição de nível mundial e proporcionar a melhor experiência possível para atletas, equipes e torcedores”, disse o presidente da CBDV, Helder Araújo.

Fábio Vasconcelos, presidente da IBSA Football, afirmou que “o Campeonato Mundial de Futebol de Cegos da IBSA de 2027, no Brasil, para homens e mulheres, inspirará novas gerações de atletas e atrairá a prática do esporte em todo o país e na região, garantindo um legado social e esportivo de longo prazo e o desenvolvimento contínuo, especialmente do futebol feminino”.

*Com informações da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA)

Patrocínio
A Caixa e as Loterias Caixa são as patrocinadoras oficiais do futebol de cegos.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/brasil-sediara-os-campeonatos-mundiais-de-futebol-de-cegos-feminino-e-masculino-em-2027/

Postado Pôr Antônio Brito 

01/12/2025

Carolina Ignarra é destaque em duas premiações simultâneas de RH

Carolina Ignarra é destaque em duas premiações simultâneas de RH

Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir – consultoria pioneira com a missão de trazer dignidade para pessoas com deficiência por meio da empregabilidade – foi reconhecida simultaneamente por duas importantes premiações do país, na área de Recursos Humanos: o “Top 150 Influenciadores de RH 2025”, do RH Summit, e o “Top 100 Personalidades do RH 2025”, promovido pela empresa TOTVS, por meio da plataforma Feedz. A conquista dupla, anunciada na mesma semana, reforça a importância do tema Diversidade, Equidade e Inclusão em debates sobre acessibilidade, inclusão produtiva e estratégias que aproximem empresas de pessoas com deficiência em todo o país e da construção do futuro do trabalho.

Top 150 Influenciadores de RH do RH Summit


O prêmio Top 150 Influenciadores de RH, promovido pelo RH Summit, um dos maiores eventos de gestão de pessoas do Brasil, reconhece profissionais que impulsionam o setor por meio de práticas inovadoras, liderança e impacto social.

Os indicados são avaliados por uma comissão técnica que considera critérios como: contribuição para o desenvolvimento do setor de RH; engajamento e influência em comunidades, eventos e redes; participação ativa em debates, artigos e projetos relevantes; reconhecimento por pares e organizações do segmento. Além de Carolina Ignarra, outras pessoas com deficiência também foram premiadas: Daniele Avelino, Noah Scheffel, Priscila Siqueira e Vinícius Schmidt

Top 100 Personalidades do RH 2025, da TOTVS

A premiação ‘Top 100 Personalidades do RH 2025’, prêmio da TOTVS, por meio da plataforma Feedz, celebra líderes responsáveis por transformar a gestão de pessoas no Brasil. A premiação reconhece profissionais com atuação de destaque em temas como inovação, diversidade, práticas inclusivas, engajamento e construção de ambientes de trabalho mais humanizados.

O processo de seleção envolve três comissões (Indicação, Destaques e Avaliação). Os critérios incluem atuação, impacto, relevância e profundidade das contribuições. O prêmio destaca quem está moldando o futuro do trabalho no país.

“O Brasil ainda tem na Lei de Cotas o principal incentivo para a contratação de pessoas com deficiência. Nosso trabalho visa que essas oportunidades ocorram de forma intencional e agregam valor estratégico às empresas. Os reconhecimentos recebidos reforçam o orgulho e motivam a mim e à equipe da Talento Incluir a manter ativa a agenda de Diversidade, Equidade e Inclusão nas organizações e na sociedade em geral. Essas premiações evidenciam e refletem nosso compromisso em promover para pessoas com deficiência uma empregabilidade mais equânime, digna e livre de práticas capacitistas”, afirma Carolina Ignarra.

Sobre Carolina Ignarra

Carolina Ignarra é a CEO e sócia fundadora da Talento Incluir – consultoria pioneira com a missão de trazer dignidade para pessoas com deficiência por meio da essa lei empregabilidade. É Top Voice do LinkedIn e está entre as 20 mulheres mais poderosas do Brasil, eleita pela revista Forbes em 2020. Em 2018, foi eleita a melhor profissional de Diversidade do Brasil segundo a revista Veja. Foi uma das mulheres convidadas para NGO CSW Forum, organizado pela Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW) da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2024.


É líder do comitê de inclusão de pessoas com deficiência da ABRH SP, colunista da revista Gestão RH e do Meio & Mensagem (Women to Watch), conselheira da Integrare e da APP (Associação de Profissionais de Propaganda). Já incluiu aproximadamente 9 mil profissionais com deficiência em mais de 800 empresas por todo o Brasil e América Latina.

Também é palestrante em importantes congressos e eventos sobre o tema, como: CONARH 2023, Women to Watch, Women on Top, Gupy Connect, HR Results, Kennoby Talks, CBTD (Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento), RH Congresso.


Autora dos livros: “Manual Anticapacitista” com Billy Saga, “INCLUSÃO – Conceitos, histórias e talentos das pessoas com deficiência” (disponível para download no site da Talento Incluir) e “Maria de Rodas – delícias e desafios na maternidade de mulheres cadeirantes”. É coautora dos livros “Diversidade e Inclusão e suas dimensões” e Diversidade e Inclusão nos Eventos, além de personagem do documentário internacional FIVE, patrocinado pela Mastercard, que conta histórias de mulheres empreendedoras sociais ao redor do mundo. Ver documentário


É cocriadora dos Jogos Cooperativos: “Em tempo” – que propõe a diversidade na prática; “Árvore da Diversidade” – que permite que aos participantes discutam diferentes temas e situações, na busca de soluções coletivas; e “Voo da Inclusão” – desenvolvido para fortalecer o conhecimento sobre atendimento às pessoas com deficiência.

LinkedIn:Carolina Ignarra (clique aqui)

Fonte https://diariopcd.com.br/carolina-ignarra-e-destaque-em-duas-premiacoes-simultaneas-de-rh/

Postado Pôr Antônio Brito 

Acessibilidade nos aplicativos de banco: o que é exigido pela lei?

Acessibilidade nos aplicativos de banco: o que é exigido pela lei?

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) apontam que o Brasil tem mais de 18 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, representando cerca de 8,9% da população. Esse grupo, que movimenta a economia e utiliza cada vez mais os meios digitais, ainda encontra barreiras em aplicativos de bancos, desde interfaces com baixo contraste até a falta de compatibilidade com leitores de tela.

O que diz a legislação sobre acessibilidade digital

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) determina que sites e aplicativos devem adotar práticas de acessibilidade que permitam o uso por todos, independentemente de limitações físicas, sensoriais ou cognitivas. O artigo 63 da norma reforça que o poder público e as empresas privadas devem garantir acessibilidade em suas plataformas, incluindo serviços financeiros.

Outro instrumento importante é o Decreto nº 9.296/2018, que regulamenta o uso do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) como referência técnica. Embora voltado para sistemas públicos, o eMAG serve de parâmetro para o setor privado ao definir diretrizes de design acessível, como a necessidade de contraste adequado entre texto e fundo, compatibilidade com tecnologias assistivas e textos alternativos para imagens.

Já a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se relaciona ao tema ao exigir que as informações pessoais sejam tratadas de forma segura e compreensível, incluindo usuários que utilizam ferramentas de apoio. Isso significa que um aplicativo acessível não é apenas uma questão de inclusão, mas também de conformidade legal e proteção ao consumidor.

Barreiras mais comuns nos aplicativos bancários

Mesmo com avanços, especialistas em acessibilidade digital apontam que muitos aplicativos de instituições financeiras ainda apresentam falhas que dificultam o uso por pessoas com deficiência. Entre as barreiras mais recorrentes estão:

  • Ausência de textos alternativos (alt text) para ícones e imagens, o que impede leitores de tela de descreverem corretamente o conteúdo.
  • Falta de contraste adequado entre cores, dificultando a visualização por pessoas com baixa visão.
  • Menus e botões pequenos, que comprometem a navegação por pessoas com mobilidade reduzida.
  • Inconsistência na navegação por teclado, essencial para usuários que não utilizam mouse ou touch screen.

Esses problemas, quando somados, reduzem a autonomia do cliente e violam o princípio de acessibilidade universal definido pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, da qual o Brasil é signatário.

A Febraban afirma que tem trabalhado junto às instituições associadas para ampliar o uso de tecnologias assistivas nos canais digitais. Em relatório recente, a federação destacou que 92% dos grandes bancos brasileiros já possuem áreas internas dedicadas à inclusão digital e ao desenvolvimento acessível, embora o desafio de padronizar a experiência ainda permaneça.

Tecnologias que ampliam o acesso

Nos últimos anos, as instituições financeiras têm investido em soluções para tornar o acesso mais inclusivo. Entre os avanços mais significativos estão a integração com leitores de tela, o uso de voz sintetizada para navegação por comandos sonoros e a adoção de recursos de contraste dinâmico que se ajustam automaticamente às necessidades do usuário.

A inteligência artificial também vem sendo utilizada para adaptar a experiência de uso. Chatbots, por exemplo, são treinados para compreender comandos de voz e interpretar textos curtos de pessoas com deficiência cognitiva ou dislexia. Já a implementação de recursos de acessibilidade auditiva permite que pessoas surdas recebam notificações com vibrações e legendas automáticas.

Outro avanço importante é a linguagem simples, técnica de comunicação que substitui termos técnicos e frases longas por explicações diretas e objetivas. Essa prática melhora a compreensão de usuários com deficiência intelectual e também beneficia o público geral, tornando a navegação mais intuitiva.

A importância da acessibilidade para a inclusão financeira

Garantir que os aplicativos sejam acessíveis vai além do cumprimento da lei, trata-se de uma medida que fortalece a inclusão financeira. Pessoas com deficiência compõem um grupo significativo de consumidores e, muitas vezes, enfrentam dificuldades em realizar operações básicas, como pagamentos, transferências ou investimentos.

O acesso facilitado ao sistema bancário tem impacto direto na autonomia e na qualidade de vida. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) revelou que 71% dos entrevistados com deficiência visual consideram os aplicativos bancários ainda pouco acessíveis, mas reconhecem o avanço nos últimos anos. O estudo também apontou que as instituições que investem em acessibilidade digital conquistam maior lealdade dos clientes.

A inclusão, portanto, se transforma em um diferencial competitivo. Um aplicativo adaptado permite que o banco amplie sua base de usuários, atenda a um público mais diverso e reforce sua imagem como instituição socialmente responsável.

Acessibilidade e ESG: um novo pilar de responsabilidade

Nos últimos anos, a pauta da acessibilidade digital passou a ser associada diretamente aos critérios de ESG (Environmental, Social and Governance), que medem o compromisso das empresas com questões ambientais, sociais e de governança. No setor financeiro, esse movimento reforça que a inclusão deve ser tratada como parte integrante da estratégia corporativa.

As instituições que incorporam boas práticas de acessibilidade aos seus serviços digitais fortalecem o pilar social do ESG, garantindo o direito de todos ao acesso igualitário. A transparência no tratamento dos dados e a adoção de padrões técnicos compatíveis com as normas internacionais também estão alinhadas ao pilar de governança.

Além das questões de acessibilidade, os bancos, como responsabilidades financeiras nacionais, precisam gerar impacto positivo para toda a sociedade. Ter uma área de ESG no banco é uma maneira de identificar o perfil de responsabilidade da instituição e de avaliar como suas ações refletem em inclusão, diversidade e sustentabilidade. Ao integrar acessibilidade digital às estratégias de ESG, o setor financeiro avança não apenas no cumprimento da lei, mas na construção de um mercado mais justo e acessível para todos.

Instituições financeiras precisam garantir que pessoas com deficiência tenham acesso pleno e seguro aos serviços digitais, em conformidade com normas de acessibilidade e inclusão previstas na legislação brasileira e internacional

O uso de aplicativos bancários cresce de forma acelerada no Brasil e já é o principal canal de relacionamento entre clientes e instituições financeiras. Segundo levantamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o número de transações feitas por meio de dispositivos móveis ultrapassou 80 bilhões em 2024, um aumento de 14% em relação ao ano anterior. No entanto, à medida que a digitalização avança, cresce também a preocupação com a acessibilidade das plataformas, um direito garantido por lei, mas que ainda enfrenta desafios práticos.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) apontam que o Brasil tem mais de 18 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, representando cerca de 8,9% da população. Esse grupo, que movimenta a economia e utiliza cada vez mais os meios digitais, ainda encontra barreiras em aplicativos de bancos, desde interfaces com baixo contraste até a falta de compatibilidade com leitores de tela.

O que diz a legislação sobre acessibilidade digital

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) determina que sites e aplicativos devem adotar práticas de acessibilidade que permitam o uso por todos, independentemente de limitações físicas, sensoriais ou cognitivas. O artigo 63 da norma reforça que o poder público e as empresas privadas devem garantir acessibilidade em suas plataformas, incluindo serviços financeiros.

Outro instrumento importante é o Decreto nº 9.296/2018, que regulamenta o uso do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) como referência técnica. Embora voltado para sistemas públicos, o eMAG serve de parâmetro para o setor privado ao definir diretrizes de design acessível, como a necessidade de contraste adequado entre texto e fundo, compatibilidade com tecnologias assistivas e textos alternativos para imagens.

Já a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se relaciona ao tema ao exigir que as informações pessoais sejam tratadas de forma segura e compreensível, incluindo usuários que utilizam ferramentas de apoio. Isso significa que um aplicativo acessível não é apenas uma questão de inclusão, mas também de conformidade legal e proteção ao consumidor.

Barreiras mais comuns nos aplicativos bancários

Mesmo com avanços, especialistas em acessibilidade digital apontam que muitos aplicativos de instituições financeiras ainda apresentam falhas que dificultam o uso por pessoas com deficiência. Entre as barreiras mais recorrentes estão:

  • Ausência de textos alternativos (alt text) para ícones e imagens, o que impede leitores de tela de descreverem corretamente o conteúdo.
  • Falta de contraste adequado entre cores, dificultando a visualização por pessoas com baixa visão.
  • Menus e botões pequenos, que comprometem a navegação por pessoas com mobilidade reduzida.
  • Inconsistência na navegação por teclado, essencial para usuários que não utilizam mouse ou touch screen.

Esses problemas, quando somados, reduzem a autonomia do cliente e violam o princípio de acessibilidade universal definido pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, da qual o Brasil é signatário.

A Febraban afirma que tem trabalhado junto às instituições associadas para ampliar o uso de tecnologias assistivas nos canais digitais. Em relatório recente, a federação destacou que 92% dos grandes bancos brasileiros já possuem áreas internas dedicadas à inclusão digital e ao desenvolvimento acessível, embora o desafio de padronizar a experiência ainda permaneça.

Tecnologias que ampliam o acesso

Nos últimos anos, as instituições financeiras têm investido em soluções para tornar o acesso mais inclusivo. Entre os avanços mais significativos estão a integração com leitores de tela, o uso de voz sintetizada para navegação por comandos sonoros e a adoção de recursos de contraste dinâmico que se ajustam automaticamente às necessidades do usuário.

A inteligência artificial também vem sendo utilizada para adaptar a experiência de uso. Chatbots, por exemplo, são treinados para compreender comandos de voz e interpretar textos curtos de pessoas com deficiência cognitiva ou dislexia. Já a implementação de recursos de acessibilidade auditiva permite que pessoas surdas recebam notificações com vibrações e legendas automáticas.

Outro avanço importante é a linguagem simples, técnica de comunicação que substitui termos técnicos e frases longas por explicações diretas e objetivas. Essa prática melhora a compreensão de usuários com deficiência intelectual e também beneficia o público geral, tornando a navegação mais intuitiva.

A importância da acessibilidade para a inclusão financeira

Garantir que os aplicativos sejam acessíveis vai além do cumprimento da lei, trata-se de uma medida que fortalece a inclusão financeira. Pessoas com deficiência compõem um grupo significativo de consumidores e, muitas vezes, enfrentam dificuldades em realizar operações básicas, como pagamentos, transferências ou investimentos.

O acesso facilitado ao sistema bancário tem impacto direto na autonomia e na qualidade de vida. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) revelou que 71% dos entrevistados com deficiência visual consideram os aplicativos bancários ainda pouco acessíveis, mas reconhecem o avanço nos últimos anos. O estudo também apontou que as instituições que investem em acessibilidade digital conquistam maior lealdade dos clientes.

A inclusão, portanto, se transforma em um diferencial competitivo. Um aplicativo adaptado permite que o banco amplie sua base de usuários, atenda a um público mais diverso e reforce sua imagem como instituição socialmente responsável.

Acessibilidade e ESG: um novo pilar de responsabilidade

Nos últimos anos, a pauta da acessibilidade digital passou a ser associada diretamente aos critérios de ESG (Environmental, Social and Governance), que medem o compromisso das empresas com questões ambientais, sociais e de governança. No setor financeiro, esse movimento reforça que a inclusão deve ser tratada como parte integrante da estratégia corporativa.

As instituições que incorporam boas práticas de acessibilidade aos seus serviços digitais fortalecem o pilar social do ESG, garantindo o direito de todos ao acesso igualitário. A transparência no tratamento dos dados e a adoção de padrões técnicos compatíveis com as normas internacionais também estão alinhadas ao pilar de governança.

Além das questões de acessibilidade, os bancos, como responsabilidades financeiras nacionais, precisam gerar impacto positivo para toda a sociedade. Ter uma área de ESG no banco é uma maneira de identificar o perfil de responsabilidade da instituição e de avaliar como suas ações refletem em inclusão, diversidade e sustentabilidade. Ao integrar acessibilidade digital às estratégias de ESG, o setor financeiro avança não apenas no cumprimento da lei, mas na construção de um mercado mais justo e acessível para todos.

Fonte https://diariopcd.com.br/acessibilidade-nos-aplicativos-de-banco-o-que-e-exigido-pela-lei/

Postado Pôr Antônio Brito 

Menino autista de 8 anos vende brownies para viajar pelo mundo

Pedro, um menino autista de 8 anos em Rio Tavares/SC, transforma sua paixão por geografia em ação, vendendo brownies para realizar o sonho de viajar pelo mundo.

Menino autista de 8 anos vende brownies para viajar pelo mundo

O menino Pedro Silveira Luiz, um garoto autista de apenas 8 anos, decidiu transformar seu sonho em ação: começando a produzir e vender brownies em Rio Tavares/SC. Seu objetivo é juntar dinheiro para viajar pelo mundo.

Com um hiperfoco impressionante em países, bandeiras e mapas, Pedro já sabe exatamente quais destinos deseja conhecer — e cada doce vendido é um passo mais perto desse objetivo.

A motivação dele é pura: realizar uma aventura que combina curiosidade, paixão e dedicação. Pedro está no segundo ano do ensino fundamental e é fascinado por geografia: aprendeu sobre bandeiras, países e mapas praticamente sozinho, assistindo vídeos na internet.

A ideia de vender brownies surgiu como uma forma criativa de transformar a paixão de Pedro por geografia em uma fonte de renda para viajar.

Para divulgar as vendas, a família criou o perfil @pedros.brownie no Instagram, onde compartilham fotos dos quitutes e também parte da rotina inspiradora do menino autista.

O primeiro país que Pedro sonha visitar é o Chile. Para ele, viajar é mais do que lazer — é uma oportunidade de vivenciar de perto tudo aquilo que aprende e ama estudar.

Na sua escola, os professores, equipe do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e fonoaudióloga utilizam o interesse dele por países para enriquecer as aulas, transformando cada conversa em um momento de aprendizado.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=2e96a47a-79cc-454a-9946-6048b17768d9https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=2e96a47a-79cc-454a-9946-6048b17768d9

Postado Pôr Antônio Brito 

29/11/2025

Paralimpíadas Escolares impulsionam trajetória de jovens paraguaios no esporte paralímpico

Atleta Anderson Pinheiro segura raquete de badminton durante as Paralimpíadas Escolares | Foto: Marcello Zambrana/ CPB

As Paralimpíadas Escolares 2025 terminam nesta sexta-feira, 28, com as disputas finais do badminton, vôlei sentado, bocha, tênis de mesa, natação, futebol PC e o anúncio do estado vencedor da competição. Dentre os participantes do dia, dois imigrantes paraguaios, Anderson Pinheiro, 15, e Willian Espinola Dionísio, 16, buscam medalhas no badminton e na bocha, respectivamente, pelo Paraná.

No badminton, o paraguaio Anderson Pinheiro, classe SL3 (deficiência nos membros inferiores que andam), chegou à sua segunda participação nas Paralimpíadas Escolares e se sente um atleta mais preparado hoje.

Dedicado ao esporte, o atleta treina cinco vezes por semana e neste ano fez sua primeira competição internacional, o Gymnasiade, na Sérvia, onde conquistou um ouro por equipes e um bronze na disputa individual. Agora, o jovem se engaja em competições, como as Paralimpíadas Escolares, que o levem a se desenvolver e conquistar medalhas no badminton.

“Eu gosto muito da modalidade, principalmente de cortar a peteca. Fiz algumas novas amizades, mas a maioria delas já conhecia do campeonato passado e de outros campeonatos. Gostei bastante dos jogos aqui, foi tudo bem competitivo.”

Há 10 anos, Anderson se mudou para o Brasil em busca de um tratamento mais adequado à sua condição, uma má-formação congênita no fêmur que impediu o desenvolvimento da perna direita. Também como forma de cuidar da qualidade de vida, participou de um evento do projeto Maestro da Bola, que demonstrava modalidades paralímpicas em Foz do Iguaçu (PR) – foi onde conheceu o badminton.

O paraguaio Willian Espinola Dionísio também chegou ao Brasil com o mesmo objetivo de seu conterrâneo, Anderson – cuidar da saúde. O atleta chegou ao país aos 11 anos, buscando cuidados médicos especializados na sua deficiência, a artrogripose congênita múltipla.

Também por meio do projeto Maestro da Bola, Willian conheceu a bocha, esporte que mudou a forma de se relacionar com o mundo. “Eu gosto da bocha porque antigamente eu não saía muito do meu quarto. Depois que eu conheci a modalidade, fiquei mais sociável e fiz amigos”, relatou o atleta.

As Paralimpíadas Escolares 2025 tiveram início na semana no dia 18 de novembro e terminam nesta sexta, 28. Ao todo, 2056 atletas participaram das disputas de 15 modalidades distribuídas em duas semanas de provas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Patrocínios
A Caixa e as Loterias Caixa são as patrocinadoras oficiais da bocha e do badminton.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/paralimpiadas-escolares-impulsionam-trajetoria-de-jovens-paraguaios-no-esporte-paralimpico/

Postado Pôr Antônio Brito 

Levantamento aponta veículos seminovos mais procurados e vendidos e para Pessoas com Deficiência em 2025

Levantamento aponta veículos seminovos mais procurados e vendidos e para Pessoas com Deficiência em 2025

Jeep Renegade 2021 é o carro para PCDs mais vendido por meio da OLX. Honda City 2012 registrou a valorização mais expressiva no preço mediano

O Jeep Renegade 2021 é o campeão de vendas por meio da OLX dentre os automóveis indicados para PCDs, entre janeiro e setembro de 2025.

O levantamento do Data OLX Autos, fonte de inteligência do Grupo OLX, mostra que o modelo, com motor 1.8 aspirado, representa 19,6% de participação dentre os avaliados. A versão 2016 ocupa o segundo lugar, com 16,6% das vendas.

O Honda City 2013 motor 1.5 vem em terceiro, com 15,4%.

“Os dados do nosso levantamento revelam não apenas tendências de mercado, mas principalmente o papel transformador da tecnologia na vida das pessoas com deficiência. Quando vemos o Jeep Renegade 2021 liderando as vendas PCD com crescimento de 4,7% em 2025 em relação ao ano passado, estamos observando milhares de brasileiros conquistando sua independência e mobilidade. A OLX se orgulha de ser a ponte que conecta essas necessidades essenciais às oportunidades do mercado”, afirma o VP de Autos do Grupo OLX, Flávio Passos.

O hatch Fiat Pulse 2022, 1.0 turbo, é o mais bem posicionado no ranking dos mais vendidos dentre os modelos hatches e 1.0, ocupando o quinto lugar no ranking geral.

* Percentual de participação do modelo dentro do tipo de carroceria ao qual ele pertence

Mais procurados e anunciados

O Renegade 2016, motor 1.8, lidera dentre os carros para PCDs mais procurados, com 19,2% de participação, seguido pela edição 2021, com 14,2%, e pelo Honda City 2013, com 12,7%.

* Percentual de participação do modelo dentro do tipo de carroceria ao qual ele pertence

Os seminovos lideram dentre os automóveis para PCDs mais anunciados no período. O Fiat Cronos 2024, motor 1.3, está no topo do ranking, com 16,8% de participação, seguido pelo Cronos 2023 1.3, com 16,2%, e pelo Jeep Renegade 2021 motor 1.8, com 13%.

* Percentual de participação do modelo dentro do tipo de carroceria ao qual ele pertence

Preço médio

Dentre os mais vendidos, o Honda City 2013, motor 1.5 aspirado, registrou a maior valorização no preço mediano entre janeiro e setembro, em comparação com o mesmo período de 2024, subindo 5%. Já o Fiat Cronos 2019, 1.8 aspirado, apresentou a maior depreciação, com ligeira redução de 0,8%.

Como comprar e vender um veículo online com segurança

  • Se for comprar, negocie diretamente com o proprietário do veículo ou vendedor autorizado; se for vender, faça a negociação com o próprio comprador. Evite negociar com terceiros, como parentes, amigos ou conhecidos, e desconfie de intermediários;
  • Sempre marque uma visita para ver o veículo presencialmente antes de fechar o negócio e prefira locais movimentados, como estacionamentos de shoppings e supermercados. Vá, de preferência, acompanhado e durante o dia;
  • Antes de concluir o negócio, peça uma Vistoria Cautelar em uma empresa credenciada pelo Detran e vá junto com o dono do automóvel realizar a vistoria;
  • Se a proposta vier de lojas de seminovos, não se esqueça de checar o CNPJ e a legalidade do funcionamento do estabelecimento;
  • Faça o pagamento apenas em uma conta em nome do proprietário do veículo e, antes de depositar, verifique os dados direto com o proprietário;
  • Confirme os dados bancários da conta em que o valor do veículo deve ser depositado;
  • Vendedor e comprador devem ir juntos ao cartório fazer a transferência, e o pagamento só deve ser feito quando a transação for concluída no cartório;
  • Só entregue o veículo depois que os documentos forem transferidos e o pagamento for confirmado.

Sobre o Grupo OLX

O Grupo OLX é um marketplace de classificados, líder na compra e venda de produtos usados, com um ecossistema diversificado em bens de consumo, autos e imóveis, por meio dos portais OLX, Zap e Viva Real.

Com tecnologia de ponta, o Grupo OLX democratiza o acesso a todas as pessoas para que realizem negócios e ressignifiquem sua relação com produtos usados, gerando impacto positivo no consumo consciente e na performance dos clientes e parceiros.

Os acionistas do Grupo OLX são os principais conglomerados globais de investimento em marketplaces e classificados online: Prosus NV (50%), listada na bolsa de valores de Amsterdã, e Adevinta ASA (50%), baseada em Barcelona e Oslo.

Fonte https://diariopcd.com.br/levantamento-aponta-veiculos-seminovos-mais-procurados-e-vendidos-e-para-pessoas-com-deficiencia-em-2025/

 

Postado Pôr Antônio Brito 

Tetraplégico dirige com a boca e a cabeça num autódromo

Marco Antonio Pelegrini, tetraplégico, supera desafios e realiza sonho de pilotar carro adaptado com controle via boca e cabeça em autódromo. Um exemplo de superação.

Tetraplégico dirige com a boca e a cabeça num autódromo

Marco Antonio Pelegrini, 30 anos depois de ter levado um tiro em um assalto, que o deixou tetraplégico em São Paulo/SP, o ex-secretário nacional da pessoa com deficiência e militante dos mais ativos na causa PcD, realizou um dos seus maiores sonhos: pilotou o seu “laranjão” – como chama carinhosamente o seu Ford F1 1951 – que há anos ele vinha restaurando.

O sistema para que Pelegrini pudesse dirigir foi desenvolvido e adaptado por ele mesmo e instalado no carro e no capacete, onde com a ajuda de um joystick, ele conseguiu com movimentos da boca, acelerar, trocar marchas, frear e dirigir o carro pela pista do Autódromo da DIMEP, na cidade de Pardinho/SP, em um encontro anual de carros antigos que acontece já há 15 anos.

O carro dirigido por Pelegrini tem duplo comando e ele fez o circuito da pista com um amigo ao lado. Quando completou o trajeto, a chegada foi triunfal. Todos os pilotos dos carros participantes, equipes, expectadores e equipes de apoio ovacionaram Marco Antonio e a chegada do “laranjão”.

Parabéns Marco Antonio Pelegrini. Um vencedor, dentro e fora das pistas !

Saiba mais no link:

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=5ce3789f-4aa8-4ede-befb-202479da1a1f
 
Postado Pôr Antônio Brito 

Estado de São Paulo conquista as Paralimpíadas Escolares pela 13ª vez

Atletas do badminton com a bandeira de São Paulo em momento de comemoração nas Paralimpíadas Escolares 2025 | Foto: Marcello Zambrana/CPB

O estado de São Paulo foi o grande vencedor das Paralimpíadas Escolares 2025, maior evento esportivo do mundo para jovens com deficiência em idade escolar. Neste ano, a delegação paulista contou com 316 atletas em ação, que garantiram o primeiro lugar do Estado na competição que foi dividida em duas semanas com disputas em 15 modalidades.

A primeira etapa da Fase Nacional da competição sediada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, aconteceu entre os dias 17 e 21 de novembro com provas de atletismo, tênis em cadeira de rodas, halterofilismo, futebol de cegos, basquete em cadeira de rodas 3×3, goalball, taekwondo e rúgbi em cadeira de rodas. Já entre os dias 26 e 28 de novembro, aconteceu a segunda etapa, com disputas de natação, vôlei sentado, futebol PC (paralisados cerebrais), judô, badminton, tênis de mesa e bocha.

Esta é a 13ª vez que o estado é campeão da competição realizada desde 2006, ano em que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) organizou a primeira edição dos Paralímpicos do Futuro, evento que ocorreu até 2007 e antecedeu as Paralimpíadas Escolares, nome adotado a partir de 2009.

Os paulistas são os maiores vencedores do evento. Além de 2025, São Paulo, que somou 725 pontos nesta edição, também foi campeão nos anos de 2006, 2009, 2011, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2021, 2022, 2023 e 2024. A segunda colocação de 2025 ficou com Minas Gerais (336 pontos), enquanto o estado de Santa Catarina (330 pontos) terminou em terceiro lugar.

De acordo com o regulamento oficial, a classificação geral das Paralimpíadas Escolares 2024 foi definida pela soma das colocações dos estados obtidas em cada uma das modalidades, que obedece a uma pontuação pré-estabelecida para cada posição na tabela.

“Realizar mais uma edição das Paralimpíadas Escolares é motivo de enorme orgulho para o Comitê Paralímpico Brasileiro. Esta foi a primeira edição sob a minha gestão, o que torna este momento ainda mais especial. Estamos diante de algo muito maior do que um evento esportivo: estamos fortalecendo oportunidades, ampliando horizontes e construindo futuros. As Paralimpíadas Escolares representam a base do nosso movimento. É aqui que muitos jovens descobrem seu potencial, encontram suporte, criam laços e começam a trilhar um caminho que pode levá-los ao alto rendimento. Nossa missão no CPB é garantir que esse projeto continue crescendo de maneira sustentável e exponencial. Este é apenas o início de um ciclo que pretende transformar ainda mais vidas por meio do esporte paralímpico”, afirmou José Antônio Freire, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

A edição de 2025 teve recorde de atletas, com 2.056 participantes oriundos das 27 unidades federativas brasileiras e idades entre 10 e 18 anos. O recorde de inscritos, até então, era o da edição de 2024, com 2.013 participantes.

“O CT ficou pequeno para o número de participantes que tivemos na edição passada, por isso decidimos dividir a competição em duas etapas e batemos o recorde de atletas novamente”, disse Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB. “Com as Paralimpíadas Escolares nós estamos motivando as crianças à prática esportiva. A competição é tão importante que nós tivemos agora o Parapan de Jovens, em Santiago, em que nós levamos uma delegação de 120 atletas, 104 esportistas que passaram por aqui. Isso mostra que esse evento é muito importante para a renovação das nossas Seleções principais que esses atletas ainda vão representar”, complementou.

Atletas de alto rendimento do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47) e tricampeão paralímpico; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata nos Jogos de Londres 2012, bronze no Rio 2016, ouro em Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024; e a mesatenista Bruna Alexandre, maior medalhista brasileira na modalidade.

As Paralimpíadas Escolares de 2025 contaram com a presença de atletas com diferentes trajetórias, como os sul-mato-grossenses Fraylson Vera e Tatiana Freitas, da etnia Guarani Kaiowá, moradores da aldeia indígena Guapo’y, localizada em Amambai, que participaram das provas de atletismo. Já nas piscinas, Iandra Reis representou o Acre, tendo feito seus treinos para a competição em um açude construído pela família.

O evento também reuniu atletas que já têm familiaridade com competições, como o goiano Francisco Soares e o paraibano Ryan Pablo, integrantes da Seleção Brasileira de futebol de cegos que se sagrou campeã dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2025, no começo de novembro. No judô, a carense Wiliany Costa fez sua quarta e última participação nas Escolares, encerrando seu ciclo de competições do circuito escolar. Os resultados de todas as modalidades podem ser conferidos nos boletins diários.

Veja a pontuação de cada estado nas Paralimpíadas Escolares 2025:
1º São Paulo (SP) – 725 pontos
2º Minas Gerais (MG) – 336 pontos
3º Santa Catarina (SC) – 330 pontos
4º Rio de Janeiro (RJ) – 313 pontos
5º Paraíba (PB) – 296 pontos
6º Distrito Federal (DF) – 287 pontos
7º Goiás (GO) – 264 pontos
8º Mato Grosso do Sul (MS) – 246 pontos
9º Rio Grande do Sul (RS) – 244 pontos
10º Paraná (PR) – 195 pontos
11º Rio Grande do Norte (RN) – 192 pontos
12º Ceará (CE) – 183 pontos
13º Pará (PA) – 168 pontos
14º Espírito Santo (ES) – 161 pontos
15º Mato Grosso (MT) – 137 pontos
16º Pernambuco (PE) – 127 pontos
17º Bahia (BA) – 110 pontos
18º Sergipe (SE) – 85 pontos
19º Rondônia (RO) – 84 pontos
20º Maranhão (MA) – 71 pontos
21º Acre (AC) – 66 pontos
22º Tocantins (TO) – 65 pontos
23º Amazonas (AM) – 60 pontos
24º Roraima (RR) – 40 pontos
25º Amapá (AP) – 38 pontos
26º Piauí (PI) – 31 pontos
27º Alagoas (AL) – 21 pontos

Confira todos os campeões das Paralimpíadas Escolares:
2006 – São Paulo
2007 – Rio de Janeiro
2008 – Não houve
2009 – São Paulo
2010 – Rio de Janeiro
2011 – São Paulo
2012 – Rio de Janeiro
2013 – Rio de Janeiro
2014 – Santa Catarina
2015 – São Paulo
2016 – São Paulo
2017 – São Paulo
2018 – São Paulo
2019 – São Paulo
2020 – Não houve
2021- São Paulo
2022 – São Paulo
2023 – São Paulo
2024 – São Paulo
2025 – São Paulo

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/estado-de-sao-paulo-conquista-as-paralimpiadas-escolares-pela-13a-vez/

Postado Pôr Antônio Brito