24/10/2025

Justiça reconhece direito de redução de jornada para pais que cuidam de filhos com deficiência

Justiça reconhece direito de redução de jornada para pais que cuidam de filhos com deficiência

          Empresas devem zelar pela adequação da rotina do trabalhador

Conciliar responsabilidades profissionais com os cuidados exigidos por filhos com deficiência é um desafio que vai muito além da rotina. As empresas devem compreender a realidade do trabalhador, adequando-os a rotina de atividades exigidas deste. O tema vem ganhando destaque em diferentes tribunais do país, o que reforça o papel das normas protetivas da criança e do adolescente e consolida a importância da dignidade da pessoa humana como fundamento para decisões judiciais.

Um caso recentemente julgado pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), reconheceu o direito de uma técnica de enfermagem de reduzir sua jornada em 50%, sem prejuízo salarial, para cuidar do filho de 16 anos com paralisia cerebral, surdez e diversos déficits cognitivos e motores. Embora a empresa pública federal em que trabalha tenha argumentado que a trabalhadora era celetista e que, portanto, não havia previsão legal expressa, a relatora do caso lembrou que a jurisprudência consolidada do TST admite a aplicação analógica da Lei 8.112/90, que garante o benefício a servidores públicos federais.

“O Judiciário tem compreendido que a ausência de norma específica na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não pode servir de obstáculo quando o direito fundamental à proteção da criança e da pessoa com deficiência está em jogo”, explica Ana Claudia Cericatto, advogada especialista em Direito do Trabalho da Andersen Ballão Advocacia.

Casos semelhantes têm surgido em todo o país. Em Cataguases (MG), um soldador obteve judicialmente o direito de reduzir sua jornada uma vez por semana, sem diminuição de salário, para levar a filha de quatro anos, diagnosticada com transtorno do espectro autista, às sessões de fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional. A juíza destacou que não havia prova de prejuízo à empresa e que a necessidade de acompanhamento paterno era essencial ao desenvolvimento da criança. A decisão ainda estabeleceu multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento pela empresa, que chegou a aplicar advertências ao trabalhador por atrasos em razão do acompanhamento da filha às terapias.

Outro caso relevante ocorreu em Anápolis (GO), onde uma bancária, mãe de um filho com transtorno do espectro autista e epilepsia de difícil controle, conseguiu na Justiça a redução de 50% da jornada, também sem perda salarial. De acordo com o juiz, a criança necessitava de 26 horas semanais de terapias e havia o perigo de dano caso a medida não fosse concedida. Em sua decisão, ele invocou a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/15), a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e ainda a Lei 14.457/22, que flexibiliza jornadas para pais com filhos com deficiência, enfatizando que “a família é o suporte principal da pessoa com deficiência, em especial da criança, em razão de sua dupla vulnerabilidade”.

Precedentes se baseiam na Constituição Federal e no Estatuto da Pessoa com Deficiência

O Supremo Tribunal Federal (STF),  por meio do Tema 1.097, já pacificou o direito à redução da jornada sem corte salarial para servidores estaduais e municipais, reforçado pela Lei 13.370/16. No setor privado, a ausência de previsão expressa ainda gera controvérsias, mas o Projeto de Lei 124/23 tramita no Congresso e pretende garantir redução mínima de duas horas diárias para trabalhadores que tenham vínculo de cuidado indispensável com pessoas com deficiência, sem compensação e sem prejuízo da remuneração.

Do ponto de vista legal, a Constituição Federal garante, em seus artigos 5º, 6º e 7º, a proteção da família, a dignidade da pessoa humana e a igualdade social. O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15) reforça a inclusão e assegura condições de participação plena e efetiva das pessoas com deficiência em igualdade de oportunidades. Já a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro com status constitucional, estabelece parâmetros internacionais para a proteção da criança e do adolescente com deficiência.

Na visão da especialista da ABA, os julgados caminham no sentido de expandir esses direitos. “O que vemos nas decisões recentes é a aplicação do princípio da proteção integral à criança e ao adolescente, combinado com a valorização da família como núcleo de apoio e cuidado prevalecendo sobre a liberdade econômica. A Justiça tem entendido que a conciliação entre vida profissional e as responsabilidades familiares é um dever compartilhado por toda a sociedade, inclusive pelas empresas”, afirma Ana Claudia.

Empresas devem se posicionar de forma inclusiva e humana

Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018), assim como a proteção da vida e a privacidade do empregado, direitos fundamentais garantidos na Constituição Federal, o empregador não pode solicitar informações sobre a saúde do empregado, tampouco, da saúde de filho ou familiar, seja na admissão ou durante o contrato de trabalho. A solicitação infringe as normas da legislação e a empresa poderá sofrer com futuras indenizações por danos morais. “

É importante ressaltar que ainda não existe legislação que defina os limites as responsabilidades que devem ser impostos no caso de flexibilização da jornada de pais ou responsáveis. O assunto ainda não é tratado nos instrumentos coletivos competentes, sendo que cada pedido ainda depende de análise individual, mediante apresentação de laudos médicos, relatórios de profissionais de saúde e comprovação da necessidade de acompanhamento frequente. É nesse cenário de consolidação jurisprudencial, aliado às mudanças legislativas, que se desenha o futuro das relações de trabalho no Brasil para famílias com filhos com deficiência.

“As recentes decisões a respeito do tema demostram que a melhor opção para as partes é a negociação, sendo esta a forma mais assertiva e recomendada para evitar riscos à relação de emprego. Ainda, não se pode deixar de registrar que o  beneficio não deve ser banalizado, e que as condições específicas da redução da jornada de trabalho podem variar dependendo do contexto legal e das políticas da empresa, conclui Ana Claudia.

Fonte https://diariopcd.com.br/justica-reconhece-direito-de-reducao-de-jornada-para-pais-que-cuidam-de-filhos-com-deficiencia/

Postado Pôr Antônio Brito 

Apaes do RS convocam sociedade para manifestação contra Decreto do Governo Federal que criou Política Nacional de Educação Inclusiva

Apaes do RS convocam sociedade para manifestação contra Decreto do Governo Federal que criou Política Nacional de Educação Inclusiva

Entidades divulgam Nota de Repúdio ao Decreto Federal que institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva

O Diário PcD teve acesso a Nota Oficial de Repúdio da Federação das APAEs do Estado do Rio Grande do Sul. A polêmica começou após a edição do Decreto Federal 12.686. Confira a manifestação das instituições

A Federação das APAEs do Estado do Rio Grande do Sul manifesta, por meio desta, sua profunda preocupação e convoca toda a comunidade Apaeana RS, incluindo entidades, profissionais e famílias engajadas na educação especial, a expressar seu veemente protesto contra o Decreto nº 12.686/2025, divulgado pelo Ministério da Educação, em 21 de outubro de 2025, que estabelece a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva.

As escolas especializadas da Rede Apae RS reconhecem e defendem diariamente a importância da inclusão educacional, promovendo respeito e aplicando práticas adequadas aos seus alunos, além de oferecer suporte contínuo às suas famílias. Todavia, o referido decreto apresenta sérias falhas tanto em sua estrutura quanto em seus conceitos, ameaçando décadas de dedicação das escolas especializadas das Apaes — instituições comprometidas com o direito à educação de qualidade para estudantes com deficiência e transtorno do espectro autista (TEA). Nossa crítica se dá em principalmente identificar o DESMANTELAMENTO DE REDES ESPECIALIZADAS CONSOLIDADAS como as escolas das Apaes neste Estado e no restante do Brasil.

O decreto prioriza de forma absoluta a matrícula em classes comuns, relegando o atendimento em instituições como as Apaes. Ignorando o trabalho histórico de APAEs, Pestalozzis, e demais instituições análogas especializadas e centros de referência que, há décadas, garantem acolhimento, ensino e dignidade a milhares de pessoas com deficiência em todo o país. Desconsidera a diversidade de necessidades educacionais, tratando de forma homogênea casos que exigem abordagens diferenciadas e altamente especializadas. Além de ameaçar a continuidade de serviços educacionais que funcionam de forma eficaz, substituindo-os por um modelo genérico que não está preparado para atender todas as especificidades.

O decreto apresenta uma política idealizada que não corresponde à realidade da maioria das escolas brasileiras, ao analisar o documento profundamente, se percebe que a utopia da escolarização inclusiva está muito além, a se julgar pelas escolas com ausência de acessibilidade arquitetônica adequada em grande parte do território nacional, professores sem formação específica adequada para lidar com as múltiplas demandas da educação especial, ausência de materiais didáticos adaptados, tecnologias assistivas e recursos pedagógicos essenciais. Isso sem contar sobre o FINANCIAMENTO INCERTO E INSUFICIENTE que o decreto apresenta!

O decreto não respeita adequadamente o direito das famílias de escolher o modelo educacional mais apropriado para suas crianças e jovens, cada estudante possui necessidades únicas que podem demandar ambientes mais estruturados e especializados. Lembramos que, a inclusão forçada, sem considerar as particularidades de cada caso, pode resultar em sofrimento, frustração e prejuízos ao desenvolvimento educacional e socioemocional. A inclusão não pode ser decretada sem que existam condições materiais e humanas para sua efetivação.

O decreto estabelece que professores do AEE devem ter “preferencialmente” formação específica em educação especial inclusiva com carga horária de apenas 80 horas, em palavras claras Não há garantia de formação continuada robusta e permanente para os profissionais da rede regular que receberão esses estudantes. A implementação precipitada, sem preparação adequada, pode resultar em exclusão velada: o estudante está matriculado, mas não aprende, não participa e não é verdadeiramente acolhido.

A inclusão é um direito fundamental e um valor inegociável. No entanto, a inclusão verdadeira não é apenas colocar todos no mesmo espaço físico, mas garantir que cada pessoa tenha acesso a uma educação de qualidade, com os suportes necessários para seu pleno desenvolvimento. Não podemos aceitar que, em nome de um ideal de inclusão, sejam destruídas estruturas que funcionam e atendem com dignidade milhares de famílias brasileiras, como as escolas especializadas das Apaes.

Não podemos permitir que a inclusão se torne uma palavra vazia, desacompanhada de investimento real, formação adequada e respeito à diversidade de necessidades. Não podemos concordar com políticas que, sob o discurso progressista, causam retrocesso prático no atendimento a quem mais precisa.

Conclamamos o Governo Estadual, Governo Federal, o Ministério da Educação e o Congresso Nacional a ouvir a comunidade da educação especial e construir uma política verdadeiramente inclusiva, que respeite trajetórias diversas e garanta qualidade para todos.

INCLUSÃO SIM, MAS COM RESPONSABILIDADE, ESTRUTURA E RESPEITO ÀS DIFERENÇAS.

Atenciosamente,

Joseane Cancino

Coord. de Educação e Ações Pedagógicas

Marco Antonio Moresco

Presidente da Feapaes-RS

CRÉDITO/FONTE: Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Relações Públicas da Feapaes-RS

Fonte https://diariopcd.com.br/apaes-do-rs-convocam-sociedade-para-manifestacao-contra-decreto-do-governo-federal-que-criou-politica-nacional-de-educacao-inclusiva/

Postado Pôr Antônio Brito 

Seleção Brasileira de tiro esportivo embarca para Copa do Mundo nos Emirados Árabes

Atleta Alexandre Galgani com medalha no Parapan de Santiago 2023 | Foto: Miriam Jeske/CPB

Quatro atletas da Seleção Brasileira de tiro esportivo paralímpico embarcam nesta sexta-feira, 24, para Al Ain, onde disputam a etapa dos Emirados Árabes Unidos da Copa do Mundo da modalidade, de 29 de outubro a 5 de novembro.

O país contará com o paulista Alexandre Galgani, primeiro brasileiro a conquistar uma medalha paralímpica na modalidade, com uma prata obtida nos Jogos de Paris 2024. Ao lado dele estarão o capixaba Bruno Kiefer, o paranaense Marcelo Marton e o gaúcho Alexandro Basso, este último na prova do tiro ao prato.

Alexandre volta a uma competição internacional após ter fraturado a tíbia esquerda ao bater a cadeira de rodas contra uma parede, durante a etapa da Coreia do Sul da Copa do Mundo de tiro esportivo, realizada em Changwon, em junho.

Em agosto, Bruno Kiefer conquistou dois ouros no Grand Prix de tiro esportivo de Arequipa, no Peru: ele venceu as provas mistas R4 – carabina de ar em pé 10m pela classe SH2 (atiradores que precisam de suporte para a arma) e a R5 – carabina de ar deitado 10m. Já o paranaense Marcelo Marton conquistou a medalha de prata no R1- carabina de ar em pé 10m na classe SH1 (sem suporte para a arma) na mesma competição.

Antes, em junho, o gaúcho Alexandro Basso conquistou a medalha de bronze na prova de tiro ao prato da etapa da Coreia do Sul da Copa do Mundo.

Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do tiro esportivo.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/selecao-brasileira-de-tiro-esportivo-embarca-para-copa-do-mundo-nos-emirados-arabes/

Postado Pôr Antônio Brito 

Mr. Olympia Wheelchair: brasileiro fica entre os melhores do mundo

O brasileiro Josué Fabiano Monteiro, o Gorila Albino, conquistou o Top 4 no Mr. Olympia Wheelchair, em Las Vegas/EUA. O evento é considerado a 'Copa do Mundo' do fisiculturismo.

Mr. Olympia Wheelchair: brasileiro fica entre os melhores do mundo

Aconteceu neste último final de semana - dias 10 e 11 de outubro - em Las Vegas/EUA, o concurso mundial Mr. Olympia, considerado a “Copa do Mundo” do fisiculturismo.

O evento reúne os maiores nomes do esporte em todo o planeta e conta com uma categoria específica para pessoas com deficiência: a Wheelchair, destinada a atletas com deficiência física que competem em cadeiras de rodas.

Nesta edição, participaram 11 atletas, incluindo 2 brasileiros: Josué Fabiano Monteiro, conhecido como Gorila Albino, e Antonio Matkovic.

O destaque ficou para Gorila Albino, que conquistou o Top 4 da competição.

O nosso “Gorila” adquiriu sua deficiência após sofrer uma queda de skate aos 3 anos de idade, que causou uma lesão na região das costelas e resultou em atrofiamento muscular.

Participaram da competição atletas da Itália, EUA, Oscar Espanha, Canadá, Índia, França e Brasil.

O grande vencedor do Mr. Olympia Wheelchair 2025 foi o americano James Berger.

Parabéns aos atletas brasileiros que nos representaram em Las Vegas/EUA !

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=3d24c15d-6277-4b6c-991b-4a1f4cc5a600

Postado Pôr Antônio Brito

22/10/2025

Especialista explica por que cuidado emocional é fundamental para pessoas neurodivergentes

Especialista explica por que cuidado emocional é fundamental para pessoas neurodivergentes

Especialista explica como o acolhimento e terapias personalizadas podem reduzir quadros de ansiedade e depressão entre autistas e pessoas com TDAH

No Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, especialistas reforçam que o bem-estar emocional deve ser uma prioridade para todos — especialmente para pessoas neurodivergentes, como autistas, pessoas com TDAH, dislexia e outras condições neurológicas. Estudos internacionais apontam que esses grupos têm maior risco de desenvolver ansiedade, depressão e pensamentos suicidas, o que torna o tema ainda mais urgente.

O conceito de neurodiversidade se baseia na ideia de que há múltiplas formas de o cérebro humano funcionar — todas igualmente válidas. No entanto, pessoas neurodivergentes ainda enfrentam pressões sociais para se adequar a padrões de comportamento e produtividade, o que frequentemente gera sobrecarga emocional, isolamento e esgotamento. Segundo o IBGE, são 2,4 milhões de brasileiros diagnosticados com TEA, correspondendo a 1,2% da população com dois anos ou mais. A maior prevalência está em crianças de 5 a 9 anos, com 2,6% diagnosticadas — uma em cada 38 crianças.

pesquisa “Retratos do Autismo”, realizada pela Genial Care, aponta que 49% dos autistas já apresentaram comportamentos de autolesão e 7% tentaram tirar a própria vida. Outro ponto que merece atenção é a saúde emocional dos cuidadores de pessoas neurodivergentes. O estudo “Cuidando de quem cuida”, também divulgado pela Genial Care, mostrou que 86% dos cuidadores de crianças com autismo são mães. Entre eles, 68% relatam não ter tempo para si, e 47% das mães relatam sentir culpa pela condição dos filhos — um peso que amplia o desgaste físico e psicológico. 

“Pessoas neurodivergentes enfrentam desafios que vão muito além do diagnóstico. Elas convivem com sobrecarga sensorial, exigências sociais e uma busca constante por pertencimento e inclusão. Por isso, falar de saúde mental nesse contexto é falar de acolhimento, empatia e inclusão”, afirma a Vice Presidente Clínica da Genial Care, rede de cuidado de saúde atípica especializada em crianças autistas e suas famílias, Thalita Possmoser.

Por que 10 de outubro é o Dia da Saúde Mental?

Instituída pela Federação Mundial de Saúde Mental em 1992, a data tem como objetivo mobilizar governos e sociedade para discutir o tema. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde mental um dos principais desafios contemporâneos, especialmente após a pandemia de Covid-19, que causou um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão em todo o mundo.

No Brasil, o Atlas de Saúde Mental Mundial (OMS, 2020) mostra que fatores como condições socioeconômicas, exclusão social e sobrecarga familiar estão diretamente ligados ao agravamento de transtornos mentais — um cenário ainda mais complexo para quem vive com neurodivergências. 

Caminhos para um cuidado mais inclusivo

Garantir uma boa saúde mental para pessoas neurodivergentes passa por compreender suas necessidades específicas e criar estruturas de apoio personalizadas. Segundo Thalita Possmoser, o acompanhamento interdisciplinar é o que permite resultados mais consistentes. “Cuidar da saúde mental de uma pessoa neurodivergente não é apenas oferecer terapia, e sim construir um ecossistema de suporte. Envolve orientar a família, ajustar o ambiente, capacitar profissionais e garantir continuidade no cuidado”, destaca a Vice Presidente Clínica da Genial Care.

A especialista aponta algumas estratégias práticas que podem fazer diferença neste cuidado.

  • Intervenções terapêuticas: encontrar terapias que mais se adaptam às necessidades de pessoas neurodivergentes é uma forma de oferecer ferramentas para lidar com pensamentos negativos e desenvolver habilidades sociais.
  • Terapia ocupacional focada em integração sensorial: pessoas com autismo, dislexia ou TDAH podem se beneficiar de terapias que ajudem a regular a resposta sensorial ao ambiente, criando maneiras de ter menos crises e desregulação por conta dos estímulos.
  • Redes de apoio: grupos de apoio formados por pessoas neurodivergentes podem oferecer um espaço seguro para compartilhamento de experiências e desenvolvimento de estratégias de enfrentamento. Isso também se aplica às pessoas cuidadoras.
  • Ações de autocuidado: rotinas de autocuidado devem considerar os desafios específicos enfrentados por pessoas neurodivergentes, como hipersensibilidade sensorial. Técnicas e estratégias que respeitem os limites sensoriais de cada pessoa são fundamentais para a realização destas ações.

Um convite à empatia e à ação

Neste 10 de outubro, a mensagem é clara: cuidar da saúde mental é um direito de todos, porém é preciso compreender que as pessoas neurodivergentes necessitam de políticas públicas, profissionais preparados e espaços que acolham suas singularidades.

“O cuidado com a saúde mental deve ser contínuo na vida das pessoas neurodivergentes, não somente quando há crise. Quanto mais cedo o suporte especializado é oferecido, maiores são as chances de autonomia, qualidade de vida e bem-estar ao longo da vida”, conclui Thalita Possmoser.

Importante: se você ou alguém próximo está enfrentando sofrimento emocional, procure ajuda especializada. O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio gratuito e sigiloso pelo número 188 ou em cvv.org.br.

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Genial CareGenial Care é uma rede de cuidado de saúde atípica especializada em crianças autistas e suas famílias. Com várias clínicas em todas as regiões de São Paulo, a empresa combina modelos terapêuticos próprios, suporte educacional e tecnologia avançada para promover bem-estar e qualidade de vida no processo de intervenção. Com uma equipe dedicada de mais de 250 profissionais, a Genial Care tem como propósito garantir que cada criança alcance seu máximo potencial.  Saiba mais: Site / YouTube / Instagram / Facebook / LinkedIn

Fonte https://diariopcd.com.br/especialista-explica-por-que-cuidado-emocional-e-fundamental-para-pessoas-neurodivergentes/

Postado Pôr Antônio Brito 

Laís Souza pedala com o Pernas Solidárias em SP

A ex-atleta olímpica Laís Souza voltou a pedalar com o projeto “Pernas Solidárias” em SP, sendo conduzida pela atleta olímpica Luisa Baptista. O projeto transforma vidas através do esporte.

Laís Souza pedala com o Pernas Solidárias em SP

Fazia muitos anos que a ex-atleta olímpica Laís Souza não pedalava. E, dessa vez, ela teve a honra de ser levada por uma outra atleta olímpica, pedalando sua bike, a Luisa Baptista.

A Luisa conheceu o projeto “Pernas Solidárias” de Ribeirão Preto/SP, que a convidou para viver essa experiência única ao lado de Laís Souza, que ficou tetraplégica após um acidente em janeiro de 2015, nos EUA, durante um treino de esqui para as Olimpíadas de Inverno.

O “Pernas Solidárias” é um projeto incrível que transforma vidas através do esporte. Hoje, eles têm 10 bikes adaptadas, que permitem que pessoas com deficiência possam sentir a emoção de pedalar e correr.

Saiba mais no link:

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=ea390570-0bf0-45c5-99ff-bd2b32344b16
 
Postado Pôr Antônio Brito 

Atletas da Escolinha conquistam seis medalhas no judô durante os Jogos Juvenis da CBDV

Judocas durante a premiação da categoria até 60 kg da classe J1 | Foto: Taba Benedicto / CBDV

O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, recebeu entre os dias 14 e 19 de outubro a 3ª edição dos Jogos Juvenis da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV). O evento reuniu 139 atletas de até 23 anos, selecionados a partir dos regionais de futebol de cegos e goalball e das etapas da Copa Loterias Caixa e do Grand Prix de Judô Paralímpico de 2025.

No judô, 42 atletas de diferentes categorias competiram após se destacarem nas seletivas nacionais. Oito desses judocas integram a Escola Paralímpica de Esportes, programa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) voltado à iniciação de crianças e jovens com deficiência física, visual e intelectual, de 7 a 17 anos, em 15 modalidades que compõem o programa dos Jogos Paralímpicos.

Nas disputas femininas, um dos destaques da Escolinha foi a cearense Wiliany Costa, campeã na categoria até 60kg da classe J1 (cegas). A atleta também foi convocada para representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, que ocorrerão no Chile, em novembro.

Na mesma categoria, a paraibana Maria Eduarda Souza conquistou a medalha de prata, enquanto as paulistas Julia Souza (J1) foi vice-campeã até 70kg, e Meire Doro (J2, baixa visão) garantiu a prata na disputa acima de 70kg.

Entre os homens, os paulistas Vinicius Santos assegurou a medalha de prata na categoria até 62kg (J1), e Jorge Luiz conquistou o bronze na até 70kg (J2). O paulista Gabriel Klein e o capixaba Gabriel Yuri dividiram a quinta colocação pela mesma classe.

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do futebol de cegos, goalball e judô.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/atletas-da-escolinha-conquistam-seis-medalhas-no-judo-durante-os-jogos-juvenis-da-cbdv/

Postado Pôr Antônio Brito 

Aposentadoria administrativa: processo completo facilita vitória no INSS

Aposentadoria administrativa: processo completo facilita vitória no INSS

O INSS é um grande pesadelo para muitas pessoas na hora da aposentadoria, principalmente para as pessoas com deficiência.


O Diário PcD entrevista a especialista Susanne Maia, CEO da Aposenta PcD que comenta detalhes sobre a aposentadoria para as pessoas com deficiência auditiva e quem enfrenta o câncer de mama.


De acordo com a entrevistada, o número de aposentadoria administrativamente junto ao INSS é surpreendente.
@aposentapcd_susanne_maia

Confira a entrevista.

https://youtu.be/6mTIio6YBhc

Fonte https://diariopcd.com.br/aposentadoria-administrativamente-processo-completo-facilita-vitoria-no-inss/

Postado Pôr Antônio Brito 

21/10/2025

Estudo mostra que inclusão de pessoas com deficiência avança, mas ainda há barreiras no mercado de trabalho e consumo

Estudo mostra que inclusão de pessoas com deficiência avança, mas ainda há barreiras no mercado de trabalho e consumo

Mesmo com avanços na percepção e nas práticas de inclusão, 72% ainda acreditam que empresas discriminam pessoas com deficiência na contratação

Os resultados de 2025 do estudo Oldiversity, da Croma Consultoria, mostram sinais positivos na inclusão de pessoas com deficiência (PcDs) no mercado e no consumo, mas também evidenciam que o caminho para a plena equidade ainda é longo. A percepção de discriminação nos processos de contratação caiu de 81% em 2023 para 72% neste ano,  uma redução expressiva que indica o efeito concreto de políticas afirmativas e iniciativas de diversidade. No entanto, o número ainda revela uma barreira persistente e simbólica: sete em cada dez brasileiros acreditam que pessoas com deficiência ainda são discriminadas ao buscar emprego.

O levantamento também aponta melhora na percepção de acolhimento e adaptação: 60% dos entrevistados afirmam que empresas e marcas estão se ajustando melhor às necessidades desse público, reflexo do avanço da acessibilidade e da personalização de produtos e serviços. Outro resultado relevante, mostra que 67% dizem preferir não consumir marcas preconceituosas, um dado que reforça como o posicionamento inclusivo tornou-se critério de escolha e fidelização de consumidores.

Edmar Bulla, fundador da Croma Consultoria e idealizador do estudo Oldiversity® , explica que o material é um convite à reflexão e redefinição de estratégias e posicionamento de marcas e negócios. “O estudo se propõe como parâmetro e indicador avaliativo de marcas que pensam, preocupam-se, promovem e defendem temas e iniciativas ligadas à longevidade e à diversidade, a partir das perspectivas da sociedade brasileira. Em sua 4a edição, o estudo renova nosso compromisso de colaborar para formar uma sociedade mais justa, inclusiva e com oportunidade para todos”.  

Outro indicador relevante é o aumento da expectativa de investimento para públicos diversos: 57% dos respondentes com algum tipo de deficiência, acreditam que as marcas devem criar serviços específicos para estes públicos, ante os 37% observados em 2023. A demanda por iniciativas concretas cresce na mesma medida em que cai o índice de pessoas com deficiência que relatam ter sofrido preconceito, de 41% em 2023 para 33% em 2025, um sinal de progresso ainda desigual, mas contínuo.

Assim como em 2023, apenas 9% dos entrevistados este ano disseram achar “estranho” ser atendido por uma pessoa com deficiência. Apesar disso, apenas 42% das pessoas com deficiência concordam que as lojas estão preparadas para atendê-las adequadamente. Ainda que este índice tenha melhorado em relação à 2023 (38%), a acessibilidade física e comunicacional segue como desafio central.

Os dados reforçam a necessidade de ampliar ações de inclusão e de treinar equipes para garantir experiências realmente acessíveis e empáticas. Em síntese, o relatório mostra um país em transformação: o preconceito cede espaço, a representatividade cresce e o mercado começa a reconhecer que a diversidade é também um vetor de competitividade e inovação.

Os dados revelam avanços consistentes no combate ao preconceito contra pessoas com deficiência, especialmente sob a ótica do próprio grupo. Ainda assim, a infraestrutura aquém do necessário e a taxa persistente de relatos de discriminação mostram que o discurso de inclusão ainda não se transformou em prática ampla. Para consolidar esse progresso, marcas e empresas precisam investir em acessibilidade efetiva, oportunidades reais de carreira e treinamentos contínuos contra vieses, garantindo que a inclusão deixe de ser promessa e se torne realidade concreta”, finaliza Bulla.

Foram realizadas 2.000 entrevistas entre os dias 19 e 28 de agosto de 2025, em todo o Brasil, utilizando painel on -line, com cotas específicas considerando as faixas geracionais, gênero, classe social e região geográfica. Foram realizadas entrevistas procuradas (booster) para comporem as avaliações por etnia, orientação sexual e pessoas com deficiência. Margem de erro de 2 p.p. para a amostra total, com nível de confiança de 95%. 

Fonte https://diariopcd.com.br/estudo-mostra-que-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia-avanca-mas-ainda-ha-barreiras-no-mercado-de-trabalho-e-consumo/

Postado Pôr Antônio Brito 

Parapan de Jovens de Santiago: delegação tem 34 ‘veteranos’ da campanha de Bogotá 2023

Cerimônia de Abertura dos Jogos Parapan-americanos de Jovens em Bogotá, Colômbia 2023 | Foto: Alessandra Cabral/CPB

A delegação brasileira que irá disputar os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Santiago 2025 contará com 34 atletas que, apesar da pouca idade, já são veteranos no evento continental que acontecerá de 31 de outubro a 9 de novembro no Chile.

Estes esportistas fizeram parte da campanha brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de Bogotá, na Colômbia, em 2023. Na ocasião, o Brasil conquistou 52 medalhas (30 ouros, 13 pratas e nove bronzes) e ganhou ao menos uma medalha de ouro em nove das 10 modalidades disputadas. A exceção foi o futebol PC, medalhista de prata. No basquete em cadeira de rodas, o Brasil foi ouro com a Seleção feminina e prata com a masculina.

Para Santiago, o Brasil contará com 120 atletas de 12 modalidades. Os jovens convocados representam 23 unidades federativas, com São Paulo liderando a lista, com 32 atletas, seguido por Minas Gerais, com 12, e pelo Distrito Federal, com 11.

O basquete em cadeira de rodas é a modalidade que terá mais jovens remanescentes da campanha de Bogotá, com seis convocados. A seguir está o tênis de mesa, com cinco, seguido por futebol de cegos, halterofilismo, goalball e vôlei sentado, todas modalidades com quatro esportistas (confira lista de atletas abaixo).

A carioca Sophia Kelmer, 17, ouro nas disputas de simples e duplas femininas do tênis de mesa em Bogotá, afirmou estar ansiosa para participar do evento novamente.

“Quando a gente fala de Parapan de Jovens, estamos falando de uma das competições mais importantes do mundo para formação de atletas. Eu estou muito ansiosa para esta nova competição e tenho certeza de que vou dar meu melhor para trazer um ótimo resultado para o Brasil”, disse Sophia, que tem como uma de suas lembranças mais felizes de 2023 sua entrada como porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura.

Outro atleta que vai para seu segundo Parapan de Jovens é o maranhense Paulo Victor Pinheiro, 19, do futebol de cegos. O jovem, que foi ouro com a Seleção em 2023, contou que sentiu “frio na barriga” antes da estreia e que a competição contribuiu para sua evolução no esporte.

“No Parapan de Jovens a gente aprende a jogar contra seleções do mesmo nível que o nosso. Ganhei uma experiência muito grande. Agora chego ainda mais maduro”, afirmou.

Segundo o atleta, o momento mais marcante foi a final contra a Argentina, quando o time teve a oportunidade de uma revanche após perder na primeira fase. “Fomos com muita vontade, vencemos e trouxemos a medalha. Sempre que a gente representa o Brasil é muito importante. Vamos com a expectativa lá em cima para sermos campeões mais uma vez”, disse.

Confira a lista de convocados de Santiago 2025 que estiveram em Bogotá 2023:

Basquete em cadeira de rodas
Jovanio de Lucena Souza Filho
Kevin Colares
Kewin da Conceicao Ribeiro
Laura Vitoria de Souza Nauderer
Paula Leticia Ricardo Silva
Rebeca Soares Freires

Bocha
Eduardo dos Santos Vasconcelos

Futebol de cegos
Alvaro Augusto Goncalves da Costa Magalhaes
Anael de Sousa Oliveira
Kauan Sabino da Silva
Paulo Vitor Pinheiro

Futebol PC
Andre de Almeida dos Santos
Gabriel Angelo Araujo
Gabriel Melo Santana da Silva

Goalball
André Luiz da Silva
Graziele Mendes Marques
Kemilly Vitoria dos Santos Costa
Marco Antonio de Almeida Santos

Halterofilismo
Clayton Duarte Costa
Lucas Vitorio Bento Mariano
Mylena Cristina Lemos da Silva
Paulo Roberto Severo da Silva

Judô
Gabriel Ferreira Rodrigues

Tênis de mesa
Jean Carlos de Souza Mashki
Karina Bezerra Becker Aloise Moura
Lethicia Rodrigues Lacerda
Nicole Ferreira Rodrigues dos Santos
Sophia Pernisa Kelmer

Tênis em cadeira de rodas
Luiz Augusto Mariano Calixto
Vitoria Miranda Dias Anatólio

Vôlei sentado
Isaac Bergamim Felix
Victor Hugo Voi Taborda
Vinicius Juliano da Silva
Yasmin Santos Camargo

Patrocínio
A CAIXA, as Loterias CAIXA, a Braskem e a ASICS são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do futebol de cegos, bocha, basquete em cadeira de rodas, goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa e vôlei sentado.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/parapan-de-jovens-de-santiago-delegacao-tem-34-veteranos-da-campanha-de-bogota-2023/

Postado Pôr Antônio Brito