26/11/2025

Ações do Pernambuco Acessível em Serra Talhada e Petrolina


O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH), realizou nesta semana visitas institucionais às organizações contempladas pelo chamamento público do Programa Pernambuco Acessível nos municípios de Serra Talhada e Petrolina. Com investimento direto para fortalecer instituições que atuam no atendimento à pessoa com deficiência, o edital prevê repasse de até R$ 120 mil para cada organização, destinados à execução de projetos pelo período de 12 meses.

A comitiva foi formada pela secretária de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência, Joanna Figueirêdo; pela secretária executiva de Promoção da Equidade Social, Fernanda Chagas; pelo superintendente estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência, Marcos Gervásio; e pelo presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONED), José Diniz, que acompanhou a agenda com foco na fiscalização e no fortalecimento do controle social, função essencial do Conselho. As equipes técnicas e de comunicação também estiveram presentes.

Durante a visita, o presidente do CONED, José Diniz, destacou:

“Estar presente nessas agendas é garantir que o controle social exerça seu papel de forma ativa. Ver de perto como os recursos estão sendo aplicados e como impactam diretamente a vida das pessoas com deficiência reforça a importância desse investimento e do diálogo com as instituições.“

Ao todo, o chamamento público selecionou 50 organizações da sociedade civil em todas as regiões do Estado, reforçando a diretriz da governadora Raquel Lyra de descentralizar políticas públicas e ampliar o alcance das ações de inclusão.

Serra Talhada: atendimento pedagógico e social na APAE

Em Serra Talhada, a comitiva visitou a APAE, uma das instituições contempladas com o repasse de R$ 120 mil, que serão aplicados em ações pedagógicas, sociais e de fortalecimento familiar ao longo de um ano. A instituição oferece serviços como apoio pedagógico especializado, intervenção psicopedagógica, método TEACCH, inclusão digital, horta comunitária e o Serviço de Proteção Social Especial (SPSE), que inclui suporte jurídico e fortalecimento de vínculos.

Durante a visita, Cícera Samara Ramos, mãe de três crianças atendidas, contou:

“Minha filha era considerada não verbal e hoje consegue se comunicar e interagir. Ver o Governo do Estado apoiando esse trabalho nos dá esperança. É um trabalho que muda realidades e traz dignidade para quem mais precisa.”

Petrolina: equoterapia com impacto social

Em Petrolina, a equipe conheceu o trabalho da APEC (Associação Petrolinense de Cavalgada), centro de ecoterapia também contemplado com R$ 120 mil para qualificar e ampliar o atendimento às crianças beneficiadas. A instituição utiliza o movimento tridimensional do cavalo para promover estímulos motores, cognitivos e sensoriais em crianças com diferentes deficiências e comorbidades.

A equitadora e representante da APEC, Mônica, destacou:

“A ecoterapia transforma vidas. Esse fomento vai permitir ampliar e qualificar o atendimento às crianças que mais precisam. Ter nosso trabalho reconhecido pelo Governo do Estado é incrível, e esperamos expandir cada vez mais nosso tratamento.”

APAE Petrolina: educação, convivência e autonomia

A comitiva também esteve na APAE Petrolina, responsável pela Escola Especial Domingos Sávio, que recebeu igualmente o repasse de R$ 120 mil para execução de atividades educacionais, de convivência e de assistência social ao longo dos próximos 12 meses. A instituição atende crianças e adolescentes com deficiência intelectual ou múltipla, promovendo autonomia, vínculos e participação comunitária.

Interiorização das políticas de inclusão

Para a secretária Joanna Figueirêdo, as agendas no Sertão reforçam a orientação da governadora Raquel Lyra e reafirmam o compromisso do Estado com a equidade:

“Essas visitas atendem a uma determinação da governadora Raquel Lyra: levar as políticas públicas para perto das pessoas. Interiorizar é garantir inclusão real, assegurar direitos e fortalecer instituições que fazem a diferença na vida das famílias.”

As visitas integram o conjunto de ações do Governo de Pernambuco voltadas ao fortalecimento da rede estadual de atendimento à pessoa com deficiência, com novos investimentos, presença territorial e articulação com organizações da sociedade civil, promovendo autonomia, cidadania e participação social em todo o Estado.

trajandocidadania.com.br/

Posagem: Heleno Trajano

Ribeirão Preto sedia encontro intersetorial para enfrentar violência contra pessoas com deficiência

Ribeirão Preto sedia encontro intersetorial para enfrentar violência contra pessoas com deficiência

Evento reúne Governo Estadual, prefeitura, Instituições públicas e Organizações sociais para fortalecer políticas integradas de prevenção, proteção e garantia de direitos

A cidade de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, sediará no próximo dia 26 de novembro, o “Encontro Intersetorial: Prevenção e Enfrentamento da Violência contra Pessoas com Deficiência”, iniciativa realizada pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) em parceria com o Instituto Jô Clemente (IJC) – Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que promove saúde, qualidade de vida e inclusão das pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras – Secretaria de Segurança Pública e Prefeitura de Ribeirão Preto. O evento será no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e reunirá profissionais de diferentes áreas que compõem a rede de proteção no estado.
 

Com o objetivo de fortalecer estratégias integradas de prevenção, proteção e garantia de direitos, o encontro contará com a participação de representantes da segurança pública, assistência social, saúde, educação, justiça e Organizações sociais para debater temas como violência contra mulheres com deficiência, o atendimento especializado para pessoas surdas, o fluxo de acolhimento e notificação, além de políticas públicas voltadas à inclusão e acessibilidade.
 

A ação também reforçará a atuação dos programas da SEDPcD que apoiam Instituições e municípios no enfrentamento das violências, como o “São Paulo São Libras”, que amplia a acessibilidade comunicacional aos serviços públicos, e o “Todas in Rede”, voltado à prevenção e ao enfrentamento da violência contra meninas e mulheres com deficiência.
 

Outro destaque será o trabalho realizado pelos Centros de Apoio Técnico (CATs), instalados em delegacias do Estado de São Paulo e geridos pelo Instituto Jô Clemente desde 2018. Os CATs atuam diretamente na qualificação dos atendimentos a pessoas com deficiência vítimas de violência ou violação de direitos, oferecendo suporte técnico e contribuindo para fluxos diferenciados.
 

“Quando aprimoramos os fluxos de atendimento e fortalecemos a comunicação entre as equipes, conseguimos obter respostas centradas na proteção da pessoa com deficiência. O diálogo intersetorial é fundamental para garantir que nenhum caso seja invisibilizado ou tratado de forma isolada. Esse encontro nos permite aperfeiçoar práticas e aproximar ainda mais os profissionais envolvidos nesse trabalho”, destaca Daniela Farias, Supervisora do Centro de Apoio Técnico (CAT) de Ribeirão Preto.
 

Apesar dos avanços alcançados pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI), promulgada há uma década, a violência contra pessoas com deficiência ainda é uma realidade que exige atenção contínua. “Proteger e garantir os direitos das pessoas com deficiência é uma responsabilidade coletiva. Quando os serviços públicos se articulam, criamos caminhos mais sólidos para prevenir violências, ampliar o acesso à justiça e assegurar que ninguém fique para trás. Este encontro reafirma o compromisso do Governo do Estado com uma política pública estruturada, baseada no diálogo e nas necessidades reais da população com deficiência”, afirma Marcos da Costa, Secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
 

Ao longo da tarde, especialistas e representantes de Órgãos públicos debaterão desafios, caminhos e oportunidades para enriquecer a rede de enfrentamento. A expectativa é que o encontro contribua para aprimorar a atuação técnica dos profissionais, sensibilizar as equipes e estimular a adoção de práticas compartilhadas entre as Instituições.
 

PROGRAMAÇÃO
 

13h – Mesa de Abertura Institucional

● Representante da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD);

● Secretaria de Segurança Pública;

● Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto;

● Secretaria Municipal da Cidadania e Pessoa com Deficiência;

● Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência.
 

13h40 – Palestra de Abertura
Deficiência, Direitos e Prevenção às Violências: Um Olhar sob o Modelo Social
 

14h40 – Pausa para o Café
 

15h00 Mesa 1: Mulheres com Deficiência – Ações Integradas no Enfrentamento à Violência

● Kátia Jerônima Alves dos Santos – Assistente Social do CAT Ribeirão PretoDra. Patrícia de Mariane Budo – Delegada da DDM Ribeirão Preto

● Caroline Reis – Coordenadora do Programa Todas in Rede (SEDPcD)

15h50 – Mesa 2: Comunicação e Acesso a Direitos – O Atendimento a Pessoas Surdas

● Pamela Cupaiuolo Tognon Oliveira – Intérprete de Libras do CAT Ribeirão Preto

● Tânia Macedo – Coordenadora de Desenvolvimento de Programas
 

16h20 – Espaço para perguntas e interação

16h50 – Encerramento
 

SERVIÇO

Encontro Intersetorial: Prevenção e Enfrentamento da Violência contra Pessoas com Deficiência
Data: 26 de novembro de 2025
Horário: 13h às 17h
Local: Auditório da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto – USP: Av. Bandeirantes, 3900 – Vila Monte Alegre – Ribeirão Preto/SP

Realização: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Apoio: Instituto Jô Clemente (IJC) | Secretaria de Segurança Pública | Prefeitura de Ribeirão Preto

Fonte https://diariopcd.com.br/ribeirao-preto-sedia-encontro-intersetorial-para-enfrentar-violencia-contra-pessoas-com-deficiencia/

Postado Pôr Antônio Brito

Governo dá pix de R$ 900 por mês para quem cuida de PCD em 79 cidades do MS

Cuidadores de PCDs no MS podem receber R$ 900 mensais pelo programa 'Cuidar de Quem Cuida'. Benefício visa apoiar famílias em vulnerabilidade. Inscrições abertas.

Governo dá pix de R$ 900 por mês para quem cuida de PCD em 79 cidades do MS

Cuidadores não remunerados de pessoas com deficiência em casa podem receber R$ 900 por mês em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. O benefício é oferecido pelo Programa Cuidar de Quem Cuida, do Governo do Estado do MS, e tem inscrições permanentes.

Podem participar maiores de 18 anos que moram em Mato Grosso do Sul há pelo menos 2 anos, cuidam em tempo integral de uma pessoa com deficiência com grau II ou III de dependência e vivem na mesma casa da pessoa cuidada.

Também é preciso não ter renda formal; ter renda familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo; estar inscrito no Cadastro Único (CADÚNICO); não receber outro benefício de transferência de renda, com exceção do Benefício de Prestação Continuada (BPC) da pessoa com deficiência cuidada, da cesta de alimentos do Programa Mais Social e do Programa MS Supera.

O valor é depositado diretamente na conta bancária, por transferência via Pix. O objetivo é valorizar e apoiar quem se dedica ao cuidado de familiares com deficiência em situação de vulnerabilidade, quando a pessoa precisa de ajuda em até 3 atividades diárias, como alimentação, higiene ou mobilidade, mas mantém autonomia cognitiva ou tem leve comprometimento – Grau 2. Ou quando há necessidade de auxílio em todas as atividades de autocuidado e/ou comprometimento cognitivo – Grau 3.

Todas as inscrições passam obrigatoriamente por visita presencial da equipe do programa. As inscrições podem ser feitas a qualquer momento.

Atualmente, 1.878 cuidadores são atendidos. Em outubro, o investimento foi de R$ 1,7 milhão. De janeiro a outubro deste ano, o total aplicado chegou a R$ 12,8 milhões.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=8d6a4986-04f2-475f-a864-55e3931a43c3

Postado Pôr Antônio Brito 

Defensoria Pública de SP lança nova assistente virtual Júlia

Defensoria Pública de SP lança nova assistente virtual Júlia

Ferramenta passa a operar 24 horas por dia, com login via gov.br e melhorias de usabilidade

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP) passou a contar com uma nova assistente virtual: a Júlia. A ferramenta inaugura uma nova etapa no atendimento digital da instituição, com foco em mais segurança, usabilidade e autonomia para as pessoas assistidas. 

A novidade faz parte da programação especial em comemoração aos 20 anos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. O nome Júlia e o avatar foram escolhidos em votação popular. O nome tem origem no latim, e o significado “cheia de juventude” tem total relação com o aniversário da DPESP. 

Para a Defensora Pública-Geral Luciana Jordão, a Júlia reúne uma série de inovações que tornam o atendimento mais acessível e eficiente. “Ela utiliza uma linguagem simples e estará disponível a qualquer hora do dia. Tudo isso amplia a autonomia das pessoas assistidas e reforça nosso compromisso com um serviço público moderno e inclusivo”, afirma. 

Com a nova assistente virtual, o atendimento passou por mudanças importantes: 

  • Atendimento 24 horas por dia: antes, o assistente virtual funcionava apenas das 8h às 18h, apenas em dias úteis. Agora, a Julia estará disponível todos os dias, 24h por dia, permitindo que a pessoa inicie o contato no horário que for mais conveniente. 
  • Login pelo gov.br: os atendimentos passam a contar com essa nova ferramenta de login. Se antes, cada atendimento gerava um token específico, agora, usando gov.br, a pessoa poderá visualizar todos os seus agendamentos em um só lugar, com mais segurança e praticidade. 
  • Reagendamento simplificado: até 24 horas antes do atendimento, será possível fazer o reagendamento diretamente pelo ambiente digital, de forma rápida e intuitiva. 
  • Envio de documentos mais ágil: já era possível anexar documentos antes do atendimento, mas a navegação não era tão amigável. Com a nova interface, o fluxo de upload foi redesenhado para ser mais simples, visual e intuitivo, especialmente pelo celular, que concentra a maioria dos acessos (podemos inserir dados aqui se tivermos). 
  • Lembretes automáticos e mais completos: a Defensoria passará a enviar comunicações lembrando a pessoa assistida da data e horário do agendamento e informando, quando houver, documentos pendentes relacionados ao motivo do atendimento. Esse tipo de lembrete já ocorria em alguns casos. Agora, será padrão para todos os agendamentos realizados pela plataforma. 
  • Novo portal de atendimento, com visual e botões mais intuitivos: o portal foi reformulado para ser totalmente responsivo, com telas e opções pensadas para quem acessa pelo telefone celular. O ganho principal dessa etapa é usabilidade: vai ficar mais fácil encontrar o que se procura e concluir cada etapa do atendimento digital. 
  • Fila visível ao usuário: antes, a pessoa não sabia quantos atendimentos estavam à sua frente. Com a evolução nos atendimentos, será possível visualizar a posição na fila, com mensagens do tipo “você é o próximo da fila”, dando mais previsibilidade e transparência ao atendimento. 

O assistente virtual anterior, DEfi, surgiu da necessidade de prestar atendimento de qualidade ao público durante o período de pandemia, que impôs o isolamento social. O Coordenador da Coordenadoria de Tecnologia da Informação, Defensor Público Douglas Schauerhuber Nunes, responsável pelo projeto, acredita que a Júlia representa um avanço decisivo na transformação digital da Defensoria Pública “reforçando nosso compromisso com a inovação e a proximidade com o cidadão paulista. Após o pioneirismo do DEfi, damos agora um passo além com uma solução moderna, totalmente integrada ao novo portal do cidadão, à ferramenta de atendimento e ao DOL (Sistema interno da Defensoria)”. 

Mais inteligência, segurança e organização dos atendimentos 

A Júlia não é apenas uma substituta do assistente virtual anterior, mas um novo agente de atendimento digital, mais inteligente e conectado a ferramentas de gestão adotadas pela Defensoria. 

Nos bastidores, a integração com soluções como o Microsoft Dynamics permitirá à instituição: 

  • acompanhar quantos atendimentos foram realizados, por motivo e por canal; 
  • ter acesso à transcrição e ao percurso dos atendimentos, o que antes não era possível; 
  • identificar padrões, como qual o tempo médio de atendimento por motivo ou por equipe e como evoluem os principais indicadores ao longo do tempo; 
  • utilizar recursos de inteligência artificial (IA) que oferecem insights sobre o que a pessoa assistida está relatando, ajudando a equipe a responder de forma mais rápida e alinhada às necessidades apresentadas, além de proporcionar uma ferramenta que mede o humor do assistido com base na interpretação das falas. 

Esses dados vão auxiliar a Defensoria a planejar, reorganizar e aprimorar continuamente o atendimento, com base em evidências robustas. 

Próximos passos e evolução em dezembro 

A implantação da Julia é a primeira etapa de um processo de modernização contínua. Já está prevista, para dezembro, uma nova rodada de evoluções na plataforma, com aperfeiçoamentos baseados na experiência das primeiras semanas de uso e na análise dos dados gerados pelos atendimentos. 

Período de adaptação e canais de suporte 

As duas primeiras semanas após o lançamento devem ser um período de adaptação tanto para o público quanto para as equipes internas. Podem ocorrer dúvidas, dificuldades de navegação ou eventuais erros na utilização das novas funcionalidades. 

A Defensoria pede a compreensão de todas e todos nesse momento de transição e reforça que, em caso de problemas com o uso da assistente virtual ou para quem preferir outros canais, o atendimento também pode ser realizado pelo telefone 0800 773 4340, disponível das 7h às 19h, em dias úteis. Algumas das novidades serão implementadas em um primeiro momento nas unidades de Piracicaba, Mauá e Divisão de Atendimento Inicial Especializado ao Público (Daiep), da Rua Boa Vista. 

Com a chegada da Julia, a Defensoria Pública de SP reafirma seu compromisso de ampliar o acesso à Justiça, tornando o contato com a instituição mais simples, seguro e próximo da realidade digital da população que utiliza seus serviços. 

Fonte https://diariopcd.com.br/defensoria-publica-de-sp-lanca-nova-assistente-virtual-julia/

Postado Pôr Antônio Brito 

CPB abre inscrições para bolsas de graduação e pós-graduação para atletas paralímpicos

Atletas competem nas Paralimpíadas Universitárias, disputadas no CT Paralímpico | Foto: Alan Morici/CPB

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio do programa Atleta Cidadão, divulga nesta terça-feira, 25, edital para a concessão de 70 bolsas de estudo para o primeiro semestre de 2026 na Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá, sendo 50 delas destinadas a cursos de graduação e 20 para pós-graduação.

As inscrições devem ser feitas até o dia 10 de dezembro, por meio do formulário presente neste link.

Antes de se inscrever, o candidato deverá ler o edital do processo seletivo, disponível neste link. Nele estão descritas as normas, informações, requisitos mínimos, obrigações, procedimentos e prazos para a participação.

A lista de cursos oferecidos pela instituição pode ser consultada nos links abaixo. As bolsas de estudo não são válidas para os cursos de graduação em medicina, odontologia, hotelaria, medicina veterinária, biomedicina e gastronomia, bem como para o MBA
executivo e para pós-graduação nas áreas de medicina, odontologia, gastronomia e ciências aeronáuticas.

As vagas serão destinadas a atletas que participaram de competições internacionais e nacionais, seguindo a lista de prioridades abaixo:

  1. Atletas que tenham participado de Jogos Paralímpicos de Inverno ou Verão;
  2. Atletas que tenham participado de Campeonatos Mundiais (adulto), reconhecidos pelo CPB ou por confederações;
  3. Atletas que tenham participado de Jogos Parapan-Americanos (adulto);
  4. Atletas que tenham participado de demais competições internacionais, não elencadas acima, reconhecidas pelo CPB ou por confederações;
  5. Atletas que tenham participado de campeonatos e competições nacionais, reconhecidas pelo CPB oupor confederações, ou que façam parte de algum programa do Comitê;
  6. Atletas-guia, goleiros, calheiros e pilotos, desde que não ultrapassem a porcentagem de 10% das vagas que estão disponíveis para tais profissionais.

O Programa Atleta Cidadão tem como objetivo estimular o desenvolvimento pleno da cidadania de atletas e ex-atletas paralímpicos em todas as fases da carreira (iniciação, alto rendimento e pós-carreira), com capacitação e orientação profissional.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte https://cpb.org.br/noticias/cpb-abre-inscricoes-para-bolsas-de-graduacao-e-pos-graduacao-para-atletas-paralimpicos/

Postado Pôr Antônio Brito 

25/11/2025

Diagnóstico tardio de TEA entra na agenda nacional após sanção de lei voltada a adultos e idosos

Diagnóstico tardio de TEA entra na agenda nacional após sanção de lei voltada a adultos e idosos

Iniciativa destaca a necessidade de capacitação profissional e revela impactos acumulados em quem viveu anos sem entender sua própria neurodivergência

A recente sanção da Lei 15.256/25, que incentiva o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em adultos e idosos, marca um momento histórico para a neurodiversidade no Brasil. A lei reconhece formalmente que muitas pessoas com autismo só descobrem sua condição na fase adulta ou na terceira idade — e que esse atraso tem consequências profundas para a vida dessas pessoas.

O professor e especialista em inclusão, Nilson Sampaio, destaca que o diagnóstico tardio priva muitas pessoas de entender quem realmente são. “Sem uma identificação formal, muitos adultos autistas passam décadas tentando se ajustar socialmente, acumulando frustrações, ansiedade, sobrecarga sensorial e autojulgamentos”, explica. Ele reforça que o autoconhecimento proporcionado pelo diagnóstico pode ser transformador. “Diagnosticar-se tardiamente não muda quem a pessoa é, mas possibilita uma nova forma de lidar com suas características, com mais empatia e estratégia, seja no trabalho, na família ou na vida social”, ressalta o especialista.

Segundo Sampaio, muitos adultos não diagnosticados podem vivenciar ao longo de suas vidas:

  • Camuflagem social: adotam estratégias para “se encaixar”, o que gera fadiga emocional e sensação de ser sempre “fora de lugar”;
  • Sobrecarga sensorial: ambientes barulhentos, reuniões longas, estímulos visuais ou táteis podem ser extremamente desgastantes, sem que a pessoa entenda por que se sente diferente;
  • Entraves no trabalho: dificuldade para manter foco, lidar com multitarefas ou adaptar-se a rotinas exigentes pode levar a esgotamento, baixa produtividade ou mudança constante de emprego;
  • Relações interpessoais afetadas: sem entender sua neurodivergência, muitos adultos interpretam seus desafios como falhas pessoais, gerando isolamento, culpa e baixa autoestima.

Impacto do diagnóstico tardio

A jornalista Bruna Bozza, de 37 anos, recebeu há menos de um ano o diagnóstico de TEA, depois de uma vida inteira interpretada por rótulos equivocados. Cresceu sendo vista como “chorona”, “esquisita” ou “sem noção”, em uma época em que neurodivergência não era discutida. Seu primeiro diagnóstico veio aos 23 anos, na faculdade de Jornalismo, quando um professor percebeu sinais de TDAH e dislexia. Porém, as medicações disponíveis na época não funcionaram, e ela passou 13 anos lidando sozinha com comorbidades, exaustão e dificuldades sociais.

Em janeiro deste ano, ao iniciar uma nova medicação que enfim trouxe estabilidade ao TDAH, outros sintomas ficaram mais evidentes. Foi o início de uma investigação de nove meses, que envolveu testes, revisitar traumas, episódios de bullying e comportamentos que sempre estiveram presentes. O resultado foi o diagnóstico de TEA nível 1, associado a Altas Habilidades — combinação que finalmente organizou sua história. “O diagnóstico trouxe alívio, porque finalmente entendi quem eu sou. Mas também trouxe um luto profundo. O que mais me atravessa é o ‘e se…’. E se tivessem percebido antes? E se eu tivesse tido acolhimento? Enquanto os outros avançavam, eu gastava toda a minha energia apenas para sobreviver e parecer normal”, desabafa a jornalista.

Para Sampaio, os ganhos de um diagnóstico, ainda que tardio, são significativos. O especialista elenca algumas vantagens:

  • Autoconhecimento e validação: entender que suas particularidades têm explicação neurológica ajuda a pessoa a se aceitar e a recontextualizar muitos episódios da vida;
  • Acesso a intervenções e estratégias: com o diagnóstico, é possível buscar terapias focadas (ocupacional, psicológica, coaching neurodivergente), além de adaptações práticas no dia a dia;
  • Rede de apoio: lançar mão de grupos, comunidades e redes de suporte específicas para autistas adultos ou idosos;
  • Inclusão social e profissional: demandar e negociar adaptações no trabalho, na rotina e nos relacionamentos com base em necessidades reais, e não mais em “jeitos de ser difíceis”.

A nova lei e a urgência da ação

A legislação sancionada abre caminho para políticas públicas mais efetivas: capacitação de profissionais de saúde para diagnosticar TEA em qualquer fase da vida, campanhas de conscientização sobre autismo adulto/idoso, e estruturação de redes de atendimento multidisciplinar para apoiar neurodivergentes. “A lei é um passo fundamental, mas precisamos agora garantir acessibilidade real, ou seja, que adultos autistas tenham profissionais qualificados disponíveis, laudos acessíveis e políticas que apoiem sua singularidade. Diagnosticar é apenas o começo; o verdadeiro avanço será quando tivermos inclusão genuína”, destaca Sampaio.


Apesar do aumento dos diagnósticos e do acesso a conteúdos sobre neurodiversidade, o preconceito contra autistas de nível 1 de suporte ainda é frequente. Muitas vezes chamados de “autistas funcionais”, eles enfrentam uma carga silenciosa: conseguem viver em sociedade, mas às custas de intenso esforço para mascarar características naturais e se encaixar em padrões sociais. “Esse processo resulta em desgaste físico e mental, dores, inflamações e condições como ansiedade e depressão. Outro desafio é a percepção distorcida da população, que frequentemente desmerece ou desacredita do diagnóstico do autista de nível 1, alimentando piadas, desrespeito e ridicularização”, completa o especialista.

Fonte https://diariopcd.com.br/diagnostico-tardio-de-tea-entra-na-agenda-nacional-apos-sancao-de-lei-voltada-a-adultos-e-idosos/

Postado Pôr Antônio Brito 

Estudante com deficiência visual de 87 anos tem novas oportunidades

O CEEDV de Brasília recebe 40 computadores do programa 'Computadores para Inclusão', celebrado por Neuraci Fagundes, estudante de 87 anos com deficiência visual, que busca aprender.

Estudante com deficiência visual de 87 anos tem novas oportunidades

Com o compromisso de promover a inclusão digital, o Ministério das Comunicações tem instalado e equipado laboratórios de informática em associações comunitárias e entidades de todo o país. Na semana passada, foi a vez do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) de Brasília/DF receber 40 equipamentos da pasta, recondicionados e doados por meio do programa Computadores para Inclusão.

A novidade foi celebrada por Neuraci Fagundes, de 87 anos, uma das estudantes do CEEDV. Professora de português aposentada, dona Neura — como é carinhosamente chamada — tem uma degeneração macular que afeta sua retina e compromete sua visão.

Ela espera aprender um pouco de tecnologia, porque acha que vai ser útil para se comunicar com as pessoas, pesquisar e saber de novidades. Há 2 anos, dona Neura sequer conseguia ler. Com o apoio de profissionais e aulas adaptadas em ambientes bem iluminados, ela voltou a enxergar parcialmente do olho direito.

Há poucos dias, em uma aula de Educação Visual, Neuraci conseguiu ler um texto especialmente disposto em um fundo de projeção. Ela estava justamente em uma aula de Escrita Cursiva do CEEDV quando os técnicos do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), do Ministério das Comunicações, chegaram com as máquinas doadas.

O objetivo é fazer com que cada pessoa com deficiência visual tenha mais autonomia. É a primeira vez que o CEEDV recebe uma doação com esse volume de computadores. As máquinas vão atender as salas de digitação e de apoio pedagógico, onde se realiza a produção em braile da entidade.

O programa do Ministério das Comunicações promove inclusão e sustentabilidade a partir da restauração de equipamentos nos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs). Além do descarte ambientalmente correto dos resíduos eletroeletrônicos, a iniciativa oferece cursos de capacitação em informática para jovens e adultos.

Desde sua criação, o Computadores para Inclusão já entregou mais de 66 mil máquinas e criou mais de 5 mil laboratórios de informática em 1.278 municípios. Na área de treinamento, o programa capacitou mais de 66 mil pessoas em um dos 301 cursos existentes.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=dd380de3-59a9-4209-898e-6c9f6e155a51

Postado Pôr Antônio Brito 

Dia Nacional de Combate ao Câncer destaca avanços no tratamento pediátrico e reforça importância do diagnóstico precoce

Dia Nacional de Combate ao Câncer destaca avanços no tratamento pediátrico e reforça importância do diagnóstico precoce

No Rio Grande do Sul, SPRS chama atenção para os tipos mais frequentes de câncer infantil e para os progressos que elevam as taxas de cura e a qualidade de vida das crianças

O Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, reforça um alerta essencial para famílias e profissionais de saúde: o câncer também acomete crianças e adolescentes e exige diagnóstico precoce, atenção especializada e cuidado contínuo. No Rio Grande do Sul, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) destaca o papel dos avanços científicos e das equipes multidisciplinares na transformação do cenário da oncologia pediátrica. Conforme a médica hematologista pediátrica, associada e diretora da entidade, Virginia Nóbrega, compreender os sinais, os tipos mais comuns e as novas possibilidades terapêuticas é fundamental para ampliar as chances de cura e reduzir impactos físicos e emocionais.

Entre os tipos de câncer mais frequentes na infância estão as leucemias, responsáveis por aproximadamente um quarto dos casos. 

“Elas afetam a medula óssea, comprometendo a produção das células do sangue e levando a sintomas como anemia, infecções e sangramentos”, explica.

Em seguida aparecem os tumores cerebrais e os linfomas, além de tumores musculares e ósseos — como rabdomiossarcoma, osteossarcoma e sarcoma de Ewing — que são muito mais comuns em crianças e adolescentes do que em adultos.

Segundo a especialista, os avanços no tratamento têm mudado a perspectiva de milhares de pacientes. 

“Hoje, graças a terapias mais seguras, protocolos bem estabelecidos e um cuidado multidisciplinar que inclui suporte clínico, assistência psicológica e acompanhamento familiar, as taxas de cura chegam a cerca de 80%”, afirma. Ela destaca que, embora a quimioterapia ainda represente um desafio devido às toxicidades e ao risco aumentado de infecções, novas tecnologias têm ampliado as possibilidades terapêuticas. “As terapias alvo e as imunoterapias reconhecem e atacam apenas as células tumorais. Isso significa mais precisão, menos efeitos colaterais e uma experiência mais humanizada para as crianças em tratamento.”

O cenário para o futuro é promissor, com tratamentos cada vez mais individualizados e focados na redução da dor, na diminuição das internações e na promoção da qualidade de vida. A SPRS reforça que a atenção ao câncer infantil deve ser contínua, e que qualquer sinal persistente — como febre prolongada, palidez, manchas roxas sem causa aparente, dor óssea, vômitos matinais ou perda de peso — deve motivar avaliação médica imediata.

Sobre a Sociedade de Pediatria do RS

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.

Fonte https://diariopcd.com.br/dia-nacional-de-combate-ao-cancer-destaca-avancos-no-tratamento-pediatrico-e-reforca-importancia-do-diagnostico-precoce/

Postado Pôr Antônio Brito 

Educação Paralímpica: programa transforma o esporte escolar e amplia direitos de alunos com deficiência

Aluno Maykon em processo de alfabetização com a professora Raquel Canté | Foto: acervo pessoal

No interior do estado do Amazonas, onde as escolas se apoiam mais na coragem dos professores do que nas condições materiais e de suporte oferecidas pelo poder público, a inclusão é, muitas vezes, impulsionada pela necessidade de atender quem chega. Foi nesse contexto que, em 2019, atuando no município de Tefé, a mais de 500 quilômetros de Manaus, a professora de educação física Raquel Canté recebeu seus primeiros alunos com deficiência em uma instituição de ensino que não contava com referências de inclusão no esporte escolar.

Sem materiais adequados e suporte especializado, ela se viu diante de um desafio novo e urgente que transformaria sua prática docente. Durante a preparação das aulas, a professora se perguntou: “como ensinar esporte a alunos com deficiência?”. Em uma busca simples na internet, ela conheceu o Programa Educação Paralímpica, iniciativa que oferece cursos, materiais e formação voltada ao esporte adaptado e que se tornaria o ponto de virada em sua trajetória.

Idealizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, o programa foi lançado em 2017 para apoiar profissionais de todo o país na construção de ambientes mais acessíveis ao ensino do esporte. Ao longo desse período, o projeto formou uma rede que já alcança cerca de 2.400 municípios, levando referências, métodos de adaptação e conhecimentos que antes não chegavam às salas de aula da maioria das escolas brasileiras. Todos os cursos são certificados pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio de convênio específico em nível de extensão.

Para o coordenador do Programa Educação Paralímpica, David Farias, o sentido do projeto ultrapassa a formação técnica e se relaciona com o direito das pessoas com deficiência de terem o esporte presente em sua formação e em seu cotidiano. “A principal missão do Comitê Paralímpico Brasileiro é a inclusão e, nessa perspectiva, o Educação Paralímpica se tornou uma ferramenta importante. O objetivo é garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso ao esporte e possam dizer: ‘eu fiz aula de educação física’. Isso é um direito que exige a formação de professores e o trabalho articulado com a assistência social, a reabilitação e a área da saúde”, ressalta.

Primeiras ações

Após conhecer e realizar os cursos de formação do programa, a professora Raquel Canté reorganizou suas aulas para que os estudantes com deficiência participassem das atividades. “Quando os primeiros alunos com deficiência chegaram, entendi que não fazia sentido repetir aquela lógica de ‘ele não consegue, ele não vai fazer’. O que precisava mudar era o ambiente, e nós mudamos”, lembra.

Em seguida, a professora incorporou uma abordagem pedagógica voltada à inclusão e integrou modalidades paralímpicas à rotina da escola, levando para as aulas a bocha, o goalball e a corrida guiada. “Quando começamos a trabalhar com essas modalidades, a turma passou a compreender melhor as especificidades dos colegas. Os próprios estudantes sem deficiência ajudaram a criar adaptações para que todos participassem das aulas”, conta.

Essa mudança no cotidiano escolar, segundo ela, abriu espaço para novas oportunidades. “A partir desse cuidado compartilhado, conseguimos levar três alunos com deficiência para os Jogos Adaptados André Vidal, em Manaus. Esse foi o primeiro projeto de inclusão da escola”, acrescenta.

Depois das experiências em Manaus, foi nos Jogos Escolares Municipais de Tefé, realizado no município em que os estudantes viviam, que a transformação ganhou contornos mais próximos da realidade local. Muitas famílias, acostumadas a ver os filhos fora das atividades esportivas, acompanharam as competições com um orgulho que atravessava a quadra. “Os professores viram nos atletas os mesmos estudantes que, pouco tempo antes, ainda buscavam espaço nas atividades físicas da escola. A comunidade escolar inteira vivenciou esse momento, e isso mostrou que a inclusão transforma a vida de todos”, ressalta Raquel Canté.

Formação que transforma

Com o avanço do Programa Educação Paralímpica, a formação voltada ao esporte adaptado passou a alcançar diferentes regiões do país por meio de cursos de iniciação, habilitação técnica, seminários, formações a distância e atualizações especializadas. Essa estrutura se consolidou em uma rede que hoje envolve 58 parcerias ativas e outras 23 em processo de formalização.

O impacto dessas redes, seja a que nasce da formação voltada ao paradesporto ou outras que acompanham as pessoas com deficiência ao longo da vida, marca as histórias individuais. A trajetória do coordenador do programa, David Farias, que veio do sertão da Bahia e encontrou na educação a oportunidade de ocupar lugares que antes eram inacessíveis, mostra como esse trabalho amplia oportunidades e transforma vidas.

“Nasci no interior da Bahia, em uma família com 16 irmãos, e sou o único com deficiência. A educação criou muitas possibilidades na minha vida. Estudei em colégio interno, mudei de cidade, fiz curso técnico, pedagogia e dei aula na rede pública. Tudo o que alcancei veio das oportunidades que o estudo e o esporte me deram. Por isso, trabalhar com o Educação Paralímpica é também garantir que pessoas com deficiência tenham seus direitos garantidos e tenham condições de seguir adiante”, avalia.

Ampliação da inclusão

Após os resultados conquistados em Tefé, o trabalho de Raquel Canté seguiu para outros municípios do Amazonas. Em 2020, ela foi transferida para Lábrea, quase 900 quilômetros distante de Manaus, onde encontrou uma realidade marcada pela falta de formação docente e pela ausência de propostas voltadas aos estudantes com deficiência. Com o conhecimento adquirido no Programa Educação Paralímpica, a professora reorganizou práticas pedagógicas, passou a utilizar a estrutura existente como espaço de aprendizagem e desenvolveu projetos em que alunos monitores apoiavam colegas com deficiência.

“Em Lábrea, acompanhei alunos que nunca tinham participado de atividades físicas descobrirem que podiam aprender também pelo movimento. A quadra, a piscina e a academia da instituição se tornaram parte do processo pedagógico, e isso fez toda a diferença. Tinha estudante que quase não falava e começou a se comunicar mais, outros voltaram a frequentar as aulas. Percebi que, quando o ambiente acolhe, as possibilidades aparecem”, relata.

Caminhos que se encontram

Com a experiência de Lábrea demonstrando impacto na aprendizagem dos estudantes, a professora Raquel Canté assumiu, em 2025, turmas em Itacoatiara. O município, mais próximo de Manaus, reúne estudantes com diferentes tipos de deficiência e uma equipe multiprofissional em busca de referências práticas para fortalecer a inclusão. Nesse novo contexto, a professora aprende e compartilha formas de aplicar os aprendizados do Programa Educação Paralímpica.

Em Itacoatiara, Raquel passou a atuar com estudantes com deficiência visual, deficiência intelectual, autismo e deficiências múltiplas. “Aqui, cada estudante chega com uma história diferente, e isso me fez reorganizar tudo outra vez. Passei a adaptar materiais, criar novas propostas de movimento e trabalhar junto com a equipe multiprofissional. A cada semana víamos avanços que mostravam como o ambiente pode favorecer a participação”, relata.

Entre as histórias que guardou ao longo dos anos, Raquel lembra de Emanuela e Rikelme, estudantes com deficiência auditiva, e Luis Guilherme, com autismo, que viajaram de Tefé para Manaus para participar de jogos adaptados; de Luzia, estudante com deficiência física de Lábrea que competiu no parabadminton; e de Maykon e Jesus, ambos com deficiência intelectual, que se envolveram nas atividades esportivas e, durante esse processo, aprenderam a ler com o apoio da equipe pedagógica.

Os exemplos dos três municípios do Amazonas evidenciam a força e a abrangência nacional do Programa Educação Paralímpica, presente em todas as cinco regiões do país. Como parte do projeto, recentemente foi realizada uma formação presencial em Lábrea, reunindo 122 professores da rede estadual e municipal, incluindo profissionais da educação física e de outras áreas.

“Viajamos mais de 4.000 quilômetros de São Paulo, sede do Comitê Paralímpico Brasileiro, até Lábrea, para levar a formação diretamente aos professores e gestores locais. Ver o engajamento deles e a aplicação prática das atividades nas escolas evidencia que estamos construindo uma rede de apoio, inclusão e oportunidades em todo o país”, finaliza David Farias.

Como participar

O Programa Educação Paralímpica estabelece parcerias com secretarias municipais de educação e universidades interessadas em fortalecer práticas educacionais voltadas ao esporte adaptado. O interesse pode ser manifestado pelo e-mail educ.paralimpica@cpb.org.br ou pelo telefone (11) 4710-4195. Informações completas estão disponíveis em: www.educacaoparalimpica.org.br

Fonte https://cpb.org.br/noticias/educacao-paralimpica-programa-transforma-o-esporte-escolar-e-amplia-direitos-de-alunos-com-deficiencia/

Postado Pôr Antônio Brito 

24/11/2025

Rondoniense Cristian Ribera abre temporada na neve com dois ouros na Copa Continental da Noruega

Cristian Ribera (ao centro), segurando a bandeira do Brasil ao lado da comissão técnica, em Beitostølen, na Noruega, durante etapa da Copa Continental | Foto: CPB

Está aberta a temporada de esportes na neve com a primeira etapa iniciada nesta sexta-feira, 21, em Beitostølen, na Noruega. Representando o Brasil, o rondoniense Cristian Ribera conquistou duas medalhas de ouro nas provas de velocidade (800m) e distância (5km), válidas pela Copa Continental.

Cristian também participou do processo de classificação internacional e teve confirmada sua classe LW11, destinada a atletas que competem sentados em um sit-ski e utilizam bastões.

Na prova de sprint (800m), realizada na sexta-feira, 21, o atleta avançou pela qualificatória e semifinal com o melhor tempo e finalizou em primeiro na decisão. O ucraniano Vasyl Kravchuk ficou com a prata, e o italiano Giuseppe Romele completou o pódio com o bronze.

Neste sábado, 22, o atleta voltou ao Estádio de Esqui de Beitostølen para os 5km, registrando 11min41s1 e conquistando o segundo ouro. Dessa vez, Romele terminou em segundo lugar com 12min10s2, e Kravchuk foi o terceiro, com 12min42s5.

As disputas na Noruega marcaram as primeiras provas internacionais da temporada paralímpica no esqui cross-country. Após o encerramento da etapa, Cristian inicia o retorno ao Brasil neste domingo, 23.

A competição norueguesa antecede outras competições previstas no calendário. A paranaense Aline Rocha, o paulista Wesley Santos e Altair Marangne representam o Brasil na etapa Continental de Canmore, no Canadá, nos dias 26 e 27 de novembro. No mesmo local, em dezembro, ocorre a abertura da Copa do Mundo da modalidade, da qual Cristian não participa. O esquiador volta ao circuito mundial apenas na etapa seguinte, em Finsterau, na Alemanha, entre 14 e 18 de janeiro. Depois, a temporada segue para a Polônia, de 28 de janeiro a 1º de fevereiro.

Time São Paulo
Os atletas Aline Rocha e Cristian Ribera integram o Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 154 atletas.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/rondoniense-cristian-ribera-abre-temporada-na-neve-com-dois-ouros-na-copa-continental-da-noruega/

Postado Pôr Antônio Brito