24/01/2021

Moda inclusiva: dos uniformes paralímpicos às roupas adaptadas para pessoas com nanismo

O conceito da moda inclusiva vem ganhando força no Brasil nos últimos anos. Sua proposta é incluir a diversidade de corpos que a indústria hoje não contempla. Sabemos dos rígidos padrões da moda tradicional (que vem sendo questionada e desconstruída), na qual apenas um tipo bem específico de corpo é olhado e valorizado: pessoas magras, altas e sem deficiência. Na prática, funciona quase como a antítese de uma proposta inclusiva. É altamente exclusiva.

O que se busca através da moda inclusiva é a representatividade, da criação às vendas, do maior número de corpos possível, inclusive os das pessoas com deficiência. Afinal, estamos diante de uma expressiva parcela da população brasileira que possui algum tipo de deficiência. Como não ter roupas pensadas e confeccionadas para um quarto da população?

Felizmente, esse cenário está mudando! Há vários coletivos, comunidades, influenciadores que estão impulsionando o mercado brasileiro sentido a uma moda mais inclusiva. Também temos o caso do próprio Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que lançou sua própria linha inclusiva de uniformes em 2019, na ocasião dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

Para este artigo, convidamos duas pessoas que estão fazendo a diferença para a moda inclusiva no Brasil: a influenciadora digital e modelo com nanismo, Rebeca Costa, do perfil Look Little, e Thaysa Torres, designer do CPB e responsável por liderar o projeto dos uniformes paralímpicos, para compartilharem suas experiências com o mercado.

Crédito: acervo pessoal –  Descrição da imagem: Rebeca está em frente a uma parede de pedras retangulares, ela é uma mulher de pele branca, cabelos castanhos ondulados compridos. Usa uma camisa marrom com listras em laranja e rosa.

 

O nanismo é um detalhe 
Essa é a frase de apresentação de Rebeca, que criou sua própria empresa de moda adaptada, iniciativa que vem ganhando cada vez mais visibilidade no mercado brasileiro. Look Little, nome da sua página, está presente nas principais plataformas online, Instagram, Youtube e Facebook, com dicas de moda e beleza, principalmente, para seguidores com nanismo, que se identificam com Rebeca.

Ela explica a importância de ter uma iniciativa voltada para esse público. “A moda inclusiva abrange todos os corpos. É bem diversa. Ela atende cada corpo conforme ele necessita. Você dá liberdade para a pessoa ter acesso. Eu acho que a moda hoje em dia, ainda não é inclusiva. Ela é bem exclusiva. Mesmo no meio tido como inclusivo, acaba que abrange só alguns tipos de corpos diferentes.”

Liberdade de escolha

Poder escolher uma roupa porque você gostou da peça e não porque é a única opção disponível parece algo tão natural hoje em dia, mas para pessoas com deficiência isso é ainda uma novidade. Se vestir bem é algo que está intimamente ligado à autoestima. Para muito além da moda, é para isso também que nasceu a Look Little.

“A ação que eu costumo fazer é: como não existe acesso a essas roupas adaptadas para pessoas com nanismo, eu costumo adaptar e mostrar a minha realidade para outras meninas com a mesma condição. Então eu costumo compartilhar lojas. Compartilhar coisas que faço de adaptação, sem que eu precise costurar ou sair da realidade da roupa.”

A moda inclusiva não se resume apenas em criar e costurar peças de roupa adaptadas. A inclusão precisa se fazer presente na comunicação também, no acesso e, sobretudo, na representatividade. Talvez esteja na comunicação simples e direta com o público, a chave para conciliar teoria e prática. Não faltam estudos sobre os impactos positivos da inclusão e acessibilidade na comunicação. A questão é como fazer isso se tornar uma realidade no mercado.

“Eu acho que o estudo e o conhecimento são a base de tudo. E a prática também. Eu vejo um grupo muito interessado em somar, em alavancar a moda inclusiva. No meio teórico. Mas na prática, a gente não assiste muito isso. A gente não tem esse acesso. Penso que o que falta muito é colocar o conhecimento em prática”, explica Rebeca.

Inovação na prática: uniformes do CPB

Sem dúvida, particularmente nesse segmento, a teoria só tem razão de ser quando aliada à prática. Isto é, quando gera impacto real na vida das pessoas. Com certeza ainda há muito a ser feito nesse sentido, mas já podemos celebrar essas conquistas mais recentes! A moda inclusiva tem ganhado espaço e alcançado mais pessoas, seja nas prateleiras e vitrines, na comunicação direta e empática, ou em ambientes onde o que se busca é a excelência técnica e alta performance, como é o caso dos esportes paralímpicos.

Pensando na performance dos atletas que se preparam para Tóquio 2020, Thaysa Torres, líder do time de design do CPB, busca integrar aos uniformes as tendências de moda mais atualizadas, assim como, tecnologia de tecidos e engenharia na construção de modelagens. A designer relata a importância de utilizar de forma criativa elementos que já são utilizados na industrialização das roupas, mas com funcionalidade inovadora para atender as demandas dos atletas. Para Thaysa, tão importante quanto o uniforme promover o melhor rendimento possível, é que também promova o bem-estar e autoestima dos atletas.

“Essa moda pode ser mais inclusiva quando mantém como seu principal objetivo oferecer moda up-to-date, bem-estar para as pessoas com deficiência, pois elas também querem andar na moda e se sentir bem com as roupas que vestem.”

Ela nos conta que as modelagens dos produtos foram criadas com engenharia de construção para que atendessem os atletas de forma funcional sem deixar de ser elegante e natural, ou seja, todos podem usar esses produtos independente de ter uma deficiência ou não.

A principal finalidade de quem faz moda inclusiva é oferecer roupas confortáveis, simples e práticas para as pessoas com deficiência. Ou seja, com a intenção de facilitar o ato de se vestir, mas sem deixar de lado os designs modernos, tecnológicos e inovadores que, afinal de contas, todos nós procuramos ao vestir uma roupa.

Contemplar tantos requisitos e exigências em uma peça de roupa é com certeza um desafio e tanto. São muitos detalhes para levar em consideração. E cada um deles pede uma inovação: todos os uniformes da linha passeio do CPB, por exemplo, possuem uma etiqueta interna em braille, para que os atletas com deficiência visual identifiquem as cores do produto.

Os zíperes dos uniformes passaram por adaptações e assumiram funcionalidades diferentes, principalmente as calças para os atletas que usam próteses. “Utilizamos de modo geral nos zíperes, puxadores ergonômicos, para que os atletas, independente da deficiência, utilizassem de forma fácil”, explica Thaysa.

São inúmeras as inovações, assim como os lugares de onde vêm as inspirações. É preciso bastante criatividade, mas também um conhecimento técnico rigoroso para dar conta de atender bem cada singularidade.

“Usamos tecnologia de construção em algumas modelagens de produtos para garantir a funcionalidade da peça na prática esportiva, um bom exemplo disso é a legging com pé, que garante conforto e segurança nos movimentos durante o exercício.”

Para cada um, de acordo com sua necessidade

Outra função da moda inclusiva é a busca pela criação de roupas que atendam às necessidades diversas das pessoas com deficiência, ou seja, aplicando o Design Inclusivo. Um conjunto de conceitos que propõem que todos produtos e serviços sejam projetados de forma a promover o acesso para o maior número de usuários possível. Os produtos são desenvolvidos visando atender de forma equânime a toda a diversidade humana.

O trabalho de aplicar os diferentes tipos de necessidades em um único design é um dos grandes desafios da moda inclusiva. E muitas vezes ele é superado! Mas quando se trata de diferenças mais específicas é preciso um olhar mais atento às características de cada indivíduo ou grupo. Cada um deve receber o que precisa, de acordo com sua necessidade própria e singular. Os corpos são diferentes entre si e devem ser atendidos de maneira diversa, respeitando as necessidades ao mesmo tempo, promovendo o melhor desempenho.

Para que isso ocorra, Thaysa explica que “além de todas as tecnologias têxteis que utilizamos, tivemos que usar tecidos adequados para cada tipo de modalidade esportiva garantindo conforto e funcionalidade, podemos citar como exemplo as bermudas para cadeirantes que não derrapam nas cadeiras de rodas.

Fonte  https://revistareacao.com.br/moda-inclusiva-dos-uniformes-paralimpicos-as-roupas-adaptadas-para-pessoas-com-nanismo/?amp=1

 Postado por Antônio Brito 

Semana dos Direitos para PcD: Aulas gratuitas

Descrição da imagem #PraCegoVer: Arte em fundo roxo com fonte laranja e o título: Semana dos Direitos para PcD”. Na mesma cor, em cima do título está o pictograma de uma pessoa em cadeira de rodas com os braços abertos segurando um coração. Logo abaixo, com fonte branca, o Instagram @leisparapcd. No canto esquerdo da imagem, em contorno laranja, está a foto da advogada Dra. Priscilla Machado. Uma mulher branca, com cabelos longos castanhos claros. Está sorrindo, maquiada, e usa blusa preta com os ombros a mostra. Créditos: Divulgação

Priscilla Machado oferece “uma jornada de conhecimento baseada em leis que visam transformar seu dia a dia com praticidade e objetividade” na Semana dos Direitos para PcD

Você conhece seus direitos enquanto pessoa com deficiência? Sabe onde, quando e como cobrar, ou denunciar a negativa dos direitos à acessibilidade, saúde e outras áreas? É pensando nesse público, que a advogada Priscilla Machado realizará a Semana dos Direitos para PcD.

Escritora, professora de Direito, com mestrado, doutorado e pós-doutorado, a Dra. Priscilla oferece “uma jornada de conhecimento baseada em leis que visam transformar seu dia a dia com praticidade e objetividade”. Evento on-line e gratuito, acontece na primeira semana de fevereiro, com lives transmitidas no Instagram @leisparapcd .

“É necessário que as pessoas com deficiência tenham conhecimento sobre os direitos que possuem para que assim possam usufruir destes direitos”, informa a advogada. “Diante dessa necessidade de difundir o conhecimento para todas as pessoas com deficiência, estamos com as inscrições abertas para a Semana dos Direitos para PcD”, finaliza. 

As lives serão realizadas do dia 02 a 07 de fevereiro de 2021, às 20 horas. Será composta por aulas explicando sobre a legislação aplicável às pessoas com deficiência, os direitos e benefícios que possuem e como usufruir deles, tudo isso de forma simples e prática.

Para para participar é necessário acessar o site de inscrição, clicando na imagem abaixo ou pelo link: https://leisparapcd.com.br/bio/

Inscreva se Semana dos Direitos para PcD Jornalista Inclusivo
Descrição da imagem #PraCegoVer: Imagem em fundo branco com a foto da advogada dentro de um círculo, e logo abaixo o título na cor laranja: Leis para PcD, na cor roxa o subtítulo: Por Priscilla Machado. Abaixo, dentro de um retângulo roxo está escrito com fonte laranja: Clique AQUI e inscreva-se gratuitamente para assistir às aulas da Semana dos DIREITOS para PcD. Mais abaixo há duas opções para acessar uma Pesquisa para PcD, e o Instagram. Créditos: Reprodução

Do Rio de Janeiro (RJ), Priscilla Machado tem Bacharelado em Direito, Mestrado em Direito, Doutorado em Ciências Jurídicas e Pós-Doutorado em Constituição e Direito Civil no ordenamento Europeu e Latino-americano. 

Em 2017, lançou o seu primeiro livro sobre Direito Religioso, chamado “O Estado Diante da Fé: A Religião e o Direito”. Nele, a advogada aborda os conflitos que envolvem as crenças e religiões, trazendo o posicionamento jurídico com base na legislação vigente e na jurisprudência. 

Mais recentemente, em 2020, lançou “Direitos e Benefícios para Pessoas com Deficiência”, livro que explica a legislação aplicável às pessoas com deficiência, trazendo o embasamento jurídico na legislação pátria, tratados internacionais e jurisprudência. 

Priscilla é responsável pelo conteúdo das páginas @leisparapcd, no Instagram e Facebook, onde ensina sobre o tema, de forma simples e clara. Além de ministrar cursos, leciona há cerca de uma década em matérias relacionadas ao Direito, como Direito Constitucional e Direito Penal.

Para conferir seus livros, cursos e novidades, acesse o link: https://apptuts.bio/drapriscillamachado

Mais informações nas páginas:

Fonte   https://jornalistainclusivo.com/semana-dos-direitos-para-pcd/

Postado por Antônio Brito 

23/01/2021

Apaes tem até 1º de março para apresentar projetos ao PRONAS

Foi publicada, no último dia 13, pelo Ministério da Saúde, portaria que autoriza o início do prazo para apresentação de projetos, de exercício em 2021, de instituições interessadas em participar da seleção do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD).

As iniciativas deverão ser protocoladas até o dia 1º de março, 45 (quarenta e cinco) dias após a data de publicação da Portaria, na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.

O Programa tem como finalidade captar e canalizar recursos destinados a estimular e desenvolver ações de promoção à saúde e de reabilitação/habilitação às pessoas com deficiência.

Quem pode se credenciar

Instituições de direito privado, sem fins lucrativos, destinadas ao tratamento de pessoas com deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais, múltiplas, pessoas com ostomia e com transtorno do espectro do autismo (TEA).

Consideram-se instituições de promoção à saúde e de reabilitação/habilitação da pessoa com deficiência, as pessoas jurídicas de direito privado, associativas ou fundacionais, sem fins lucrativos:

I – Certificadas como Entidades Beneficentes de Assistência Social, na forma da Lei nº 12.101/2009;

II – Qualificadas como OS, na forma da Lei nº 9.637/1998;

III – Qualificadas como OSCIP, na forma da Lei nº 9.790/1999;

IV – Que prestem atendimento direto e gratuito às pessoas com deficiência e que sejam cadastradas no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) no Ministério da Saúde.

Para apresentação de projetos no âmbito do PRONAS/PCD, as Apaes deverão ser previamente credenciadas junto ao Ministério da Saúde, mediante requerimento específico para cada um dos programas, conforme modelos constantes dos Anexos 1 e 2 do Anexo LXXXVI, da Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017.

Acesse a portaria na íntegra: https://bit.ly/3qzVmJH

Fonte: https://revistareacao.com.br/apaes-tem-ate-1o-de-marco-para-apresentar-projetos-ao-pronas/?amp=1

Postado por Antônio Brito 

Atleta do tiro esportivo muda rotina e faz semana de treino no Rio para focar medalha em Tóquio

Alexandre Galgani treina no Centro Nacional de Tiro Esportivo, no Rio de Janeiro, com foco nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

O único atleta do tiro esportivo já com vaga assegurada nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Alexandre Galgani, está no Rio de Janeiro para uma semana de treinamentos no Centro Nacional de Tiro Esportivo. O período visa a mudança de rotina como preparação para a competição na capital japonesa marcada para agosto deste ano.  

Desde a segunda-feira, 18, Galgani e seu assistente de competição, Edson Kleber, treinam sob a supervisão do técnico da Seleção Brasileira, James Walter, nas instalações utilizadas nos Jogos Rio 2016. Ao todo, serão realizadas duas sessões de treinos por dia, com cerca de 3h30 cada. Os treinamentos continuam até este sábado, 23. 

“A ideia era tirar o Galgani de casa, retirá-lo da zona de conforto. Ficar no mesmo ambiente faz com que o atleta fique sem ritmo para competir. Estamos planejando e verificando a possibilidade de realizarmos outras semanas como essa nos próximos meses para prepará-lo para Tóquio, seguindo todos os protocolos sanitários”, explicou James.   

Como parte dos protocolos contra o Covid-19, Galgani realiza os treinamentos sem a presença de outros atletas no stand, apenas o técnico e o assistente permanecem no local. 

“Aqui é muito diferente do meu stand. Estou há um ano e quatro meses praticamente só treinando em casa, precisava sair do comodismo. Estava sentindo falta de uma logística diferente. O ambiente é o mesmo que teria em uma competição, mesmo estando sozinho, e isso faz muita diferença. No primeiro dia, os tiros saíram diferentes, a pontuação ficou diferente da que estava fazendo em casa, agora já recuperei”, contou o atleta que reside em Sumaré (SP) e possui um stand de tiro em casa.   

O paulista conquistou a vaga para os Jogos em fevereiro de 2019 após uma prata na prova R5 – carabina de ar 10m deitado SH2 na etapa de Al Ain da Copa Mundo de Tiro Esportivo, nos Emirados Árabes Unidos.  

Aos 18 anos, o atleta ficou paraplégico após bater a cabeça no fundo de uma piscina. Ele conheceu o tiro esportivo paralímpico em 2013 e, atualmente, é um dos destaques da modalidade no país.  

Time São Paulo 
O atleta Alexandre Galgani é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 61 atletas e dois atletas-guia de 11 modalidades.  

Patrocínio 
O tiro esportivo tem patrocínio das Loterias Caixa.  

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3164/atleta-do-tiro-esportivo-muda-rotina-e-faz-semana-de-treino-no-rio-para-focar-medalha-em-toquio

Postado por Antônio Brito 

Confederação Brasileira de Tiro com Arco tem nova diretoria para ciclo 2021-2025

Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

A Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco) realizou na última semana, no Rio de Janeiro, a cerimônia de posse de João Cruz como presidente da entidade para o ciclo 2021-2025. O vice-presidente será Alberto César dos Santos Moreira, que também atuará como diretor da modalidade paralímpica. 

João, de 52 anos, era presidente da Federação de Tiro com Arco do Rio de Janeiro e trabalhou na coordenação de projetos esportivos no município de Maricá (RJ) por mais de seis anos. Esta será a primeira vez que assumirá a presidência da CBTArco. Já Alberto Moreira foi presidente da Federação de Tiro com Arco de Alagoas.

“O mais importante é fazermos o que uma confederação tem de fazer: valorizar o atleta. As confederações existem por causa dos atletas olímpicos e paralímpicos. E não o contrário. Então, a nossa ótica principal é colocar o atleta em primeiro plano durante a nossa gestão”, afirmou João Cruz. 

“Temos um apreço muito grande pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e agradecemos publicamente por todo o trabalho que o CPB tem feito para a nossa modalidade paralímpica. Fico até emocionado em falar sobre a importância do suporte que o Comitê oferece aos atletas do tiro com arco”, completou.

Tiro com arco é uma das 14 modalidades em que o Brasil já possui vaga garantida para os Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 
 
Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3165/confederacao-brasileira-de-tiro-com-arco-tem-nova-diretoria-para-ciclo-2021-2025

Postado por Antônio Brito 

Focada em medalha nos Jogos de Tóquio, Seleção Brasileira de vôlei sentado retoma treinos em Sergipe

A Seleção masculina de vôlei sentado conquistou a vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio ao faturar a medalha de ouro no Parapan de Lima em 2019. Foto: Washington Alves/EXEMPLUS/CPB

A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado realiza nesta semana a primeira fase de treinamentos em Sergipe. A equipe, que já possui vaga garantida para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto, retorna às quadras para treino coletivo após dez meses distante devido à pandemia do Covid-19.  

Os treinos são divididos em parte física na academia e treinos coletivos na quadra do Colégio Master, em Aracaju. Reunidos desde o último domingo, 17, os atletas da equipe masculina treinam até este sábado, 23. Ao todo, 15 atletas foram convocados, sendo dois pela primeira vez.  

“Nossa grande preocupação é não saturar os atletas. Todos estavam fazendo atividades em casa e alguns clubes já conseguiram retomar os treinos e isso também nos ajudou. A gente precisa dar entrosamento, mas a fase de treinamentos está sendo ótima. Os atletas responderam super bem, todos estão se dedicando bastante. Precisamos trabalhar muito sério para alcançar nosso objetivo, uma medalha em Tóquio”, explicou o técnico da Seleção masculina, Célio Mediato.  

Para atingir o melhor nível técnico, tático, físico e mental, a Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) montou um cronograma de atividades de 17 a 23 de janeiro, com o time masculino, e de 24 a 30 com a equipe feminina, atual medalhista de bronze no Rio 2016, ambas com vaga para os Jogos na capital japonesa.

As vagas para os Jogos de Tóquio foram conquistadas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. Na ocasião, a equipe masculina faturou a medalha de outro e a feminina a prata.  

Patrocínio 
O vôlei sentado tem patrocínio das Loterias Caixa.  

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3166/focada-em-medalha-nos-jogos-de-toquio-selecao-brasileira-de-volei-sentado-retoma-treinos-em-sergipe

Postado por Antônio Brito 

22/01/2021

Software terapêutico que ajuda no tratamento do autismo é apresentado no MCTI

Foto: Leonardo Marques - ASCOM/MCT

Astartup que criou um premiado aplicativo voltado a pessoas com autismo realizou nesta terça-feira (19) uma apresentação de sua plataforma no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O app Jade Autism usa jogos cognitivos para promover o desenvolvimento de pessoas com autismo, principalmente crianças, ao mesmo tempo em que coleta dados de utilização do usuário que são compartilhados de forma segura com profissionais de saúde e educação responsáveis por seu tratamento.

O empresário foi recebido pelo ministro do MCTI, Marcos Pontes, e teve a oportunidade de conhecer a iniciativa, ao lado do secretário de Empreendedorismo e Inovação, Paulo Alvim, e outros membros da equipe do ministério.“O mundo das startups brasileiras tem muitos casos de sucesso”, disse o secretário. “Este é um exemplo de ciência e tecnologia para a transformação – um exemplo a ser seguido”.

A startup fundada por Ronaldo Cohin, teve como inspiração seu próprio filho para o desenvolvimento do aplicativo. O software já está no mercado há 3 anos e está disponível em 4 línguas, em 149 países e com mais de 80 mil usuários. Em dezembro, ganhou o prêmio da GITEX Future Stars, em Dubai. De acordo com o empresário, as pessoas com autismo, sofrem bastante preconceito e são muitas vezes estigmatizadas. Mas que com o tratamento adequado, tem um enorme potencial.

“Autistas são indivíduos únicos e singulares, não podemos dizer que todos vão se desenvolver da mesma forma. Mas muitos conseguem ter rendimentos extraordinários. Em casos específicos, até mesmo acima da média de pessoas neurotípicas”, afirma. Segundo ele, isso não é só nas ciências – o hiperfoco é uma característica do espectro. Hoje, empresas abrem processos exclusivos para dar oportunidade e buscar por profissionais autistas devido à está característica. “Então, se trabalhado e direcionado da forma certa, essas pessoas podem fazer trabalhos incríveis. Exemplos disso são Einstein e Newton, que mudaram o mundo e eram autistas”, lembra.

O aplicativo foi desenvolvido com especialistas da área e utiliza técnicas de aprendizagem por tentativas discretas, uma metodologia aplicada há mais de 40 anos e validada por cientistas. A metodologia ajuda o usuário em sua socialização e desenvolvimento pessoal. No jogo também existem algoritmos de leitura comportamental que coletam dados da criança, como suas reações durante o jogo e sua evolução em determinadas áreas.

A empresa tem como seus clientes e parceiros instituições especializadas para o tratamento de pessoas com autismo, como Associação de Pais e Amigos Dos Excepcionais (APAEs) de diversos estados, como Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. Fora do Brasil, a startup trabalha junto ao sistema de sáude pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) para a implementação do software no país. De acordo com o empresário, o uso de uma ferramenta como essa em larga escala, como nesse caso, pode trazer grandes benefícios.

“Com esses dados para apoiar a tomada de decisão, temos uma resposta e acompanhamento mais rápido, personalizado e direcionado para a necessidade de cada paciente”, diz Ronaldo. “Isso significa um tratamento mais ágil e eficaz, o que o torna mais adequado para essas crianças, ajudando a desafogar os profissionais e o sistema de saúde pública”. Além disso, os familiares dos pacientes seriam diretamente beneficiados. “Com uma evolução mais rápida, você diminui a frustração da família na espera de resultados ao longo de um ou dois anos, que muitas vezes acabam retirando a criança de um tratamento de forma precoce.”

Fonte  https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2021/01/software-terapeutico-que-ajuda-no-tratamento-do-autismo-e-apresentado-no-mcti

Postado por Antônio Brito 

Campeão mundial de natação paralímpica treina de olho em recorde nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

O atleta de natação paralímpica, Wendell Belarmino, vencedor dos 50m livre na classe S11 no último campeonato mundial, realizado em 2019 em Londres, utiliza o parque aquático do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília (CPMB) para se preparar para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que serão realizados de 24 de agosto a 5 de setembro. Wendell é um nome a ser batido e nadará para derrubar o recorde mundial dos 50m livres, registrado em 25 segundos e 33 milésimos. Patrocinado pelo Mackenzie, o desportista é o primeiro nadador paralímpico brasiliense consagrado campeão mundial e o primeiro brasiliense a vestir a touca da seleção brasileira de natação paralímpica.
“Em Tóquio, o melhor dos mundos seria bater o recorde mundial. Estou a 92 centésimos e a minha meta é pelo menos me aproximar da marca, que foi atingida pelo chinês Yang Bozu, nos Jogos de Londres, em 2012. Meus principais oponentes serão os atletas russos e os chineses, mas eu nadarei pelo recorde”, explica Wendell.
O Mackenzie, que tem tradição em incentivar o esporte, apoia o atleta desde o início de 2020. Em agosto do ano passado, decidiu mergulhar junto com o nadador em busca do ouro paralímpico e do recorde mundial. Wendell tem se dedicado por pelo menos três horas em treinos dentro e fora da água, todos os dias da semana. A rotina tem sido intensa. “O Mackenzie acreditou em mim, no meu potencial e me ofereceu uma estrutura sensacional. A piscina é excelente. Aqui tenho tudo o que preciso para treinar”, elogiou.
Wendell nada desde os cinco anos de idade, mas só encontrou incentivo para se tornar um atleta profissional do esporte quase uma década depois, mesmo com todo o potencial apresentado por ele ao longo da vida. “A Natação está na minha vida há muito tempo. Comecei aos cinco anos para o desenvolvimento respiratório e motor. Aos 12, retornei para as águas tentando fugir do ócio e tomei gosto, mas o lugar onde eu treinava não me apoiava competitivamente. Eu insisti, participei de um torneio, fui encontrado pela Federação Paralímpica de Natação – que me convidou para outra competição – e conheci o Marcão”, complementou Wendell.
O técnico Marcos Lima Espírito Santo, o Marcão, acompanha o nadador desde 2015, auxiliando-o na conquista de diversas medalhas e também a chegar ao topo do planeta entre os competidores da classe S11 – a classe voltada para deficientes visuais com maior comprometimento. O Brasil é uma potência paralímpica e, por isso, é possível encontrar atletas de alto nível em todas as regiões do país. Alguns moram em São Paulo e treinam diariamente no Centro de Treinamento Paralímpico, onde também é a sede administrativa do Comitê Paralímpico Brasileiros desde 2017. Outros, como Wendell Belarmino, com boas condições de treinamento, conseguem manter uma rotina em suas cidades e vão à capital paulista periodicamente para as fases de treinamento.Em 2019, nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, Wendell apareceu para o mundo com quatro medalhas de ouro, nos 200m medley, nos 50m livre, nos 100m livre e nos 100m borboleta, além de duas pratas nos 400m livre nos 100m peito. No Mundial, disputado no mesmo ano, além da medalha de ouro nos 50m livre, também chegou à prata nos 4x100m livre e ao bronze nos 100m livre. Em 2020, a pandemia cancelou não só os campeonatos e compromissos internacionais de Wendell, adiando inclusive o sonho do ouro paralímpico, como também interrompeu os treinamentos.

“Com a pandemia do coronavírus, ficamos sem lugar para treinar porque todas as piscinas estavam fechadas. Em junho, a convite do Comitê Paralímpico, passamos quase dois meses em São Paulo, onde encontramos um espaço seguro para prosseguimento à preparação. Como o Wendell é patrocinado pelo Mackenzie, e mora na Capital Federal, fizemos um contato com o professor Walter Eustáquio Ribeiro, diretor do CPMB, e com o professor Adaílton, coordenador de Esportes do Mackenzie Brasília, que nos receberam de braços abertos, imediatamente. Mais ou menos em julho, com a redução dos números de casos e a reabertura gradual dos espaços coletivos, eles também abriram o espaço para mais atletas com índice para chegar aos Jogos Paralímpicos”, comentou Marcos.

Um dos nadadores que acompanha Wendell nos treinos, e que também foi recebido pelo Mackenzie Brasília, é Élcio Cunha Pimenta Júnior, de apenas 17 anos, que trabalha para atingir o índice paralímpico e chegar a Tóquio, neste ano, também na categoria S11. A preparação inclui treinos dobrados e muita academia. “Meu objetivo é chegar a Tóquio, mas também liderar o próximo ciclo que será iniciado após as paralimpíadas deste ano”, pontuou o atleta, que já está de olho em Paris 2024.

Élcio também era amante das piscinas quando criança e descobriu a possibilidade de se tornar um atleta profissional inspirado em Wendell, que o convidou para treinamentos enquanto cursavam inglês juntos. “Quando eu descobri a possibilidade de uma pessoa cega competir na natação eu decidi que queria isso pra minha vida. E por isso eu me dedico ao máximo. O esporte mudou a minha vida”, completou.

Fonte  https://revistareacao.com.br/campeao-mundial-de-natacao-paralimpica-treina-de-olho-em-recorde-nos-jogos-paralimpicos-de-toquio/?amp=1

Postado por Antônio Brito 

Magalu lança atendimento em Libras

O Magalu, ecossistema de varejo multicanal, anuncia um novo canal de atendimento exclusivo em Libras. A iniciativa, em parceria com a startup Pessoalize, tem como objetivo facilitar o acesso à informação e atuar de forma resolutiva e direta com a comunidade surda que faz uso da Língua Brasileira de Sinais. A partir de agora, o consumidor poderá realizar atendimento pós-venda por videochamada, com uma equipe formada majoritariamente por surdos treinados exclusivamente para atender clientes em Libras. Em nota, a companhia afirma que será a primeira varejista a oferecer o serviço no país. 

“Este projeto está sendo muito importante. Nós surdos sofremos tantas barreiras por conta da acessibilidade, e agora ter essa oportunidade é um sentimento libertador, pois não precisaremos ficar dependendo de outras pessoas para resolver os nossos problemas. Agora, nós mesmos podemos resolver. Ter esse tipo de oportunidade de trabalho onde ouvintes e surdos trabalham em conjunto é gratificante, nos sentimos incluídos, compartilhando as mesmas coisas, aprendendo juntos. Isso sim é igualdade”, relata Nicolly Neves, surda e integrante da equipe do atendimento em Libras do Magalu.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o Brasil tem mais de 10 milhões de cidadãos com deficiência auditiva. O novo canal se sustenta em uma das missões do Magalu: a excelência em atendimento. “Oferecer este serviço em Libras é mais um passo da empresa para inclusão e acessibilidade. Queremos nos adaptar integralmente e sermos cada vez mais eficientes para todos os nossos clientes” afirma Ricardo Querino, gerente de Atendimento ao Cliente do Magalu. 

A Pessoalize, startup de atendimento digital, foi escolhida para fazer parte da construção do projeto, pois é especialista em experiência digital inclusiva. “Nossa missão é conectar marcas e pessoas de forma humanizada, integrativa e inteligente, reduzindo as barreiras digitais de comunicação. Em parceria com a comunidade surda, construímos uma solução resolutiva, tornando o atendimento acessível de verdade.” afirma Joseph Lee Kulmann, CEO da Pessoalize.

Alguns consumidores já utilizaram o canal com a opção de atendimento em Libras. É o caso de Cíntia Santos de Oliveira, de Fortaleza-CE, que experimentou o serviço no dia 5 de janeiro. “Eu me senti emocionada quando do outro lado da tela surgiu uma pessoa para se comunicar comigo em libras. Essa nova opção de atendimento do Magalu tem uma importância muito grande, afinal, quebra muitas barreiras e torna o atendimento mais acessível. A partir de agora eu não vou mais depender de familiares ou de amigos para interagir com a empresa. Sinto-me mais leve e segura”. 

O serviço já está disponível, basta entrar no site do Magalu, clicar em “Atendimento” e depois selecionar “Libras”. Lá, o cliente será direcionado para receber atendimento de um agente fluente em Libras. O horário de atendimento desse novo canal é de segunda à sexta-feira, das 9h às 18h, não sendo necessário o agendamento prévio. Além do atendimento em Libras, temos os canais de texto (chat, e-mail e redes sociais) para os surdos que preferem se comunicar por escrito em português. 

Fonte https://revistareacao.com.br/magalu-lanca-atendimento-em-libras/?amp=1

Postado por Antônio Brito 

21/01/2021

CONSELHO RECOMENDA QUE ALUNOS COM AUTISMO NÃO RETORNEM ÀS AULAS PRESENCIAIS NA PANDEMIA

O  Conselho Nacional de Educação recomendou que alunos com deficiência ou autismo não retornem às aulas presenciais enquanto vigorar a pandemia.

De acordo com um parecer de 7 de julho, a ida desses alunos só deverá ser feito no caso de decisão das equipes técnicas da escolas ou quando o risco de contaminação estiver em curva descendente.

O Conselho justifica a orientação afirmando que alunos com deficiência auditiva não podem usar máscara, já que usam as expressões para se comunicar, que estudantes com deficiência visual precisam de contato direto para locomoção e que alunos com autismo "têm dificuldades nas rotinas e de obediência de regras, tocam sempre olhos e boca, além de exigirem acompanhamentos nas atividades".

(Por Naomi Matsui)

Fonte  https://epoca.globo.com/guilherme-amado/conselho-recomenda-que-alunos-com-autismo-nao-retornem-as-aulas-presenciais-na-pandemia-24536115

Postado por Antônio Brito