03/07/2020

INSS prorroga antecipação do BPC e auxílio-doença até 31 de outubro

Medida visa evitar aglomerações nas agências durante a pandemia

O governo federal publicou um decreto autorizando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pagar antecipações de auxílios-doença e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A medida, publicada em seção extra do Diário Oficial da União (DOU) dessa quinta-feira (2), determina que as antecipações serão pagas até o dia 31 de outubro.

Lei nº 13.982, que trata da autorização para antecipar o pagamento, estabeleceu o prazo de três meses, a partir de abril, para o pagamento de um salário-mínimo por mês para beneficiários do BPC e do auxílio-doença. A prorrogação publicada ontem tem por objetivo evitar a aglomeração de pessoas para atendimento presencial nas agências do INSS, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

De acordo com o decreto, a concessão da antecipação do auxílio-doença no valor de um salário mínimo (R$ 1.045,00) se dará sem a realização de perícia médica. Para solicitar o benefício, o segurado deve anexar atestado médico junto ao requerimento, mediante declaração de responsabilidade pelo documento apresentado, por meio do portal ou aplicativo Meu INSS.

"O atestado médico deverá ser legível e sem rasuras e deverá conter as seguintes informações: assinatura e carimbo do médico, com registro do Conselho Regional de Medicina (CRM); informações sobre a doença ou a respectiva numeração da Classificação Internacional de Doenças (CID); e prazo estimado do repouso necessário", informou o INSS.

O INSS informou ainda que a concessão do auxílio-doença continuará considerando os requisitos necessários, como carência, para que o segurado tenha direito ao benefício. Caso o valor do auxílio doença devido ao segurado ultrapasse um salário mínimo, a diferença será paga posteriormente em uma única parcela.

No caso do BPC, o INSS disse que a antecipação do benefício será paga com base nos dados de inscrição no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) e no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

"Além disso, para ter direito à antecipação, o requerente deve se enquadrar nas regras de renda relacionadas ao grupo familiar, que pode ser de até um quarto do salário-mínimo. Vale destacar que a antecipação do valor acima mencionado se encerrará tão logo seja feita a avaliação definitiva do requerimento de BPC", informou o INSS.

Edição: Aline Leal

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/inss-prorroga-antecipacao-do-bpc-e-auxilio-doenca-ate-31-de-outubro

Postado por Antônio Brito 

Singularidades. Dicionário da deficiência: como termos que antes designavam transtornos e condições se tornaram pejorativos?

Existe uma espécie de ‘dicionário’ que determina quais as nomenclaturas corretas para casos de transtornos mentais e outras deficiências. No entanto, com o passar do tempo, alguns termos antes relacionados por médicos a condições como a síndrome de Down, atraso no desenvolvimento e outras, tiveram que ser revistos por um motivo: eles passaram a ser popularmente usados de forma pejorativa, para insultar e ofender outras pessoas.

No século XX, por exemplo, termos como ‘defeituoso’, ‘esquizoide’, ‘débil mental’, ‘mongoloide’ e muitos outros faziam parte dos diagnósticos médicos. Hoje, essas nomenclaturas foram substituídas por outras e seu uso de forma pejorativa passou a ser mais punido e desaprovado.

Exemplo disso ocorreu com os streamers brasileiros YoDa e Rakin, que foram suspensos da plataforma Twitch em abril deste ano após usar a palavra ‘mongoloide’ enquanto jogavam online. Como forma de punição e aviso, ambos foram proibidos de usar a plataforma por sete dias. Na coluna Por Dentro do Autismo desta semana, vamos falar um pouco sobre esse tema.

Dicionário de termos médicos do século XX

De fato, a maioria de termos hoje considerados pejorativos foram usados por médicos no passado para designar deficiências e condições. No livro Outra Sintonia: a história do autismo, os autores reforçam isso ao lembrar que Donald Tripplet, conhecido como a primeira criança a receber um diagnóstico de autismo, seria classificado como ‘defeituoso’ pelos médicos em 1937.

De acordo com a obra, a palavra ‘defeituoso’ era usada para crianças com Síndrome de Down, epilepsia, traumatismo cranioencefálico ou por motivos médicos que não sabiam explicar. Na época, era comum também que a orientação médica para casos como esse fosse de que os pais deveriam internar os filhos em instituições.

“Sem dúvida, a recomendação de institucionalizar não tinha o intento de ser cruel, assim como a palavra ‘defeituoso’ não pretendia ser depreciativa. Na época, era apenas um termo médico que denotava discrepância do funcionamento normal, igualmente aplicada a uma válvula cardíaca defeituosa”

Outra Sintonia; Página 28.

Existem ainda outros termos, hoje pejorativos, que anteriormente diziam respeito à condições médicas:

Idiota – pessoas com idade mental de três anos;
Imbecil – pessoas com idade mental de três a sete anos;
Retardado – pessoas com idade mental de sete a dez anos.

Além disso, na primeira metade do século XX, o dicionário da deficiência incluía termos como ‘cretino’, ‘maníaco’, ‘lunático’, ‘mentecapto’, ‘debiloide’, ‘bobo’, ‘demente’, ‘alienado’, ‘débil mental’, ‘psicótico’ e outros. Presentes em artigos acadêmicos da época, as palavras pretendiam apenas descrever clinicamente pacientes.

‘Mongoloide’ era também um vocábulo utilizado para designar crianças com Síndrome de Down, mais tarde considerado um insulto duplo.

imagem: reprodução/ Google.

Do ‘dicionário da deficiência’ ao sentido pejorativo

Usadas fora de contexto, essas palavras não demoraram a designar ofensas e xingamentos. Assim, dar um diagnóstico médico de débil mental, por exemplo, passou a ser considerado errado. O uso pejorativo dos termos fez com que seus significados mudassem.

Assim, a organização americana de deficiência intelectual precisou passar por cinco mudanças de nome:

– 1876: Associação de Agentes Médicos de Instituições Americanas para Pessoas Idiotas ou Débeis Mentais;
– 1903: Associação Americana para Estudos dos Débeis Mentais;
– 1933: Associação Americana para Deficiência Mental;
– 1987: Associação Americana para Retardamento Mental;
– 2006: Associação Americana para Deficiências Intelectuais e de Desenvolvimento.

‘Autismo não é adjetivo’

Preocupados que o mesmo efeito aconteça com a palavra ‘autismo’, um grupo formado por pais criou o movimento ‘Autismo Não é Adjetivo’. Por meio dele, as famílias se unem para expor e denunciar o uso do termo por pessoas, especialmente figuras públicas, como forma de ofensa.

A ideia é que, além de pedir desculpas de maneira pública, essas pessoas também possam usar a visibilidade que têm como forma de conscientizar o público sobre o uso de autismo de maneira pejorativa. Com a campanha, políticos como a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, e o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foram alertados após usar a palavra de forma pejorativa e pediram desculpas publicamente.

Um dos casos mais recentes envolve os humoristas Dihh Lopes e Abner Henrique, que em abril deste ano tiveram cenas de um show no qual zombavam de uma banda formada somente por jovens no espectro do autismo foram divulgadas na internet. Com a repercussão, o vídeo foi denunciado ao Ministério Público, que abriu inquérito para investigar “eventual conduta discriminatória a pessoas com deficiência”.

Para Tiago Abreu, autista, jornalista e criador do podcast Introvertendo, o uso do termo ‘autismo’ de forma pejorativa causa dor e sofrimento àqueles que estão no espectro.

“Antes, eu me sentia bastante ofendido. Hoje em dia, eu percebo que em geral a pessoa nem sabe o que é autismo. Eu tendo a ter tolerância quando isso vem de alguma pessoa na internet que não refletiu e usa isso como meme. Mas a gente sabe que políticos, articulistas, e pessoas do mundo intelectual ainda utilizam autismo e outros transtornos como sinônimo de inércia, má vontade ou hermetismo. Nestes casos, acho fundamental combater com campanhas de conscientização.”, afirma.

Fonte  https://olharesdoautismo.com.br/2020/07/02/dicionario-da-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

10 produtos para ajudar no dia a dia de quem tem mobilidade reduzida ou baixa visão

O mercado colocou à disposição dos consumidores uma  infinidade de acessórios, para todas as áreas da casa, com o intuito de aumentar a segurança dos moradores – desde de crianças até idosos. Uma simplesmente pesquisa no Google exibe milhares de produtos bem úteis para qualquer pessoa, mas, sobretudo, para quem tem mobilidade reduzida ou baixa visão. Selecionamos 10 produtos para você conhecer. Se não for para uso próprio, certamente, pode ser um presente bacana para alguém querido. E você vai se surpreender com os preços acessíveis de muitos produtos. Confira:

1. Relógio Despertador Falante

Relógio Digital que fala hora e temperatura, ideal para que tem baixa visão, idosos e crianças pequenas pré-alfabetização. Tem 10 tipos diferentes de sons para o alarme e anuncia a hora cheia e temperatura. Funciona com 2 pilhas AA (não inclusas). Compre a partir de R$ 25,00.

2. Teclado Ampliado 

Este teclado é adaptado para o layout Português ABNT2 (o mais usado). Suas teclas são em alto contraste preto e carácter branco. Os caracteres grandes são aumentados em até 5 vezes em relação aos teclados convencionais. Ideal para crianças em fase de alfabetização, idosos e pessoas de baixa visão. Compre a partir de R$ 145,00.

3. Baralho Braille e Naipe Extra Gigante

O Baralho tem o sistema Braille impresso em alto relevo e possui naipe extra gigante para os portadores de baixa visão. Seu cartão couché exclusivo tem deslize aveludado de agradável manuseio. Compre a partir de R$ 16,90.

4. Identificador Organizador Colorido Baixa Visão e Tátil Braille para Chaves

Este produto auxilia e proporciona o reconhecimento rápido das chaves de uso diário, por cores variadas, e por identificação através dos símbolos táteis em braille para deficientes visuais. Recomendado para uso com a maioria das chaves existentes no mercado e de fácil colocação, podendo ser retirado e colocado em outra chave a qualquer momento. Compre a partir de R$ 28,00.

5. Fita Antiderrapante 3M Safety-Walk para Banheiro

Este produto é indicado para aumentar a segurança de toda família, mas é especialmente indicado para idosos e crianças. Previne contra quedas em áreas úmidas e escorregadias. Seu adesivo é resistente à umidade, sendo ideal para pisos de banheiros, boxes e banheiras. Compre a partir de R$ 49,76.

6. Abridor Abre Fácil Para Tampa Pote Vidro

Sabe aqueles potes de supermercado que são quase impossíveis de se abrir com as mãos limpas? Eles são fechados assim para garantia da qualidade dos alimentos, mas dificulta mesmo a abertura, principalmente os idosos. Este abridor é revestido em silicone e polipropileno possui 4 tamanhos para diversas tampas, das maiores até as menores. Compre a partir de R$ 11,99.

7. Sensor de Presença para Iluminação com Soquete Intelbrás

Este soquete se adapta a praticamente qualquer lustre. Ele foi desenvolvido para instalação em soquete E27, em ambiente interno, e possui função Fotocélula. É utilizado no acionamento automático de lâmpadas através da detecção de movimento de pessoas, animais de médio e grande porte. Também tem ajuste de tempo mínimo e máximo. Compre a partir de R$ 39,90.

8. Tábua de corte de 25cm da Oikos

Com silicone nas pontas, ela é antiderrapante e não desliza nem nas superfícies mais lisas. Pode ser muito útil para quem tem pouca experiência na cozinha e amplia a segurança durante o corte dos alimentos. Compre a partir de R$ 23,69.

9. Abridor de Latas de Inox

Este é o abridor manual (não elétrico) mais prático que se pode comprar. Você vai abrir várias outras latas sem fazer esforço. Para usar basta pressionar o botão lateral, encaixar o mecanismo na borda da lata e girar o botão superior para começar a cortar. Compre a partir de R$ 27,90.

10. Conjunto de Gadgets de Silicone 7 Peças Euro

Os produtos da linha silicone Euro home são uma ótima alternativa para o plástico que, em alguns casos, pode ser tóxico. Os utensílios de silicone são seguros, resistente ao calor e têm durabilidade. Além disso, eles facilitam o preparo das receitas, pois são flexíveis e higiênicos. Você pode utilizá-los em qualquer tipo de panela ou recipiente, pois eles não riscam. Compre a partir de R$ 125,34.

Fonte  https://www.metrojornal.com.br/estilo-vida/2020/07/02/10-produtos-para-ajudar-no-dia-a-dia-de-quem-tem-mobilidade-reduzida-ou-baixa-visao.html

Postado por Antônio Brito 

Robôs ajudam na reabilitação de pessoas com deficiência na rede municipal de São Paulo

Secretaria da Pessoa com Deficiência pagou R$ 500 mil em dois equipamentos usados na recuperação funcional de membros superiores, no tratamento de quem passou por cirurgia, enfrenta condições neurológicas, sofreu lesão ou AVC. Dispositivos foram entregues nos centros especializados de São Miguel Paulista e M?Boi Mirim, integrados à Secretaria da Saúde.

Descrição da imagem #pracegover: Mulher com deficiência na mão esquerda usa o robô de reabilitação por meio de uma peça ligada ao equipamento enquanto acompanha as orientações em um monitor digital. 

Crédito: Divulgação / José Melo / SECOM / Prefeitura de São Paulo.


Dois robôs comprados pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo (SMPED) serão usados nos Centros Especializados em Reabilitação (CER), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em São Miguel Paulista e M’Boi Mirim, nas regiões leste e sul da cidade. Cada equipamento custou R$ 250 mil.

“Temos convicção de que o investimento em tecnologia assistiva é o caminho para mudar a vida das pessoas com deficiência. Investimos na compra de equipamentos para alunos da rede municipal de ensino e servidores municipais. Com a compra dos robôs, vamos ajudar a solucionar uma demanda antiga da área da saúde, proporcionando uma reabilitação mais rápida e eficiente”, diz o secretário municipal da Pessoa com Deficiência.

“Estudos reforçam a eficácia do uso das tecnologias de robótica para melhora funcional de membros superiores”, destaca a SMPED.

De acordo com a secretaria, a reabilitação com robôs maximiza a função residual de um paciente submetido a cirurgia, que teve lesão ou doença no membro superior, como pessoas que sofreram AVCs (Acidente Vascular Cerebral).

A tecnologia foi desenvolvida pela empresa VIVAX. Os dispositivos gravam informações como posição, trajetória, força, velocidade e exploraram o desempenho motor durante os movimentos guiando o membro do paciente.

O equipamento auxilia o fortalecimento muscular, sensorial, coordenação motora, velocidade de movimento, permite aumentar de forma gradual os movimentos, auxiliando na melhoria dos parâmetros ao longo da reabilitação.

“A rede de cuidados à pessoa com deficiência tem a finalidade de ampliar o acesso, qualificar o atendimento, articular e integrar os serviços de saúde, da atenção básica, especializada e hospitalar, de forma a garantir a integralidade do cuidado às pessoas com deficiência temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente ou contínua”, esclarece Torquato.

Endereços – O CER IV – M’Boi Mirim fica na Avenida Alexandrina Malisano de Lima, n° 601, no Jardim Herculano. E o CER IV – São Miguel, fica na Rua Professor Antônio Gama de Cerqueira, n° 347, na Vila Americana.

Os CERs integram as diversas modalidades de reabilitação física, auditiva, intelectual e visual e realizam diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva. Têm equipes compostas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros especialistas.

A cidade de São Paulo tem 33 unidades, 30 com atendimento à população com deficiência física

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/robos-ajudam-na-reabilitacao-de-pessoas-com-deficiencia-na-rede-municipal-de-sao-paulo/?amp

Postado por Antônio Brito 

UE põe fim aos entraves à acessibilidade

Atualmente existem 120 milhões de europeus com algum tipo de deficiência, em parte devido ao aumento da percentagem de população idosa. Após dez anos de negociações, a União Europeia (UE) adotou o primeiro quadro jurídico para os requisitos comuns de acessibilidade, a chamada Lei de Acessibilidade da União Europeia. A diretiva comunitária terá de ser integrada na legislação nacional de todos os Estados-membros até 2022.

A acessibilidade é uma condição fundamental para beneficiar de direitos essenciais, como o acesso ao local de trabalho, à educação, a serviços públicos, à livre circulação, ou ao lazer.

Os Estados-membros da UE costumavam ter apenas as suas próprias leis e regras internas em matéria de acessibilidade e ainda hoje pessoas com deficiência continuam a enfrentar obstáculos no acesso a serviços fundamentais.

Com a nova diretiva comunitária, a União Europeia quer que os Estados-membros tornem os produtos e serviços mais acessíveis no mercado comum, eliminando ao mesmo tempo as dificuldades decorrentes da existência de diferentes regras nacionais.

Varsóvia, a cidade inclusiva

As organizações para os direitos das pessoas com deficiência descreveram a adoção da Lei de Acessibilidade da União Europeia como um passo histórico.

No entanto, foi um processo moroso e os portadores de deficiência alertam para um longo caminho que ainda há a percorrer para que haja igualdade de acesso e de oportunidades.

Varsóvia, a oitava maior cidade da Europa, foi reconstruída após a 2.ª Guerra Mundial sem pensar na acessibilidade para todos. Mas a realidade tem mudado nas últimas décadas, nesta cidade em rápido crescimento.

Konrad Rychlewski vive na capital polaca, é programador digital e deficiente visual. Apesar de algumas barreiras que ainda persistem, anda facilmente nos transportes públicos.

"Há o metro, o novo eléctrico, algumas paragens dos elétricos e de metro foram reformuladas. A segurança é o primeiro benefício. A expansão do número de semáforos com sinal auditivo, a possibilidade de circular de forma independente, equipara a minha qualidade de vida à qualidade de vida de um cidadão comum".

Konrad gostaria, contudo, que a cidade fosse pensada para todos os peões, com melhores pavimentos e menos carros. Mas com a ajuda de tecnologia, como os leitores de ecrã, Konrad pode trabalhar, fazer compras e gerir sozinho a própria vida financeira e administrativa.

Também Katarzyna Bierzanowska, intérprete por conta própria, defende que acessibilidade significa um estilo de vida integrado e ativo.

"Para mim é realmente mais fácil aceitar alguns trabalhos quando os eventos são mais acessíveis. Também posso ser mais participativa como ativista, formadora, ou simplesmente como pessoa, porque posso encontrar-me os meus amigos em ambientes diferentes", conta.

A acessibilidade é a área onde as despesas da cidade são mais elevadas, representando milhões de zlotys por ano em transportes públicos adaptados, um espaço público e espaços culturais sem barreiras e instalações especiais.

Este ano, Varsóvia ganhou o prémio "Access City Award", em reconhecimento aos esforços da cidade para se tornar mais inclusiva.

O vice-presidente da autarquia, Pawel Rabiej, afirma que "tudo isto é graças a três décadas de trabalho árduo". De acordo com o autarca, "tudo o que for construído de novo em Varsóvia tem de cumprir as normas de forma a já não apresentar obstáculos" aos cidadãos.

"Queremos que Varsóvia seja uma cidade para todos, E isso também se aplica às pessoas com deficiência. Queremos que elas possam tirar pleno partido do potencial que Varsóvia cria", defende.

Infraestruturas, obstáculos por vencer

Em Bruxelas, a capital da tomada de decisões da União Europeia, Nadia Hadad, é membro do Conselho Executivo do Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência, uma organização que trabalha em prol dos direitos dos deficientes.

Engenheira de profissão, Nadia é triplégica e apesar de reconhecer os benefícios trazidos pela nova lei, aponta as fragilidades que ainda existem para a sua aplicação.

"A Lei de Acessibilidade da União Europeia, criada agora tem feito muito pelo mercado digital, pelos serviços digitais, mas, infelizmente, ainda falta cumprir requisitos em infraestruturas, nos transportes públicos, de espaços públicos, máquinas de multibanco. Não se sente muito progresso porque a infraestrutura ainda não é acessível, ainda não consigo apanhar o metro como quero. Em Bruxelas, preciso de duas pessoas para colocar uma rampa à minha frente para que tenha acesso ao metro; elas viajam comigo até à estação e depois, de novo, colocam a rampa para me deixarem sair".

Acesso ao mercado de trabalho

Katrin Langensiepen é a primeira e única mulher com algum tipo de deficiência visível a ser eleita para o Parlamento Europeu.

De acordo com a eurodeputada do grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, "quase não existem oportunidades de emprego para as pessoas com deficiência, [sendo] frequente as empresas gostarem de pagar a taxa de indemnização, em vez de pagarem uma multa, em vez de formarem ou contratarem alguém com deficiência".

A legislação e as resoluções da União Europeia existem, mas as decisões acabam sempre por ser tomadas pelos governos nacionais.

Katrin Langensiepen acha "muito embaraçoso para um país industrializado e tão rico como a Alemanha", ter "falta de trabalhadores qualificados", sem pensar "como é a situação do mercado de trabalho para as pessoas com deficiência, especialmente quando se trata de mulheres".

Katarzyna, Konrad, Nadia e Katrin lutam por uma vida mais acessível, um caminho pela igualdade, onde - todos concordam - os preconceitos, a segregação e a falta de visibilidade constituem os principais obstáculos.

Fonte  https://pt.euronews.com/2020/06/24/ue-poe-fim-aos-entraves-a-acessibilidade

Postado por Antônio Brito 

02/07/2020

Nenhum direito a menos! Respeite as diferenças!

Essa garantia para as pessoas com deficiência visual, que utilizam o Braille como um dos meios de comunicação, veio de uma decisão judicial do Superior Tribunal de Justiça, em que determinou que os bancos terão que fornecer contratos em formatos acessíveis.

Porém, não é somente os contratos, mas também os extratos mensais e todas as informações referente aos serviços solicitados, além da obrigação de orientar seus empregados para realizar um atendimento adequado às pessoas com deficiência.

Ainda, importante mencionar que, qualquer descumprimento dessas obrigações configura em intolerável discriminação, inclusive sendo possível reparação de danos morais.
Por fim, trago alguns questionamentos: Por que também não oferecer acessibilidade para as pessoas com deficiência auditiva ou surdez? Os bancos estão preparados para atender TODAS as pessoas com deficiência?

Nenhum direito a menos! Respeite as diferenças!

#acessibilidade #empatia #cuidado
Fonte  https://www.facebook.com/294647147326067/posts/1825068140950619/?substory_index=0

Postado por Antônio Brito 

O Início

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia mostra o Murilo Pereira dos Santos, autor desta coluna Sem Barreiras, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. Murilo esta  com óculos de grau, e sentado em sua cadeira de rodas. Ele calça tênis preto, bermuda cinza e camiseta azul marinho. Em uma quadra, Murilo está com os braços levemente abertos, e sorrindo. Atrás dele, na proteção dos limites da quadra, aparece a bandeira do Brasil e o título: Comitê Paralímpico Brasileiro. Fim da descrição | Foto: Arquivo/ Murilo P. dos Santos.

O Início – Até parece ser um clichê, mas desistir de um sonho assemelha-se a um crime. Na minha vida, e só pelo meu blog (Sem Barreiras) deve ter ficado perceptível, o esporte é a paixão que carrego. Como já abordado aqui anteriormente, esse sentimento ganhou um novo contorno:paradesporto.

Foram dois anos e alguns meses de treinamentos de Bocha Paralímpica. Por motivos para além da modalidade, minha estreia em competições oficiais estava distante. Entretanto, na vida, a pressa é inútil. Tudo já tem o seu momento reservado. Foi nessa linha de pensamento que cheguei à classificação funcional em marco de 2019. No final do mesmo mês, enfim disputei pela primeira vez a Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

O Início_bolas_de_bocha_Foto_Ale_Cabral_CPB
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia dentro de uma quadra esportiva, com piso brilhante de madeira e 10 bolas nas cores vermelho, vinho, branco e azul, usadas no jogo de Bocha Paralímpica. Fim da descrição | Foto: Ale Cabral/CPB

O Início... Na Prática

Quando o assunto é competição, a atmosfera é ímpar. Mogi das Cruzes foi a sede dos jogos esse ano e durante a viagem eu só pensava nas partidas, embora não fizesse a menor ideia do que estava por vir. 

Ao longo do aquecimento, a ficha começou a cair e então adentrei, de fato, no ambiente do campeonato. O frio na barriga cresce. Ao sinal do árbitro para que seja iniciada a primeira parcial (como o set do vôlei), passa o famoso filme na cabeça. O jogo é rápido. O arremesso ofensivo precisa ser uma boa estratégia de defesa. Logo, quem errar menos vence.

Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece, não é? Assim foi a tão aguardada estreia. Enfrentei uma paratleta chamada Luísa, que tal como eu, estava se acostumando com a nova realidade. 

Iniciei a partida, jogando a bola alvo. Já na jogada seguinte, me aproximei da conhecida bola branca e, a partir daí, peguei confiança no jogo. Saí vitorioso por 8 a 0. Ao final da fase de grupos, avancei em primeiro lugar às oitavas. Porém, parei por aí. Fui derrotado por aquele que seria o Campeão Paulista da Segunda Divisão 2019, Juan.

Foto Murilo, paralisia cerebral, jogando bocha - O Início
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Em uma foto de foto de perfil, Murilo está sentado na cadeira de rodas. Em uma quadra de esportes, ele está descalço, de bermuda e camiseta escura, segurando uma bola com a mão direita, que está levantada, para realizar um arremesso. Fim da descrição | Foto: Acervo/Murilo P. dos Santos

O Início... Um Aprendizado

Tudo isso modificou profundamente a minha visão sobre o universo paradesportivo. Uma prova dessa nova forma de pensar é a diferença de abordagem da atual edição para outra passada em que também retratei o esporte adaptado, contudo sem vivência nenhuma em competições. 

Apesar da contextualização já feita aqui neste texto, o paralímpico vai além das modalidades. Na bocha nós, paratletas, levamos as dificuldades alheias como aprendizados. Mas, mais do que isso, a relação com os auxiliares, que muitas vezes são familiares dos competidores, traz uma confiança extra nos momentos dos arremessos. Certamente, essa é a grande marca do jogo.

Nem sempre nossas percepções são reflexos do cotidiano. O paradesporto, além de ser um grande sonho, é uma das grandes lições que já tive na minha vida. Às vezes, o destino da gente passa pelos pontos mais improváveis. Cabe a nós ter a paciência de entendê-lo e viver intensamente cada segundo que ele proporciona.

Murilo Pereira

Murilo Pereira

Cursando a faculdade de Jornalismo, Murilo Pereira dos Santos é Paratleta pela categoria BC1 de Bocha Paralímpica Ituana. Ele administra, nas redes sociais, as páginas "Vem Comigo" e "Sem Barreiras", este último oriundo do seu blog que dá nome a coluna aqui no site Jornalista Inclusivo, sobre paradesporto e outras questões.

Fonte  https://jornalistainclusivo.com/o-inicio/

Postado por Antônio Brito 

Aliança Global aposta em informação e experiências para atletas

Movimento muda de nome a pedido do COB e COI e vai discutir 

Atuar fora da caixa, este é o objetivo de Kelly Muller, fundadora da Aliança Global, projeto recém-lançado como Olympic Global Alliance e que acaba de mudar para Organization Global Alliance (OGA) a pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa de questões de direito ligados ao nome olímpico. Aos 39 anos, e com 27 dedicados ao basquete, a ex-jogadora viveu em nove diferentes países. A partir da experiência internacional e das conexões realizadas pelo mundo, ela defende políticas públicas para o setor e afirma que o atleta precisa ser politizado para gerenciar a própria carreira.

“Saí de São Paulo aos 13 e fui morar em Sorocaba para jogar basquete. O esporte me levou a muitos lugares (Colômbia, Equador, Itália, Letônia, etc). Mas falta profissionalismo. Minha modalidade, por exemplo, só tem este prestígio nos Estados Unidos e na França. Em Cuba e na Turquia também há uma valorização maior aos esportistas dentro da sociedade”, diz a ex-jogadora.

A veterana afirma que ainda tem proposta para continuar a jogar, mas está concentra na OGA em busca de visibilidade e mais elos para uma corrente que tem o objetivo de massificar o esporte na cultura brasileira. “Ele é uma indústria e não pode ser esquecido. Hoje, no Brasil, lembram apenas do futebol. Não acredito em lideranças isoladas e temos diferentes núcleos pensando em diferentes áreas. Nossas redes sociais já estão aí e o nosso site, que está em construção, vai ter uma aba para que as pessoas possam se associar conosco”, declara.

Sobre o início da OGA, lançada no Dia Olímpico (23 de junho), Kelly elenca reuniões longas, com pautas abertas e troca de ideias. “São vários barquinhos que já estão no mar”, explica, destacando que vão elaborar um plano educacional para os atletas e trazer muita informação para o meio como metas iniciais.

Na próxima sexta (3), pelos perfis da OGA no Instagram e no Twitter, a partir das 16h, será discutido o racismo estrutural com Sandro Viana (ex-velocista e medalha de bronze dos Jogos de 2008, em Pequim), Mafoane Odara (gerente de combate às violências contra as Mulheres do Instituto Avon) e Iziane Marques (jogadora de basquete e membro da Comissão de Atletas do COB). Outra live também está programada para a próxima terça (7) com o velejador Lars Grael e Fabiola Molina sobre trajetória e política.

Edição: Fábio Lisboa

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-07/alianca-global-aposta-em-informacao-e-experiencias-para-atletas

Postado por Antônio Brito 

Hoje é o último dia para pedir o auxílio emergencial

Prazo para novos cadastros termina nesta quinta às 23h59


Para quem ainda não se cadastrou a fim de receber o auxílio emergencial de R$ 600, o prazo termina nesta quinta-feira (2), às 23h59, informou a Caixa Econômica Federal. O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Inicialmente proposto para vigorar por três meses, com o pagamento de três parcelas de R$ 600, o benefício foi prorrogado por mais dois meses, com o pagamento de mais duas parcelas. Pelas regras, até duas pessoas da mesma família podem receber o auxílio. Para as famílias em que a mulher seja a única responsável pelas despesas da casa, o valor pago mensalmente é de R$ 1.200.

Quem pode se cadastrar?

A Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio emergencial, foi aprovada pelo Congresso Nacional em abril e definiu os critérios para ser incluído no programa. Para ter acesso ao benefício, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:

- Ser maior de 18 anos de idade ou ser mãe adolescente

- Não ter emprego formal

- Não ser agente público, inclusive temporário, nem exercer mandato eletivo

- Não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família

- Ter renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00)

- Não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70

- Estar desempregado ou exercer atividades na condição de microempreendedor individual (MEI), ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Como se cadastrar

Quem estava no Cadastro Único até o dia 20 de março e que atende às regras do programa, recebe os pagamentos sem precisar se cadastrar no site da Caixa. Quem tem o Bolsa Família pode receber o auxílio emergencial, desde que ele seja mais vantajoso. Nesse período, o Bolsa Família de quem recebe o auxílio fica suspenso.

As pessoas que não estão inscritas no Bolsa Família nem no CadÚnico e preenchem os requisitos do programa podem se cadastrar no site auxilio.caixa.gov.br ou pelo APP CAIXA | Auxílio Emergencial, disponível nas lojas de aplicativos. Depois de fazer o cadastro, a pessoa pode acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou aplicativo.

O Ministério da Cidadania informou, na semana passada, que já recebeu mais de 124 milhões de solicitações do auxílio emergencial, sendo que cerca de 65 milhões foram considerados elegíveis e 41,59 milhões foram apontados como inelegíveis, por não atenderem aos critérios do programa. Existem ainda quase 17 milhões de inscrições classificadas de inconclusivas - quando faltam informações para o processamento integral do pedido. Quem estiver nessa situação deve refazer o cadastro por meio do site ou aplicativo do programa.

Mais informações sobre o auxílio emergencial também podem ser obtidas na página do Ministério da Cidadania na internet.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/hoje-e-o-ultimo-dia-para-pedir-o-auxilio-emergencial

Postado por Antônio Brito 

Ministério Público do DF deflagra Operação Falso Negativo

Objetivo é apurar ilegalidades na compras de testes de covid-19

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Justiça Criminal de Brasília deflagraram hoje (2) a Operação Falso Negativo, com o objetivo de apurar supostas ilegalidades em contratações de testes para a detecção de covid-19 em oito unidades federativas.

De acordo com o MPDFT, as suspeitas são de que, por meio da dispensa de licitações devido à situação emergencial decorrente da pandemia, mais de R$ 30 milhões tenham sido desviados em superfaturamento de contratos para aquisição de testes destinados à detecção da doença.

Segundo os investigadores, a soma do valor das dispensas de licitação sob investigação supera R$ 73 milhões. O processo corre em sigilo.

Setenta e quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT em São Paulo, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, na Bahia, em Goiás, Santa Catarina e no Paraná, além do Distrito Federal.

Os suspeitos podem responder por crimes de fraude em licitação, formação de cartel, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

Contactado pela Agência Brasil, o governo do Distrito Federal (GDF) informou que “todos os testes comprados, recebidos por meio de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde, têm o certificado da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e, portanto, foram testados e aprovados pelo órgão federal”.

Com relação aos preços praticados, o GDF informa que eles representam os valores do mercado e que as compras foram feitas “avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas”.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/ministerio-publico-do-df-deflagra-operacao-falso-negativo

Postado por Antônio Brito