17/02/2021

CPB 26 anos: confira cinco curiosidades sobre a história da entidade

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) comemora 26 anos de fundação nesta terça-feira, 9. Para celebrar o aniversário da maior autoridade nacional do paradesporto, separamos cinco curiosidades sobre a história do CPB até aqui. Confira:  

- Sedes  
Ao todo, três cidades já abrigaram a sede do CPB ao longo de seus 26 anos de existência. Niterói, no Rio de Janeiro, foi a primeira, de 1995 a 2002. A capital federal, Brasília, recebeu em 2002 a entidade e a abrigou até o início de 2017, quando o CPB ganhou o direito de gestão do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e mudou mais uma vez a casa do Movimento Paralímpico de cidade, onde está até o momento.  
Visão do alto do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

- Presidentes  
Em toda a história, quatro pessoas já estiveram à frente do Comitê Paralímpico Brasileiro: João Batista, de 1995 a início de 2001, Vital Severino, de 2001 a início de 2009, Andrew Parsons, de 2009 a início de 2017, e Mizael Conrado, de março de 2017 até o momento. O ex-jogador de futebol de 5 Mizael Conrado foi recém-reeleito presidente em dezembro do ano passado para o ciclo 2021-2025.  

Além disso, pela primeira vez na história do Movimento Paralímpico nacional, a diretoria do CPB é formada somente por atletas medalhistas paralímpicos. Eleito presidente pela primeira vez em 2017, Mizael foi o primeiro medalhista paralímpico a assumir o cargo do Comitê. Ele foi bicampeão paralímpico de futebol de 5 nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008. Eleito vice-presidente para o mesmo ciclo paralímpico, Yohansson Nascimento, velocista da classe T46, foi campeão em Londres 2012 e tem outras cinco medalhas em Jogos Paralímpicos. Já a nadadora Edênia Garcia (classe S3), que foi eleita presidente do conselho fiscal do CPB, tem três medalhas paralímpicas. 

Da esquerda para direita: Edênia Garcia, nadadora e eleita presidente do Conselho Fiscal, Mizael Conrado, reeleito presidente do CPB e Yohansson Nascimento, ex-atleta e vice-presidente eleito. Ao fundo, painel branco com logo do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Foto: Alê Cabral/CPB

- Missões  
Os Jogos Paralímpicos de Atlanta 1996 foram o primeiro que o Brasil participou após a fundação do CPB. Na ocasião, foram conquistadas 21 medalhas (dois ouros, seis pratas e 13 bronzes) e o país ficou na 37º colocação. A performance dos brasileiros nas edições subsequentes teve uma extraordinária evolução. Desde Pequim 2008, o país figura no top 10 do quadro de medalhas. Nos Jogos Rio 2016, o Brasil terminou em oitavo lugar com 72 medalhas (14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze), melhor resultado em número de medalhas.  

Sob a gestão do CPB, o país já participou, ao todo, de seis edições de Jogos Paralímpicos (Atlanta 1996, Sidney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016) e seis Jogos Parapan-Americanos (Cidade do México 1999, Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019). O Brasil se consolidou como líder do quadro geral de medalhas no Parapan Rio 2007. Na última edição, na capital peruana, o Brasil conquistou 308 medalhas.  

Em 2014, pela primeira vez o Brasil teve representantes nos Jogos Paralímpicos de Inverno, em Sochi. Nos Jogos de PyeongChang 2018, o país contou com a participação de três atletas e alcançou o melhor resultado até então: o sexto lugar no esqui cross-country.  

Atletas Aline Rocha e Cristian Ribeira ambos sentados no esqui. Ao fundo, pista de competição do esqui cross-country nos Jogos Inverno de PyeongChang 2018.
Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

- Colaboradores  
O primeiro ano em que o CPB contou com colaboradores registrados foi em 1997. Na época, apenas cinco pessoas compunham o quadro de funcionários. Atualmente, em 2021, são 260 colaboradores, sendo que 56 pessoas contam com algum tipo de deficiência, o equivalente a 21,53%. A meta do CPB é chegar a 30% até 2023, número dez vezes maior que o exigido por lei para empresas com porte de 200 a 500 colaboradores.


- Além do esporte  
Além das atuações diretas no esporte paralímpico como confederação de atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo e na gestão e no desenvolvimento do esporte paralímpico nacional, o CPB atua também na Educação.   

Atualmente, a entidade conta com dois braços nesse segmento: a Educação Paralímpica e a Academia Paralímpica Brasileira (APB). A primeira tem como objetivo o aprimoramento de técnicos, classificadores, árbitros e outros profissionais do esporte paralímpico, além de atuar na capacitação de professores de Educação Física na rede escolar para inclusão da pessoa com deficiência nas aulas. Já a APB tem por finalidade o fomento e o desenvolvimento da produção, divulgação e publicação científica e tecnológica relacionados ao esporte paralímpico.   
Pessoas assistem palestra do técnico-chefe da natação Leonardo Tomasello. Atrás do técnico há um painel azul com logo do Congresso Paradesportivo Internacional e da Academia Paralímpica em branco.
Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3191/cpb-26-anos-confira-cinco-curiosidades-sobre-a-historia-da-entidade

Postado por Antônio Brito 

Pandemia agrava dificuldades enfrentadas por deficientes auditivos

A pandemia da Covid 19 tornou a vida da população mais difícil, em várias situações do dia a dia. Para quem tem problemas de audição, as dificuldades são ainda maiores. Pesquisa da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT), mostrou que uma parcela de 3,2% dos brasileiros com perda total ou parcial da audição sente grandes dificuldades na hora de se comunicar, por conta principalmente do uso de máscaras faciais, que dificultam o entendimento do que as outras pessoas estão falando durante uma conversação.

Isso acontece porque, com a máscara no rosto, a compreensão dos sons da fala fica prejudicada, como comprova outro estudo, este publicado pela revista Hearing Review, referência no setor. De acordo com a pesquisa, uma máscara comum abafa o som da fala em 3 a 4 decibéis; e a máscara N95, utilizada por muitas pessoas, inclusive profissionais da saúde, provoca uma diminuição do som em até 12dB.

O uso de máscaras também vem acarretando mais um problema. Muitos deficientes auditivos já perderam ou deixaram cair no chão seus aparelhos auditivos ao retirar a máscara do rosto. Isso porque, dependendo do tipo de máscara, as tiras podem ficar embaraçadas com as próteses auditivas, atrás ou no entorno das orelhas, ocasionando prejuízos. Afinal, ninguém quer perder ou danificar seu aparelho auditivo.

Para solucionar o problema, a Telex Soluções Auditivas vem realizando uma campanha de doação de extensores de máscara. Utilizando o dispositivo, a máscara fica presa atrás da cabeça e não das orelhas. Assim, o usuário não corre o risco de deixar o aparelho auditivo cair no chão.

Para receber, gratuitamente, o extensor de máscara, basta preencher um formulário no site: https://www.telex.com.br. O envio é feito pelos Correios para todo o Brasil, sem pagamento de frete. E qualquer pessoa pode receber. Não é preciso ser cliente. A campanha da Telex inclui também a doação de uma cartela de baterias para aparelhos auditivos.

“Com o agravamento da pandemia, a preocupação é com os usuários de aparelhos auditivos que precisam manter seus aparelhos funcionando, sem sair de casa. Por isso, a Telex está promovendo mais uma campanha de doação de extensores de máscara e cartelas de pilhas”, explica Sarita Terossi, Diretora Comercial da empresa.

Segundo dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 2,1 milhões de brasileiros são deficientes auditivos, parcial ou totalmente.

Fonte  https://revistareacao.com.br/pandemia-agrava-dificuldades-enfrentadas-por-deficientes-auditivos/

Postado por Antônio Brito 

16/02/2021

Coluna - Dream Team a caminho de Tóquio

Seleção de futebol de 5 retoma preparação após paralisação em pandemia

Após oito meses liberado somente para atletas de natação, atletismo e tênis de mesa, o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, reabriu para outros esportistas em fevereiro. Com restrições, é verdade, ainda por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) limitou o acesso, neste momento, às modalidades já garantidas na Paralimpíada de Tóquio (Japão). Caso da seleção de futebol de 5, que ostenta o retrospecto mais impressionante entre as representantes do Brasil na história dos Jogos.

A equipe tetracampeã paralímpica não perdeu uma partida no evento sequer desde que o esporte voltado a pessoas com deficiência visual (exceto os goleiros) foi incluído, em 2004. De lá para cá, são 17 vitórias, cinco empates e 40 gols marcados. Muito justo, portanto, que o futebol de 5 inaugure a série que a coluna inicia nesta segunda-feira (15), sobre a reta final da preparação das modalidades com brasileiros envolvidos em Tóquio. Das 22 que integram o programa, o país não será representado em duas: basquete e rugby em cadeira de rodas.

A primeira fase de treinamento da seleção de futebol de 5 chegou ao fim no último domingo (14), após duas semanas de concentração no CT. A próxima fase está agendada para o período entre os dias 1º e 13 de março, com os mesmos 15 nomes que integraram a primeira convocação do técnico Fábio Vasconcelos. Os atletas não se reuniam para treinar há um ano, e muitos, praticamente, não puderam estar em quadra ao longo de 2020, devido à pandemia.

“Os dois primeiros dias foram só de avaliações físicas e isocinéticas dos atletas, para termos um resumo de como eles chegaram. Na comparação com a única fase que tivemos no ano passado, eles vieram 4% abaixo, uma perda que, na nossa análise, dá para recuperarmos já na próxima fase. Podia ter sido maior”, explica o treinador, que dirigiu a seleção campeã na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, e foi goleiro nas conquistas de 2004, em Atenas (Grécia), de 2008, em Pequim (China), e de 2012, em Londres (Reino Unido).

“Fizemos dois períodos [de treinos], manhã e tarde. Um dia era comigo [na quadra] e o outro com o fisiologista e a fisioterapia, para controlarmos [a intensidade] e evitar lesões. Eles [atletas] estavam trabalhando em casa [durante a pandemia], com tarefas passadas pela comissão, alguma coisa com bola, adaptada à realidade de cada um. O problema é que não estavam trabalhando em conjunto com bola e fazendo exercícios específicos da modalidade. Então, fizemos essa transição”, completa Fábio.

O calendário de 2021 divulgado pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) em dezembro, prevê, ao todo, seis fases de treinamento antes da aclimatação no Japão (dez dias em Tono e outros 13 em Hamamatsu, onde ficará concentrada toda a delegação paralímpica brasileira antes dos Jogos). Um período entre os dias 25 de abril e 2 de maio foi reservado para amistosos no CT Paralímpico. O cronograma, porém, é passível de alterações conforme o estágio da pandemia de covid-19.

“Pedimos alguns amistosos com a seleção colombiana. Eles viriam para cá e entrariam na bolha do CT. Mas creio que pode não acontecer porque o protocolo é bem rígido. [Viagem] para fora do Brasil [antes de Tóquio], talvez fôssemos para o próprio Japão, já que o país sede sempre faz um evento teste, mas, com a pandemia, o risco é grande. Acredito que não haverá nenhum torneio. Que era importante [jogar antes da Paralimpíada], era, sem dúvida, até para analisar os jogadores mais jovens, mas primeiro vem a saúde dos atletas. Estamos tomando todas as precauções com nosso grupo”, conta o técnico.

A equipe que esteve reunida no CT até domingo, e que se reencontrará daqui a duas semanas, é predominantemente experiente. Dos 15 convocados, oito estiveram na conquista do ouro em 2016. Entre eles, o fixo Damião, o pivô Jefinho e o ala Ricardinho. Em Tóquio, o trio de tricampeões pode igualar o paraibano Marquinhos, presente nos quatro títulos brasileiros. Ricardinho e Jefinho, por sua vez, também miram a artilharia canarinho na história do torneio. Com nove e oito gols, respectivamente, eles têm como referência o mineiro João Batista, que balançou as redes 11 vezes, somando as participações nos Jogos de 2004 e de 2008.

Fora o ala Gledson, campeão paralímpico em 2012, mas cortado pouco antes da Rio 2016 devido a uma lesão, os outros convocados são caras novas que vêm sendo observadas na seleção principal desde 2017, quando teve início o ciclo paralímpico de Tóquio. O goleiro Matheus Costa, os alas Jardiel e Maicon Júnior, por exemplo, fizeram parte do time que venceu a Copa América de 2019 e conquistou a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (Peru).

“Todos os 15 têm chance de estar entre os dez convocados da lista final. Tudo dependerá das fases, se eles treinaram bem em casa e deram retorno. Hoje, ainda não dá para cravar. Em 2016, estávamos com a seleção pronta e, faltando 15 dias para estrearmos, perdemos o [ala] Bill e o Gledson por lesão, aí vieram Marquinhos e Maurício [Dumbo, ala nascido em Angola e que vive no Brasil há 20 anos]. Para Tóquio, teremos uma base experiente e alguns jovens mesclando”, afirma Fábio.

Além das conquistas do Parapan e da última Copa América, o ciclo paralímpico brasileiro foi marcado, também, pelo pentacampeonato mundial em Madri, na Espanha, em 2018. Nos três títulos, o adversário na final foi o mesmo, a Argentina. Os hermanos, por sua vez, levaram a melhor na decisão sul-americana de 2017, na disputa de pênaltis, quebrando uma série de 24 títulos seguidos do Brasil nas quadras. Não à toa, os argentinos são apontados como potenciais rivais em Tóquio. Mas não só eles.

“A China praticamente não parou de treinar na pandemia. Vai chegar forte. Fizeram uma bolha de isolamento no CT deles”, destaca o técnico, em referência à seleção asiática superada pelo Brasil, por 2 a 1, na dura semifinal paralímpica de 2016.

“A pandemia afetou todo o mundo, mas nós, que trabalhamos com alto rendimento, temos de pensar no presente e para frente, deixar o grupo preparado para chegar nos Jogos e brigar pelo ouro. Se vai acontecer, ninguém sabe, mas temos de fazer o melhor”, finaliza o treinador.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2021-02/coluna-dream-team-caminho-de-toquio

Postado por Antônio Brito 

Artistas com deficiência promovem reflexões sobre a acessibilidade em projeto do Sesc

Apresentações de artes cênicas, educativas, audiovisuais, podcasts, oficinas e musicais fazem parte do 'Sesc Cultura ConVIDA!'. Programação tem dez mostras temáticas e mais de 100 atrações.

Luiz Alexandre Souza Ventura

Use 26 recursos de acessibilidade digital com a solução da EqualWeb clicando no ícone redondo e flutuante à direita, ouça o texto completo com Audima no player acima, acione a tradução em Libras com Hand Talk no botão azul à esquerda ou acompanhe o vídeo no final da matéria produzido pela Helpvox com a interpretação na Língua Brasileira de Sinais.



Três artistas com deficiência são destaques no projeto ‘Sesc Cultura ConVIDA!’, que exibe dez mostras temáticas online e gratuitas. A programação tem mais de 100 atrações. Um dos temas é a acessibilidade.

“Levamos ao público a diversidade da produção cultural do País. São artistas de todas as regiões, com apresentações de artes cênicas, educativas, audiovisuais, podcasts, oficinas e apresentações musicais”, diz Marcos Rego, gerente de cultura do departamento nacional do Sesc.


Eu sou Mulher – Isabelle Passinho coordena o Coletivo de Mulheres com Deficiência do Maranhão. Seu repertório fortalece o empoderamento.



SelfishCÂMERA – Estela Lapponi, performer e videoartista paulistana, pesquisa o discurso cênico do corpo com deficiência, o relacional com o público e o trânsito entre as linguagens cênicas e visuais.



Só se fechar os olhos – O Coletivo Desvio Padrão é composto por artistas, técnicos e produtores cegos, videntes, surdos e ouvintes.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/artistas-com-deficiencia-promovem-reflexoes-sobre-a-acessibilidade-em-projeto-do-sesc/

Postado por Antônio Brito 

15/02/2021

Vereadores aprovam validade permanente de laudos para pessoas com autismo e síndrome de down em Juiz de Fora

Criança com síndrome de down — Foto: depositphotos

A Câmara Municipal aprovou um Projeto de Lei que garante que laudos periciais que atestem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e síndrome de Down tenham validade permanente em Juiz de Fora. A proposta segue para análise da prefeita Margarida Salomão (PT).

De acordo com o texto, de autoria do vereador Dr. Antônio Aguiar (DEM), o objetivo é facilitar a vida das pessoas diagnosticadas e os familiares delas.

“A necessidade de revalidação quinquenal da carteira serve como prova de vida do beneficiário, o que impede o uso indevido por terceiros da carteira de titular falecido, como também serve para manter a contagem demográfica em constante atualização”, explicou.

Apesar da validade permanente, o projeto prevê que a determinação não altera a validade de cinco anos da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e Síndrome de Down, prevista na Lei Romeo Mion.

Fonte  https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2021/02/12/vereadores-aprovam-validade-permanente-de-laudos-para-pessoas-com-autismo-e-sindrome-de-down-em-juiz-de-fora.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Como definir um padrão de beleza em um mundo composto pela diversidade estética

Kica de Castro *

Se tem um tema que gera polêmica e boas manifestações feministas, são as tentativas infinitas de padronizar a beleza corporal. Afinal, o que é padrão de beleza?

*legenda da foto: Caroline Marques – modelo com paraplegia.  / “O padrão de beleza é o reflexo do espelho.”

* Por Kica de Castro

Essa é uma opção racional de responder a questão. A beleza virou produto e, como tal, tem a necessidade de gerar consumo diariamente para sobrevivência.
Quem trabalha nesse setor acha que tem o direito de ditar as regras, como um conjunto de características físicas que define o que é belo ou não.

O que de fato precisa ser questionado:
– Quem, de fato, define esse padrão conhece a diversidade?
– Por que essa definição, por um pequeno grupo da sociedade, é válida para considerar uma pessoa feia ou bonita para a maioria?

modelo fotografica com tetraplegia
Adriana Buzelin – modelo fotográfico com tetraplegia
“A beleza vai além de ser belo. É se sentir bem consigo mesmo.” Foto: Kica de Castro

Vale a pena ressaltar que rótulos foram feitos para produtos e não para pessoas, assim como o gosto pessoal que não se discute.

Uma forma simples e bem rápida de responder os questionamentos acima é que o padrão de beleza é definido pela mudança cultural da evolução humana e a indústria da beleza: produtos cosméticos, procedimentos estéticos e o mundo conhecido como fashion/moda.

moda está diretamente ligada com a beleza , pois a roupa tem um papel importante nesse setor. A marca que vestimos é status para muitos, e acaba sendo a ditadora de regras, tendência e comportamento.

O que devemos ter consciência é que existem vários tipos de corpos e as variedades de beleza que mostram que cada pessoa é única, o que acaba afirmando que não é regra que TODOS sejam iguais.

modelo com mielite posando
Paula Ferrari – modelo fotográfico com mielite
“Beleza é aquilo que te faz bem, te faz feliz. O conceito é percepção exclusivamente individual.” Foto: Kica de Castro

As diferenças que fazem ser pessoas belas, aqui cai como uma luva o emprego do termo pessoas especiais, sendo com ou sem deficiência. Cada um precisa saber valorizar a sua beleza natural.

A mídia entra nesse contexto como a grande vilã, uma vez que o tema beleza acaba ganhando destaque com o sucesso de pessoas públicas ou celebridades que estão em maior evidência.

Celebridades transformam a própria imagem em ferramentas de trabalho para o seu sustento em um mundo totalmente capitalista.

Uma outra opção em responder aos questionamentos apontados é o ponto de vista que o cirurgião plástico, Dr. Ivo Pitanguy, costumava dizer que nunca soube definir o que é conceito de beleza, mas sempre que a encontrou soube reconhecer.

Procedimentos estéticos devem ser feitos por questões pessoais e jamais por imposição de terceiros.

Autoestima, auto aceitação e amor próprio em primeiro lugar.

homem cego desfilando fala sobre modelo de beleza
Marcio Monclair – modelo com deficiência visual. “O conceito estabelecido como padrão não existe, até as modelos renomadas passam por retoques de imagem antes de serem capas de revista.” Foto: Kica de Castro

Somos um país miscigenado, por isso não existe UM ÚNICO padrão de beleza. O que existe é diversidade corporal que precisa ser reconhecida pela indústria da beleza e valorizada por todos.

Para fugir desses padrões, que às vezes agridem tanto os aspectos físicos quanto os emocionais, talvez seja necessário um exercício individual.

Mudar seus conceitos do que é belo, priorizar seus pontos fortes e jamais esquecer sua identidade visual, além de ter estilo próprio e aceitar sua beleza natural.

Cuidar da aparência é importante, mas tudo com a devida moderação.

* Kica de Castro é publicitária e fotógrafa. Tem uma agência de modelos exclusiva para profissionais com deficiência, desde 2007.

Apresentadora do programa Viver Eficiente, que tem como objetivo dar voz e visibilidade para pessoas com deficiência.

Instagram: @vivereficiente
vivereficiente@gmail.com

Fonte  https://revistareacao.com.br/como-definir-um-padrao-de-beleza-em-um-mundo-composto-pela-diversidade-estetica/

Postado por Antônio Brito 

Aberto edital para elaborar curso sobre Acessibilidade na Comunicação

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) publicou o edital 1675/2021. O processo seletivo tem como objetivo contratar consultoria de pessoa jurídica na área de acessibilidade às pessoas com deficiência em comunicação.

A instituição selecionada será responsável pela elaboração de curso, sem tutoria, sobre Acessibilidade na Comunicação. Os interessados podem se candidatar até 5 de março de 2021.

O curso será disponibilizado em plataforma de ensino à distância e tem o objetivo de capacitar equipes de comunicação de órgãos e entidades governamentais, além da grande mídia, a aperfeiçoar a sua comunicação, promovendo o acesso à informação a todos, inclusive às pessoas com deficiência.

Para participar do certame, as instituições interessadas devem se cadastrar no site da UNESCO e fazer o download do Edital 1675/2021. Saiba mais. (https://fornecedor.brasilia.unesco.org/processes/2942)

Para dúvidas e mais informações:
pessoacomdeficiencia@mdh.gov.br

Fonte: https://revistareacao.com.br/aberto-edital-para-elaborar-curso-sobre-acessibilidade-na-comunicacao/

Postado por Antônio Brito 

Instituto Êxito de Empreendedorismo cria Câmara de Diversidade e Inclusão

Capacitar e criar oportunidades de negócio para empreendedores negros, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência (PCD), além de tornar seu ambiente interno e externo ainda mais diverso e inclusivo, contribuindo com o desenvolvimento social entre os sócios, parceiros e alunos. É com esse objetivo que foi criada a Câmara de Diversidade e Inclusão do Instituto Êxito de Empreendedorismo. O grupo vai trabalhar em projetos e iniciativas de valorização de populações minorizadas com vistas a tecer uma rede de incentivo ao desenvolvimento da mentalidade empreendedora e da inclusão no ecossistema.

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“Desde a nossa fundação, sonhamos com o momento da implementação da Câmara de Diversidade e Inclusão no Instituto. Essa era uma das nossas prioridades, afinal, sabemos de todos os desafios existentes que finalmente estão se concretizando”, relata o presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Janguiê Diniz. “A pluralidade no meio corporativo tem um grande potencial para promover soluções mais criativas, eficientes e lucrativas para as empresas, além de proporcionar maior responsabilidade para o desenvolvimento social que transcende os limites da companhia”, complementa.

O Brasil é um país que possui uma das maiores taxas de desigualdade social, racial e de gênero no mundo – segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2019) – , enquanto, ao mesmo tempo, é um dos países mais diversos. Para a sócia regimental do Instituto Êxito de Empreendedorismo e coordenadora da Câmara de Diversidade e Inclusão, Nayara Mora, esse é um momento histórico e importante para virar esse jogo. “Ter esse espaço é abrir as portas para a capacitação gratuita e gerar oportunidades de negócios entre empreendedores e investidores de diversas etnias, raças, crenças, gêneros. É também se tornar um espaço ainda mais acolhedor e inclusivo, para que as pessoas se sintam seguras em ser quem elas são”, pontua. “Vamos criar um ambiente de oportunidades dentro do Instituto Êxito de Empreendedorismo para pessoas que encontraram no empreendedorismo uma forma de sobreviver e conectar os empreendedores com possíveis investidores, além de capacitá-los por meio dos cursos gratuitos na plataforma do Instituto”, finaliza.

Em seu primeiro ano, a Câmara possui uma meta ambiciosa e vai criar rodadas de negócios, presenciais ou virtuais, entre os sócios do Instituto Êxito de Empreendedorismo e empreendedores LGBTQIA+, negros, PCD e indígenas, para promover negociação com empresas estratégicas para o negócio. Além disso, eles também terão espaço no seminário Facing the Giants, promovido pelo Instituto Êxito de Empreendedorismo, a fim de proporcionar networking e troca de informações e conhecimento.

Para saber como participar da Câmara de Diversidade e Inclusão e de todos os projetos do Instituto Êxito de Empreendedorismo, basta acessar o site www.institutoexito.com.br ou acompanhar os perfis oficias da instituição nas redes sociais por meio do Instagram (@exito.instituto), Facebook (www.facebook.com/Institutoexitodeempreendedorismo),Twitter (@exito_oficial), LinkedIn (www.linkedin.com/company/institutoexitodeempreendedorismo) e YouTube (www.youtube.com/institutoexitodeempreendedorismo

Fonte  https://revistareacao.com.br/instituto-exito-de-empreendedorismo-cria-camara-de-diversidade-e-inclusao/

Postado por Antônio Brito 


14/02/2021

Invenção genial: A emocionante história do criador do braille

Imagem ilustrativa de conteúdo escrito em braille - Getty Images

O hábito de ler e escrever, tão necessário ao ser humano, nem sempre atendeu a todas as pessoas. Além disso, a escola não tinha recursos para ensinar da mesma forma alunos videntes - termo usado para pessoas que enxergam - e alunos cegos.

O primeiro passo na história para contemplar as pessoas com deficiência visual, no âmbito acadêmico, foi dado pelo francês Valentin Hauy. Ele fora responsável pela criação, em 1785, da primeira escola para cegos do mundo, o Instituto Real de Jovens Cegos de Paris.

Para ele, a instituição deveria alfabetizar, de fato, as pessoas cegas. Contudo, não foi Hauy que revolucionou a forma como os cegos escreveriam. Esse papel ficou para Louis Braille.

Retrato de Louis Braille, que morreu em 1852. Crédito: Divulgação/braillebug.org

gênio nasceu em 1809, em uma cidade próxima a Paris, e perdeu sua visão aos cinco anos de idade. Um acidente dois anos antes fez com que Braille ferisse o olho esquerdo com um objeto pontiagudo, ao brincar na oficina de arreios e selas do pai. 

A infecção do olho esquerdo se espalhou para o direito e ele ficou totalmente cego. Mesmo com a deficiência visualLouis frequentou uma escola comum, isto é, que não separa crianças com visão normal das que são cegas.

Nesta escola, o garoto se destacou nos estudos e, em 1819, aos 10 anos, conquistou uma bolsa para estudar na escola de Hauy - a pioneira. Naquela época, o fundador da instituição já tinha desenvolvido um sistema de leitura para cegos, mas a identificação das letras era muito complexa.

Com o objetivo de melhorar o método, o jovem Braille partiu para a elaboração de outro sistema. Aos 16 anos, ele apresentou sua criação: a “célula braille”. O instrumento continha seis pontos em relevo dispostos em duas colunas de três. 

Pessoa lê conteúdo em braille. Crédito: Getty Images

A ideia dele era possibilitar diferentes combinações, desde letras do alfabeto até números e sinais de pontuação. 

Depois, já no cargo de professor auxiliar na mesma escola, Louis mostrou como o método funcionaria na prática. Cinco anos depois, o sistema de escrita tátil foi adotado para todos os alunos do instituto.

Contudo, Braille só teve o reconhecimento oficial de sua criação depois da morte. Ele faleceu aos 43 anos, em 6 de janeiro de 1852, vítima de tuberculose. A partir daí, os franceses inauguraram uma campanha para tornar a invenção oficial também na Europa

Já no Brasil, o método - que levou o nome de seu criador - foi estabelecido no ano de 1854, a partir da criação do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. A instituição era o antigo Imperial Instituto dos Meninos Cegos.

O sistema de braille é escrito em papel relevo. Crédito: Getty Images

Desde o ano de 2004, o braille é um direito de todos os cidadãos brasileiros, medida que entrou em vigor graças ao decreto nº 5.296, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Hoje, a linguagem desenvolvida por Louis Braille é utilizada tanto por pessoas cegas, quanto por aquelas que têm baixa visão. A escrita em braille é obrigatória em elevadores, caixas de remédio e outros indicadores.

Curiosidade

Foi em 1951 que a Unesco elaborou um código oficial do braille e criou o Conselho Mundial do Braille - hoje um comitê da União Mundial de Cegos. Um século depois de sua morte, em 1952, Louis Braille foi reconhecido mundialmente, e seu corpo foi transferido para o Panthéon, em Paris.

Fonte  https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/invencao-genial-emocionante-historia-do-criador-do-braille.phtml

Postado por Antônio Brito 

O esporte como forma de anticapacitismo

Atleta realiza movimento de salto em altura durante Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo em setembro de 2019. Foto: Ale Cabral/CPB.

O capacitismo é toda forma de preconceito que acontece associada a uma pessoa com deficiência. A crença do capacitismo é alimentada toda vez que limita-se a crer que a deficiência é um empecilho determinante para a independência, realização de tarefas cotidianas, inserção no mercado de trabalho, entre outros.

Este comportamento afeta as pessoas com deficiência, pois contraria o princípio da equidade e resulta em atos de discriminação, opressão ou abuso da pessoa com deficiência. Outra face do capacitismo, contrária e igualmente incômoda, é a definição de PcDs como inferiores ou como heróis – dois extremos que desprezam as qualidades e competências individuais de cada um.

Por isso, inserir-se no mundo do paradesporto ajuda pessoas com deficiência e todos os que estão ao seu redor, inclusive familiares, a ver um novo mundo de possibilidades e ainda ressignificar a deficiência. “Acreditamos no poder transformador do esporte e o CPB é um dos principais agentes nesta luta pela inclusão das pessoas com deficiência na sociedade por meio do esporte”, afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e recém-reeleito presidente do CPB.

A prática de atividades físicas proporciona a todos os praticantes melhorias na saúde global, aumento da resistência física e imunidade, melhora da qualidade de vida, do humor e da autoestima. Para as pessoas com deficiência, somam-se a estes benefícios o aumento da autonomia e acesso a ambientes que proporcionam o contato com pessoas de realidades e objetivos semelhantes.

Outro desdobramento ímpar da adesão ao esporte é a possibilidade de escrever o nome na história, superando recordes, vencendo campeonatos e recebendo o devido crédito por tais conquistas.

Como combater o capacitismo

Uma das formas de anticapacitismo reside em promover ações que mostrem as diversas facetas das pessoas com deficiência, voltando os esforços para reflexões a respeito dos desafios enfrentados no dia a dia e formas de transformar tais adversidades em ações. Com este propósito, o CPB lançou em dezembro de 2020 o “Manifesto Paralímpico”, para celebrar a data em que é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992.

“Nossa deficiência não nos define” foi a mensagem principal da iniciativa, que contou com um ensaio fotográfico especial, cujo foco foi a valorização dos corpos dos atletas paralímpicos.

“Gosto de mostrar que tenho uma limitação e convivo de forma tranquila com ela. Nunca quis esconder a minha deficiência. Sempre notei que as pessoas ficam chocadas ao ver a minha bengala e perceber que eu não tenho visão. Acredito que o mundo é que tem que se adequar às diferenças”, comentou Daniel Mendes, velocista da classe T11 (para cegos) que participou do ensaio.

Atleta Daniel Mendes
Foto: Ale Cabral/CPB
Descrição da imagem: Retrato em preto e branco do atleta Daniel Mendes, velocista do atletismo classe T11, para o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. O atleta está de pé, com os braços soltos ao lado do corpo, sem camisa e usa uma calça de cor escura.
 
Postado por Antônio Brito