06/09/2021

Estreante em Jogos Paralímpicos, Carol Santiago lidera campanha histórica da natação brasileira em Tóquio

Wendell Belarmino, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago comemoram no pódio a prata no revezamento 4x100m livre nos Jogos de Tóquio. Foto: Miriam Jeske / CPB

O décimo dia de competições nos Jogos Paralímpicos de Tóquio marcou a despedida da natação do megaevento na capital japonesa. A equipe brasileira conquistou 23 medalhas na modalidade, sendo oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze, ficando na oitava posição - tanto no ranking por medalhas de ouro quanto pela soma geral dos pódios. 

O grande destaque brasileiro no Centro Aquático de Tóquio foi a pernambucana Carol Santiago (classe S12 - para atletas com deficiência visual), dona de cinco medalhas - quatro individuais (três de ouro e uma de bronze) e uma prata no revezamento 4x100m até 49 pontos. 

Aos 36 anos, e na sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, a nadadora liderou a melhor campanha brasileira da história na modalidade - superando os 19 pódios de Pequim 2008 e Rio 2016. Em relação às medalhas de ouro, a marca alcançada no Japão só foi abaixo dos pódios obtidos em Londres 2012 - foram nove medalhas douradas na capital inglesa. 

"Fui entendendo o Movimento [Paralímpico] devagar. Hoje, tenho total consciência de como isso aqui [os Jogos] é grandioso, é incrível e o que a gente faz aqui é grande. Estou muito feliz porque encontrei o meu lugar. Poder participar de um evento como esse e ter os resultados que a gente teve é a prova de que estou no caminho certo. É a realização de um grande sonho", disse Carol. 

Ouro nos 50m e 100m livre, assim como nos 100m peito, a pernambucana bateu dois recordes paralímpicos em Tóquio: nos 50m livre (26s82) e 100m peito (1min14s89). No primeiro estilo, inclusive, ela conseguiu o feito em duas oportunidades - primeiro nas eliminatórias e depois quebrou a sua própria marca nas finais da prova. 

As outras duas medalhas de Carol no Japão foram: bronze nos 100m costas e prata no revezamento misto 4x100m - até 49 pontos. 

Gabriel Geraldo (classe S2)
Com quase a metade da idade da pernambucana, o mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, também se destacou no Centro Aquático de Tóquio. Responsável pela primeira medalha da missão brasileira no Japão, Gabriel volta para o país com três medalhas na bagagem:

100m costas - prata
200m livre - ouro
50m costas - ouro

Além dos resultados dentro da piscina, o mineiro chamou a atenção por suas dancinhas no pódio. “Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", afirmou Gabriel.

Talisson Glock (classe S6)
O catarinense também conquistou três medalhas no Centro Aquático de Tóquio: ouro nos 400m livre, bronze nos 100m livre e outro bronze no revezamento misto 4x50m livre - até 20 pontos. 

Gabriel Bandeira (classe S14)
Primeiro brasileiro medalhista de ouro em Tóquio ao bater o recorde paralímpico nos 100m borboleta (54s76), o paulista de Indaiatuba também subiu ao pódio nos 200m medley (prata), 200m livre (prata) e no revezamento misto 4x100m livre (bronze). 

Wendell Belarmino (classe S11)
Outro medalhista de ouro brasileiro, o brasiliense Wendell Belarmino subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m livre. Também foi prata no revezamento misto 4x100m - até 49 pontos e bronze nos 100m borboleta. 

Daniel Dias (classe S5)
Os Jogos de Tóquio também foram históricos para a natação brasileira por ser a última competição do maior medalhista paralímpico do país: Daniel Dias se despediu das piscinas na capital japonesa. A sua última prova foi os 50m livre, na qual ele ficou em quarto lugar. 

No Japão, o paulista de Campinas conquistou mais três medalhas de bronze para a sua coleção. Desta forma, ele encerrou sua participação em Jogos Paralímpicos com 27 medalhas em quatro edições - 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze. 

As medalhas de Daniel em Tóquio:
- 100m livre - bronze
- 200m livre - bronze 
- Revezamento misto 4x50m livre até 20 pontos - bronze


Confira todas as medalhas brasileiras na natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Ouro

Carol Santiago (S12)
50m livre - recorde paralímpico
100m livre
100m peito - recorde paralímpico

Gabriel Geraldo (S2)
50m costas 
200m livre

Gabriel Bandeira (S14)
100m borboleta - recorde paralímpico

Wendell Belarmino (S11)
50m livre
Talisson Glock (S6)
400m livre 

Prata

Gabriel Bandeira (S14)
200m livre
200m medley

Gabriel Geraldo (S2)
100m costas

Cecília Araújo (S8)
50m livre

Revezamento misto 4x100m até 49 pontos 

Bronze

Talisson Glock (S6)
100m livre

Daniel Dias (S5)
100m livre
200m livre

Phelipe Rodrigues (S10)
50m livre

Carol Santiago (S12)
100m costas

Beatriz Carneiro (S14)
100m peito

Mariana Gesteira (S9)
100m livre 

Wendell Belarmino
100m borboleta

Revezamento misto 4x100m livre - S14

Revezamento misto 4x 50m livre até 20 pontos

Transmissão

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.

Patrocínio


A delegação brasileira e a natação têm o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3559/estreante-em-jogos-paralimpicos-carol-santiago-lidera-campanha-historica-da-natacao-brasileira-em-toquio

Postado por Antônio Brito

A melhor campanha de todos os tempos: Brasil termina os Jogos Paralímpicos de Tóquio com recorde de ouros e feitos inéditos

Carol Santiago exibe suas medalhas conquistadas no Centro Aquático de Tóquio/Foto: Alê Cabral/CPB

As disputas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio se encerraram no início da madrugada deste domingo, 5, e o Brasil se despediu com 72  medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de  bronze, na sétima colocação no quadro, cumprindo a meta do top 10 estabelecida no planejamento estratégico do CPB de 2017. Trata-se da melhor participação na história dos Jogos Paralímpicos.
 
"O Comitê Paralímpico Brasileiro celebra, além da maior campanha de todos os tempos, o atingimento de todas as metas, como de participação de mulheres, participação de atletas jovens, participação de atletas de classes baixas [atletas com as deficiências mais severas]. Aprendemos muitas lições que vamos colocá-las em prática nos três anos que restam até a próxima edição de Jogos Paralímpicos, em Paris 2024", comentou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de 5, em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
 
A delegação brasileira foi composta por 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro), além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 435 pessoas. Dos atletas com deficiência, 68 eram das chamadas "classes baixas" (com deficiência severa). Foram 42 homens e 26 mulheres. Trinta e nove participantes tinham menos de 23 anos, cerca de 17% do total da equipe nacional paralímpica.  
 
Em nenhuma outra edição a missão brasileira havia conquistado tantas medalhas de ouro. As 22 láureas obtidas na capital japonesa superaram as 21 de Londres 2012. No número total de pódios, o Brasil igualou a marca alcançada no Rio 2016. Foram 72 medalhas no Japão, tal qual nos Jogos Paralímpicos disputados em solo brasileiro, há cinco anos.  
 
Tais recordes foram puxados pela natação, que obteve o seu melhor desempenho em toda a história dos Jogos, com 23 medalhas (oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze). O atletismo foi a modalidade que mais garantiu medalhas ao Brasil em Tóquio: 28 (oito de ouro, nove de prata e 11 de bronze) e também na soma de todas as participações brasileiras nas edições anteriores do megaevento (170 no total).
 
O último brasileiro a pisar no pódio em solo japonês foi o gaúcho Alex Douglas da Silva, na classe T46 (deficiência em membros superiores). No começo da noite de sábado, 4, ele que finalizou a maratona no segundo lugar com o tempo de 2h27min, e recorde sul-americano, conquistando a medalha de prata.

O Brasil também conquistou resultados expressivos na canoagem, esporte que está apenas em sua segunda participação no programa dos Jogos Paralímpicos - a estreia foi no Rio 2016. Fernando Rufino obteve a medalha de ouro nos 200m da classe VL2. Luís Carlos Cardoso, nos 200m (KL1) e Giovane de Paula, 200m, (VL3) ficaram com a prata. As três medalhas colocaram o país na terceira colocação da modalidade em Tóquio.
 
"Este ouro eu dedico ao ano difícil de pandemia que as pessoas tiveram. Eu dedico a todos que perderam pessoas queridas, eu perdi gente que amava. Este ouro é uma forma de alegrar o povo. O brasileiro é um povo lutador e vibrou comigo", disse Rufino, após sua conquista, no sábado, 4.
 
No halterofilismo, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez na história. A responsável pelo feito foi Mariana D’Andrea, que levantou 137 kg na disputa entre atletas da categoria até 73kg.
 
Outro ouro inédito para a missão brasileira foi conquistado pela judoca Alana Maldonado (categoria até 70kg), primeira mulher brasileira a ser campeã no judô na história dos Jogos Paralímpicos.
 
Os Jogos de Tóquio também foram marcados pela primeira medalha de ouro para o goalball brasileiro. A Seleção masculina, bronze no Rio, venceu a Lituânia -  até então atual campeã paralímpica - em duas oportunidades, inclusive com uma goleada por 11 a 2 na estreia. Na final, contra a China, os brasileiros conquistaram a medalha dourada com uma vitória por 7 a 2.
 
O grande nome brasileiro no Centro Aquático de Tóquio foi a pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (para atletas com baixa visão), dona de cinco medalhas: quatro individuais (três de ouro e uma de bronze) e uma prata no revezamento 4x100m até 49 pontos (soma do número da classe dos integrantes).  
 
Ouro nos 50m e 100m livre, assim como nos 100m peito, a pernambucana bateu dois recordes paralímpicos em Tóquio: nos 50m livre (26s82) e 100m peito (1min14s89). No primeiro estilo, inclusive, ela conseguiu o feito em duas oportunidades, primeiro nas eliminatórias e depois quebrou a sua própria marca na final.
 
Carol quebrou um jejum de 17 anos sem que Brasil pudesse celebrar uma campeã paralímpica na natação. Até então, Fabiana Sugimori, da classe carregava a honraria, conquistada em Sydney 2000 e Atenas 2004, ambas nos 50m livre da classe S11 (para cegos).
 
A paulista Mariana D'Andrea, de 23 anos, conquistou a primeira medalha de ouro brasileira no halterofilismo na história dos Jogos Paralímpicos. A atleta, da categoria até 73kg, levantou 137 quilos e superou a chinesa Lili Xu, que ficou com a prata (134 quilos). O bronze foi para a francesa Souhad Ghazouani (132 quilos).
 
"Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e pela oração. Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste", disse Mariana. Além do ouro da atleta, o Brasil tem outra medalha no halterofilismo paralímpico: a prata de Evânio Rodrigues da Silva nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
A judoca Alana Maldonado, de 26 anos, foi a primeira mulher brasileira da modalidade a subir no lugar mais alto do pódio em uma edição de Jogos Paralímpicos. Na decisão, com um wazari, a paulista de Tupã derrotou a georgiana Ina Kaldan e conquistou o primeiro e único ouro para o judô brasileiro em Tóquio. Vale ressaltar que Alana também já havia sido a primeira brasileira campeã mundial de judô, em 2018.
 
"Agradeço a toda a minha família e à comissão técnica, que estiveram sempre do meu lado neste ciclo tão difícil. Sou outra atleta em relação aos Jogos do Rio. No Brasil, estava do lado dos meus amigos e da minha família. Agora, fui campeã na terra do judô. Obrigado a todos que torceram. Esta medalha não é só minha. É de todos", disse Alana.
 
Destaque também para o parataekwondo, esporte estreante no programa paralímpico. Com três representantes na capital japonesa, o país conquistou três medalhas: um ouro com o paulista Nathan Torquato, uma prata, com a paulista Débora Menezes, e um bronze com a paraibana Silvana Fernandes), terminando a competição na liderança do ranking da modalidade.
 
O paulista Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, subiu ao lugar mais alto do pódio no primeiro dia do parataekwondo no programa paralímpico. Na final, ele derrotou o egípcio Mohamed Elzayat, no Makuhari Messe Hall.
 
A luta decisiva nem deveria ter acontecido. O egípcio sofreu uma lesão no rosto durante a semifinal e, por segurança, não voltaria para a final. Mas os atletas chegaram a subir na área de combate e, após um golpe do brasileiro, os médicos interromperam o duelo e confirmaram Nathan como campeão.
 
“Primeira medalha da história do parataekwondo. Estou muito feliz por fazer parte disso e dessa conquista. Foi difícil, senti um pouco na primeira luta, mas cresci ao longo da competição e o resultado foi incrível”, comemorou Nathan. “Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha da minha vida”, completou o atleta.
 
No atletismo, Beth Gomes confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco, na classe F52, com a marca de 17,62m, novo recorde mundial da prova. As ucranianas Iana Lebiedieva (15,48m) e Zoia Ovsii (14,37m) completaram o pódio.
 
Aos 56 anos, a paulista foi a última a fazer seus lançamentos e superou suas adversárias logo na primeira tentativa ao cravar 15,68m. Mesmo com a medalha garantida no peito, Beth seguiu competindo até alcançar a marca que lhe valeu o ouro e o recorde mundial.
 
“Mesmo sabedores da capacidade de nossa equipe, de nossos atletas, mais uma vez eles mostraram que podem ir além daquilo que a gente imagina, daquilo que a gente espera. São capazes de muito mais do que a gente pode prever. Tivemos performances espetaculares, com um brilho que me emocionou muitas vezes. Com certeza esses atletas nos mostram que faz todo o sentido esse trabalho, e isso traz ainda mais responsabilidade para seguirmos pensando num Brasil ainda melhor e que pode mais”, afirmou Mizael Conrado.

Daniel Dias

O nadador, agora aposentado oficialmente das piscinas após os Jogos de Tóquio, foi eleito neste sábado, 4, membro do Conselho de Atletas do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). O multimedalhista foi um dos seis escolhidos para o grupo, que representará os competidores pelos próximos três anos até os Jogos de Paris em 2024.

Patrocínios

A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3570/a-melhor-campanha-de-todos-os-tempos-brasil-termina-os-jogos-paralimpicos-de-toquio-com-recorde-de-ouros-e-feitos-ineditos

Postado por Antônio Brito

04/09/2021

Daniel Dias: um exemplo a ser seguido

Daniel Dias durante classificatória da natação nas Paralimpíadas de TóquioImagem: Ale Cabral/CPB



Amauri Nolasco Sanches Júnior

 

Por muito tempo – numa galáxia muito distante – eu não achava o esporte paraolímpico era importante. Mas, como todo mundo revê seus conceitos, eu comecei a aceitar mais o esporte como instrumento de inclusão e mostrar as pessoas com deficiência não são inúteis. Só acho que se deveria não ser algo separado e, talvez, aceitar pessoas com deficiência dentro dos jogos e mostrar que somos capazes de superar algumas questões. Já algumas práticas – como o yoga – já se aceita que existem pessoas com limitações que, sim, querem fazer essas práticas. Por que uma pessoa com deficiência não pode ser um yogi? Por que uma pessoa com deficiência não pode estudar e ser o que se quer atuar, profissionalmente? A exemplo disso, a primeira vez que eu e minha noiva entramos numa loja, o vendedor achou que nós estávamos atras de celular e não era, era outra coisa. A imagem dos PCDs as vezes é uma imagem que ele mesmo passa, de futilidade, de só querer coisas fáceis e sem conteúdo nenhum.

Daniel Dias – que se aposenta nessa paralimpíada – tem deficiência congênita (que se formou a partir do útero da mãe dele) e já e o maior atleta de pódios da história do Brasil. Foram 27 pódios, e 14 desses pódios ele ganhou de medalhas de ouro (primeiro lugar). E ai, sem muita pieguice como a mídia coloca sempre, Daniel é um cara que temos que seguir o exemplo de persistência e de lutar por aquilo que ele quer. Ora, o filósofo prussiano Kant, em um dos seus escritos, dizia que sempre devemos fazer as coisas como se essa coisa fosse espelhada por toda a eternidade. Claro, ele não falou nessas palavras e nem nesse nível, mas eu coloquei no simples para todo mundo entender. Nada diferente do que Jesus Cristo que disse que, não deveríamos fazer o que não querem que façam conosco. Mesmo a academia de filosofia negando, Kant era um cristão de ir até a igreja e separava as coisas – tanto é, ele separou o que era filosofia e que filosofar da existência de Deus era um pensamento menor, porque nunca vamos provar.

É uma questão moral, ou seja, uma questão social. Aliás, além de posições políticas adversas, a inclusão de pessoas com deficiência é uma pauta moral e se deve ser discutida com seriedade. Não essa palhaçada que fez oministro da educação.  O que se precisa e ver qual o grau a educação esta – que está péssima, não só no governo Bolsonaro – no país, ou invés, de culpar as crianças com deficiência da ineficaz (proposital?) ineficiência do Estado enquanto detentora da escolarização do Brasil. E o Brasil foi sempre largado em relação da escolarização, como uma ação política – de deixar o povo ignorante – que pouco surti efeito e pode ser uma faca de dois gumes. Povos ignorantes são muito mais propensos de acreditarem num boato, em se rebelar sem ter empatia – povos com alto grau de pobreza, quando se rebelam são carniceiros de verdade – em achar que as políticas públicas não beneficiam a eles. Mas, políticas públicas, beneficiam todo mundo em uma sociedade.

Mas, o porquê eu digo que temos que seguir o exemplo do Daniel Dias? Porque estou vendo muitas pessoas que choram, acham que não podem fazer o que é fácil fazer. Numa outra postagem – que muitas pessoas com deficiência não entenderam – mostrando um cachorrinho fraquinho dizendo que as jogadoras de futebol feminino dizendo que perderam por causa da falta de patrocínio e um cachorro forte (quase um lobisomem), dizendo que as pessoas com deficiência trouxeram as medalhas sem quase patrocínio. Não é mesmo? A questão de se fazer o Daniel Dias ou outro deficiente, como exemplo, não é como pensam alguns em transformar ele como “EXEMPLO DE SUPERAÇÃO” – porque exemplo como exemplar ninguém é – mas, transformar suas conquistas como meio de ter um exemplo que pessoas com deficiência são capazes. Claro, existem outros problemas nisso, a generalização que as pessoas com deficiência só conseguem vencer por meio do esporte e não é bem assim. Existem pessoas com deficiência que estudam, existem pessoas com deficiência que escrevem, existem pessoas com deficiência que trabalham.

fonte. https://filosofiarodas23.blogspot.com/2021/09/daniel-dias-um-exemplo-ser-seguido.html?spref=fb&m=1

Postado por Antônio Brito

DPE consegue indenização por danos morais a criança com autismo que teve matrícula cancelada por escola de São Luís

Depois de decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo decreto do governo federal de incentivo à criação de salas e escolas especiais para crianças com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, a Defensoria Pública estadual obtém importante vitória em favor de criança com autismo, que teve o acesso à educação negado por uma escola particular de São Luís. A instituição de ensino foi condenada a pagar uma indenização de R$ 5 mil por danos morais, mas recorreu e a decisão ficará a cargo agora do Tribunal de Justiça do Maranhão.

“Estamos diante de um caso emblemático, justamente num período onde o ensino especial é colocado em discussão no país. Baseada em uma farta legislação que versa sobre o assunto, a Defensoria entende que é preciso preservar o direito de crianças e adolescentes com deficiência a frequentar os bancos escolares com dignidade e respeito”, destacou o defensor público Rodrigo Freitas Pinheiro, titular do Núcleo Cível e da Fazenda Pública, responsável pelo acompanhamento do processo no Fórum de São Luís.

A mãe da criança autista procurou a DPE/MA, depois que teve a matrícula cancelada pela escola, no ano letivo de 2016, sob a alegação de que não teria condições estruturais para atender às necessidades da aluna. Em face disso, e com base no princípio da dignidade humana e nos direitos fundamentais da pessoa com deficiência, inscritos na Constituição Federal, a defensora pública Luciana Lima moveu a ação, que foi julgada procedente pelo Judiciário nesta semana.

A instituição de ensino apelou, sustentando que não recusou atendimento a autista, mas que sua genitora resolveu tirá-la da escola após ter lhe solicitado laudo médico identificando a deficiência da menor, inexistindo assim qualquer falha na prestação de serviço. Na réplica apresentada pelo defensor Rodrigo Pinheiro, entre outros argumentos, reiterou que “em relação aos danos morais, inegável sua configuração, a ré praticou ato ilícito causando grandes transtornos para a autora da ação, uma vez que lhe impingiu vexame, constrangimento e não menos sofrimentos íntimos, sobretudo diante do fato de ser criança com deficiência”.

“A nossa expectativa é que o TJ mantenha a decisão proferida na Justiça de primeiro grau, que condenou a escola por sua conduta inadequada. Além das contrarrazões, entraremos também com outro recurso, solicitando a correção do valor da indenização, porque o consideramos muito baixo, em face do objetivo a que se propõe”, assinalou Pinheiro, lembrando que a decisão serve de estímulo para que outras mães em situação semelhante, não deixem de buscar o direito do filho com deficiência de assistir aulas juntamente com os demais integrantes da turma.

Fonte: https://revistareacao.com.br/dpe-consegue-indenizacao-por-danos-morais-a-crianca-com-autismo-que-teve-matricula-cancelada-por-escola-de-sao-luis/

Postado por Antônio Brito

InclusãoCentro Dia de Referência para Pessoa com Deficiência premia usuários vencedores das Paralimpíadas

O Centro Dia de Referência para Pessoa com Deficiência realizou, na manhã desta sexta-feira (3), as disputas finais da I Paralimpíadas Centro Dia. O projeto da Prefeitura de João Pessoa, que teve início na última segunda-feira (30), envolveu os 80 usuários atendidos pelo serviço. Aqueles que não competiram, participaram como torcedores. Os atletas disputaram provas de várias modalidades e os vencedores ganharam medalhas.

Os jogos aconteceram no ginásio poliesportivo da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad). A programação abrangeu um circuito de atletismo – com modalidades como corrida das bolinhas, dança das cadeiras, arremesso de peteca e argolas, corrida de saco, dança dos bambolês, corrida de colher, cabo de guerra, caça ao tesouro e passe a água – e jogos tradicionais, como dama e dominó. Tiveram provas específicas para deficiências intelectuais e autismo; e para deficiências físicas.

Durante toda a semana, os usuários do Centro Dia se transformaram em verdadeiros atletas paraolímpicos. Como o Ewerton Lucas, de 27 anos, que tem paralisia cerebral. Ele ganhou medalha de ouro no arremesso de argolas e bronze, no dominó. Segundo o competidor, o resultado foi fruto de muito treino com a equipe do serviço. “Eu nunca tinha conquistado uma medalha. Foi uma emoção muito grande. Vou guardá-las com carinho. Inclusive, vou arrumar um cantinho especial para elas”, afirmou.

A emoção de Ewerton foi também compartilhada com a mãe, Edja Costa. Ela disse que ficou arrepiada todas as vezes que o filho esteve em disputa. “Senti muito orgulho no peito. Fiquei da torcida vibrando com cada momento. E minha felicidade não se resume ao meu filho. Ela se estende a todos aqui, que fazem meu mundo mais maravilhoso, colorido. Sou muito grata por proporcionarem tudo isso”, disse.

Para Renata Martins, coordenadora do Centro Dia, as Paralimpíadas possibilitaram vitórias grandiosas na vida de todos que participaram. “Foi um evento bastante inclusivo, no qual nossos usuários se motivaram a competir, a batalhar. Estimulamos a autoconfiança, a autonomia, o resgate da autoestima. Eles se sentiram vencedores, competidores, orgulho para os pais. Isso se reflete nas famílias. Nosso sentimento é de dever cumprido”, falou.

Participação – A alegria de participar dos jogos foi muito além das medalhas. Manoel Adriano, de 28 anos, que tem deficiência intelectual moderada, mandou bem na fase classificatória. Na final, contudo, não somou pontos suficientes para chegar ao pódio. Mesmo assim, ele destacou que a semana de jogos foi bastante divertida. “No primeiro momento, fiquei triste por não ter vencido. Mas perder faz parte. O importante é participar. E, no fim, todos nós somos vitoriosos”, revelou.

Setembro Verde – No próximo dia 21, é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Com o encerramento dos jogos nesta sexta, a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Cidadania (Sedhuc) marcou o início das atividades alusivas à data. “As Paralimpíadas foram um momento especial para fortalecer vínculos, motivar e efetivar o direito à inclusão social. Durante todo o mês, intitulado como Setembro Verde, estaremos promovendo ações com o objetivo de promover a Política da Pessoa com Deficiência”, finalizou Benicleide Silvestre, diretora municipal de Assistência Social.

  • Texto: Alysson Bernardo
    Edição: Felipe Silveira
    Fotografia: Assessoria

  • Fonte  https://www.joaopessoa.pb.gov.br/noticias/centro-dia-de-referencia-para-pessoa-com-deficiencia-premia-usuarios-vencedores-das-paralimpiadas/

  • Postado por Antônio Brito

03/09/2021

Diretores da ADET participam da semana alusiva a pessoa com deficiência.

Entre os dias 23, 24 e 25 diretores da ADET participam na Escola Pedro Pires Ferreira da semana da pessoa com deficiência, o presidente da associação Antônio Brito como palestrante na companhia dos diretores Cilon, Aparecida e girleide,  também da sua esposa Renata Patrícia que deu suporte.

 A convite dos Professores Thiago Veras e Ênnio Gabriel da referida escola e com o inícios das paraolimpíadas, o diretor Antônio Brito que Já praticou o esporte rugby em cadeira de rodas foi convidado a falar sobre as paraolimpíadas na semana da pessoa com deficiência.
 O tema foi superação dos atletas Paralímpicos brasileiros e suas principais conquistas.
Cada diretor Falou um pouco de sua deficiência e sua vivência, o palestrante Antônio Brito presidente da ADET Associação dos deficientes de Tabira falou um pouco dos esportes praticados nas paraolimpíadas, também de sua experiência no rugby em cadeiras de rodas.
A participação ativa dos alunos com perguntas com questionamentos também foi muito importante para tirar dúvidas.
Turmas participantes
1° (A, B e B) do N.E.M
9° anos (A, B e C)
Agradecimento A Diretoria da escola a coordenadora Márcia Cordeiro, aos professores Thiago Veras e Ênnio Gabriel,  agradecimento também a participação de todos os estudantes envolvidos no trabalho realizado.

fonte e postagem Antônio Brito

Jogos e Soroban auxiliam no desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down

A jovem Ana Clara, de 22 anos, tem síndrome de Down. Nunca gostou de jogos e custava a se concentrar em sala de aula. Na pandemia, suas dificuldades de aprendizagem aumentaram. Mas nos últimos meses, Ana Clara está progredindo como nunca: está mais persistente, interessada e raciocinando com mais agilidade. E isso tudo a deixa muito feliz e confiante. A mudança começou com atividades que incluem jogos de tabuleiro adaptados ao seu ritmo e Soroban – uma ferramenta milenar para cálculo matemático. “Tenho observado o quanto a Ana Clara melhorou a concentração depois que começou o Soroban. Além disso, ela evitava participar de jogos porque não entendia. Agora se interessa por vencer seus desafios. Ela está mais rápida nas respostas, no raciocínio e tudo isso aumenta a sua autoestima também”, diz  Beatriz Ardison dos Santos, mãe de Ana Clara.

As aulas acontecem no Instituto AMOR 21 (Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down), em Maceió (AL), e fazem parte de uma iniciativa do Grupo Super Cérebro, em parceria com seus franqueados de Maceió.“Iniciamos esse trabalho em meados de abril. Naquele momento os jovens e adultos atendidos pela associação viviam a ansiedade gerada pela pandemia. Muitos deles, por serem do grupo de risco, ficaram meses afastados das atividades até que fossem vacinados contra a Covid-19. Com o retorno, abrimos a primeira turma com cinco alunos para trabalhar o método Super Cérebro, que tem como propósito contribuir para o desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais, as chamadas soft skills. Rapidamente pudemos perceber a evolução, tanto no raciocínio lógico, quanto no campo emocional. Agora queremos abrir mais turmas e atender às crianças também”, conta Tatiana de França Moura Alves, que é franqueada do grupo em Maceió e atua como voluntária no Instituto AMOR 21.

Tatiana é terapeuta ocupacional e comanda duas unidades do Super Cérebro em Maceió, juntamente com o marido Rogério Virgílio Alves. O casal tem um filho de 11 anos com síndrome de Down. “Conhecemos as dificuldades e as necessidades desse público e por isso estamos trabalhando com o método do Super Cérebro no seu desenvolvimento. Observamos uma evolução incrível. Eles aprenderam a transformar algo abstrato como a matemática em concreto com o uso Soroban. A ferramenta proporciona o contato visual e o toque e isso facilita a aprendizagem”, revela.

A evolução não ficou restrita ao raciocínio lógico. Tatiana conta que eles estão empoderados. “Vibram quando acertam um exercício e aprenderam a responder, sem medo de errar. Até a linguagem evoluiu e com isso eles percebem que são muito capazes, ganham confiança e autoestima.”

Além do Soroban, jogos de tabuleiro mundialmente reconhecidos são utilizados para desenvolver capacidades como comunicação e argumentação, estratégia para a tomada de decisão, colaboração, liderança e respeito às regras. Para trabalhar com os alunos com síndrome de Down, foram feitas algumas adaptações. “No caso dos jogos, reduzimos a quantidade de regras para o melhor entendimento deles. Conforme entendem o jogo vamos acrescentando novas regras. É preciso perceber a dificuldade para ir aumentando o grau à medida que evoluem.”

Para a diretora comercial do Grupo Super Cérebro, Patrícia Gamba, é sinônimo de orgulho ver que o método está contribuindo de forma expressiva para o desenvolvimento intelectual e emocional de pessoas com síndrome de Down. “O Super Cérebro criou um método exclusivo para aprimorar competências que vão muito além do raciocínio lógico, desenvolvendo a inteligência socioemocional, que é fundamental para garantir a capacidade de se relacionar com outros indivíduos e superar desafios de maneira saudável e equilibrada. Saber que esses estudantes estão evoluindo com o método e que isso impacta na vida pessoal deles é sensacional. Tenho certeza de que estão mais autoconfiantes e isso influencia em todos os aspectos da vida deles dentro e fora da escola”, diz.

O objetivo do Instituto AMOR 21 é acolher as famílias, promover troca de experiências entre eles e oferecer orientação do ponto de vista psicológico, afetivo, emocional, físico e cultural. Colaborar para o desenvolvimento das potencialidades, lutar pelos direitos e inclusão das pessoas com Síndrome de Down em todos os espaços sociais. O Instituto AMOR 21 atende cerca de 200 famílias, sobrevive de doações e conta com o trabalho voluntário de profissionais de diversas áreas. Saiba mais em https://www.instagram.com/amor21oficial

Fonte. https://revistareacao.com.br/jogos-e-soroban-auxiliam-no-desenvolvimento-de-pessoas-com-sindrome-de-down/

Postado por Antônio Brito

Jogos Paralímpicos de Tóquio: Aproveite a competição para levar o Movimento Paralímpico para a sala de aula

Miriam Jeske / CPB
A atenção do mundo está voltada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e este é o melhor momento para abordar a importância do movimento paralímpico em sala de aula. Para ajudar a levar o tema para a escola e despertar o interesse dos alunos, o Comitê Paralímpico Brasileiro elencou assuntos importantes sobre o paradesporto de forma informativa e interativa. Confira!

1- Modalidades E Deficiências

Nesta edição dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, 22 modalidades são disputadas e a Delegação Brasileira conta com representantes em 20 modalidades. É interessante mostrar em sala de aula como funcionam as modalidades adaptadas e salientar que o Brasil é uma potência paralímpica mundial pelo número de conquistas em Jogos Paralímpicos.

2- História De Atletas

“Se a palavra convence, o exemplo arrasta!”, apesar do autor da frase ser desconhecido, a afirmação é verdadeira. Dentro do esporte paralímpico, grandes nomes do alto rendimento contam que foram influenciados por seus ídolos, como Daniel Dias, que foi inspirado por Clodoaldo Silva, o tubarão paralímpico da natação.

“Eu descobri a natação quando eu tinha 16 anos, ao assistir o Clodoaldo Silva ganhando medalhas para o Brasil durante os Jogos Paralímpicos de Atenas em 2004. Até então, eu não tinha conhecimento sobre o esporte paralímpico. Me interessei e comecei a praticar a natação logo na sequência, e em oito aulas eu já tinha aprendido a nadar os quatro estilos.”, conta o maior nadador paralímpico do mundo, Daniel Dias.

Histórias de campeões paralímpicos podem ser lidas no eBook “A diferença de quem faz. Pessoas com deficiência que inspiram”, com download gratuito aqui.

3- Explicação De Atletas Sobre Termos Capacitistas

Entender quais são as expressões capacitistas presentes no vocabulário permite identificá-las e substituir os termos por palavras que não carregam preconceito. Ensinar esses termos a crianças ajuda a disseminar uma linguagem mais inclusiva desde cedo e os atletas paralímpicos podem ser símbolos dessa missão.

4- Filmes E Documentários Sobre O Tema

Filmes e documentários são ótimas formas de conhecer o movimento paralímpico e histórias de atletas. O formato é ideal para ser o ponto de partida para grupos de discussão sobre o paradesporto e fomentar o pensamento crítico a respeito do dia a dia das pessoas com deficiência e o caminho do esporte de alto rendimento.
O CPB preparou uma lista com filmes e documentários sobre o paradesporto e é possível conferir neste link.

5 – O CPB E A História Do Paradesporto No Brasil

A história do Comitê Paralímpico Brasileiro começou há menos de 30 anos e é repleta de capítulos marcantes. O CPB tem uma relação intrínseca com o tema e a história do Comitê e do paradesporto estão relatadas no eBook recomendado: “O CPB e o esporte paralímpico no Brasil – duas histórias que se cruzam”. O material traz mais subsídios para abordar o tema em sala de aula.

Fonte: https://revistareacao.com.br/jogos-paralimpicos-de-toquio-aproveite-a-competicao-para-levar-o-movimento-paralimpico-para-a-sala-de-aula/

Postado por Antônio Brito

02/09/2021

Atlas 2021 destaca números sobre a VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Estadão

O Atlas da Violência 2021 foi publicado nos últimos dias. A publicação é de responsabilidade do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Fundação pública vinculada ao Ministério da Economia. O Instituto fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais — possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros — e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.

Os dados publicados pelo Atlas da Violência 2021 foram gerados em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) no âmbito do Programa Executivo de Cooperação entre a CEPAL e o IPEA em “Políticas Públicas para o Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Brasil e da América Latina orientadas pela Agenda 2030 das Nações Unidas e pelas propostas dos desafios para a Nação Brasileira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada”.

De acordo com o órgão “neste Atlas da Violência 2021, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) contaram com a parceria do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Como realizado nas últimas edições, buscou-se retratar a violência no Brasil principalmente a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Na análise dos dados do SIM, verificou-se um importante aumento das mortes violentas por causa indeterminada no ano de 2019, que traz, entre outros pontos que serão tratados, implicações para a comparabilidade entre os anos do período analisado. As análises dos dados de violência do Sinan, realizadas nas seções de violência contra a população LGBTQI+ e de violência contra pessoas com deficiência, foram centradas nos registros de violências cometidas por terceiros, excluindo-se assim os casos de agressão auto infligida, ou seja, em que a vítima também foi registrada como uma das autoras da violência. Como se verá a seguir, há duas novas seções neste ano, tratando da violência que atinge duas populações específicas: pessoas com deficiências e pessoas indígenas. Ao introduzir esses novos temas, considerou-se oportuno iniciar as seções com elementos relevantes para a compreensão da violência sofrida por esses grupos. No primeiro caso, foi inicialmente recuperada a própria evolução do conceito de deficiência, pois isso impacta a identificação e a mensuração da população com deficiência. No segundo, é brevemente apresentada a questão da identidade das pessoas de povos indígenas e se indica que a violência física não dá conta de toda violência étnico-racial e simbólica sofrida por essa população desde o nascimento do Brasil”.

O Atlas destaca números sobre a VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:

  • A evolução do conceito de deficiência e os limites das estatísticas
  • As pessoas com deficiência e a violência
  • Taxas de notificações de violências contra pessoas com deficiência
  • Análise exploratória das notificações de violências contra pessoas com deficiência: contexto/autoria e natureza da violência

Confira um resumo da publicação em relação a violência contra a pessoa com deficiência.

VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 

A violência contra pessoas com deficiência é um tema ainda pouco estudado no Brasil. Não obstante, estudos indicam haver uma forte correlação entre violência e deficiência, seja pela contribuição da violência para a ocorrência de deficiência, seja pelo fato de pessoas com deficiência estarem mais expostas a sofrer violência (BRASIL, 2020b).

Nesta edição do Atlas da Violência há um esforço adicional para tratar desse campo, ainda que reconhecendo as mudanças recentes no conceito de deficiência e os limites das estatísticas sobre o tema no Brasil. Assim, são apresentadas, nesta seção, as taxas de notificações de violências e os resultados de análise exploratória dos dados da saúde (Viva-Sinan) sobre as notificações de violência contra pessoas com deficiência, para o ano de 2019.

A evolução do conceito de deficiência e os limites das estatísticas

Segundo a “Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” (CIDPD; Decreto Nº 6.949/09): pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas (Art. 1º). A convenção também indica que deficiência é um conceito em evolução, apontando a mudança de uma definição ‘médica’, baseada em um diagnóstico sobretudo corporal, para uma definição ‘biopsicossocial’.

A mudança afeta a forma de identificação e mensuração da população com deficiência. Até 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotava a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID) (Ministerio de Asuntos Sociales, 1994) de 1980, baseada em um conceito de deficiência que se refere às “anormalidades de estrutura corporal e de aparência, e de função de um órgão ou sistema, qualquer que seja a sua causa”, definindo as deficiências como transtornos a nível de órgão. Porém, a partir de 2001, a OMS passou a adotar o manual “Classificação Internacional de Funcionalidades” (CIF) (WHO, 2013), baseado na abordagem biopsicossocial, no qual o diagnóstico da deficiência integra três dimensões, a saber: a biomédica, a psicológica e a social (Farias; Buchalla, 2005). Em termos práticos, enquanto na dimensão médica as deficiências são definidas a partir de parâmetros físico-corporais, no conceito biopsicossocial, a definição parte das ‘funcionalidades’ acessadas por meio das atividades que as pessoas podem ou não realizar, como por exemplo “não conseguir enxergar, mesmo usando óculos”, ou “ter dificuldade em se comunicar na sua língua mãe, compreender ou ser compreendido pelos outros”32. Neste Atlas, busca-se dimensionar a violência contra pessoas com deficiência, sendo importante verificar tanto os números absolutos quanto as taxas por habitantes, que permitem a comparação entre os diferentes grupos. Por isso, serão utilizadas duas bases de dados que, apesar de fundamentadas fortemente na dimensão médica, incorporam nos seus instrumentos elementos com características biopsicossociais, principalmente quanto à identificação da deficiência intelectual.

A primeira base de dados provém do Sinan, que incorpora o esforço do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde, em identificar os casos relativos às violências interpessoais e autoprovocadas atendidos nos serviços de saúde públicos e privados, a partir da notificação compulsória de violência pelos profissionais de saúde. Ressalva-se que, como o foco do Atlas da Violência tem sido sobre violências interpessoais, não foram consideradas as violências autoprovocadas no presente estudo, não constando no conceito aqui utilizado de violência contra pessoas com deficiência e nem nos dados que serão apresentados aqui.

Acrescenta-se que, no Viva-Sinan, para que a pessoa seja considerada deficiente é preciso que haja informação (sendo desnecessária a comprovação documental) sobre diagnóstico clínico emitido por profissional de saúde habilitado, não sendo aceito registrar suposições ou hipóteses pessoais ou de familiares, o que reforça a dimensão biomédica da identificação. Esses dados representam apenas uma parte das ocorrências de violência: aquela que é efetivamente notificada. Cabe indicar que a notificação depende de a vítima procurar ou ser levada à unidade de saúde, e de a violência ser identificada e registrada pelos profissionais de saúde. Quando da procura pela vítima, nota-se que vítimas com deficiência podem apresentar maior dificuldade para a percepção e compreensão das situações de abuso (BRASIL, 2020b). A identificação e o registro nas unidades de saúde, por sua vez, estão relacionados ao grau de organização local da vigilância em saúde, incluindo a integração das redes de saúde, educação, segurança pública e assistência social. Importante também indicar que a base é constituída por notificações e não por vítimas, ou seja, pode ocorrer em um ano mais de uma notificação para a mesma vítima. O Viva-Sinan tem expandido sua cobertura nos últimos anos, passando de 38% dos municípios do país com registros no sistema em 2011, para 79,2%, em 2019.

No caso das notificações de violências interpessoais contra pessoas com deficiência, os registros passaram de 3,0 mil para 7,6 mil casos no mesmo período. Ainda assim, uma parte das UFs, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, apresenta níveis elevados de subnotificação (BRASIL, 2020a). Em vista disso, neste trabalho esses dados não foram utilizados para avaliar a evolução das notificações de violências ao longo do tempo, nem tampouco para comparações inter-regionais ou estaduais. A segunda base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, realizada pelo IBGE, que buscou produzir dados sobre a situação de saúde da população brasileira, inclusive das pessoas com deficiência, a partir da declaração dos entrevistados. Dessa forma, há uma importante diferença entre as duas bases: enquanto na primeira, a deficiência é declarada pelo profissional da saúde, na segunda, a deficiência é declarada pelo entrevistado (pessoa com deficiência ou familiar/responsável).

As pessoas com deficiência e a violência

Utilizando estas definições, a PNS estimou a população com deficiência no Brasil, em 2013. Para aquele ano, 6,2% da população possuía ao menos um dos quatro tipos de deficiência já mencionados (IBGE, 2015). Em números absolutos, eram 7,2 milhões de pessoas com deficiência visual (3,6% da população brasileira), 2,2 milhões com deficiência auditiva (1,1%), 2,6 milhões com deficiência física (1,3%) e 1,5 milhão de pessoas com deficiência intelectual inata ou adquirida ao longo da vida (0,8%, sendo que 1 milhão, ou 0,5%, já nasceu com essa deficiência). Em 2019, foram registrados 7.613 casos de violências contra pessoas com deficiência no sistema Viva-Sinan. Tais números consideram as pessoas que apresentavam pelo menos um dos quatro tipos de deficiência – física, intelectual, visual, auditiva –, de acordo com parâmetros médicos.

Taxas de notificações de violências contra pessoas com deficiência

Neste trabalho utilizou-se as duas fontes de dados mencionadas para a construção de uma “taxa de notificações de violências contra pessoas com deficiência” em relação à população do Brasil. Para isso, utilizou-se as proporções da população com deficiência estimadas pela PNS em 2013, para projetar a população com deficiência em 201939. Calculou-se, então, a taxa de notificações de violências, como o número de notificações no Viva-Sinan para cada 10 mil pessoas com deficiência, por tipo de deficiência e sexo. No caso de deficiência intelectual, há uma limitação nas fontes para o cálculo da taxa e o resultado deve ser visto com cuidado. Isto porque as notificações do Sinan, conforme as instruções do Viva, podem incluir pessoas com deficiência adquirida até os 18 anos, enquanto a população na PNS é de pessoas que nasceram com deficiência intelectual. Apesar disso, considerou-se importante manter o cálculo da taxa, de forma a ser uma referência das notificações de violências contra essas pessoas.

O indicador construído mostra taxas muito elevadas de notificações de violências contra pessoas com deficiência intelectual (36,2 notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência intelectual), sobretudo mulheres, quando comparadas à população com outros tipos de deficiência. Essa sobretaxa está associada em alguma medida às notificações de casos de violência sexual. Cabe ainda notar que a maior taxa para violências contra pessoas com deficiência intelectual ocorre apesar de o registro do Sinan captar as deficiências intelectuais manifestadas até os 18 anos, um conceito mais abrangente que o dado da PNS, que só considera as pessoas que nasceram com a deficiência (Deficiência Intelectual 1). Por fim, para as demais pessoas com deficiência, os patamares são bem inferiores: foram 11,4 notificações de violências para cada 10 mil pessoas com deficiência física em 2019, caindo para 3,6 para pessoas com deficiência auditiva e 1,4 no caso de pessoas com deficiência visual. Por fim, de forma geral, as taxas de notificações de violências contra mulheres são mais de duas vezes superiores às de homens, exceto quando a vítima é pessoa com deficiência visual, quando a superioridade é inferior a 25%.

Análise exploratória das notificações de violências contra pessoas com deficiência: Contexto/autoria e natureza da violência

Feita esta apresentação das taxas de notificações, passa-se à análise exploratória dos casos de violências contra pessoas com deficiência. Tal análise será feita através da comparação de grupos de notificações por ‘contexto/ autoria’ e pela ‘natureza da violência’ perpetrada. Dentro destes grandes grupos, serão analisadas algumas características das vítimas, como tipo de deficiência, sexo e faixa etária. Os grupos de ‘contexto/autoria’ foram construídos a partir da própria classificação do instrutivo do Ministério da Saúde (BRASIL, 2016), que segue as definições da OMS para três grandes grupos de violência: violência autoprovocada ou auto infligida, violência interpessoal (doméstica e comunitária), e violência coletiva. A operacionalização dessa classificação depende do autor presumido da violência. No presente estudo, foram elaborados cinco grupos, por analogia, a partir dos autores presumidos identificados no Sinan.

A violência doméstica é a principal situação envolvendo violência interpessoal contra pessoas com deficiência, atingindo sobretudo as mulheres. Os dados de 2019 para os grupos de ‘contexto/autoria’  indicam, em termos gerais, que a violência doméstica representava mais de 58% das notificações de violência contra pessoas com deficiência, seguida por violência comunitária (24%). Em termos de sexo, a violência doméstica é ainda maior para as mulheres (61%), enquanto para os homens a violência comunitária é um pouco maior (26%)43. Analisando os grupos de ‘contexto/autoria’ a partir do tipo de deficiência, nota-se que a violência doméstica representa ao menos metade dos casos: 70% dos casos de pessoas com mais de uma deficiência, 65% dos registros para pessoas com deficiência física, 59% das notificações de pessoas com deficiência visual, 56% dos casos de violência contra pessoas com deficiência auditiva e 50% dos casos contra as pessoas com deficiência intelectual. Cabe notar que a notificação de violência doméstica é alta, mesmo considerando os obstáculos à notificação relacionados à natureza privada do local de ocorrência, à dinâmica do poder familiar ou tutelar e às relações de afeto entre vítima e agressor. Em termos de políticas públicas, isso é um alerta também para as equipes da Estratégia Saúde da Família, para os Conselhos Tutelares e para as escolas. Quanto às famílias, que têm um grande papel no cuidado e nas notificações desses casos de violência, esses dados de violências são um alerta para as ocorrências de casos de agressão ou negligência.

Acompanhe a publicação em sua íntegra, inclusive com tabelas e números em percentuais envolvendo as pessoas com deficiência. 

Acesse o Documento Aqui!

Fonte. https://revistareacao.com.br/atlas-2021-destaca-numeros-sobre-a-violencia-contra-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

PCD: até dono de carro adaptado pagará IPVA em SP no próximo ano

Lei paulista limita isenção do IPVA para carros PCD a veículos adaptados, mas valor venal acima de R$ 70 mil anula o benefícioImagem: Shutterstock

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

01/09/2021 04h00Atualizada em 01/09/2021 18h59

Em vigor desde o começo deste ano, a Lei Estadual nº 17.293/20 restringe a isenção do IPVA em São Paulo para deficientes graves, cujo veículo é adaptado. Porém, liminar concedida em janeiro pela Justiça paulista proíbe a cobrança do imposto de contribuintes com deficiência que possuíam o benefício no exercício de 2020.

O efeito da decisão deixa de valer no fim deste ano. Dessa forma, em tese, cerca de 80% dos proprietários de carros PCD que eram elegíveis ao benefício no ano retrasado terão de pagar IPVA em 2022, segundo a Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo. Contudo, mesmo que nova decisão judicial estenda a suspensão da cobrança para 2022, deficientes donos de veículos mais novos terão de pagar o imposto mesmo assim - inclusive se o carro tiver alguma adaptação para ser conduzido.

O motivo é outro: a alta valorização dos carros novos, seminovos e usados desde o início da pandemia - especialmente neste ano, quando a falta de chips tem paralisado a produção de automóveis zero-quilômetro, "inflacionando" mais ainda os de segunda mão.

Em São Paulo, independentemente da Lei 17.293/20, a isenção do IPVA só é concedida para veículos cujo valor venal seja inferior a R$ 70 mil - mesmo teto para deficientes não pagarem ICMS na aquisição de automóvel novo, que não deve ser alterado até o fim deste ano pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

Em vez de sofrer depreciação, carros adquiridos no ano passado hoje têm valor de mercado consideravelmente maior do que tinham quando eram zero-quilômetro, dependendo da marca e do modelo.

De acordo com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), entre fevereiro de 2020, mês imediatamente anterior ao início da pandemia, e julho de 2021 os preços de automóveis zero-quilômetro subiram 19,9% em média.

Preço dos carros tem impacto direto no valor do IPVA

"Adquiri um Volkswagen T-Cross Sense 2020 em março do ano passado por R$ 54 mil, graças às isenções de ICMS e IPI. Na época, o preço "cheio" era de R$ 69.990 e atualmente o valor venal é superior a R$ 85 mil", conta o advogado Marcos Antonio da Silva, que é deficiente, mas não necessita de nenhuma adaptação no SUV.

Ativista em defesa dos direitos dos portadores de deficiência e consultor da Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva), Silva terá de pagar os 4% da alíquota do IPVA referente a seu veículo em 2022.

Ele não entra no mérito do aumento nos preços, que lhe dá a certeza de que recolherá o tributo no ano que vem, mas faz críticas específicas à lei estadual, proposta pelo governo paulista no ano passado e aprovada pela Assembleia Legislativa, restringindo consideravelmente a isenção do imposto.

"Foi uma medida discriminatória, criada apenas para aumentar a arrecadação e fazer caixa, obrigando quase todos os deficientes a pagar IPVA e sem medidas concretas para combater fraudes. Muitas pessoas estão sem dinheiro para pagar o imposto, mas são obrigadas a ficar quatro anos com o carro para não recolher retroativamente as isenções recebidas na compra", protesta Marcos Antonio da Silva.

O advogado orienta os interessados a ingressarem com ação individual na Justiça para contestar a cobrança a partir de 2022 e nos anos seguintes.

Questionada, a secretaria do governo Doria informa que ainda não dispõe dos valores venais dos veículos que servirão de base de cálculo para o lançamento do IPVA 2022. "A tabela de valores venais deverá ser enviada pela Fipe ao Fisco paulista em novembro e publicada em dezembro de 2021", diz o órgão.

"A Administração Pública é regida pelo princípio da legalidade, devendo agir conforme a legislação vigente, que vincula a isenção de IPVA para PCD ao valor do veículo. Mesmo que haja alteração nos valores de comercialização de veículos em razão da atual conjuntura econômica no Brasil, o valor venal limite de R$ 70 mil para a isenção deve ser respeitado", complementa, por meio de nota, o governo paulista.

Reportagem de UOL Carros publicada na semana passada, com base nos preços médios praticados em agosto, comprova a alta expressiva em relação a 2020 e o impacto que isso terá no valor do IPVA em São Paulo.

No início deste ano, a Secretaria da Fazenda e Planejamento estimava ampliar a arrecadação em cerca de R$ 525 milhões com a nova lei, desconsiderando os novos carros PCD registrados no Estado ao longo de 2021.

Fonte. https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2021/09/01/pcd-ate-deficiente-com-carro-adaptado-vai-pagar-ipva-em-sp-no-proximo-ano.htm

Postado por Antônio Brito