20/12/2019

EM PERNAMBUCO, GRUPO DE MÃES GARANTE REGISTRO DE CRIANÇAS PELOS PAIS.

Marli Márcia da Silva criou a Associação Pernambucana de Mães solteiras nos anos 1990. O trabalho do grupo garantiu o reconhecimento paterno de mais de 50 mil crianças
Já fazia algum tempo que a pernambucana Marli Márcia da Silva — ou Marli Maravilha, como os amigos a conhecem — escutava diferentes versões de uma mesma história. Sempre que ela visitava as penitenciárias do seu estado natal, alguém se queixava da dificuldade de fazer constar, na certidão de nascimento dos filhos, o nome e o sobrenome do pai. A reclamação partia, com frequência, das mães das crianças, cujos companheiros (ou ex-companheiros) estavam presos. Era algo que ela já esperava. A surpresa surgiu quando alguns dos homens com que Marli conversava nos presídios começaram a reclamar de problema parecido: “Eles queriam reconhecer seus filhos, mas os cartórios diziam ser impossível. Pensei: ‘tem algo de muito errado aí’”, lembra ela. 

Marli — uma mulher de cabelos muito negros e fala calma — é coordenadora da Associação Pernambucana de Mães Solteiras (Apemas), uma organização criada por ela em 1991 para tratar de um tema que, no Brasil de então, pouco ou nada se falava: o não reconhecimento paterno. Ele ocorre quando o pai de uma criança se recusa a registrar o filho em seu nome. Não há dados oficiais sobre o problema, mas números do Censo Escolar de 2011 sugerem que é grande: naquele ano, 5,5 milhões de crianças no país não tinham o nome do pai na certidão de nascimento (no caso desse dado, há situações em que o pai de fato é desconhecido).

Marli despertou para a questão quando, uma semana depois do nascimento de seu único filho, o pai da criança sumiu: numa conversa ríspida, disse que o menino estaria seguro se ficasse aos cuidados dela, mas que ele próprio não tinha a intenção de assumir a paternidade. Mãe solteira, Marli acabou sendo expulsa de casa pela família: “A sociedade me culpou por esse abandono”, diz. “Criei a Apemas para que outras mulheres não tivessem que passar pelo mesmo que eu”.

A associação trabalha em diversas frentes: ao longo dos anos, pressionou por mudanças na legislação, de modo a facilitar o registro tardio das crianças. Com a ajuda de advogados voluntários, orienta mães sobre como cobrar o reconhecimento paterno, e chega mesmo a acompanhar alguns casos na justiça. O trabalho nas prisões começou em 2011, quando Marli e suas companheiras decidiram passar dias nas portas de presídios da região metropolitana do Recife: “A gente passava o dia abordando as mulheres que aguardavam para visitar os presos, para orientá-las. Foi um trabalho longo”. O esforço chegou a virar um filme, lançado em 2014. Nele, Marli mostra como, com alguma frequência, o não-reconhecimento parental se repete por gerações: muitos dos homens presos também não conheciam seus pais.

Foi ao exibir o documentário para os presos que Marli se deu conta do problema que até ali ignorava: o dos homens que tinham aceitado reconhecer suas crianças mas que, estando na prisão, não conseguiam. Em teoria, o processo deveria ser simples — bastaria uma procuração assinado pelo pai: “Mas eles me contavam que os cartórios se recusavam a fazer os registros. Exigiam que as mães voltassem com testes de DNA”, diz Marli. “Mas, oras, não é o cartório quem tem de pedir o exame de DNA. É o pai, no caso de ter dúvida quanto a paternidade”.

De tanto ouvir a história se repetir, Marli decidiu assumir a briga. Com a ajuda de voluntários, entrou nos presídios em busca de quem quisesse registrar os filhos. Os documentos que a Apemas preenchia eram levados aos cartórios de Pernambuco: “Eles resistiam a fazer o registro. Pediam mesmo o exame de DNA, CPF, uma série de documentos. Mas a gente insistia”. Ao final de uma semana de trabalho, em 2016, 489 crianças tinham sido registradas. Marli cita o número sem muita vaidade: “O que precisamos, agora, é pensar nas próximas campanhas”, diz, pragmática. “Tem ainda muita gente precisando de orientação”.
 


Números expressivos se repetem na história da Apemas. A associação calcula que, nos últimos 27 anos, participou do reconhecimento de paternidade de mais de 50 mil crianças. Sua atuação se confunde com o amadurecimento da discussão sobre não-reconhecimento paterno no Brasil. Apesar da ausência de dados oficiais a respeito, estimativas sugerem que o país ocupa lugar de destaque num ranking desconfortável: o dos países onde o não reconhecimento parental é mais frequente. A socióloga Ana Liése Thurler, da Universidade de Brasília (Unb), chegou a essa conclusão depois de analisar registros de cartório em todo o Brasil. Segundo seus números, 20% dos brasileiros nascidos em 2006 não foram reconhecidos por seus pais. É bem mais que o número estimado para o mesmo período na França, por exemplo: “Por lá, onde há estatísticas oficiais sobre a questão, a taxa é de 2% das crianças”, diz a professora. 

Os números indicam uma correlação entre o não reconhecimento paterno e a qualidade de vida da população. Segundo Ana Liese, quanto maior o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), menor o número de pais que se recusa a registrar seus filhos. As estatísticas também dão pistas sobre como foi formada a sociedade brasileira — nossas taxas de não-reconhecimento paterno altas, afirma a pesquisadora, são resultado de uma cultura que ainda entende a criação dos filhos como responsabilidade exclusiva da mãe: “Se o homem não quiser mesmo reconhecer a criança, vai tomando medidas protelatórias e não reconhece. Há uma desigualdade entre o tratamento dado ao reconhecimento da paternidade e à maternidade, que ainda é compulsória em nosso país”, afirma.

Nas últimas décadas, o quadro — ainda que grave — parece ter melhorado. Apenas na cidade de São Paulo, segundo dados da Associação dos Registradores Naturais do Estado (Arpen- SP), o número de certidões de nascimento sem o nome do pai caiu nos últimos anos: de quase 13 mil em 2015 para 333 em 2017.  Em parte, esse progresso ocorreu graças a mudanças estimuladas por Marli: em 2007, a Apemas conseguiu que fosse instituída a gratuidade do registro tardio de paternidade em Pernambuco. Antes disso, os cartórios cobravam mais de R$100,00 pelo documento. Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça expandiu a política para todo o país. 

Mas o caminho de Marli foi tortuoso. Em 1991, depois de ser expulsa de casa com o filho nos braços, Marli peregrinou pela periferia do Recife, se revezando nas casas de amigos que concordavam em abrigá-la. Levava consigo a roupa do corpo e uma sacola de fraldas. Na época, chegou a cogitar o suicídio: “Eu me lembro de rezar para que meu filho morresse. Porque, assim, eu poderia morrer também”.

Acabou se estabelecendo no bairro de Torrões, onde abriu um bar com a irmã: “Ali, eu percebi que havia várias outras mulheres na mesma situação que eu. Decidi que precisava reuní-las”, diz Marli. “Eu ainda não sabia bem para que, mas precisava.” 

Ninguém gostou da ideia. Abandonadas por seus companheiros, as mulheres da vizinhança não queriam falar sobre seus problemas e dores. Tampouco queriam que os nomes daqueles homens constassem no registro de nascimento de suas crianças: “Além disso, algumas pessoas diziam que éramos prostitutas. Que íamos nos reunir para fazer zona”, diz Marli. 

Foram necessários meses de insistência até as mães aceitarem se encontrar. As crianças sem pai conhecido, dizia Marli, são tão perseguidas quanto suas mães. Sofrem com o preconceito na escola. Além disso, uma vez reconhecida a paternidade, é possível requerer o pagamento de pensão alimentícia: “Eu tive de convencê-las de que o reconhecimento da paternidade não deveria ser uma escolha delas. Porque era um direito das crianças”, conta. 

Marli compreendia bem a resistência daquelas mulheres porque partilhava dos mesmos sentimentos. Ela própria demorou a se convencer de que seu filho deveria ter o nome do pai no registro de nascimento. Na certidão da criança, esse campo continuou em branco até que o menino completar 4 anos.

As primeiras reuniões da Apemas aconteceram num clube de dominó – uma sala comprida e apertada, onde o grupo dividia espaço com os homens que jogavam: “A gente tinha que falar baixinho. Por que discutia problemas pessoais”, conta ela. 

Hoje, a associação tem 12 diretoras – contando com Marli. E outras oito voluntárias recorrentes: “O engraçado é que a maioria delas não foi mãe solteira, mas se identificou com a causa”, diz. Seus esforços tornaram a Apemas uma referência em Pernambuco. Ao ponto de, a partir deste ano, o estado celebrar o dia da paternidade responsável no 1 de outubro: “Justo na data em que a Apemas foi criada”, conta Marli, agora sim, sem disfarçar o orgulho. 

O trabalho da Apemas ajudou a mudar a vida de milhares de crianças, e fez o mesmo pela vida da própria Marli. Hoje, já com quase 60 anos, ela demonstra disposição férrea para continuar o trabalho que iniciou há quase três décadas  —  acorda todos os dias antes das 5 da manhã e só volta para casa depois de o sol se pôr. Além do trabalho na Apemas, cursa  o sétimo período da faculdade de direito. O “maravilha” do apelido, que citamos ali no início da matéria, ela carrega desde que nasceu: “Minha mãe é que me chamava assim, quando eu era criança. Por que ela dizia que eu era a maravilha dela”, conta. A alcunha pegou. E não há quem discorde. Na página de Facebook da Apemas, um comentário resume bem a opinião de quem conhece Marli: “Fiquem atentos - a verdadeira mulher maravilha é negra”.

FOTOS: Fundo Brasil e arquivo pessoal

Jovem com deficiência auditiva pinta obra de arte no muro da escola

Aluno da Escola Astrogildo encantou os professores com o resultado do trabalho.


Wellington Prado
Entre os formandos do terceirão da Escola Astrogildo, de Barra Velha, um dos alunos ficará marcado não só na memória dos professores, mas nos muros da principal escola da cidade. Wellington Prado, de 17 anos, fez da sua deficiência auditiva um motivo a mais para se superar. Com o pincel na mão, ele criou obras de arte nos muros da escola que chamaram atenção dos alunos e professores.
A técnica apurada do rapaz já era notada pela professora de artes Elisangela Pohl Tomko. Wellington exibe um portfólio de desenhos que é de causar inveja. Segundo a professora, a ideia de revitalizar espaços da escola já vem sendo implantada há algum tempo, e contar com o talento de Wellington engrandeceu ainda mais o projeto.


Painéis dão um colorido especial no interior da escola
O aluno desenhou e pintou três painéis, além de fazer o alfabeto em libras. Traços precisos, cores chamativas e muita história por trás de cada pincelada. Com a ajuda de uma professora auxiliar para traduzir a lingua de sinais, Wellington conversou com a reportagem. Ele conta que se sente realizado em proporcionar esse colorido para a escola, mas destaca um ponto principal:

– Era gratificante ver as crianças se preocupando comigo, trazendo água. E hoje vejo elas paradas em frente ao desenho querendo aprender a língua dos sinais, contou.
A LUTA PELA INCLUSÃO


Criança observa painel e aprende a língua de sinais
O recém-formado agora pensa no seu futuro e uma coisa já está decidida: continuar com a arte. Aos 17 anos, Wellington carrega com ele a vontade de querer mais. Vencer mais. Aprender mais. Recentemente tem participado de eventos em prol do movimento surdo em Santa Catarina e quer de alguma forma contribuir com aqueles que passam pelas mesmas dificuldades.

A história do aluno chamou atenção da gestora da escola, a Professora Renata Borba. “As pessoas precisavam conhecer a trajetória desse aluno. Não poderia deixar a passagem dele por aqui se encerrar de qualquer forma,” disse. Renata também destacou a importante participação da profissional de artes, Elisangela, e a professora auxiliar Ana Paula no desenvolvimento escolar do aluno.

Projeto da área cultural do Sesc RJ promove inclusão

‘Arte e Acessibilidade’ será responsável tanto pelas adaptações físicas de espaços artísticos quanto pela realização dos espetáculos que abordam o tema.
Um projeto do Sesc RJ vai promover acessibilidade nos palcos, nas instalações culturais, em palestras para funcionários e onde mais houver espaço. Um evento no Sesc Ginástico, realizado nos dias 7, 13, 14 e 15 de dezembro, abriu as cortinas para o programa “Arte e Acessibilidade”, com apresentações de artistas com deficiência, atuando no processo de inclusão, tanto como beneficiários dos serviços quanto como agentes da realização. Com espetáculos de música, dança e circo, o projeto tem objetivo de aprimorar a atuação da instituição em relação ao tema, na questão espacial e no conteúdo da programação.
Já em 2020, o Sesc RJ pretende reestruturar espaços e implementar programações inclusivas de forma sistemática em todas as unidades destinados à prática de ações formativas e apresentações artísticas. Ao todo, o Sesc RJ conta com 13 teatros no formato italiano (com palco), 1 arena e 6 salas multiuso.
— Diversidade e acessibilidade são dois grandes desafios do mundo contemporâneo e o Sesc RJ busca respostas através das ações que realiza no seu cotidiano, especialmente através da arte. Entendendo a importância da criatividade e livre expressão para o desenvolvimento dos seres humanos e da sociedade, ocupamos nossos palcos com programações regulares, atendendo à multiplicidade de estilos, gostos e culturas. Agora, com esse projeto, pretendemos consolidar e ampliar nossa atuação junto a esse público — destaca gerente da área de Cultura do Sesc RJ, Márcia Rodrigues.
Os funcionários da área de cultura da instituição irão passar por uma formação sobre o tema e uma empresa de assessoria de acessibilidade cultural fará o mapeamento de todas as unidades, indicando as modificações que deverão ser realizadas. O próximo passo será botar em prática o projeto, com programações inclusivas, promovendo o trabalho de artistas com deficiência e oferecendo também inclusão para o público nas programações.

Projeto ‘Arte e Acessibilidade’ do Sesc RJ promove acessibilidade nos palcos Foto: ANDERSON ROSA / divulgação
Projeto ‘Arte e Acessibilidade’ do Sesc RJ promove acessibilidade nos palcos Foto: ANDERSON ROSA / divulgação

O público que esteve no Sesc Ginástico para o evento teve uma provinha do que vem por aí. A programação contou com os grupos Pulsar Companhia de Dança, com uma obra que faz referência a Renata Cockrane (1970–2013), bailarina que teve paralisia cerebral e foi membro da Pulsar por 12 anos; Circodança, que reúne 10 artistas circenses e bailarinos – com e sem deficiência; o Giradança, consagrado por promover um trabalho que rompe preconceitos e limites pré-estabelecidos; e o duo catarinense A Corda Em Si, composto pelos músicos Fernanda Rosa, que tem baixa visão, e Mateus Costa, que é cego. A programação contou com suporte para pessoas com deficiência, como audiodescrição e libras.
— Quando a arte e acessibilidade estão juntas, permite que artistas que se sentem segregados, possam realizar os seus desejos, enquanto um teatro acessível permite, ao mesmo tempo, que o artista tenha acesso ao palco e o público, ao espetáculo — elogiou a coreógrafa Maria Teresa Taquechel, diretora artística da companhia Pulsar.
Fonte  https://oglobo.globo.com/cultura/projeto-da-area-cultural-do-sesc-rj-promove-inclusao-24144122?utm_source=facebook&utm_medium=glab&utm_campaign=sescrj
Postado por Antônio Brito 

Campanha Ame Antonella chega a R$ 8 milhões, em Blumenau

A luta de Antonella Garcia Moro, bebê blumenauense portadora de AME (Amiotrofia Muscular Espinhal) caminha para um final feliz. A família divulgou nesta terça-feira (17) que a arrecadação chegou a R$ 8 milhões. O remédio que pode curar a menina custa R$ 9 milhões.
Foto: Arquivo Pessoal/ND
A pequena precisa conseguir os R$ 9 milhões para que possa tomar o medicamento Zolgensma antes de completar dois anos de idade.
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Nas últimas semanas a onda de solidariedade se intensificou, com diversas ações espalhadas por todo o país e divulgação de famosos. Um deles, o cantor Daniel, doou um chapéu para leilão.
Ivete Sangalo e Flavia Alessandra também se manifestaram nas redes sociais pedindo apoio para a menina.
Agora, a medicação está a R$ 1 milhão de distância. Clique aqui para doar qualquer quantia.
Fonte  https://ndmais.com.br/noticias/campanha-ame-antonella-chega-a-r-8-milhoes-em-blumenau/
Postado por Antônio Brito 

Juiz vai até a casa de idosa para lhe conceder aposentadoria

Um  caso incomum aconteceu há alguns meses, onde um juiz foi até a casa de uma senhora de 100 anos para conceder aposentadoria a ela.

O caso incomum aconteceu em Itapuranga, município de 27 mil habitantes no interior de Goiás, a 165 quilômetros da capital Goiânia. O juiz Thiago Cruvinel Santos foi até a residência da lavradora centenária Alvarina Maria de Jesus. (Você também pode apoiar causas com Visa, sem pagar nada a mais por isso, inscreva-se aqui.)

O juiz colheu o depoimento da idosa, ouviu testemunhas e concedeu na hora a ela o direito de receber dois benefícios: a conversão do amparo assistencial (Loas) para a aposentadoria e a pensão pela perda do companheiro, que morreu há 17 anos de câncer. As informações foram divulgadas pelo site do Tribunal de Justiça de Goiás.

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A lavradora contou ao magistrado que sempre morou na roça e que trabalhava cuidando de plantações, criava as galinhas e ficava responsável por todo o serviço da casa.

“Sou uma mulher que viveu muito, vi coisas e sofri todo tipo de privação, junto ao meu marido, meus filhos e meu neto. Mas, sou pessoa de fé. Acredito em Deus, na vida, no ser humano. Hoje, aqui, na minha casa, estou vendo de perto a Justiça ser feita”, disse Alvarina, que é diabética e tem problema de circulação nas pernas.

João Jesus, amigo da família de Alvarina e testemunha dela ficou surpreso com a ação da justiça.

“Achei muito bonita essa iniciativa, nunca imaginei que ia ver isso de perto um dia. Um juiz se deslocar do gabinete dele para vir na casa de uma pessoa humilde assim como a Alvarina, que realmente precisa desses benefícios. Nem tenho palavras para falar da minha alegria e contentamento”, afirmou.

O juiz Thiago Cruvinel disse que a missão do julgador não pode estar restrita à letra fria da lei.

“É impossível não nos sensibilizarmos com a situação de uma pessoa de 100 anos que precisa ser atendida com urgência e ter direitos básicos garantidos legalmente para que possa usufruir, com um pouco de dignidade, dos anos de vida que lhe restam.”

Fonte  https://razoesparaacreditar.com/gentilezas/juiz-vai-ate-a-casa-de-idosa-para-lhe-conceder-aposentadoria/

Postado por Antônio Brito 

19/12/2019

Homem que sofreu acidente na Serra do Teixeira, vive acamado e precisa de ajuda em Patos

O dia 11 de setembro de 2019 ficou marcado como traumático para o trabalhador autônomo Antônio Julierme, 38 anos, residente na Rua Nelson Rodrigues, Bairro Santo Antônio, em Patos. Neste fatídico dia, ele sofreu um acidente automobilístico quando conduzia seu veículo na PB 262, na Serra do Teixeira (PB).

Antônio Julierme sofreu lesões graves em três vértebras da coluna quando foi arremessado para fora do carro. O veículo ficou destruído e Antônio foi socorrido para o Hospital Regional de Patos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Ele foi transferido para os Hospitais de Campina e João Pessoa, passou por cirurgias, porém, o médico que o operou disse que ele poderia não voltar a andar diante da sequela.

O Social (INSS), sem ainda ter recebido o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), agora Antônio Julierme depende do salário mínimo que é recebido pela esposa que trabalha numa empresa terceirizada como auxiliar de serviços gerais. Remédios, insumos, ajuda para pagar energia elétrica e alimentação dependem dos pais e da esposa dedicada. Os pais de Antônio também não têm renda fixa e o pai dele faz serviços corriqueiros para ajudar na casa.

Antônio Julierme está fazendo apelo para conseguir uma cadeira especial. Com esta, ele vai poder se sentar, ir até a calçada e se locomover minimamente dentro de casa. A cadeira custa em médica R$ 3.000,00 e não está ao alcance de ser adquirida pela família. Ele busca ajuda pública e da sociedade para poder ter a cadeira.

Aqueles que poderem contribuir podem ligar para a esposa de Antônio, a senhora Mira. Telefones: 9.9602-1072 (WhatsApp) e 9.9881-7667.

Jozivan Antero – Patosonline.com

Fonte  http://www.folhapatoense.com/2019/12/19/homem-que-sofreu-acidente-na-serra-teixeira-vive-acamado-e-precisa-de-ajuda-em-patos/

Postado por Antônio Brito 

Equoterapia: Uma relação de confiança entre pessoas com deficiência e os cavalos


#DescriçãoDaImagem: Na foto está Eliane, uma mulher de pele branca, cabelos escuros e longos; Ela veste jeans azul e está ao lado do seu cavalo branco, ambos estão em um picadeiro com serragem. Fim da descrição. Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

A busca por qualidade de vida e reabilitação é constante na vida das pessoas com deficiência. Com o avanço da medicina, cada vez mais temos novidades que vem tornando a vivência com a deficiência melhor .
Uma dessas ações é a Equoterapia, que é uma técnica usada como método terapêutico que utiliza cavalos para ajudar na reabilitação de pessoas com algum tipo de deficiência, física, intelectual ou cognitiva. É o que explica Eliane Baatsch, especialista e instrutora da técnica “equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo numa abordagem transdisciplinar, multidisciplinar e interdisciplinar nas áreas da equitação, saúde e equitação, buscando melhorias biopsicossociais”.

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#DescriçãoDaImagem: Na foto está Eliane durante uma sessão de Equoterapia. Ela está sorrindo e usando uma camiseta azul. E está dando suporte a um jovem com deficiência que está sob o cavalo, ambos estão em uma cancha de areia. Fim da descrição. Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

A Equoterapia

Em resumo, a Equoterapia estimula o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico, por meio da intervenção terapêutica. O movimento tridimensional do passo do cavalo (cinesioterapêutico), ou seja, para cima, para baixo e de um lado ou para o outro, para frente e para trás. Esses estímulos leva o paciente a relaxar as pernas, o tronco, e isso melhora suas percepções, funções motoras, além de trabalhar o equilíbrio.
Para que isso tenha resultado o cavalo precisa para por uma formação. “Precisa ter a sua formação acadêmica na área da saúde, educação mais o curso de equoterapia”. Conta Eliane.

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#DescriçãoDaImagem: Na foto está um cavalo na cor caramelho e abraçado nele um jovem com síndrome de Down. O jovem veste uma camiseta branca, capacete e óculos e aparenta estar feliz. Ambos estão em um local com árvores. Fim da descrição. Foto: Divulgação / Internet

A técnica

Existem relatos da Equoterapia desde a Grécia Antiga, mas trazendo para nossa realidade, ela ganha notoriedade a partir de 1967 nos EUA. Já no Brasil, o método ganhou destaque a partir de 1989, em Brasília. E hoje a técnica é utilizada em mais de 30 países.

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Benefícios

Eliane explica que apesar da técnica ser muito benéfica e ter bons resultados no tratamento de pessoa com deficiência, é preciso ter calma na hora de pensar em equoterapia “ela pode ser realizada para a pessoa com deficiência, desde que a mesma não tenha nenhuma contra indicação para a intervenção terapêutica.  A pessoa passa pela avaliação do médico de sua referência que atesta a saúde da pessoa com deficiência e depois é avaliação pela triagem da equipe multidisciplinar na equoterapia que pode indicar ou não a intervenção terapêutica.  Se avaliada em realizar o tratamento na equoterapia, a equipe traçara o prognóstico em conduta técnica”. Explica.
Eliane também alerta que não existe tratamento padrão se tratando de equoterapia “depende para cada pessoa com deficiência, a conduta é única e exclusiva de acordo com a patologia, queixas e especificidade”. Salienta.
E para quem tem interesse em iniciar na equoterapia, Eliane diz que é essencial buscar locais confiáveis “procurar um local de referência e legalizado.  Com profissionais devidamente formados na área e animais em condição de saúde. A técnica é devidamente regulamentada a Lei n° 13.380/19 regulamenta a equoterapia”. Finaliza.
Para saber se há um local próximo a sua cidade ou região que realiza atendimento basta acessar o site da Associação Nacional de Equoterapia.

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Sobre a entrevistada:

Eliane Cristina Baatsch

#DescriçãoDaImagem: Na foto está Eliane, uma mulher de pele branca, cabelos escuros e longos; Ela veste jeans azul e está ao lado do seu cavalo branco, ambos estão em um picadeiro com serragem. Fim da descrição. Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Pedagoga, psicopedagoga, especialista em deficiência, especialista em equoterapia, mestranda em Ciências Educacionais, equoterapeuta, instrutora de equitação clássica, instrutora de equitação terapêutica, instrutora de equitação para equoterapia, instrutora dos 3Tambores Paraequestre, instrutora de volteio terapêutico, coordenadora da Hípica Santa Terezinha, profissional da Prefeitura Municipal de São Paulo, colunista do Portal Acesse.

Fonte  https://deficienciaemfoco860798267.wordpress.com/2019/12/19/equoterapia-uma-relacao-de-confianca-entre-pessoas-com-deficiencia-e-os-cavalos/

Postado por Antônio Brito 

CÂMARA MUNICIPAL APROVA LEI INÉDITA DE AUTORIA DA OUVIDORIA, ALUNOS E PROFESSORES DO PROJETO SEMEANDO A CIDADANIA




A Câmara Municipal de Machadinho d’Oeste aprovou em sessão extraordinária no dia 26 de novembro de 2019, após passar pela tramitação legislativa a Lei Municipal 1.957 de 2019, proposto pela Mesa Diretora, que “Cria no âmbito municipal o selo amigos da natureza” Mas o que tem de diferente neste Projeto de Lei e na forma que o mesmo foi elaborado? O Projeto aprovado foi fruto de dois anos de trabalho do Projeto “Semeando a Cidadania”, ou seja, o mesmo foi criado pela Ouvidoria da Câmara Municipal e trabalhado pelos alunos Vereadores/Ouvidores e professores/coordenadores do Programa Vereadores e Ouvidores Cidadãos, programa este em pleno desenvolvimento criado por lei municipal.

(Lei municipal 1.957 de 2019)
Como metodologia do Programa Vereadores e Ouvidores Cidadãos os participantes no encerramento da primeira turma teria que apresentar um projeto de lei que após analisado pela Mesa diretora o mesmo iria ser apresentado proposto pela Mesa para votação em Plenário para torna-se Lei Municipal.
O Tema escolhido e trabalhado durante os dois anos pelos alunos e professores foi na questão do meio ambiente, antes de ser apresentado um Projeto de lei sobre este tema a Câmara de Vereadores proporcionou algumas atividades para se trabalhar nesta área (como doação de kit de hortas para todas as escolas polos participantes do projeto e a construção de um viveiro de arvores nativas construído por todos os participantes onde foram doadas mais de 3.000 mudas de árvores de lei), para que, quando o projeto fosse apresentado e aprovado, a população pudesse ver na prática algo realizado em favor do meio ambiente para que todos acreditasse que é possível sim ser feito algo de concreto para o meio ambiente e a lei que fosse aprovada não seria mais uma lei aprovada em vão.
Portanto a Ouvidoria tem a grata satisfação de estar colhendo o fruto de dois anos de trabalho com os alunos e professores do Projeto e hoje o Munícipio de Machadinho se destaca pelo fato inédito de uma Lei Municipal ter sua origem elaborada pela Ouvidoria e alunos e Professores participantes de um Projeto desenvolvido pela Ouvidoria de uma Câmara Municipal.

(Alunos Vereadores e Ouvidores Cidadãos aprovando o Projeto de Lei que cria o Selo Amigos da Natureza na ultima sessão ordinária do projeto)

(Alunos Vereadores e Ouvidores Cidadãos aprovando o Projeto de Lei que cria o Selo Amigos da Natureza na ultima sessão ordinária do projeto)
 
(Alunos Vereadores e Ouvidores Cidadãos aprovando o Projeto de Lei que cria o Selo Amigos da Natureza na ultima sessão ordinária do projeto)
 
(Vereadores, população e demais autoridades municipal prsetigiando os alunos Vereadores e Ouvidores Cidadãos aprovando o Projeto de Lei que cria o Selo Amigos da Natureza na ultima sessão ordinária do projeto)

(Vereadores em sessão extraordinária aprovando o Projeto de Lei que cria o Selo Amigos da Natureza)

Fonte   https://defatorondonia.com.br/2019/12/13/camara-municipal-aprova-lei-inedita-de-autoria-da-ouvidoria-alunos-e-professores-do-projeto-semeando-a-cidadania/
Postado por Antônio Brito 

Garoto de 3 anos com Mielomeningocele impressiona treinador de tênis em cadeira de rodas

Um garoto de três anos, paralisado abaixo da cintura, impressiona os treinadores de tênis com suas habilidades.
Aness Ahmed nasceu na Inglaterra com o tipo mais grave de espinha bífida – uma condição que ocorre quando a coluna e a medula espinhal não são adequadamente formadas durante a gravidez, deixando os nervos expostos chamada de Mielomeningocele.
Sua mãe, Linda Ibrahim, da cidade de Derby, ajudou a projetar uma cadeira de rodas personalizada para ele melhorar sua mobilidade quando tinha apenas nove meses de idade.
“Aness sempre se sentiu como uma criança que gosta de explorar”, disse ela.
Martyn Whait, treinador nacional de cadeira de rodas na Lawn Tennis Association na Inglaterra, acrescentou: “Para um garoto de três anos, sua capacidade de empurrar a cadeira já é muito acima da média.”
“Eu nunca tive ninguém com três anos de idade jogando tênis em cadeira de rodas.”

Fonte: BBC News
https://mieloblog.com.br/garoto-de-3-anos-com-mielomeningocele-impressiona-treinador-de-tenis-em-cadeira-de-rodas/
Postado por Antônio Brito 

Parlamentares discutem 13º salário para pessoas com deficiência e idosos

Parecer prevê o pagamento permanente do abono aos inscritos no Bolsa Família e também para quem recebe hoje o Benefício de Prestação Continuada (BPC); contrário à proposta, governo vê impacto de R$ 7,5 bi por ano.

BRASÍLIA - O Congresso discute a ampliação de medida provisória editada pelo governo que prevê o pagamento - a princípio só neste ano - de um 13.º salário para os inscritos no Bolsa Família. Além de tornar o benefício permanente no caso desse programa, parlamentares querem que a parcela extra também seja destinada a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda que já recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Se a proposta prosperar, o impacto para os cofres públicos poderá ser de R$ 7,5 bilhões ao ano.

Bolsa Família é recebido por 14,1 milhões de brasileiros
Bolsa Família é recebido por 14,1 milhões de brasileiros
Foto: Agência Senado / Estadão

O BPC é um benefício de um salário mínimo (hoje, equivalente a R$ 998) pago a pessoas com 65 anos ou mais ou com deficiência que não podem trabalhar por contra própria e garantir sua sobrevivência. O pagamento é feito para quem tem renda familiar inferior a um quarto do salário mínimo por pessoa, o que corresponde hoje a R$ 249,50.

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro assinou medida provisória dando o 13.º salário a beneficiários do Bolsa Família neste ano. Como MP tem vigência de lei, o pagamento já está sendo feito. As duas propostas de mudança já discutidas por parlamentares foram incluídas no parecer do relator da matéria no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

No governo, há resistência em apoiar a proposta. Por isso, o relatório não foi lido na terça-feira, quando a comissão foi instalada. Mas o vice-líder do governo no Congresso, Pedro Lupion (DEM-PR), se manifestou favoravelmente e prometeu discutir com o Palácio do Planalto a fonte dos recursos.

Cálculos da equipe econômica apontam para um impacto de R$ 5 bilhões por ano com a ampliação do 13.º a quem recebe o BPC. Já o custo fiscal para conceder o abono aos beneficiários do Bolsa Família é de R$ 2,5 bilhões.

O relator também prometeu buscar uma fonte de recursos para bancar os custos. "Eu acredito que é possível um remanejamento de áreas para garantir justiça. Não é razoável garantir o 13.º para o Bolsa Família e não garantir para os que recebem o BPC", afirmou Rodrigues.

Ainda no caso do Bolsa Família, o relator incluiu no seu relatório o reajuste a partir de 2021 do valor pago aos inscritos. O texto fala em correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Atualmente, não há essa regra e o reajuste fica a critério do governo.

Pelas regras em vigor, uma família em situação de pobreza ou extrema pobreza pode receber até cinco benefícios, no valor de R$ 41 cada, se tiver gestantes, pessoas que amamentam, crianças e adolescentes até 15 anos. No caso de adolescentes entre 16 e 17 anos, a família pode acumular até dois benefícios. O parecer de Rodrigues garante o acúmulo de cinco pagamentos em todos esses casos.

O relatório ainda precisa passar por uma votação na comissão de deputados e senadores que discute o assunto e depois pelos plenários das duas Casa até dia 24 de março. Caberá a Bolsonaro sancionar ou vetar a alteração.

Fonte  https://www.terra.com.br/amp/economia/parlamentares-discutem-13-salario-para-pessoas-com-deficiencia-e-idosos,5e85e26b0c6b0f232739fe486e854123nna9nrxr.html

Postado por Antônio Brito