O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) publicou a quarta aula do segundo módulo do Movimente-se nesta segunda-feira, 31, no site do Movimento Paralímpico. O projeto patrocinado pela Loterias Caixa oferece atividade física para pessoas que fazem uso de cadeira de rodas, são amputadas, cegas, têm baixa visão ou paralisia cerebral.
A plataforma foi lançada em 1º de junho e já impactou mais de 200 mil pessoas pelo país. Para incentivar mais ainda as pessoas com deficiência a começarem a se exercitar com o Movimente-se, listamos sete motivos para seguir o programa:
1 – Qualquer pessoa pode fazer Os exercícios foram pensados para pessoas que nunca praticaram atividade física ou que não possuem orientação profissional. Também podem ser seguidos por quem já fazia atividade física, mas teve que parar por conta da pandemia da Covid-19. Para seguir as aulas, não é necessário nenhum equipamento esportivo. Pode usar objetos que comumente se tem em casa.
2 – Promove o bem-estar Praticar atividade física é uma das ferramentas para ter qualidade de vida. O hábito de se exercitar melhora o humor, diminui a ansiedade, previne doenças e ajuda a tratar doenças pré-existentes. No primeiro módulo do Movimente-se lançado em junho, o objetivo é melhorar o equilíbrio muscular e motor, o que melhora a execução das atividades diárias e reduz o risco de lesões. Já no segundo módulo, que está na quarta aula, o programa tem como propósito o fortalecimento muscular. Mas para ter todos os benefícios mencionados é preciso praticar atividade física com regularidade, por isso recomenda-se fazer as aulas do Movimente-se três vezes por semana.
3 – Fácil acesso A plataforma é gratuita e on-line, assim pode ser acessada de qualquer lugar e a qualquer momento. Basta entrar no site do Movimento Paralímpico (movimentoparalimpico.com.br). “Quando você faz uma busca na internet, já acha um manual rápido para se exercitar com exemplos”, lembrou Vinícius Rodrigues, medalhista de bronze nos 100m da classe T63 (amputados de perna) no Mundial de Atletismo em Dubai. Como as aulas são gravadas, também pode pausar se precisar e ver quantas vezes quiser.
4 – Conteúdo de qualidade Todo conteúdo do Movimente-se é ministrado pelos técnicos do CPB. Cada aula consiste em aquecimento, exercício principal e volta à calma (relaxamento). Os vídeos são divididos por tipo de deficiência com aulas específicas para cadeirantes, paralisados cerebrais, amputados e deficientes visuais.
5 – São os atletas que demonstram os exercícios As aulas contam com a participação de atletas de alto rendimento que mostram exatamente como fazer os movimentos. Nesta quarta aula, os atletas convidados foram os velocistas Fabrício Ferreira (classe T12, para atletas com baixa visão), Verônica Hipolito (classe T37, para paralisados cerebrais) e Washington Assis (classe T47, para amputados de braço), além do nadador Ronystony Silva (classe S5, para atletas com limitações físico-motoras), que participa da aula para cadeirantes.
6 – É acessível Para pessoas com deficiência visual é um desafio acompanhar atividades por meio de vídeos, mas no Movimente-se: “as instruções são específicas e bem direcionadas para que a gente não faça o movimento errado”, como explicou Fabrício Ferreira, medalhista de bronze nos 100m da classe T12 (baixa visão) no Mundial de Atletismo de Dubai 2019. Além disso, as videoaulas para deficientes visuais contam com o recurso de audiodescrição, serviço que descreve as imagens.
7 – Assistência em tempo real Os praticantes com deficiência visual do Movimente-se também contam com assistência por vídeo no aplicativo Be My Eyes. Por meio desta parceria com o app dinamarquês que conecta pessoas cegas e com baixa visão a voluntários, o CPB disponibiliza profissionais de Educação Física para tirar as dúvidas sobre as aulas desses usuários de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Para fazer contato direto com Be My Eyes, o e-mail é: community@bemyeyes.com. Já o Movimente-se também dispõe de assistência por e-mail: movimentese@cpb.org.br Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro.
A proposta do projeto de lei Nº 529 de 2020 de autoria do Governo do Estado João Dória, que – dentre outras coisas – prevê a alteração na Lei Estadual Nº 13.296 de 2008, relacionada à isenção de IPVA para Pessoas com Deficiência, tem causado revolta e indignação em diferentes segmentos da sociedade paulista.
A atual legislação prevê que não precisa pagar o imposto (IPVA) quem tem a propriedade de apenas um único veículo, de propriedade de pessoa com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autista. O texto enviado pelo Governador João Dória exclui o trecho “deficientes visuais e mentais como beneficiários da isenção” – e mantém apenas Pessoas com Deficiência severas ou profundas que tenham carros adaptados. O projeto, apresentado em regimente de urgência, precisa ser aprovado pelos Deputados Estaduais.
O Fórum Paulista de Entidades de Pessoas com Deficiência afirma que “quando um Projeto de lei tramita sem a observância da Constituição Federal ele já nasce inconstitucional, como é o caso do PL Nº 529/2020, pois não está sendo cumprido o art. 3º do decreto Nº 6.949/2009 – Na elaboração e implementação de legislação e políticas para aplicar a presente Convenção e em outros processos de tomada de decisão relativos às pessoas com deficiência, os Estados Partes realizarão consultas estreitas e envolverão ativamente pessoas com deficiência, inclusive crianças com deficiência, por intermédio de suas organizações representativas”. Nos últimos dias, números divulgados pelo SINAFRESP – Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (que representa a categoria de servidores que fazem a fiscalização de tributos de competência estadual em São Paulo) trouxeram mais indignação ainda aos representantes do segmento PCD.
De acordo com as publicações, “enquanto lutamos para manter a isenção de IPVA para PcD, não percebemos o Governo passar a cobrar impostos para proprietários de jatinhos, helicópteros, iates e jet skis. Quem pode pagar, fica isento. Quem precisa de atenção diferenciada, corre o risco de perder a isenção”, desabafou Rodrigo Rosso, presidente da ABRIDEF – Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva para Pessoas com Deficiência.
De acordo com o SINAFRESP, “se a mesma cobrança (do IPVA) incidisse sobre os veículos marítimos das categorias esportiva e recreativa, como iates, lanchas, motos aquáticas e botes, o estado poderia arrecadar cerca de 1,6 bilhão de reais por ano. São quase 100.000 embarcações cadastradas na Capitania dos Portos de São Paulo”.
Uma decisão do STF – Supremo Tribunal Federal, em 2002, prevê que os donos de embarcações e aeronaves – de uso particular, ficassem isentos do pagamento do IPVA, e pagariam apenas a Taxa Rodoviária Única! Para que o Estado de São Paulo passe a tributar esses veículos, é necessária mudança na Constituição Federal ou uma nova interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, médicos de todo o País destacaram a importância dos cuidados que deveriam ser tomados com as pessoas idosas, pois se infectados estariam mais propensos a se tornarem vítimas fatais. Porém, em meio a pandemia da Covid-19, pouco se fala sobre os cuidados que devem ser tomados com as pessoas com deficiência na fase idosa.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 22% da população (45 milhões) têm algum tipo de deficiência e as patologias associadas a certos tipos de deficiência também colocam esse público no grupo de pessoas que exige que os cuidados sejam redobrados.
Pessoas com deficiência em condições genéticas ou neurológicas, que tomam remédios específicos, têm restrições respiratórias ou dificuldades profundas de comunicação e precisam ser monitoradas com atenção redobrada. Além disso, aqueles que cuidam de pessoas com deficiências severas, físicas ou intelectuais, também precisam ficar alertas e fortalecer as medidas de prevenção.
A Apabex – Associação de Pais Banespianos de Excepcionais, uma instituição que promove atendimento especializado a pessoas com deficiência intelectual, vem tomando todos os cuidados desde o início da pandemia. A entidade atende hoje, em seus espaços na capital paulista e em Vinhedo, interior de São Paulo, mais de 70 pessoas, entre 24 e 83 anos. Ou seja, muitos dos atendidos são idosos, com patologias associadas e comorbidades adquiridas, como cardiopatia, diabetes, hipertensão, portanto, inseridos, no grupo de risco.
Na moradia assistida em Vinhedo, os cuidados foram redobrados e todas as atividades realizadas em conjunto nos espaços de lazer foram suspensas. No início de abril todos os residentes receberam a imunização contra influenza dentro da própria instituição e com todos os cuidados realizados pela equipe da vigilância sanitária de Vinhedo e os funcionários também foram orientados e receberam a imunização.
Além desses cuidados, confira as demais medidas da instituição:
• Os funcionários que dependem de transporte público estão sendo buscados em suas residências evitando a exposição na utilização por meio de transporte público;
• Uso obrigatório de máscaras de todos os funcionários e fornecedores e verificação de temperatura dos residentes, funcionários e prestadores de serviço;
• Foram disponibilizados tapetes e preparo com água sanitária para a higienização dos calçados na entrada de todos os setores;
• Qualquer alteração de comportamento/sintoma apresentados pelos residentes é imediatamente informada ao médico responsável pela instituição para orientação e conduta;
• As visitas dos familiares continuam suspensas, pois a maioria dos responsáveis também estão no grupo de riscos. Mas, para não mantê-los longe de seus familiares os recursos tecnológicos estão sendo realizados, como ligação, chamadas de vídeo, recebimento e envio de vídeos, áudios;
• Os pacientes com distúrbios psiquiátricos continuam recebendo acompanhamento com médico psiquiatra e serviço de psicologia, para ajustes de medicações e mediações de alterações de comportamento;
• Os residentes com doenças crônicas (diabetes, cardíacos) continuam realizando exames e acompanhamento com especialistas de acordo com a necessidade e encaminhamento do médico responsável pela instituição que os atende semanalmente; • Com relação aos cuidados nutricionais, rotineiramente os residentes realizam avaliação física, para diagnóstico de obesidade ou desnutrição, além da realização de exames bioquímicos realizados, para avaliação de vitaminas, minerais, proteínas, hemograma, metabolismo de glicose, hepático, renal, tireoide, lipídeos, hormônios, marcadores de inflamação e enzimas. Com base nesses dados as dietas são prescritas e modificadas para manutenção da saúde dos residentes.
“Com certeza a pandemia impactou a vida de todos, a falta da rotina habitual de atividades, assim como a falta de abraços, apertos de mão, as restrições de saídas e passeios geraram muita ansiedade. Mas, este controle que estamos tendo é para minimizar os impactos dentro da Instituição. Na Apabex sempre trabalhamos com a prevenção das doenças e no início do ano todos os residentes haviam realizado exames de rotina, fato que nos deixou mais tranquilos, pois quando iniciou a pandemia, tínhamos exames de imagem e laboratoriais recentes dos residentes, e as alterações já estavam sendo tratadas e acompanhadas pelo médico responsável da instituição”, explica Vanessa Brustolin, coordenadora técnica da Apabex Vinhedo.
Já na unidade da Apabex São Paulo, por não se tratar de moradia, tiveram suas atividades presenciais suspensas. Porém, a instituição não deixou de atender os seus assistidos.
“A Apabex desde o início da pandemia disponibilizou conteúdos de orientação às famílias com dicas dos profissionais de nossa equipe técnica nas áreas de psicologia, musicoterapia, educação física, por meio de vídeos postados em nossas redes sociais, além de suportes por meio de contatos telefônicos com todos os profissionais da equipe. Realizamos atendimentos individuais ou em grupo com as famílias e seu dependente, específicos em sua área de atuação, com videoaulas, videochamadas, ligações telefônicas, reuniões semanais via Zoom com toda a equipe e familiares que se interessam em participar”, conta Luiza Resca, coordenadora técnica da Apabex São Paulo.
Todas as famílias foram orientadas a fazer com que seu dependente continue dentro do possível, e com os cuidados necessários, a fazer uma atividade física, tomar um pouco de sol, controlar a alimentação, ter práticas de higiene supervisionada e redobrada e participar de tarefas de casa de acordo com suas possibilidades, visando sempre manter uma rotina de maior autonomia e com qualidade de vida neste cenário de pandemia.
Luiza também explica que: “Como o momento foi de reinvenção para toda a população, as famílias que atendemos também tiveram que buscar alternativas para essa nova rotina de isolamento social. Acredito que o maior desafio é lidar com o entendimento que a pessoa com deficiência intelectual tem de fato sobre o que está acontecendo. Nem todos possuem oralidade para expressar seus sentimentos e os que têm, verbalizam muito a saudade e vontade de voltar à Apabex para rever amigos e profissionais”.
A Apabex – Associação de Pais Banespianos de Excepcionais é uma organização sem fins lucrativos criada em 1985 por funcionários do Banespa, com apoio do Serviço Social do banco, para promover atendimento especializado a pessoas com deficiência. Com duas unidades, uma na Vila Mariana, capital, e outra em Vinhedo, interior de São Paulo, é especializada no atendimento de pessoas com deficiência intelectual adulta e idosa, dispondo de uma equipe multidisciplinar nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, geriatria, terapia ocupacional, fisioterapia, pedagogia, serviço social, educação física, música e nutrição para integrar diagnósticos e processos terapêuticos. Promove o apoio e o acompanhamento de familiares orientando e estimulando a troca de informação, visando garantir a qualidade de vida da pessoa com deficiência.
Durante todo o “Setembro Verde”, mês oficial da luta pela inclusão social, a Defensora Pública e criadora do projeto Juntos pela Inclusão Social, Flávia Albaine, colocará em prática as ações e homenagens que vem preparando para essa ocasião.
Por conta da atual situação em que estamos vivenciando, tudo será de forma on-line, por isso, as redes sociais oficiais do projeto serão os “palcos” dessa comemoração.
No decorrer do mês de setembro várias pessoas com deficiência de diferentes classes sociais, profissões, raças e tipos de deficiência contarão um pouco de suas trajetórias em vídeos postados no You Tube e no Instagram do Juntos pela Inclusão Social.
“Se o mês de setembro é o mês oficial de luta pela inclusão da pessoa com deficiência, então, é fundamental ouvirmos aquilo que elas têm a dizer sobre isso, assim como um pouco de suas histórias. Nesse mês, o espaço do nosso projeto é todo delas”, ressalta Flávia.
Setembro Verde: o que é capacitismo na visão da pessoa com deficiência?
Já no dia 16, será realizado um debate virtual com a participação de duas pessoas com deficiência ‒ Patrícia Lorete, criadora do perfil inclusivo “Janela da Paty”, além de escritora de e-books para PCDs, e Wemer Hesbom, Defensor Público do DF ‒ onde Flávia Albaine será a mediadora e os participantes irão dizer o que é o capacitismo na visão deles.
“Em que pese a importância dos estudos acadêmicos, precisamos ouvir o que as pessoas com deficiência têm a dizer sobre esse tema”, pontua Albaine.
O evento está sendo organizado pelo projeto Juntos pela Inclusão Social em parceria com o GESIDH (Grupo de Estudos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos) e conta com o apoio da AMDEPRO (Associação dos Membros da Defensoria Pública de Rondônia, em defesa dos Defensores de Rondônia.).
A reserva de vagas para pessoas com deficiência, mais conhecida como cotas, tem o objetivo de melhorar a representatividade de estudantes PcD nas universidades. Ainda que 6,2% da população brasileira tenha algum tipo de deficiência, considerando as deficiências auditiva, visual, física e intelectual, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de PcD nas universidades não chega a 1%.
Os impactos da inclusão
Para Carlos Ailton Chagas de Melo Júnior, analista de marketing digital com visão monocular, as cotas foram essenciais para que ele pudesse ingressar no curso de Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Pará (UFPA), em 2016.
Carlos perdeu a visão de um olho e uma porcentagem considerável do outro devido a um trauma que sofreu no final de sua primeira graduação. Quando decidiu prestar vestibular novamente percebeu o quanto era dificultoso para um aluno com deficiência entrar na universidade.
“Eu sempre gostei muito de estudar, então me vi sem chão quando não conseguia mais manter uma rotina de estudos para o vestibular, por causa da minha vista que se cansa com facilidade, gerando fortes dores de cabeça. Eu não consigo competir com as pessoas que conseguem manter um estudo pleno”, afirma Carlos.
Na opinião de Douglas Christian Ferrari de Melo, professor com deficiência por baixa visão da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a sociedade só tende a ganhar com as políticas de inclusão na educação. Para ele, quanto mais diversidade há, melhor será a formação dos futuros profissionais.
Além disso, o acesso à educação superior impacta no empoderamento das pessoas com deficiência e na sua contribuição para a sociedade, não só no mercado de trabalho, mas na vida social e política. O que torna essas políticas ainda mais importantes, já que, segundo o professor: “Os avanços nas políticas para PcD dependem da presença das pessoas com deficiência nos espaços políticos”.
A educação é direito de todos
Apesar da Constituição Federal de 1988 estabelecer que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família e garantir atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, foram necessárias outras leis garantir o direito à educação às PcD.
Uma das primeiras leis federais específicas às pessoas com deficiência foi a lei nº 7.853, de 1989, que assegura o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiências e sua efetiva integração social e inserção nas escolas especiais.
Mas, a legislação de 1989 só foi regulamentada em 1999 pelo decreto nº 3.298, que também dispõe a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, um conjunto de orientações normativas para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência.
Em 2001, uma resolução do Conselho Nacional de Educação instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, garantindo que sistemas de ensino deveriam matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos estudantes com necessidades educacionais especiais.
Outras legislações incluíram a educação especial na formação dos professores e a acessibilidade como requisito para o Ministério da Educação (MEC) autorizar e reconhecer cursos e credenciar Instituições de Ensino Superior, em concordância com a Lei de Acessibilidade de 2000.
ALei de Cotas nas instituições federais foi instituída em 2012, mas só para estudantes pretos, pardos e indígenas. A inclusão de reserva de vagas para pessoas com deficiência ocorreu apenas em 2016.
Atendimento especializado no Enem
As barreiras que dificultam o ingresso de estudantes com deficiência no Ensino Superior começam ainda no vestibular, quando não há acessibilidade suficiente para que eles possam prestar a prova.
Desde 2000, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – a principal porta de entrada para o Ensino Superior no país – oferece atendimento especializado aos estudantes com algum tipo de deficiência. No último Enem, mais de 30 mil estudantes com deficiência solicitaram o atendimento especializado.
Políticas de permanência
As políticas de inclusão no Ensino Superior não podem terminar no vestibular, o estudante com deficiência precisa ter as condições necessárias para permanecer na universidade. “O grande desafio que ainda falta ser alcançado é a permanência, tanto na Educação Básica quanto no Ensino Superior”, destaca Douglas.
O professor explica que, antes, até podiam ingressar alguns estudantes cegos ou surdos. Mas, hoje, com as reservas de vaga, as universidades recebem um público que não recebiam até então, como autistas, alunos com síndrome de down e com deficiência intelectual, por exemplo.
Diante do novo cenário, é preciso criar auxílios e repensar as formas de aprendizado. Para o professor Douglas, o Ensino Superior tem muito a aprender com a própria Educação Básica, que acompanhou esses alunos por anos.
Outro desafio para a permanência de PcD na universidade é falta de formação dos professores e servidores-técnicos para entender esses alunos. “Muitos professores de universidade não tem formação pedagógica, são advogados, médicos, contadores ou engenheiros. E, às vezes, acreditam que não há necessidade de se especializar mais”, aponta Douglas.
Coordenadoria de acessibilidade
Em muitas universidades, existe um órgão responsável pela garantia de acesso e de permanência de pessoas com deficiência na universidade: os núcleos ou coordenadorias de acessibilidade.
Quando ingressou na UFPA, Carlos conta que foi muito bem assistido pela universidade. “A universidade me abraçou. Todo corpo da universidade ficou ciente que eu era um aluno que precisava ser tratado de uma forma específica para que eu cumprisse meu papel. Eu tinha um lugar fixo na frente da sala de aula. Os professores sabiam que eu tinha uma deficiência, então me explicavam a matéria de novo mais próximos a mim”, relata.
Os programas desenvolvidos pela Coordenadoria de Acessibilidade da UFPA visam “a garantia de direitos, por meio da participação e da autonomia dos alunos com deficiência, executados por meio de auxílios financeiros, para as PcD em vulnerabilidade socioeconômica”, explica Arlete Marinho Gonçalves, coordenadora da Coordenadoria de Acessibilidade da UFPA.
Como Carlos era um estudante de baixa renda, a coordenadoria disponibilizava um kit PcD para adquirir equipamentos que ele necessitasse, como óculos e lupa, além de materiais técnicos do curso, e uma bolsa mensal, para que ele continuasse estudando.
“Os impactos das ações são o menor número de evasão de alunos com deficiência, maior participação, autonomia e conclusão nos cursos e o reconhecimento da sociedade pelo trabalho da Coordenadoria, o que fez com que ampliasse a cada ano o número de PcD procurando a UFPA. Atualmente estamos alcançando 600 alunos PcD matriculados”, ressalta a coordenadora Arlete.
Acessibilidade é para todos
A acessibilidade ainda é uma das maiores dificuldades para os estudantes com deficiência. “A acessibilidade é um direito humano de todos, independente de ter deficiência ou não; ela é a garantia de ter acesso ou não a determinado espaço”, esclarece o professor universitário Douglas.
Nesse sentido, o professor argumenta que o mais difícil é as instituições de ensino entenderem a acessibilidade é dever de todos e precisa ser uma ação institucional de prioridade máxima nas instituições de ensino.
A acessibilidade tem diversas dimensões, arquitetônica, pedagógica, computacional, informacional, metodológica, instrumental, entre outras. O professor Douglas destaca a acessibilidade atitudinal, que seria a mais difícil de alcançar, pois envolve modificar os espaços e comprar equipamentos. “Isso não implica só a necessidade de ter recursos, mas de mudar uma cultura, o que demanda anos”, afirma.
Ainda segundo o professor, para a acessibilidade atitudinal ocorrer de fato, é preciso que os educadores entendam que todas as pessoas são educáveis e estejam abertos ao diferente, pois, caso ele não estiver, mesmo com toda a estrutura e instrumentos necessários, ele não vai conseguir inserir o aluno com deficiência em sua aula. Além disso, a sociedade precisa ter expectativas altas sobre as pessoas com deficiência; elas precisam ser incentivadas, desde a educação familiar e básica.
Mesmo com o apoio da universidade, as dificuldades de acessibilidade somadas às necessidades financeiras fizeram com que Carlos abandonasse os estudos, mas ele ainda pensa maneiras de concluir seu curso.
“A questão estrutural dificultava muito minha estadia. Estruturalmente, a universidade ainda não estava preparada para receber um aluno como eu. Quando eu tinha aula à noite, não conseguia ver os buracos no campus, nem todos lugares tinham rampa e eu sentia a falta de acessibilidade principalmente de um prédio para o outro, por exemplo”, justifica Carlos.
Ainda que o professor Douglas tenha chegado ao nível de doutorado e hoje seja um professor universitário, ele ainda enfrenta obstáculos para exercer sua profissão. “A deficiência não é da pessoa, é da sociedade que não oferece condições. Eu não acesso muito os portais acadêmicos e científicos, por exemplo, e não é porque eu tenho baixa visão mas porque a Capes e o CNPq não me oferecem condições. Então, é uma dificuldade social e não individual”, crítica.
O comediante Jeffinho Farias, popularmente conhecido como cego Jeffinho ou cego da Praça é Nossa, que conquistou o carisma e atenção do público com seu jeito criativo e bem-humorado de transformar a deficiência visual em motivação para se destacar como um artista renomado nos palcos, na TV e Internet fez um importante lançamento na última semana.
“No último dia 25/08/2020, data em que completei exatos 11 anos de carreira, postei um vídeo que considero um dos conteúdos mais especiais do meu canal do Youtube. A frase utilizada para anunciar a postagem foi ‘fizemos história aqui no canal’. E realmente, considero histórico. Apenas um pequeno passo rumo à internet cada vez mais inclusiva, mas com bastante significado para mim que estou no SBT há 7 anos, semanalmente, atuando ao lado do Carlos Alberto de Nóbrega, sendo conhecido como o cego da Praça é Nossa e com canal fixo no Youtube desde 2015. Postamos pela primeira vez no Brasil, um vídeo de stand up comedy totalmente acessível. Exatamente! Um vídeo com legenda em letras, em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), e com audiodescrição para que as pessoas cegas ou com baixa visão possam ter acesso ao cenário e às coisas que constam na tela. Um pequeno passo para que de fato possamos tornar a internet um ambiente inclusivo para todos e todas. Há tempos penso em maneiras de tornar o meu conteúdo mais acessível para os 10 milhões de surdos existentes no Brasil e os 6 milhões de pessoas cegas e com baixa visão habitantes e cidadãos deste país. Não trata-se somente de bondade ou cidadania, é respeito, direito e mercado. São quase 20 milhões de pessoas sem acesso total ao infindáveis conteúdos produzidos na rede. Que produtor não almeja atingir este número de pessoas? Aos poucos vamos dando voz, olhos, e ouvidos à todos e todas. Um país verdadeiramente democrático e respeitador das diversidades e das diferenças precisa trabalhar para que o acesso a todos os meios de comunicação sejam plenos e universais. Neste vídeo, além de o comediante ser um humorista cego, esse Jeffinho Farias que vos fala, a transmissão é feita”.
Com audiodescrição para os deficientes visuais poderem ter a referência visual, com legenda para pessoas que necessitam de um recurso além da audição e também com tradução em LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) para os surdos não alfabetizados em português.
“E tudo isso, vou repetir, na exibição de um trecho de comédia stand up de um comediante cego. Neste vídeo pessoas com deficiência visual, auditiva, com déficit de atenção, entre outros tipos de diversidades poderão acompanhar, e entender, o vídeo de maior sucesso do meu canal. É um primeiro passo, mas que representará o início de conteúdos cada vez mais acessíveis e inclusivos no canal Cego Jeffinho.
Para que a pcd possa estar em pé de igualdade com todos no consumo dos vídeos da internet, já que os mesmos hoje são boa parte da forma de adquirir informação e entretenimento nas redes. Inclusive, há estudos dizendo que em pouquíssimo tempo os vídeos representarão 80% de todo o consumo de material disponível na web. Não poderia estar mais feliz em ter lançado, justamente na data de aniversário de carreira, um material de stand up comedy inclusivo e acessível.
É uma forma deste ator e comediante cego retribuir tudo o que a comédia lhe trouxe desde que subiu no palco do teatro Miguel Falabella, na zona norte do Rio de Janeiro, com apenas 18 anos de idade para fazer stand up comedy. Espero que este material possa atingir aos surdos, cegos e aos produtores de conteúdo. Que possamos mostrar a nossa força como cidadãos ativos e com direito à arte, ao entretenimento, à informação. Espero que sejam cada vez mais comuns vídeos acessíveis, filmes acessíveis, canais do youtube acessíveis.
Que cegos, surdos, videntes e ouvintes possam consumir juntos o imenso universo de possibilidades que a internet oferece. Manda este vídeo para os amigos cegos e surdos e para todos que possam se inspirar em produzir conteúdos com acessibilidade. vamos espalhar conteúdo acessível e democratizar o acesso à grande rede”, afirma o comediante.
Como palestrante profissional, Jeffinho é referência de inspiração e motivação de equipes e líderes em empresas dos mais diversos segmentos no Brasil. É um dos palestrantes PCD mais requisitados do país para apresentações corporativas. Sua mensagem inspira e desperta a atenção das pessoas para superarem seus próprios pontos cegos. www.cegojeffinho.com.br
Para o colegiado, deve haver, no certame, previsão de adaptação das provas conforme a deficiência do candidato.
A 3ª câmara Cível do TJ/GO, por unanimidade, deu provimento a agravo de instrumento para que um candidato portador de deficiência possa refazer a prova do TAP - teste de aptidão física de forma adaptada às suas necessidades.
Para o colegiado, “não basta que o edital apenas reserve vagas aos portadores de deficiência física, devendo determinar, também, a previsão de adaptação das provas conforme a deficiência do candidato”.
O candidato de concurso público do guarda civil municipal de Senador Canedo/GO, ajuizou ação explicando que havia sido eliminado na fase do TAP, na prova de corrida, onde exigia 2.400 metros e ele conseguiu apenas 2.106 metros. Porém, ele havia sido considerado apto na flexão de braços e abdominal.
Consta nos autos que o aspirante possui deficiência nas pernas, e, por isso, houve limitação no desempenho na corrida. Assim, em pedido liminar, pleiteou o direito de ter a prova de TAF readaptada, respeitando o princípio da isonomia aristotélica que significa tratar os iguais igualmente, e os desiguais desigualmente, na medida em que se desigualam, equivalente ao princípio da isonomia material.
Ao analisar o caso, o desembargador Gilberto Marques Filho, relator, pontuou que, diante da deficiência do candidato, é evidente sua posição desvantajosa se comparada aos demais candidatos não portadores de deficiências especiais.
Para o relator, é “induvidoso que o ato da administração em permitir, aceitar e submeter o insurgente, mesmo tendo plena ciência de sua condição de candidato portador de deficiência física nas mesmas condições dos candidatos não portadores de deficiência, desatentando-se para as peculiaridades exigidas pelo seu grau de deficiência, mostra-se mais do que desarrazoada”.
Neste sentido, a situação revelou, para o colegiado, nítida afronta aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade e acessibilidade, bem assim da igualdade, moralidade e da própria legalidade, visto que a situação do portador de deficiência deve ser reequilibrada, não podendo ser submetido a testes físicos de nível idêntico aos demais, sobrepujando suas desigualdades.
Para o colegiado, o tratamento diferenciado em favor de pessoas portadoras de deficiência tem suporte legitimador no próprio texto constitucional, “cuja razão de ser objetiva compensar, mediante ações de conteúdo afirmativo, os desníveis e as dificuldades que afetam os indivíduos que compõem esse grupo vulnerável”.
“Constando nos autos que o candidato/agravante é portador de deficiência física, enquadrando-se como concorrente às vagas de portadores de necessidade especial, mostra-se necessária a adequação da prova física à sua condição, restando, portanto, demonstrada a verossimilhança de suas alegações, razão porque a reforma da decisão que indeferiu a antecipação dos efeitos da tutela é medida imperativa.”
O advogado Agnaldo Bastos, do escritório Agnaldo Bastos Advocacia Especializada, atua pelo candidato.
A Osteoporose caracteriza-se como uma diminuição da massa óssea.
O osso torna-se poroso, passando a ter deficiência no suporte de peso do corpo e na sua movimentação.
Ela acontece quando o “consumo” da massa óssea é maior que a produção da mesma pelo nosso corpo.
Na nossa clínica, desenvolvemos um trabalho de fisioterapia e prevenção das mais diversas doenças ortopédicas, entre elas a Osteoporose, que é uma doença que vai se desenvolvendo com a idade, e acentuando se nos 10 primeiros anos após a menopausa, outros fatores colaboram para esse aumento do desgaste ósseo como o uso de drogas (cortisona, etc.), fumo, tempo de imobilização (longos períodos), distúrbios hormonais, etc., por isso a osteoporose requer alguns cuidados especiais e principalmente conhecimentos como por exemplo:
Complicações típicas, frequentemente apresentadas são: * dor articular * fratura – Vértebras – Colo de fêmur, – Punho etc.
Na Coluna Vertebral ela pode causar o achatamento do corpo vertebral, levam a um encurtamento da coluna (Cifose) e diminuição do espaço interarticular por exemplo. As fraturas e consequentes deformidades são sinais tardios da patologia. O Diagnóstico deve ser realizado por seu médico, o mais cedo possível, para podermos corrigir a causa principal da osteoporose. No Tratamento aqui na AFA Fisioterapia desenvolvemos um protocolo especializado na reabilitação de pacientes com osteoporose e o mesmo dever ser iniciado o mais breve possível. Para cada fase da osteoporose teremos um programa indicado, porém o tratamento será ministrado num programa de tratamento fisioterapêutico: * diminuição do risco de fraturas * redução da perda de massa óssea * alívio da dor, caso exista * melhora da movimentação e posterior integração a atividade física normal e/ou preventiva * programa individualizado e adaptado as necessidades do paciente.
Orientações: * frequência e continuidade * ambiente tranquilo e saudável * realização dos exercícios lenta e progressivamente * associados a respiração * habituar e prescrever exercícios que o paciente possa praticar em sua casa * evitar exercícios que promoverão a flexão da coluna, rotação ou extensão contra a força da gravidade * dieta * suplementação * não levantar pesos excessivos, mas o trabalho de musculação é indicado como prescrição * tomar sol nos horários adequados * evitar cigarro, álcool e café em excesso * evitar fatores de risco para quedas, como escadas, sapatos de salto ou chinelos que saem dos pés com facilidade, andar sobre tapetes etc.
Dr Adriano Borges Amaral é Terapeuta Manual (atua com os mais diversos métodos de terapia manual), Fisioterapeuta, Professor de Educação Física Especialista em Fisiologia do Exercício, Mestre em Ciências do Movimento, Professor Universitário, Docente de Cursos de Terapias Manuais Diretor Clínico da AFA Fisioterapia e Reabilitação
Os pés seguem em constante mudança e, em sua fase de crescimento, devem ter cuidados especiais para evitar problemas futuros na vida adulta.
Para isso, é importante desde o nascimento da criança os pais estarem atentos à saúde dos pés que, segundo a médica pediatra Anna Paula Kuchnir Silva Giacomel, resumem-se basicamente em conforto e cuidados na rotina familiar.
“O conforto é a palavra-chave quando falamos em saúde dos pés das crianças. A pele deles é mais frágil que a dos adultos e por isso está mais propensa a sofrer lesões”, explica a doutora Anna Paula. Para ela, os mitos e verdades também devem ser esclarecidos para que os pais estejam bem informados sobre os cuidados ideais. Para isso, a uFrog, empresa de calçados especiais de neoprene, listou os principais questionamentos feito pelos pais:
Pé descalço no frio: pode ou causa doenças gripais?
Claro que pode. Muita gente tem no discurso que a criança não pode andar descalça no frio por conta de risco de gripe e resfriado. Mas, isso é um MITO. Até porque o causador dessas doenças é o próprio vírus. Existem mecanismos de defesa do próprio organismo para chegar ao equilíbrio de temperatura, mas é claro que isso pode ser auxiliado por calçados apropriados e isotérmicos, ou seja, mantém a temperatura dos pés estando frio ou calor. É o caso da uFrog que trouxe uma tecnologia exclusiva para proteger os pés das crianças, com solado emborrachado e feito em neoprene.
Bebês têm frieiras?
Pode acontecer. Mas, normalmente são apenas lesões ocasionadas por conta da sudorese excessiva dos pés, que são muito comuns nos primeiros meses de vida, segundo a doutora Anna Paula. Os pais precisam cuidar para que os pezinhos estejam sempre secos, passando muito bem a toalha entre os dedos e também usando o secador de cabelo para garantir que nada fique molhado. Meias muito úmidas ou calçados muito quentes devem ser evitados porque esses podem propiciar as bolhas por fricção e as infecções fúngicas superficiais que podem causar descamação da pele. Portanto, mantenha as crianças por mais tempo com os pés descalços ou com calçados isotérmicos.
Botinhas ortopédicas ajudam a corrigir os pés?
Isso é um mito bem antigo. É muito comum que as crianças tenham os pezinhos tortos ou planos funcionais, conhecidos também como pés chatos. Mas, com o crescimento delas os pés vão se desenvolvendo também, e de qualquer modo isso não se corrige com bota ortopédica, palmilha ou sapatos rígidos. Eles não têm o poder de alterar o formato dos pés e em muitos casos podem causar desconforto e muita dor para as crianças. Portanto, investir em um calçado confortável é o ideal. Mas, se for um caso mais grave, os ortopedistas podem trabalhar até com a correção cirúrgica.
Existe então um calçado ideal para uma infância saudável?
Não existe uma fórmula, por isso é importante que os pais prestem atenção no comportamento da criança. “Geralmente os filhos não param com o sapato no pé. Na primeira oportunidade já tentam retirá-los. Provavelmente aquele calçado está causando desconforto e até mesmo atrapalhando o equilíbrio da criança. Portanto, uma boa indicação é o uso do calçado de neoprene que ajuda a cumprir com os principais requisitos de cuidado com os pés dos pequenos” explica a pediatra. A uFrog possui maleabilidade que se adapta às brincadeiras, ainda são calçados divertidos, também protegem os pés de pisos quentes e frios, e até mesmo ajudam as crianças a não escorregarem.
A uFrog é uma empresa sediada em Curitiba de calçados especiais que já se expandiu para várias cidades do país.Os produtos uFrog são feitos em Neoprene Air, nome comercial do elastômero sintético, que é uma borracha de alta qualidade revestida com tecidos dos dois lados. É um material altamente resistente, que possui grande maleabilidade e mantém a temperatura dos pés estável, mesmo em ambientes molhados. Possui uma tecnologia de perfuração da borracha interna no neoprene, permitindo maior circulação do ar e facilitando a transpiração dos pés. O solado aderente de borracha foi inspirado nos pneus de chuva dos automóveis, que ajuda as pessoas a não escorregarem em pisos molhados e lisos.
O dia 30 de Agosto é oficialmente o Dia Nacional da Esclerose Múltipla no Brasil. Celebrada pela primeira vez em 2006 pela ABEM ( Associação Brasileira de Esclerose Múltipla) , a data visa aumentar a visibilidade da Esclerose Múltipla, seus pacientes e os desafios por eles enfrentados no dia a dia. A data é lembrada durante todo o mês de agosto, que ficou conhecido como Agosto Laranja .
Atualmente, mais de 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo tem Esclerose Múltipla (EM) segundo a Federação Internacional da Esclerose Múltipla (http://www.msif.org/). No Brasil, se estima que 35 mil pessoas tenham Esclerose Múltipla, uma doença neurológica, crônica e autoimune na qual as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões no cérebro e na medula. De causa desconhecida, acomete pacientes geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. Segundo a Federação Internacional desta enfermidade, a Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por sintomas como: fadiga intensa, depressão, distúrbios visuais, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.
A prevalência desta enfermidade vem aumentando e preocupando especialistas, segundo estudos como este , publicado na revista The Lancet. Apesar de ser mais comum nas regiões mais afastadas da linha do Equador, o incremento também pode ser observado na América Latina, como registra esta revisão da Universidade Veracruzana, no México, e o estudo Registro de Esclerose Múltipla na América Latina e Caribe , do Instituto de Neurologia da Universidade La República, no Uruguai.
Recentes estudos têm indicado que a utilização de produtos à base de cannabis pode ajudar a reduzir os sintomas em muitos pacientes. Segundo o médico e diretor de Global Medical Affairs da Spectrum Therapeutics, Dr. Wellington Briques, “há resultados bastante positivos na utilização dos canabinóides (THC e CBD) na diminuição da rigidez muscular causada pela Esclerose Múltipla, inclusive com um medicamento à base de canabinóides já aprovado para esta indicação. Um estudo publicado pelo Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry (http://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27160523/) com 1615 pacientes com espasticidade moderada a grave e resistentes aos medicamentos anti espásticos comuns, realizado em 30 centros de EM na Itália demonstrou que 70,5% dos pacientes tiveram uma melhora nesta condição após o uso dos canabinóides.”, relata o especialista. Ele completa: “em um estudo com doses de THC e CBD em proporções iguais, ficou demonstrado que a melhora na espasticidade (rigidez) se mantém ao longo do tempo, o que é confirmado pelas evidências na prática clínica diária. Além disso, a terapia com canabinóides é em geral bem tolerada, segundo o documento “.
O médico acrescenta que o efeito terapêutico dos canabinoides sobre a dor crônica é também objeto de estudos clínicos em curso. “Os canabinoides estão encontrando mais espaço no moderno arsenal terapêutico e, apoiados pela pesquisa, cada vez mais países têm feito progressos no uso da cannabis medicinal, ajudando a desfazer o estigma nocivo provocado por décadas de proibição”.