12/07/2021

Como identificar um AVC

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) acontece quando os vasos responsáveis por levar o sangue até o cérebro entopem ou se rompem, causando assim morte dos neurônios da área cerebral que ficou sem a circulação sanguínea.

Por esse motivo, quanto antes identificado e iniciado o tratamento, menores são as chances de danos mais graves ao paciente. E como fazer isso? Ficando atento aos sinais.

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“Os sintomas do AVC aparecem de forma súbita, por isso devemos estar atentos e buscar ajuda médica o quanto antes”, enfatiza Mariana Peres de Carvalho, coordenadora do núcleo de fisioterapeuta do Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA).

Para identificar os sinais do AVC você pode usar a técnica conhecida como “SAMU”: sorriso, abraço, mensagem, urgente.

Sorriso – durante o AVC a boca pode ficar torta, peça para que a pessoa tente dar um sorriso.

Abraço – nesse momento fica difícil para a pessoa levantar os dois braços ao mesmo tempo. Peça para que ela tente te abraçar. Mensagem – quem está tendo um AVC pode começar a apresentar dificuldades de fala, peça para a pessoa cantar. Você vai perceber a fala embolada.

URGENTE – Se você perceber um desses sinais, chame o SAMU da sua cidade urgente (ligue para 192).

Outros sintomas ainda podem ser: dificuldade de caminhar ou ficar em pé; formigamento e falta de força em um lado do corpo; problema de memória recente e passada; e dor de cabeça intensa com vertigem. O tratamento precoce com medicamentos, como TPA (anticoagulante), pode minimizar danos cerebrais, por isso é importante buscar auxílio médico imediatamente. O tratamento com fisioterapia neurofuncional também deve ser iniciado rapidamente. “Quanto antes a pessoa for socorrida e iniciar o tratamento com o fisioterapeuta neurofuncional, melhores serão os resultados e menores as sequelas”, finaliza Mariana.

Sobre o Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA)

A clínica é referência no atendimento a pacientes com danos neurológicos e possui equipe especializada em diversas áreas, como: Fisioterapia, Fonoaudiologia, Musicoterapia, Neuromodulação e Terapia Ocupacional. O do NUPA está nos métodos de tratamento avançados, como Theratogs, PediaSuit, Bobath, Integração Sensorial, Contensão Induzida, ABA e DENVER. Para mais informações, acesse as redes sociais Facebook @nupa.belem  e Instagram @nupa.belem

Fonte.  https://revistareacao.com.br/como-identificar-um-avc/

Postado por Antônio Brito

Lei determina que pessoas com deficiência tenham prioridade em serviços essenciais no RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sancionou a Lei 9.347/21, que determina prioridade no atendimento a pessoas com deficiência por concessionárias de serviços públicos essenciais como energia elétrica, água, gás, telefonia e internet.

As empresas serão obrigadas a priorizar as pessoas com deficiência no atendimento, instalação e restabelecimento dos serviços.

Os parentes das pessoas com deficiência poderão usufruir do atendimento prioritário, desde que comprovem que residem junto ao beneficiário. Além disso, as concessionárias deverão conceder prazo estendido para a regularização da inadimplência e corte de serviços, bem como realizar notificação pessoal prévia aos beneficiários.

A interrupção dos serviços também deverá ser avisada com antecedência às pessoas com deficiência e o prazo de suspensão não poderá ser maior que 24 horas, exceto nos casos de interrupção por reparo emergencial.

Fonte: https://revistareacao.com.br/lei-determina-que-pessoas-com-deficiencia-tenham-prioridade-em-servicos-essenciais-no-rj/

Postado por Antônio Brito

10/07/2021

Justiça obriga escola a contratar professor de apoio à inclusão

Família também conseguiu que estudante com deficiência intelectual tenha um plano de aulas individual e direcionado

Inclusão: aluno com deficiência intelectual consegue na Justiça direito a ter um professor de apoio

A Justiça de São Paulo determinou que um colégio particular do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, disponibilize um profissional de apoio qualificado à inclusão e um plano individual de aulas para um estudante com deficiência intelectual. A decisão abre caminho para outras famílias que buscam apoio para crianças especiais.

Como fica a educação das crianças com Down durante a quarentena?

Para Sandra, a decisão da juíza Adriana Marilda Negrão, da 8º Vara Cível de São Paulo, "cumpre a lei, que garante educação para todos, sem deixar ninguém para trás." Um decreto assinado em 30 de setembro de 2020 garante a educação inclusiva preferencialmente nas escolas regulares.  "Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida, por meio da qual a União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, implementará programas e ações com vistas à garantia dos direitos à educação e ao atendimento educacional especializado aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação."

No texto, a juíza cita também a Lei 13.146/2015 — Lei Brasileira de Inclusão (LBI), também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência, que reafirmou a autonomia e a capacidade desses cidadãos para exercerem atos da vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas. 

O debate legal sobre a inclusão é relativamente recente, mas garante a educação a todos. Desde 2012, com a lei número 12.764 que estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), garante aos autistas o direito de ter um acompanhante especializado nas salas de aulas.

"Foram dois ano de muita discussão com a escola, muito choro e humilhação, ouvi muitas vezes que deveria tirar meu sobrinho dali, foi uma relação de tensão e descaso", desabafa Sandra. "Não queremos nenhum tipo de indenização, apenas o cumprimento da lei e garantir que outras famílias conheçam e tenham acesso aos seus direitos."

Autismo, visibilidade e aceitação


A escola tem o mês de julho, férias escolares, para se organizar e cumprir a lei. Caso não cumpra, a multa estipulada é de R$ 1 mil por dia.

A História

A irmã de Sandra, mãe do menino I.O.S, tem deficiência intelectual e por essa razão Sandra tem a guarda compartilhada do sobrinho. "Fizemos todos os exames quando ele nasceu, mas os médicos disseram que ele estava bem apesar de ter demorado um pouco mais para falar, andar e sofrer com convulsões até os 5 anos", explica Sandra. Mas foi realmente na fase de alfabetização que ficou clara a dificuldade do garoto em acompanhar as aulas.

No segundo ano, a escola disponibilizou uma professora com especialização em educação inclusiva. "Ela elaborou um plano de atividades específico com material próprio e o desenvolvimento dele deu um salto, essa professora também nos orientou a procurar tratamento específico."

No ano seguinte, com a mudança na direção da escola e de professora, a situação mudou. "A relação passou a ser marcada pelo descaso, meu sobrinho ficou sem livro até outubro porque a escola dizia que estava em falta, mas vimos que estava disponível."

Parque temático capacita equipes e instalações por inclusão de autistas

Foram inúmeras as situações relatadas pela família de tensão com a escola. "Ele engoliu uma moeda na hora do lanche na parte da manhã, mas só fomos avisados à tarde e no dia seguinte tinha um e-mail urgente dizendo que ele esqueceu de levar uma cola bastão, isso depois de termos ficado até de noite no hospital, nada que um bilhete na agenda não resolvesse."

"Na quinta vez que mandaram mudar meu sobrinho de escola eu respondi: 'não vamos mudar, vocês vão aprender a respeitar os direitos dele como manda a lei porque se Zumbi dos Palmares tivesse escolhido trocar de senzala em vez de lutar, eu seria escrava", conta. "Marcamos reuniões com a escola, mas sem sucesso, eles estavam irredutíveis com relação à inclusão, então decidimos entrar com uma ação para que cumprissem o que diz a lei", conclui.

O processo segue em segredo de justiça. A pedido da família o nome da criança e da escola foi omitido no texto.

Fonte. https://noticias.r7.com/educacao/justica-obriga-escola-a-contratar-professor-de-apoio-a-inclusao-07072021

Postado por Antônio Brito

Acessibilifolia, festas em vídeos acessíveis para toda gente

Estão abertas desde o dia 7 de julho as inscrições para a inclusão de vídeos no programa Acessibilifolia.

A seleção contemplará vídeos em duas categorias, Iniciativas Inclusivas e Acessibilização de Material Audiovisual e a convocação tem como foco os realizadores das diferentes festas e manifestações da cultura popular e o compartilhamento de conteúdos artísticos e culturais com o público com deficiência.

Os vídeos selecionados serão acessibilizados pela equipe do projeto Um Novo Olhar, ganhando legendagem para surdos e ensurdecidos, interpretação em Libras e audiodescrição, sendo depois publicados no site e nas redes sociais do Um Novo Olhar e no canal Arte de Toda Gente.

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O projeto é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e as inscrições para a chamada poderão ser feitas por meio de um formulário que estará disponível no site www.umnovoolhar.art.br, onde também estará disponível o edital completo.

Festas virtuais

A pandemia e o distanciamento social tiveram um impacto drástico sobre a folia em nosso país, levando muitos grupos culturais a atuarem principalmente através de suas redes sociais. A produção de material audiovisual como clipes, lives, gravações remotas, entrevistas e vídeos em geral se tornou uma das poucas alternativas viáveis para o contato entre os artistas e seus públicos.

A maior parte do material que vem sendo produzido para esses meios, no entanto, se dirige aparentemente apenas ao público que não possui deficiência. Infelizmente, são raros os vídeos postados nas redes sociais que oferecem recursos como legendagem para surdos e ensurdecidos, interpretação em Libras ou audiodescrição. Ou seja, as mesmas condições precárias de acessibilidade que nossas festas populares apresentavam antes da pandemia são reproduzidas nesta nova conjuntura.

A chamada

Com a intenção de democratizar o acesso ao material audiovisual produzido por grupos de folia de todo o Brasil e promover o debate na sociedade sobre as condições de acessibilidade nas folias brasileiras, o programa Acessibilifolia convoca os realizadores das diferentes festas e manifestações da cultura popular para que contribuam na democratização do acesso à alegria, à festa e à brincadeira popular, compartilhando conteúdos artísticos e culturais para qualificar o capital cultural da população com deficiência no Brasil, que em sua grande maioria vive na linha da vulnerabilidade social.

Nesta chamada, serão selecionados 12 vídeos, divididos em duas categorias: Iniciativas Inclusivas e Acessibilização de Material Audiovisual.

A categoria Iniciativas Inclusivas é destinada a grupos que já desenvolvem ações no campo da acessibilidade e que contam com a presença de pessoas com deficiência no planejamento e na realização de suas atividades. Para esta categoria, serão selecionados vídeos que relatam a experiência vivida pelos grupos como forma de estimular outros a desenvolverem ações acessíveis.

O vídeo apresentado no ato da inscrição não precisa ser o material finalizado – pode apenas explicar o material audiovisual que pretendem desenvolver.

Já a categoria Acessibilização de Material Audiovisual é destinada a qualquer grupo de festejos populares que já possua registro audiovisual de suas atividades artísticas e que tenha interesse em tornar esse material acessível para pessoas com deficiência. Os vídeos selecionados nesta categoria serão acessibilizados pela equipe do projeto Um Novo Olhar, com legendagem para surdos e ensurdecidos, interpretação em Libras e audiodescrição.

Abertas no dia 7 de julho, através do site www.umnovoolhar.art.br, as inscrições serão encerradas em 7 de agosto e a divulgação do material selecionado será feita no dia 19 do mesmo mês. Antes de se inscrever, é importante que os interessados que leiam o edital completo, que também estará disponível no site do Um Novo Olhar.

O prazo para a realização e envio dos vídeos selecionados para a linha Iniciativas Inclusivas vai de 19 de agosto a 19 de outubro, enquanto o envio dos vídeos selecionados para a linha Acessibilização de Material Audiovisual deverá ser feito entre 19 e 26 de agosto.

Todos os vídeos selecionados e devidamente acessibilizados serão publicados no site e nas redes sociais do projeto Um Novo Olhar e no canal Arte de Toda Gente, a partir de setembro de 2021.

Sobre o Acessibilifolia

Lançado em fevereiro de 2021, o programa Acessibilifolia faz parte do projeto Um Novo Olhar, uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, através da sua Escola de Música. Seu objetivo é fomentar a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência nas festas populares que compõem o patrimônio cultural e imaterial do Brasil, como blocos de carnaval, grupos de frevo, boi, maracatu, entre outros.

Para tanto, gera conteúdo e direciona ações que buscam tornar nossos festejos populares mais democráticos e inclusivos – não só para as pessoas com deficiência, mas para todos que compartilham esses espaços, promovendo assim a convivência e a diversidade. Para estabelecer canais para a troca de experiências entre as pessoas com e sem deficiência, assim como os organizadores das festas, gestores, artistas e a comunidade acadêmica, são produzidas lives, entrevistas, séries de vídeos, vodcasts, publicações e outros materiais.

O projeto Um Novo Olhar

O objetivo do projeto Um Novo Olhar é promover a acessibilidade e a inclusão de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. Com a exibição online de shows e oficinas, vídeo podcasts (vodcasts) e “lives” sobre arte e acessibilidade e uma série de publicações, a iniciativa tem também como alvo dampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências. O trabalho integra o programa Arte de Toda Gente, desenvolvido em conjunto pela Funarte e pela UFRJ, por meio da Escola de Música da Universidade.

Serviço:

Chamada para vídeos para o Programa Acessibilifolia, do Projeto Um Novo Olhar

Inscrições: de 7 de julho a 7 de agosto por meio de formulário disponível no site do projeto –

www.umnovoolhar.art.br

Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte | Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Curadoria: Escola de Música da UFRJ

Atividades e mais informações disponíveis no site do projeto.

Informações sobre esse e outros programas da Funarte
www.funarte.gov.br

Fonte. https://revistareacao.com.br/acessibilifolia-festas-em-videos-acessiveis-para-toda-gente/

Postado por Antônio Brito

Atleta Paraolímpico Júlio César visita ESPAÇO Rede T21

O Campeão Mundial de corrida Júlio César Agripino visitou o Espaço REDE T21, e teve um encontro cheio de significado sobre inclusão e persistência.

O atleta paralímpico brasileiro da classe T11, especialista nas provas de 1.500m 5.000m, embarca em uma viagem para Tóquio no próximo mês. Júlio tem deficiência visual e já representou o Brasil nos Jogos Paraolímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro, nos Jogos Parapan-Americanos de 2019 em Lima e participou do Mundial de Dubai em 2019, onde conseguiu a medalha de ouro nos 1.500m da classe T11. No final de junho, acompanhado pela esposa Jana, Júlio participou de um treino no tatame Inclusivo da ONG Nosso Olhar, junto com o Chico, que tem síndrome de Down.

Não é só a corrida que faz parte da vida de Júlio. Quando mais novo, o judô fez parte da sua rotina por muito tempo e, ao voltar ao tatame, ele relembrou os velhos tempos, enquanto praticava com os professores, Duda e Lucas.

Com muito humor, Julio se comprometeu a participar do próximo projeto de Thaissa Alvarenga. A meta é incluir braille em todas as portas dos ambientes da sede da ONG Nosso Olhar. O atleta prometeu que fará a “estreia” do braille, fazendo a leitura dos textos.

*Thaissa conheceu Júlio em uma gravação para o programa Inclua Mundo , o primeiro programa que tem como foco a mobilização, educação e inclusão, abordando os temas com histórias reais e opiniões de especialistas, famílias e pessoas com deficiência.

O atleta, que esbanjou simpatia com todos que estavam presentes no Espaço, prometeu uma nova visita antes de sua viagem para os Jogos Paraolímpicos de Tóquio. Um detalhe muito interessante foi a explicação de Júlio sobre como ele mantém a sua direção durante a corrida. Ele contou que é acompanhado por dois guias que correm ao seu lado e são ligados por uma pequena corda. Por meio de puxadas na corda, Júlio recebe a informação sobre sua posição e velocidade. Isso mostra como o trabalho em rede é importante, quando o assunto é inclusão.

Fonte  https://revistareacao.com.br/atleta-paraolimpico-julio-cesar-visita-espaco-rede-t21/

Postado por Antônio Brito

O maior desafio da nossa geração

* Por Mizael Conrado

Já é fato consumado que a pandemia da Covid-19 representa a maior crise da nossa geração. Um momento difícil para todos nós, membros do Movimento Paralímpico e da sociedade como um todo. Por isso, é sem sombras de dúvidas, o maior desafio das pessoas desta nossa época.  

Lembro-me muito bem que, quando tomamos a decisão de cancelar precocemente as competições ainda em meados de fevereiro de 2020 e, posteriormente, fechar o Centro de Treinamento Paralímpico, ação que evitou graves consequências para a comunidade paralímpica, recebemos muitas críticas naquele momento, por estarmos ‘matando’ o sonho dos atletas. Porém, infelizmente, o tempo mostrou que estávamos certos.   

Teremos em agosto de 2021, enfim, os tão aguardados Jogos Paralímpicos de Tóquio. Esperamos, acreditamos e torcemos para que até lá uma vacina já tenha sido ofertada para todos. Mas, até lá, o desafio continua.   

O fato de não termos a noção exata do horizonte, precisar viver um dia por vez, sermos surpreendidos a cada dia com as notícias dos jornais, ainda coloca muitas incertezas à nossa frente. O que está em jogo vai muito além do que um título ou uma medalha. São vidas de pessoas. E somente a vacina é que vai garantir a disputa. 

Até este momento, o Brasil possui vaga garantida em 14 modalidades, totalizando 116 vagas. São elas: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, hipismo, futebol de 5, goalball (feminino e masculino), natação, remo, parataekwondo, tiro esportivo, tiro com arco, tênis de mesa e vôlei sentado (feminino e masculino). Muitas dessas vagas são para o país e não nominais. 

Com tudo isso envolvido, o esporte mostra que tem a capacidade de estimular sentimentos como a solidariedade, motivação, inspiração, resiliência, e senso de coletividade. Por isso, se os Jogos Paralímpicos de Tóquio acontecerem, teremos ao menos uma única certeza: que estaremos em uma sociedade com mais esperança para enfrentar os novos desafios. 

* Mizael Conrado é Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro  

Fonte. https://revistareacao.com.br/o-maior-desafio-da-nossa-geracao-2/

Postado por Antônio Brito

08/07/2021

Copa do Mundo de esgrima em cadeira de rodas na Polônia servirá como termômetro para os Jogos Paralímpicos

Foto: Divulgação CBE

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio já estão no radar dos atletas do Brasil. Mas antes, haverá ainda uma preparação de luxo: a Copa do Mundo de Esgrima em cadeira de rodas, que começa nesta quinta-feira, 8, e vai até domingo, 11, em Varsóvia, na Polônia. Mais do que isso, é o retorno das competições internacionais para os brasileiros, após mais de um ano e meio parados.

A Copa do Mundo vai funcionar como um termômetro para os quatro atletas do Brasil, que participarão dos Jogos: Jovane Guissone, Vanderson Chaves, Mônica Santos e Carminha Oliveira. A competição vai reunir atletas de alto nível a pouco mais de um mês para o início dos Jogos Paralímpicos deste ano. Segundo o chefe de equipe da Seleção, Ivan Schwantes, será um “teste para ver como estão os brasileiros e os europeus, que retornaram aos treinos antes do Brasil”. A delegação conta ainda com o técnico Eduardo Nunes, o auxiliar técnico Marco Xavier e o médico Thiago Righetto.

O momento é importante, segundo o técnico Nunes, não só tecnicamente, mas também psicologicamente. O treinador explica que é este o momento de quebrar o gelo após a parada em razão da Covid-19. A Copa do Mundo vai ajudar os atletas a “tirarem essa ansiedade e tensão”.

“Além de atualizar o ranking, que está parado desde a última prova, vai servir para eles voltarem ao ritmo de competição. E vai servir para fazer uma avaliação de como eles estão, de como estão os adversários que eles vão enfrentar. Apesar de ser uma prova oficial, é uma boa preparação para os Jogos”, reforça Nunes.

Dentre o grupo que vai à Europa está a paranaense Carminha Oliveira. Ela espera reverter seus treinamentos em bons resultados na volta das competições, reconhece o prejuízo trazido pela pandemia, mas conta que não deixou de treinar nesse período, apesar das restrições. Depois de uma semana de treinamentos intensivos, ela ressalta que o objetivo é “fazer o melhor para representar o país”.

“É um momento de muita alegria por essa conquista. É uma volta muito esperada. Já são quase dois anos que a gente não tem competições. Vai ser muito importante para a gente chegar ainda mais preparado para os Jogos de Tóquio”, afirma a atleta. “Espero ter um bom desempenho pelo que eu fiz durante a semana de treinamentos intensivos, quero ter um bom resultado”, completa Carminha.

Motivada a buscar um esporte depois dos Jogos do Rio 2016, ela conseguiu uma rápida evolução e vai a Tóquio para disputar sua primeira edição de Jogos Paralímpicos. Seu sonho é conquistar uma medalha e dedicar para sua mãe, seu pai e sua irmã.

“Vai ser o momento de olhar para trás, ver toda a trajetória e saber que valeu a pena, para vivenciar tudo aquilo. Vai ser maravilhoso. Ver atletas de todo o mundo e saber que você se preparou e conseguiu a vaga vai ser um misto de alegria e emoção”, finaliza a esgrimista.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Jovane Guissone é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 69 atletas. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 
 
Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3406/copa-do-mundo-de-esgrima-em-cadeira-de-rodas-na-polonia-servira-como-termometro-para-os-jogos-paralimpicos

Postado por Antônio Brito

Ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública facilita a inclusão de Pessoas com Deficiência ao sistema judiciário

Mais um importante passo rumo à inclusão laboral de profissionais e estudantes de direito.

A Resolução n° 401/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos dos órgãos do poder judiciário às pessoas com deficiência, garantindo pleno acesso às informações disponíveis, com ferramentas adequadas, meios e formatos acessíveis para a comunicação.

A ação é fruto do trabalho do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), em parceria com a Rede de Acessibilidade Jurídica e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Pesquisa realizada com pessoas com deficiência visual identificou mais de 30 dificuldades enfrentadas na utilização das diversas plataformas jurídicas do país. Entre as mais relevantes estão o acesso ao conteúdo dos processos (petições, decisões ou outras peças processuais), peticionamento, consultas de andamento processual a até mesmo o login e logout. Para esses problemas foram apresentadas possíveis soluções.

Com o novo normativo, quatro dificuldades destacadas por esse público foram atendidas. São elas: descrição de imagens, descrição de vídeos, ferramentas de zoom e de alto contraste e desenho universal.

Para o secretário Nacional de Justiça, Cláudio de Castro Panoeiro, esse trabalho soma esforços à constante luta por melhores condições de inclusão e de acessibilidade, permitindo que o profissional do direito, pesquisadores e cidadãos – todos com deficiência visual – exerçam seus ofícios com autonomia. Além de incluir esses grupos nos espaços sociais e no mercado de trabalho de forma independente. “É o início de um importante avanço na garantia dos direitos das pessoas com deficiência, em especial àquelas que utilizam diariamente essas plataformas de processos judiciais para exercerem suas atividades profissionais”, destaca.

De acordo com o Relatório “Justiça em Números – 2020” do CNJ, existem no Brasil mais de 77 milhões de processos em tramitação na Justiça Brasileira. “Com as adaptações propostas pela Resolução, esses processos poderão ser consultados por pessoas com deficiência em todo o país, respeitadas as hipóteses de sigilo previstas na constituição e na lei”, acrescenta Panoeiro.

Fonte: https://revistareacao.com.br/acao-do-ministerio-da-justica-e-seguranca-publica-facilita-a-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia-ao-sistema-judiciario/

Postado por Antônio Brito

Curso gratuito de auxiliar administrativo é voltado a pessoas com deficiência

Estão abertas as inscrições para o curso remoto de auxiliar administrativo às pessoas com deficiência de Campinas. A inscrição e o curso são gratuitos. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Centro Paula Souza e conta com os apoios da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas e do Centro de Tecnologia e Inovação.

“É fundamental abrir oportunidades de formação para pessoas com deficiência e esperamos que esse curso auxilie os alunos na empregabilidade no mercado de trabalho”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas

O curso terá carga horária de 60 horas, realizado em 12 dias, sendo 4 horas por dia, de segunda a sexta-feira, e, é acessível com interpretação de libras, material adaptado e linguagem simples. As aulas têm início no dia 20 de julho e as pessoas com deficiência com mais de 18 anos, interessadas, devem se inscrever por meio do link https://forms.gle/5M3rDeKPH1QBRZKH9 , até o dia 10 de julho.

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência realiza também diversos outros cursos em áreas específicas de todo o estado de SP. Saiba mais no site da Secretaria www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br .

De acordo com a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência ( www.basededados.sedpcd.sp.gov.br ), no município de Campinas há 75.461 pessoas com deficiência. De acordo com dados do novo CAGED, em 2020, 635 pessoas com deficiência foram admitidas no município e 861 pessoas com deficiência foram desligadas, totalizando um saldo negativo de 226 pessoas com deficiência desligadas do mercado de trabalho deste ano.

Fonte. https://revistareacao.com.br/curso-gratuito-de-auxiliar-administrativo-e-voltado-a-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

Em SP, cresce 20% o número de alunos com deficiência matriculados na Educação Básica entre 2019 e 2020

Pensando na indução de políticas públicas, no avanço da política de educação inclusiva e ser referência para gestores públicos, profissionais, ativistas, legisladores e pesquisadores, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo atualizou os dados da plataforma Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com informações sobre a área da educação básica, disponível no site https://www.basededados.sedpcd.sp.gov.br.

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Uma vez que a educação impacta em todas as áreas da vida de uma pessoa, uma análise do sistema educacional atual e a busca por melhorias representam ações de extrema importância para a consolidação da educação inclusiva. Em vista disso, foram inseridas na Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência informações sobre os alunos com deficiência matriculados na rede estadual de ensino, municipal, privada e federal, tendo informações sobre tipos de deficiência, idade, raça ou cor e gênero.
Os dados apontam que entre 2019 e 2020 o número de alunos com deficiência matriculados nas redes de ensino aumentou em 20%, sendo 174.363 alunos em 2019 e 210.409 alunos em 2020.
Também é possível fazer consulta por município do estado e ter acesso ao número de alunos com deficiência matriculados por região e por etapa de ensino (infantil, fundamental e médio). Os dados apontam que no ano passado, 50% das pessoas com deficiência na Educação Básica eram pessoas com deficiência intelectual.
Em 2019, 72% das crianças e jovens com deficiência cursaram o ensino fundamental, 14% chegaram ao ensino médio e apenas 0,47% conseguiram ingressar no ensino superior no estado de SP. Em relação a gênero, de 2019 para 2020 houve um aumento de 9% na participação das crianças e jovens com deficiência do sexo feminino.
Além disso, a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência conta com informações sobre docentes na Educação Básica e também sobre o Ensino Superior inclusivo, contendo número de discentes e docentes, dados por tipo de deficiência, faixa etária, gênero, raça ou cor, tipo de vínculo do estudante, grau e tipo de instituição de ensino, análise por atividade e bolsa extracurricular, ranque de matrículas por município, entre outros.

Fonte. https://revistareacao.com.br/em-sp-cresce-20-o-numero-de-alunos-com-deficiencia-matriculados-na-educacao-basica-entre-2019-e-2020/

Postado por Antônio Brito

06/07/2021

Acessibilidade no entretenimento adulto

Estudos sugerem que o setor pornográfico movimenta em torno de US $696 bilhões anuais e que 30% de todos os dados que transitam pela rede carregam conteúdo pornográfico. Em toda essa produção há geração de conteúdos que retratam todos os corpos, gêneros, cores de pele, sexualidades e dinâmicas de relacionamento. Contudo, o assunto continua sendo pouco acessível para as pessoas com deficiência visual e auditiva. Como esse público consome esse tipo de conteúdo se o que é feito hoje tem o áudio e a imagem como estrelas?

Para debater esse tema que o podcast Gente Conversa, comandado por Ju Wallauer, abriu os microfones para três mulheres falarem sobre sexo. As convidadas foram Joana Peregrino, proprietária da Conecta Acessibilidade, empresa que transforma conteúdos de todos os formatos e gêneros acessíveis a pessoas com deficiência visual e auditiva, Claudia Rodrigues, professora, com deficiência visual e consumidora de filmes adultos, e a diretora geral do canal adulto Sexy Hot, Cinthia Fajardo. O episódio “Acessibilidade no Entretenimento Adulto” vai ao ar dia 22 de junho. Para conferir o conteúdo na íntegra acesse

https://gente.globo.com/podcast-gente-conversa-ep19-acessibilidade-em-conteudo-adulto/utm_source=press&utm_medium=referral&utm_campaign=gente_ref_press_GCEP19&utm_content=plataforma_gente_2021

“Quando pensamos em acessibilidade, temos uma visão generalizada. Contudo, é preciso levar em consideração a subjetividade de cada um, até mesmo no universo da deficiência. Em geral imagina-se que a pessoa com  deficiência é um ser etéreo, iluminado e que não sente desejos e atrações sexuais. Sem falar no grande número de casos de PcD que sofrem, ou já sofreram abusos sexuais. E isso não tem relação com fetiche, mas sim de acharem que são pessoas mais vulneráveis e que não sabem se defender. A sociedade precisa estar disponível para ver e rever essa situação”, aponta Claudia Rodrigues.

Segundo Joana, infantilizar a pessoa com deficiência torna tudo muito mais difícil. “Precisamos dar independência, e a audiodescrição ou a legenda descritiva vai trazer isso. No caso do trabalho de transformar filmes acessíveis é sempre um processo desafiador e com muitas regras. A audiodescrição, por exemplo, é uma modalidade de tradução, é uma versão. Escolhemos, com muita sensibilidade, o que é mais importante em cada cena”, explica Joana.

O Sexy Hot já disponibiliza no sexyhot.com.br filmes do selo Sexy Hot Produções com esses recursos – tanto de legenda descritiva quanto de audiodescrição. A ideia é que, com o tempo, todos os conteúdos exclusivos do canal sejam acessíveis. “Entrar no canal de conteúdo adulto para mim não foi uma experiência encarada como tabu. Minha expectativa foi trazer o olhar feminino para essa indústria que durante anos teve um olhar essencialmente masculino e machista. E hoje 80% do nosso time na Playboy do Brasil é composto por mulheres, inclusive na equipe que faz a aquisição do conteúdo”, recorda Cinthia.

Para ouvir acesse:

Plataforma Gente https://gente.globo.com/formato/podcast/

Fonte. https://revistareacao.com.br/acessibilidade-no-entretenimento-adulto/

Postado por Antônio Brito

Conheça histórias que mostram a inclusão na prática

Quase todo jovem tem dúvidas sobre o futuro. As incertezas sobre a carreira, o medo de não conseguir um emprego são comuns. Quando se trata de pessoas com deficiência, os obstáculos costumam ser ainda maiores. Além de dar conta de perguntas como vou terminar os estudos?”, será que vou conseguir morar sozinho?”, eles precisam enfrentar ainda a batalha pela inclusão, que nem sempre é fácil. Em uma sociedade que ainda tem preconceitos e está, muitas vezes, despreparada para atender necessidades específicas no ambiente de trabalho ou escolar, é necessário acreditar e se impor. Para a paraibana Laissa Guerreira (pelo sobrenome que adotou, já se percebe a força da menina de 15 anos, que tem Atrofia Muscular Espinhal), o segredo é ter voz ativa. Não sou de ficar calada. Brigo pelo meu direito à vida, se precisar dou meus gritinhos para o povo escutar”, diz a adolescente, que é bailarina, roqueira e militante pela distribuição de remédios para o tratamento de sua condição. 

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O paulistano Guilherme Campos, que tem síndrome de Down, também já aprendeu que sua deficiência não é um impeditivo para nada. Formado em Gastronomia, ele trabalha em um renomado restaurante da capital paulista e sonha em abrir seu próprio negócio. Com a mesma deficiência, Gabriel Ribeiro Facchini tornou-se fotógrafo da Prefeitura de São Paulo. Todos são exemplos de que é possível enxergar as potencialidades da pessoa antes de sua deficiência. A diversidade faz parte da existência humana. A eventual deficiência de alguéé uma de suas características, mas não é o que define uma pessoa. Infelizmente, a sociedade tem viéses que geram associações equivocadas, como a de deficiência com incapacidade. Isto resulta em rótulos e barreiras que evitam que a inclusão aconteça de forma plena. Mas esta nova geração está aí,  mostrando que todos podem ser protagonistas da própria história, já que o mundo é um lugar onde cabem todos”, diz Henri Zylberstajn, fundador do Instituto Serendipidade, que atua na inclusão de pessoas com deficiência intelectual.

Conheça a seguir as histórias de Laissa, Guilherme, Gabriel e de outros jovens que mostram a inclusão na prática: 

Guilherme Campos, chef de cozinha

Desde pequeno, Guilherme sempre gostou de ficar de olho nas receitas do pai e da avó. Por isso, quando uma equipe da Faculdade Anhembi Morumbi esteve na escola onde ele estudava para falar sobre vestibular, ele não pensou duas vezes. Resolveu se inscrever para tentar uma vaga em Gastronomia. Os pais só ficaram sabendo quando chegou um e-mail confirmando o dia e local da prova. Isso mostra que ele sempre teve muita autonomia”, diz Deise, mãe de Guilherme. Os dois anos que passou entre as panelas, com aulas de enologia, microbiologia, confeitaria, entre outras, deram resultado. Além de aprender a fazer um ossobuco de dar água na boca e virar mestre dos risotos, Guilherme, que entre outras características, tem síndrome de Down, hoje trabalha com o que ama no restaurante italiano Antonietta Cucina Higienópolis. Ele é responsável por fazer diariamente 15 refeições, que são servidas aos funcionários. Antes disso, ele passou pelo salão do Jacarandá, como garçom. Hoje, sonha em abrir seu próprio negócio, um restaurante onde possa servir um pouco de tudo”. 

Guilherme não tem dúvidas de que vai chegar lá e dá a receita para seu sucesso. Tive dificuldade na faculdade, sofri um pouco de discriminação, mas os chefs sempre me ajudaram, me botavam nos grupos. Mas levo numa boa porque sei que não há nenhum problema em ser diferente. “ A pessoa com síndrome de Down tem que ser tratada como qualquer outra pessoa. Percebi que nada é proibido, é só levar a vida com tranquilidade”, ensina o profissional, que tambéé voluntário do Instituto Serendipidade.

Gabriel Facchini, fotógrafo

Por causa da pandemia, Gabriel está afastado de seu trabalho, mas não vê a hora de voltar a registrar os eventos e o dia a dia da Prefeitura de São Paulo, onde integra o time de cinco fotógrafos da Secretaria de Comunicação. Até chegar ao posto, foi difícil. Na faculdade, conta, não houve nenhum tipo de inclusão ou adaptação. Precisei estudar muito para passar, foi com muita dificuldade, nos acréscimos do segundo tempo. Depois de formado, ele diz que tudo melhorou. Hoje diz não sofrer nenhum preconceito. Gosto de conversar muito, no trabalho a gente aprende uns com os outros. Acho que ajudou o fato de eu ter estudado em uma escola regular. Fiz amizades com quem tem síndrome de Down e com quem não tem, conta.

Gabriel Facchini

Gabriel costuma fotografar eventos internos da Prefeitura. Um desafio, conta, porque a luz nunca é boa. Às vezes, antes da Covid-19, ele registrava também eventos da agenda do ex-prefeito Bruno Covas, que faleceu este ano. Ainda não conheci o atual prefeito. Vou tomar a segunda dose da vacina em agosto e depois de uns 20 dias vou ver se já posso voltar. Quero retornar logo, não gosto muito de ficar em casa”, diz o jovem de 23 anos.

Gabriel conta que toda essa autonomia não chegou de repente. Os pais dele sempre o incentivaram. Quando comecei a estagiar no Centro de São Paulo, eles me levaram algumas vezes de metrô para eu aprender. Pai e mãe têm que ser persistentes. Alguns até falam que a gente precisa de autonomia não por causa deles, mas para a vida. Eu já me liguei nisso”, diz Gabriel, que costuma, quando preciso, ajudar nas despesas de casa. 

Laissa Guerreira, estudante, dançarina e militante

Ela tem 15 anos e disposição de sobra. Laissa Pollyana, conhecida como Laissa Guerreira não permite que sua deficiência — ela tem Atrofia Muscular Espinhal — a impeça de realizar seus sonhos. A menina, que está no primeiro ano do Ensino Médio, é bailarina, roqueira, jogadora paralímpica de bocha e, de quebra, ativista. Ficou conhecida quando falou no Senado, em 2019, reivindicando que o SUS fornecesse o medicamento Spinraza a todos que precisam. Cada dose do remédio custa cerca de R$ 200 mil, o que impede o tratamento da grande maioria. Depois que passei a usá-lo, já consigo ficar em pé e andar com a ajuda de aparelhos. Antes, eu não tinha nem forças nos braços”, conta Laissa. 

Até conseguir chegar onde está hoje, feliz e rodopiando na cadeira de rodas, durante as aulas de dança, não foi fácil. Como a atrofia é progressiva, Laissa, antes de ter acesso ao medicamento, teve muita dificuldade não só para se locomover, mas também para se alimentar e até mesmo respirar.  Na escola, os percalços foram grandes. Foi vítima de bullying constante de uma colega de classe. Trocou de colégio e hoje diz que finalmente conhece o que é inclusão. Agora não me calo mais. Coloco minha cara a tapa e vou. Hoje levo a sério se faltarem o respeito comigo”. 

Laissa Guerreira

Laissa ensina que o importante é estar com o astral lá em cima. A vida é bela, não tem porque ficar triste. Minha mãe me ensinou que a cadeira de rodas é minha asa, pode me levar a qualquer lugar”. No futuro, o lugar vai ser a Faculdade de  Direito. Ela quer virar juíza. Enquanto isso não acontece, aproveita a vida como qualquer adolescente. Gosto de rock, faço balé clássico, dança contemporânea e sou atleta paralímpica de bocha, primeiro lugar na minha categoria”.  

Katarina Martins de Carvalho, estudante de Direito

Aos 22 anos e prestes a se formar em Direito, Katarina Martins de Carvalho enxerga o mundo meio borrado, sem definição, com cores mais fortes”. Ela tem o que se define como cegueira legal”, consequência de um tumor que está instalado entre o cérebro e o nervo óptico, e que é inoperável. Habituada a conviver com a perda progressiva da visão, ela precisou abdicar da sua vocação — ser policial. Como alternativa, buscou o Direito. Vou poder trabalhar de forma independente, acredito que será mais fácil”, diz ela, que acaba de entregar o Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade em Tatuapé. Também já prestou a primeira prova da OAB. São duas conquistas grandes, mas a primeira, conta, foi ter conseguido morar sozinha. 

Ela se mantém com o salário de estagiária na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, mas lembra que buscar a independência sempre foi seu maior desejo. Aos 15 anos, assim que terminou as sessões de quimioterapia, que fez dos 6 aos 14 anos, conseguiu um emprego, escondido da mãe. Virou animadora de uma loja de roupas infantis. Me fantasiava de Galinha Pintadinha e de Peppa Pig. Foi bem divertido”. Depois, não foi fácil. Cansada de escutar nãos”em entrevistas de emprego, ela resolve esconder sua deficiência ao se candidatar a uma vaga. Ao chegar à prova, disseram que ela não poderia participar ou ter a mãe como ledora. Katarina insistiu e acabou sendo aprovada para trabalhar um ano no Tribunal de Justiça. Foi uma luta mostrar que uma pessoa com deficiência pode fazer tudo, mas consegui”.  

 Fonte:  https://revistareacao.com.br/conheca-historias-que-mostram-a-inclusao-na-pratica/

Postado por Antônio Brito

05/07/2021

No Ceará, parceria entre Sesa e Dell promove curso online com mil vagas para pessoas com deficiência

Estão abertas as inscrições para o curso Programa Gratuito Acessível de Qualificação Profissional, promovido pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Dell (Lead). Ao todo, mil vagas estão sendo oferecidas – prioritariamente – para pessoas com deficiência, matriculadas em cursos de graduação e/ou pós-graduação no Ceará na área da Tecnologia da Informação.

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A Sesa auxiliará na identificação e mapeamento de pessoas com deficiência que se encaixam no perfil e estão inseridas no Cadastro Estadual da Pessoa com Deficiência, disponível na plataforma Saúde Digital. Familiares de pessoas com deficiência também podem ser contemplados. Também fazem parte da iniciativa a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (Idesco).

Dentro do Programa da Pessoa com Deficiência, em que a Sesa trabalhou inicialmente no cadastramento deste grupo, há registros de indivíduos com deficiências distintas e que se encaixam no perfil da qualificação. “O programa da Dell vai trabalhar com essa perspectiva socioeconômica. Uma vez identificando as potencialidades dessas pessoas cadastradas com deficiência, dará oportunidade de capacitação”, explica o secretário executivo de Políticas em Saúde da Sesa, Marcos Gadelha.

 

Durante as aulas, previstas para iniciar em 2 de agosto, os estudantes serão acompanhados por tutores (exclusivos para pessoas com deficiência) e pelas equipes pedagógica e de suporte técnico da plataforma de ensino.

O programa possui recursos acessíveis como intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), alertas sonoros, comando de voz, teclado virtual, redimensionamento de fonte, alto-contraste, audiodescrição de imagens, entre outros.

Serviço

Confira o edital
Contatos: pedagogico@dellead.com.br e/ou WhatsApp: (85) 99946-0145

Fonte. https://revistareacao.com.br/no-ceara-parceria-entre-sesa-e-dell-promove-curso-online-com-mil-vagas-para-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

Convocação da Delegação Brasileira para os Jogos Paralímpicos de Tóquio será realizada em live na próxima terça


O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizará na próxima terça-feira, 6 de julho, o anúncio da Delegação Brasileira para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Os atletas serão conhecidos durante a transmissão ao vivo, às 14h30, no Facebook e Youtube do CPB. Além disso, a lista dos convocados sairá na íntegra no site institucional.  

O presidente do CPB, Mizael Conrado, estará ao lado do vice-presidente da entidade, Yohansson Nascimento, e do diretor técnico, Alberto Martins, para apresentarem e comentarem a composição da delegação.  

A delegação brasileira deverá ser composta por 251 atletas, aproximadamente, sendo 157 homens e 94 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa. A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo com 64 atletas e 18 atletas-guia. A natação será a segunda modalidade com o maior número de representantes, com 35 nadadores.   

O Brasil será representado em 20 modalidades, das 22 que compõem o programa dos Jogos de Tóquio. As ausências são basquete em cadeira de rodas e rúgbi em cadeira de rodas.  

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Em seu Planejamento Estratégico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu como meta manter-se entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. O objetivo para Tóquio 2020 é ficar no top 10 no quadro geral de medalhas.   

Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil arrecadou 72 medalhas no total: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. O resultado, com o maior número de láureas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos, deixou a delegação brasileira na oitava colocação no quadro geral de medalhas.  

Patrocínios   
O paratletismo tem patrocínio da Braskem e das Loterias Caixa. A natação tem patrocínio das Loterias Caixa.
  
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 
Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3398/convocacao-da-delegacao-brasileira-para-os-jogos-paralimpicos-de-toquio-sera-realizada-em-live-na-proxima-terca

Postado por Antônio Brito

30/06/2021

O que significa o capacitismo para pessoas com deficiência

Rótulos e termos pejorativos como inválido, incapaz, louco, doido, aleijado e muitos outros já foram e continuam sendo usados, ainda que em menor medida, para se referir a pessoas com deficiência. O fato é que o uso desses termos é uma  das formas de manifestação do capacitismo, ou seja, a opressão e a discriminação praticada contra a pessoa com deficiência.

Entretanto, apesar de haver uma denominação adequada para se referir as pessoas com deficiência, uma pessoa não deve jamais ser reduzida apenas à condição funcional de seu corpo. Cada pessoa tem muitas outras características que, juntas, compõem sua identidade. Além disso, pessoas com deficiência têm autonomia, capacidade de trabalhar e tomar decisões, o que não é diferente das demais.

O problema é que o preconceito começa com a cultura de que é preciso ter um corpo prefeito e seguir determinados padrões impostos pela sociedade para que se possa ser aceito. Esse padrão não se aplica à maioria das pessoas, e, quando se trata de pessoas com deficiência, surge um preconceito velado.

Eventualmente, o preconceito pode ocorrer por falta de conhecimento. Por exemplo, uma pessoa pode nunca ter tido contato com alguém com deficiência que tenha autonomia, proatividade e uma vida regular por isso, nos seus pensamentos aparece a imagem de pessoas fragilizadas e dependentes. Mas, quando se busca o conhecimento e visões diferentes do padrão, os pensamentos e as atitudes têm todas as chances de mudar.

Quando isso acontece, há uma mudança de comportamento e mentalidade que ajuda na inclusão de todos, garantindo um tratamento justo aos diferentes grupos da sociedade. O problema, porém, é quando mesmo com essa nova consciência, o preconceito segue sendo o comportamento padrão. Aí temos um caso claro de discriminação.

O capacitismo


De forma resumida, podemos definir o capacitismo como uma atitude preconceituosa e discriminatória que vê a pessoa com deficiência inapta para o trabalho e incapaz de cuidar da própria vida.

É preciso deixar claro que o cérebro cria alguns preconceitos para se defender. Por exemplo, ele sabe que um tigre pode ser mortal, por isso te impede de se aproximar do animal. Seguindo esse raciocínio, a sociedade ainda cultiva alguns preconceitos inconscientes em relação  as pessoas com deficiência, da mesma forma que o cérebro faz com o tigre.

Muita gente exclui ou afasta quem é diferente e não segue um padrão. No entanto, a partir do momento que se tem consciência de que ser diferente é normal, essa atitude de exclusão deve deixar de existir.

Quando o preconceito se torna explícito e consciente, com a intensão de excluir, afastar e ofender  as pessoas com deficiência, por esses serem considerados “inferiores ou incapazes” ocorre a discriminação, conforme a Lei Brasileira de Inclusão, deixa de ser uma simples ofensa e se torna um crime, previsto na legislação e com suas penalidades.

Dentre as leis que estabelecem algum tipo de crime contra as pessoas com deficiência está o Código Penal e a Lei Brasileira de Inclusão. Essa última trata melhor o crime de capacitismo e impõe penalidades contra ele.

Dentre os crimes cometidos, podemos citar:

  • Discriminar uma pessoa por conta de sua deficiência – isso resulta em uma pena de reclusão de um a três anos e pagamento de multa, podendo a reclusão ter o seu período aumentando dependendo das condições em que o crime foi praticado.

Somente com a mudança do pensamento da sociedade e com o conhecimento sobre o que é a deficiência será possível acabar com o preconceito e com atitudes capacitistas.

Para se informar melhor sobre deficiência, capacitismo e outros assuntos desse universo, acompanhe o blog da Talento Incluir.

Fonte. https://talentoincluir.com.br/emprego/o-que-significa-o-capacitismo-para-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

29/06/2021

CPB divulga edital para seleção de sedes do Festival Paralímpico Loterias Caixa 2021

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio do seu Desporto Escolar, divulga nesta sexta-feira, 25, o edital para seleção de estados e municípios interessados em sediar o Festival Paralímpico Loterias Caixa 2021. O evento será realizado no dia 4 de dezembro.

O Festival tem como objetivo promover a experimentação esportiva a crianças com e sem deficiência. 

A primeira edição do Festival, em 2018, foi realizada em 48 cidades com a participação de mais de 7 000 crianças. Em 2019, o evento teve 70 sedes e atendeu mais de 10 000 crianças. A edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. 

Confira aqui o edital do Festival Paralímpico 2021

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3369/cpb-divulga-edital-para-selecao-de-sedes-do-festival-paralimpico-loterias-caixa-2021

Postado por Antônio Brito

Aprovada pela Câmara Legislativa Federal, exigência de profissional capacitado para atender crianças com autismo em parques e atividades esportivas

* Por Amanda Ribeiro

Proposta altera a Lei Berenice Piana e prevê multa e até suspensão das atividades para quem descumprir a regra.

Esta é uma ótima notícia para os autistas, para as famílias! Pessoas autistas também têm direito ao lazer e ao esporte, o lazer não é supérfluo é essencial para a qualidade de vida, mas é tão difícil nós conseguirmos inclusão no lazer e no esporte, por falta de capacitação!

Não dá para incluir sem capacitar!
Esta notícia enche de otimismo, é direito e não um privilégio, mais um direito adquirido, rumo à equidade, que é adaptar as oportunidades deixando as justas! Autistas também têm direito de brincar, praticar esporte, como todos!

PL 566/20 diz que: estabelecimentos que realizam atividades recreativas ou esportivas para crianças e adolescentes deverão manter profissional capacitado para acompanhar pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

A prática esportiva e de atividades físicas e recreativas consiste em estímulo importante especialmente para crianças e jovens com transtorno do espectro autista porque, além de desenvolver suas potencialidades físicas e motoras, motiva esses indivíduos a superarem suas dificuldades, aumentando sua autoestima, promovendo sua interação com outras pessoas e proporcionando, assim, maior qualidade de vida. Essas atividades também ajudam a reduzir a ansiedade, característica frequente entre pessoas com essa condição, e o sobrepeso, uma vez que as crianças e jovens com transtorno do espectro autista fundamental têm mais chances de desenvolver obesidade em relação a indivíduos neurotípicos.

Só falamos de inclusão porque existe exclusão!

Os estabelecimentos também podem comemorar, eles vão precisar se capacitar, mas vão atender mais consumidores e assim agregar valor aos seus negócios, através da inclusão!
Um mercado que já existe e é pouco explorado!

Incluir Treinamentos capacita recreadores, instrutores, brincantes, monitores, professores, para inclusão de autistas na sociedade capacitando as empresas para serem Empresa Amiga do Autista.

Em 2020 fez a Incluir realizou a capacitação dos colaboradores do Parque Beto Carrero World em Santa Catarina. O parque de Santa Catarina é o primeiro do Brasil a ter funcionários preparados para atender autistas. Participaram do treinamento 350 colaboradores que realizam algum tipo de atendimento ao público, seja na bilheteria, operando os brinquedos, nos shows, como seguranças, bombeiros ou enfermeiros. Amanda explica que o objetivo da iniciativa é auxiliar os funcionários a entenderem melhor e saber lidar com o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Vencedoras do Prêmio Nacional de Turismo 2019 na categoria Sensibilização, Qualificação, Certificação e Formalização no Turismo com o projeto de treinamento exclusivo, as especialistas Amanda Ribeiro e Maria Luiza Jordão visam capacitar profissionais de diversas áreas para que eles possam receber, atender e incluir pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) nos serviços oferecidos.

“Uma empresa que demonstra responsabilidade social, se preparando para recepcionar pessoas com TEA, traz benefícios para os autistas e suas famílias, para o empreendimento e para a sociedade, ampliando a inclusão social” diz Amanda Ribeiro.

www.incluirtreinamentos.com.br
Contato: incluirtreinamentos@gmail.com
(11) 9-7327-0252

Fonte: Agência Câmara de Notícias

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2238563

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node06fxvehevys0hox4w9po8wco220961216.node0?codteor=1954292&filename=PDL+566/2020

* Amanda Ribeiro é mãe do Arthur, 4 anos, autista. Autora do Blog @mamaequeviaja & Diretora da Incluir Treinamentos. Colunista de Acessibilidade do Sindepat https://www.instagram.com/incluirtreinamentos

 

** Este texto é de responsabilidade exclusiva de seu autor, e não expressa, necessariamente,  a opinião do SISTEMA REAÇÃO – Revista e TV Reação.

Fonte. https://revistareacao.com.br/aprovada-pela-camara-legislativa-federal-exigencia-de-profissional-capacitado-para-atender-criancas-com-autismo-em-parques-e-atividades-esportivas/

Postado por Antônio Brito

As novas regras do BPC – Benefício de Prestação Continuada e o auxílio-inclusão

Ubirajara Machado/Min. Cidadania

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) teve suas regras aperfeiçoadas, com a alteração dos critérios de renda para concessão de um salário mínimo mensal aos idosos com 65 anos ou mais e às pessoas com deficiência de qualquer idade. A Lei nº 14.176/2021, sancionada pelo presidente da República Jair Bolsonaro nesta terça-feira (22), também prevê um mecanismo para alcançar a emancipação, concedendo meio salário mínimo a quem conseguir se inserir no mercado de trabalho.

O ministro da Cidadania, João Roma, avaliou positivamente a alteração nas concessões do BPC, que deve permitir, quando regulamentada, a entrada de cerca de 200 mil cidadãos no programa, ao mesmo tempo em que vai aprimorar os mecanismos de revisão de renda. “A medida vai melhorar a eficiência do programa. Quem está recebendo indevidamente vai abrir espaço no orçamento do BPC para a entrada de quem mais precisa. Estamos aplicando ferramentas modernas, que vão nos dar a certeza de chegar aos que, de fato, necessitam do benefício, além de reduzir judicializações e custos para o poder público.”

Para a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, “este é um governo de inclusão dos que mais precisam. Ainda mais neste período de pandemia. Este texto legal só reforça o nosso lema que é: ‘Todo mundo cuidando de todo mundo’”, destaca a titular do MMDFH.

Atualmente, para ter direito ao BPC, a renda familiar per capita de quem solicita o benefício deve ser inferior a um quarto do salário mínimo, ou R$ 275. Com a nova lei, o rendimento pode ser igual a um quarto do salário mínimo. Há ainda a abertura para casos excepcionais, em que a renda por pessoa na família pode chegar a meio salário mínimo (R$ 550).

Os casos excepcionais levarão em conta alguns critérios: o grau de deficiência da pessoa; a dependência que o idoso pode ter em relação a terceiros para realizar atividades básicas; o comprometimento do orçamento familiar com gastos médicos, tratamentos de saúde, fraldas, alimentos especiais e medicamentos – do idoso ou da pessoa com deficiência – que não sejam disponibilizados gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou com serviços não prestados pelo SUAS (Sistema Único de Assistência Social).
As novas regras passam a valer em 1º de janeiro de 2022. A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 1.023, com as alterações no BPC, em 26 de maio. No dia seguinte, o texto também foi aprovado pelo Senado e seguiu para sanção presidencial.

Em abril deste ano, o BPC foi concedido a 4,65 milhões de beneficiários, sendo 2,55 milhões de pessoas com deficiência e 2 milhões de idosos, num investimento de R$ 5,1 bilhões naquele mês. Em 2020, o Governo Federal transferiu R$ 58,4 bilhões para os integrantes do programa.

Emancipação

Outra novidade no BPC é o auxílio-inclusão. O valor de meio salário mínimo será concedido aos beneficiários com deficiência que conseguirem ingressar no mercado de trabalho. Para receber os R$ 550, a remuneração mensal da pessoa não pode ser superior a dois salários mínimos e deve receber ou ter recebido o BPC em algum momento nos últimos cinco anos.

Ao ser contemplada com o auxílio-inclusão, a pessoa deixa de receber o BPC. A medida vale a partir de 1º de outubro deste ano. “A criação do auxílio-inclusão estimula o cidadão a se emancipar do programa social, pois ele terá o salário, fruto do seu trabalho, e mais esse suporte do Governo Federal”, analisou a secretária nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania, Maria Yvelônia Barbosa.

Caso o beneficiário perca o emprego ou a renda adquirida, ele volta automaticamente ao BPC, sem precisar passar pelas avaliações iniciais. “Desta forma, garantimos agilidade e eficiência no retorno do cidadão ao BPC para que ele não fique sem renda”, completou Maria Yvelônia.

Avaliação por videoconferência

O requerimento do BPC é realizado nas Agências da Previdência Social (APS) ou pelos canais de atendimento do INSS. O telefone é o 135 – ligação gratuita de aparelhos fixos – ou pelo site ou aplicativo de celular “Meu INSS”.

Além da renda, as pessoas com deficiência também passam por avaliação médica e social no INSS. O beneficiário do BPC e a família dele devem estar inscritos no Cadastro Único antes de o pedido ser feito.

As novas regras do BPC também permitem que a avaliação social da deficiência seja feita por videoconferência, sem a necessidade de deslocamento do requerente a uma agência do INSS.

Legislação

O Benefício de Prestação Continuada, previsto na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993), garante um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade. No caso da pessoa com deficiência, deverá ser caracterizada a existência de impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (com efeitos por pelo menos dois anos), que a impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.

A gestão do BPC é feita pelo Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), responsável pela implementação, coordenação, regulação, financiamento, monitoramento e avaliação do benefício. A operacionalização (concessão, manutenção e revisão) é realizada pelo INSS.

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Fonte: https://revistareacao.com.br/as-novas-regras-do-bpc-beneficio-de-prestacao-continuada-e-o-auxilio-inclusao/
Postado por Antônio Brito