12/03/2021

Raquel Banha: “As pessoas não têm de ignorar a deficiência”

Raquel Banha tem 24 anos e considera-se uma “Artivista”. Mulher de vários talentos, domina a arte da escrita no seu blog Chairleader e é mestre em Marketing Digital. Nasceu com uma doença neuromuscular rara e usa o blog para quebrar tabus e falar sobre a deficiência

Foto – Inês Oliveira

 

Li no teu blog, a certa altura, que “há 20 anos que namoras a tua varanda solarenga, local da casa onde te sentes mais viva e livre, e onde aprendes a viver através dos outros, das pessoas, dos animais, das plantas”. O que seria necessário para poderes sair da varanda e viver essa vida que tanto observas?

Há muitos factores, na verdade. Moro num prédio com 24 degraus, que não tem rampa, não tem elevador, não tem nada. E durante 18 anos, o meu pai, todos os dias, me transportava às cavalitas. Além de eu estar, obviamente, dependente dele, 56 anos já começam a pesar no corpo de um adulto. Então apareceu a Ana.

A Ana é a tua assistente pessoal.

Sim, comecei a ter assistência pessoal desde Outubro de 2019 e já desde essa altura que houve a necessidade de arranjar maneira de sair de casa, de forma, mais ou menos, autónoma. E em Maio de 2020, instalámos uma cadeira elevatória. Ainda não é ideal, por várias razões: esta cadeira de rodas (eléctrica) não vai a casa por exemplo.

Quanto é que pesa?

200 quilos.

Há ajudas do Estado para tudo isso?

Há algumas…esta cadeira foi o Estado que me deu, mas demorou três anos a chegar. É uma eternidade (sorri). Como estávamos numa situação complicada e urgente, pois o meu pai já estava mesmo muito mal das costas, tivemos de arranjar rapidamente a cadeira elevatória, e então fomos nós, do nosso bolso, que a pagamos. Agora estamos à espera da junta de freguesia. Disseram que como os degraus para entrar no prédio ainda estão na rua, poderiam fazer a obra sem cobrar nada. Portanto, para sair de casa, esta era a minha primeira barreira, a barreira arquitectónica, que é a mais óbvia. Depois há uma outra barreira, a barreira emocional. Eu agora, felizmente, com a Ana, supostamente já poderei fazer aquilo que quero. Mas estamos a falar de 23 anos. Foram 23 anos sem a oportunidade de fazer aquilo que eu queria, à minha maneira, no meu horário… E a nossa mente acaba por se moldar a essa realidade. E agora, tenho a oportunidade de sair, mas não sei o que é que vou fazer, não sei o que é que posso fazer, nem tão pouco tive oportunidade para construir um circulo social de amigos consistente para dizer “agora vou tomar um café com…” Não criei isso ao longo do meu desenvolvimento. E claro, tenho a consciência de que a minha personalidade também não ajuda. Às vezes acabo por ficar em casa, pois vou lá fora fazer o quê? Não sei. Há muita coisa que não conheço, não sei por onde começar… e isto depois é uma bola de neve. Costumo dizer que a independência é um músculo. E, no meu caso, foram 23 anos que estive sem utilizar esse músculo. É um processo lento e demorado.

E há o problema com que se deparam todas as pessoas que têm de se deslocar em cadeira de rodas eléctrica, que é a impossibilidade de entrar na maioria dos locais públicos, porque não têm acesso.

Pois, não entro.

Portanto aquela coisa de telefonar a alguém a dizer “vamos jantar não sei onde e depois vamos a uma discoteca” ou uma combinação de última hora, é uma coisa que não existe para ti. Tens de ter tudo programado, saber onde é que podes entrar e onde é que não podes entrar.

Lá está. É aí que entra o lado emocional. O trabalho de sair e planear tudo, com a grande possibilidade de chegar aos sítios e as coisas não correrem bem. Isso desmotiva-me imenso. Por isso é que digo que o lado emocional comanda tudo.

Compreendo.

Há aqui um degrau sim, mas o lado emocional é aquele que dita que vamos ter de arranjar uma solução, uma alternativa. E de facto a nossa vida tem de ser programada com muito tempo de antecedência. Tenho de telefonar primeiro, para saber se o sítio é acessível, depois as pessoas dizem-me que “ah, é acessível, sim”, chegas lá e não é acessível. Porquê? Porque as pessoas também não têm formação técnica para saber avaliar se aquele espaço é totalmente acessível ou não. Mesmo com a Ana ao meu lado é muito cansativo para mim…

Há um termo, que começa a ser usado quando se fala de discriminação e preconceito social contra pessoas com capacidades reduzidas – que é o “capacitismo”. Queres falar um pouco sobre isto? E já agora, gostava imenso que desenvolvesses a tua ideia de que (para ti) está ligado a uma “premissa de que assim que uma pessoa nasce e/ou fica com uma incapacidade é automaticamente um ser especial.”

Acho que é uma tendência natural da sociedade. Quando vês alguém diferente, começa a surgir uma variedade de suposições à volta dessa pessoa e nós baralhamos muito os termos “diferente” com “especial”. E não tem nada a ver uma coisa com a outra. Diferente é diferente… Ser especial é quando alguém faz alguma coisa que realça e tem valor. Estando agora mais dentro da comunidade de pessoas com deficiência, é algo que eu noto muito. Todos nós, a certa altura da nossa vida, somos chamados de “especiais e únicos”. Depois, quando chegamos ao mundo real e temos este contacto com pares da nossa comunidade, percebemos que afinal há mais pessoas como nós, percebemos que afinal não somos assim tão especiais, nem únicos. E isso tem várias consequências a nível psicológico e emocional. Por exemplo, pessoalmente, acho que isto mexeu muito, e mexe, com a minha autoconfiança. Quando faço alguma coisa e as pessoas me elogiam, fico sempre na dúvida se é puro mérito meu, ou se está ligado com esta conotação “especial da deficiência”. Ou seja, o facto de eu me ter apercebido desde cedo que não era assim tão especial, não era assim tão única, criou uma necessidade dentro de mim de criar essa “parte especial de mim” de que tanto falavam. E então há aqui uma espécie de exigência comigo mesma, “tenho de fazer alguma coisa para ultrapassar a minha deficiência”. Mas eu pergunto: será que isso é mesmo necessário? Será que isto é algo meu, ou é uma necessidade que desenvolvi por causa de tudo isto à minha volta? Não sei.

Também dizes que sentes com frequência as pessoas estarem contigo e isso fazê-las sentirem-se bem porque estão perante alguém que está pior do que elas. Perverso, não?

É perverso mas toda a gente pensa assim, eu inclusive. Aliás, ainda não consegui formular uma opinião sobre o voluntariado internacional, por exemplo. Agora está muito na moda, um jovem ir a África ou à Ásia fazer voluntariado durante umas semanas ou meses. Mas na maioria dos testemunhos que tenho lido, as pessoas vão com o objectivo principal de verem que há pessoas em situações piores do que elas. Vão lá, são iluminados pela desgraça dos outros e voltam seres superiores, com um currículo todo pimpão. E isso faz-me comichão. Mas lá está, não quero ser demasiado fundamentalista, porque ainda estou a tentar perceber este fenómeno e essa necessidade das pessoas se compararem a outras, para pensar “ah, afinal eu tenho que dar mais valor à minha vida”. Mas, até agora, com a informação que tenho, isso incomoda-me.

Naturalmente.

Incomoda-me, irrita-me. Nós não devemos comparar a nossa realidade com a dos outros.

Sim, a dor dos outros não pode ser um bálsamo para nós…

Não é? Irrita-me muito.

É a isso que tu chamas “objectificação da deficiência como meio de inspiração”?

Sim, mistura-se um bocado com o ponto anterior. “Eu gosto e sinto-me bem em ver alguém em “piores” condições que eu. Faz-me sentir melhor”… E há aquela cena do “ah eu vejo alguém com deficiência a fazer determinada coisa, se ela consegue, eu também consigo”.

Mas também há pessoas que fingem ignorar. 

Conheço várias pessoas, das quais tive necessidade de me afastar um pouco, porque elas vinham sempre com esse discurso do “ah, eu quando olho para ti, não vejo a deficiência”… as pessoas claramente deparam-se com uma pessoa diferente, com alguma coisa que não conhecem ou entendem, e a maneira delas lidarem com isso, ou tentarem disfarçar esse sentimento de estranheza, é dizerem “ah, eu olho para ti e não vejo a deficiência”. As pessoas não têm de ignorar a deficiência. É como eu estar a olhar agora para ti e ignorar que tens uma coisa nos ouvidos (os auscultadores do gravador). É ridículo. Não é real…. não faz sentido.

Como o que te aconteceu na escola, numa aula de ciências.

Exactamente isso… acho que foi numa aula de ciências, sim, em que o laboratório era no primeiro andar. A escola não tinha elevador, rampa, nada. E marcaram a aula lá para cima e eu fiquei muito chateada porque, quando eu vou para uma escola, a primeira coisa que se faz é falar com o conselho, com a direcção, para mostrar que eu tenho uma deficiência e que não é para esquecê-la, é precisamente para tê-la em conta. E marcaram aulas para o primeiro andar. Eu falei com uma professora e ela, com um ar muito despreocupado, diz-me para eu não ficar chateada porque isso queria dizer que olhavam para mim e não viam a minha cadeira de rodas. E isso não é um argumento válido. É só parvo.

Fazes parte da direcção do Centro de Vida Independente cujo objectivo é a defesa e a divulgação da filosofia da vida independente em Portugal. Queres falar-nos sobre o vosso trabalho?

A filosofia da vida independente vem revolucionar a maneira como se lida com a deficiência, pois há vários modelos da deficiência e o mais comum é o modelo médico. Que pressupõe que estas pessoas “têm de ser curadas”, e até haver uma cura, não há nada a fazer. As pessoas são postas num hospital ou num lar, à espera que aconteça algo, que não vai acontecer. Pronto. E a esperança destas pessoas está apenas ligada à ciência e aos laboratórios. Quando, na realidade, os processos de descoberta e de evolução científica demoram, às vezes, mais do que uma geração. Ou várias gerações. E não podemos deixar morrer gerações, à espera de algo que pode ou não acontecer. Então, houve a necessidade de se criar o modelo social, que diz que somos todos diversos funcionalmente e que as sociedades é que não estão adaptadas para toda a gente. Nascemos ou adquirimos esta ou aquela doença, e vamos provavelmente, morrer assim. Mas queremos viver a melhor vida possível com a nossa realidade, no presente. Sabemos perfeitamente que vamos sempre precisar de uma segunda pessoa para concretizar aquilo que queremos. Isto da vida independente não é nada mais, nada menos, do que fazermos aquilo que nós quisermos, tendo controlo total da nossa vida, das nossas opções. Com a ajuda de uma segunda pessoa.

No teu caso a Ana, a tua perna metade, como lhe chamas?

A minha perna metade (sorri) é como ter uma muleta, estás a ver? A muleta está lá disponível para eu poder fazer aquilo que eu quiser. A vida independente já é uma realidade nalguns países na Europa. Nomeadamente na Suécia, onde estão super avançados, e onde ter um assistente pessoal é super banal. Em Portugal, até há muito pouco tempo, nunca se tinha falado na hipótese de sermos nós a controlar a nossa vida. Há uma frase emblemática neste movimento que é “Nada sobre nós, sem nós”. É muito isso: é trazermo-nos como parte activa deste processo todo. Uma coisa que é muito comum ainda nas associações e instituições de pessoas com deficiência, é que a maioria delas são geridas por familiares, por cuidadores e por pessoas que não têm deficiência. E temos de alterar isso, porque são essas pessoas que estão a decidir e a lutar por coisas que nós podemos lutar. Temos uma voz e queremos muito ser activos e fazer acontecer, e não ir por aquele lado da solidariedade, de pedinchar, entendes?

Entendo, claro. É um direito que nos assiste enquanto seres humanos.

Tem a ver com direitos humanos, é isso mesmo. Os direitos humanos não são solidariedade. Está na constituição, está na lei. E nós trabalhamos para garantir que estes direitos humanos são cumpridos. Acho que é essa a nossa principal função, para que mais pessoas tenham estes direitos. Porque, por exemplo, em Lisboa, neste momento, somos apenas, salvo erro, menos de 50 pessoas a usufruir de assistência pessoal, paga pelo Estado. E isso é muito pouco.

Um tema que é particularmente sensível e que continua um tabu para as pessoas em geral é o amor, a paixão, a sexualidade. Muitas pessoas com diversidade funcional encontram-se dependentes da ajuda de outras para exercer a sua sexualidade. Em Espanha sei que há assistentes sexuais, mas não sei se esse serviço existe em Portugal, creio que ainda não.

Oficialmente não.

Queres falar um pouco sobre isso?

Olha, ainda no outro dia falei disso, ou ouvi falar disso, que tem a ver com o papel do assistente sexual. Qual é o papel do assistente sexual? Isso também é um tabu. As pessoas pensam que um assistente sexual é quase como um prostituto ou uma prostituta e não tem nada a ver uma coisa com a outra. Portanto, na sua génese não há sexo entre a pessoa com deficiência e o assistente. O objectivo do assistente é…por exemplo, uma pessoa com muito pouca mobilidade e que tenha muita dificuldade em ter prazer sexual com ela própria – masturbação, o ou a assistente sexual ajuda nesse processo, mas é a mão da pessoa com deficiência que faz essa exploração, com a força da mão do/da assistente. Não é uma mão qualquer em cima do teu corpo, é a tua própria mão, onde tu quiseres, como tu quiseres, mas com o auxílio de uma segunda pessoa. Depois ainda há outro tipo de assistência, necessária numa relação sexual, onde já estão envolvidas duas ou mais pessoas. Imagina que uma dessas pessoas tem dificuldade em fazer o movimento necessário para a relação acontecer – o assistente sexual poderá auxiliar nisso. Poderá estar na relação, mas nunca activamente. Portanto, está lá, mas apenas para auxiliar na realização da mesma. Outra situação, por exemplo, é uma relação sexual entre duas pessoas com deficiência.

Sim, sim. Eu conheço um casal assim. Têm dois assistentes, um para cada um deles.

Lá está. Têm? A sério?

Sim, vêm de Espanha, precisamente.

Fantástico. Que bom para eles. E depois há aqui uma outra situação, que ainda não está muito bem delimitada. Por exemplo, a Ana não é assistente sexual, é pessoal, mas até que ponto eu não poderia pedir à Ana que me ajudasse a pôr uma lingerie mais sensual? Ou, imaginando que eu não preciso de ajuda para o acto em si, mas preciso ajuda para me limpar. É um assistente pessoal ou é um assistente sexual? Ainda há coisas não estão muito bem definidas. Porque no fundo as tarefas que eu mencionei já não fazem parte do acto em si, são coisas extras ou posteriores.

Mas é importante que se criem condições em Portugal para formar esses assistentes. A sexualidade é um direito.

Aos 17 anos fui a uma conferência sobre sexualidade na deficiência e foram mencionados vários exemplos de progenitores que masturbavam os filhos. Isto é uma coisa completamente impensável! Por vários motivos lógicos, emocionais, de privacidade e dignidade humana. E isto acontece em Portugal, mais no interior, onde os pais acabam por dar este prazer sexual aos filhos… É algo sobre o qual o Estado devia ser responsabilizado. A sexualidade é um direito humano, logo o Estado tem de dar resposta a este tipo de casos. Obviamente no que toca a encontrar um parceiro sexual, estamos, teoricamente, muito teoricamente, em pé de igualdade. Visto que todos nós passamos por isso.

Quando falamos em sexualidade, falamos também da relação com o nosso corpo e é uma coisa por que toda a gente passa. Toda a gente tem de encarar isto como uma realidade. Faz parte da nossa vida, de todos nós.

Mas eu estou confiante que mais dia menos dia também haverá assistentes sexuais em Portugal.

Para terminar esta conversa, gostava que desenvolvesses a ideia que deixaste expressa no teu blogue e que diz: “Quero viver num mundo onde todos os Dom Quixotes têm lugar seguro para viver as suas aventuras de cavalaria e enfrentar todos os seus monstros e gigantes.”

Dou muito valor à saúde mental, para mim é das coisas mais importantes na vida. Porque…ok, eu tenho uma deficiência, é o que é, não há volta a dar, nem há muito mais para explorar, digamos assim. Mas existem todos os desafios que passam por “viver com a deficiência” e “viver num mundo que ainda não está preparado para viver com a deficiência”. E além disso, como é que eu hei de explicar… venho de uma família toda ela bastante emocional, digamos assim…e também há historial de doenças psicológicas na minha família – eu própria tenho depressão crónica há cerca de 15 anos – tenho ansiedade, sou obsessiva e compulsiva, mas para mim tudo isto é muito natural. Sou uma pessoa que fala abertamente sobre tudo. Essa frase que eu escrevi vem da minha necessidade de querer falar sobre isto tudo, sem ter vergonha, sem ter medo. E por um lado também gostava de ser compreendida, sabes? Porque, na verdade, quantos de nós não enfrentamos demónios e monstros? Todos nós temos desafios ao longo da nossa vida e é super natural a nossa mente levar-nos a sítios estranhos. E eu sinto muito essa necessidade de falar com as pessoas e tocar em assuntos mais “chatos”. E as pessoas não gostam de falar de problemas, nem sempre gostam de pôr a cabeça a funcionar e eu não sou assim. Eu gosto de falar sobre as coisas, gosto de tocar nas feridas e tenho um humor, muito negro e sarcástico, “eu vou falar sobre aquilo que tu não queres falar”. Gostava de sentir mais abertura por parte das pessoas para poder falar e dialogar sobre isso, sobre monstros e gigantes. Eu acho que é muito por aí. Pelo menos eu espero contribuir com aquilo que eu faço na vida e com o meu blog.

Fonte  https://hojemacau.com.mo/2021/03/11/raquel-banha-as-pessoas-nao-tem-de-ignorar-a-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

Governo regulamenta programa para pessoa com deficiência

Medida está prevista no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje (11) o decreto que traça as diretrizes, os objetivos e os eixos do Plano Nacional de Tecnologia Assistiva, voltado a pessoas com deficiência.

O documento, que deve ser publicado na próxima edição do Diário Oficial da União, é resultado de um trabalho conjunto dos ministérios da CiênciaTecnologia e Inovações e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

“Esse é um decreto muito importante, que vai permitir, a nível nacional, as políticas para o desenvolvimento de tecnologias para pessoas com deficiência, visando a redução de preço desses equipamentos, dar mais acesso à mobilidade, melhor qualidade de vida para tantas pessoas que nós temos no país”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, em vídeo publicado nas redes sociais.

Na gravação também estão o presidente Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que é defensora das causas das pessoas com deficiência.

Entre as tecnologias assistivas estão incluídos todos os produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que promovam as habilidades funcionais de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. O objetivo é dar autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social a esse público.

O decreto regulamenta o Artigo 75 do Estatuto da Pessoa com Deficiência, de 2015, que prevê o desenvolvimento de um plano específico de medidas para facilitar o acesso a crédito especializado para aquisição de tecnologia assistiva. O plano deverá ser renovado a cada quatro anos.

“A Exposição de Motivos [do decreto] destaca que a tecnologia assistiva é um assunto de grande relevância para o segmento das pessoas com deficiência e depende de ações articuladas entre os ministérios, o Sistema de Inovação, Pesquisa & Desenvolvimento, o setor produtivo e representantes da sociedade civil”, informou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota.

De acordo com a pasta, o plano tem o potencial de beneficiar cerca de 46 milhões de pessoas, de acordo com o censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A norma define os limites de atuação do Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva, criado em 2019, tendo por balizas a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão.

Fonte  https://www.moneytimes.com.br/governo-regulamenta-programa-para-pessoa-com-deficiencia/amp/

Postado por Antônio Brito 

Anti-asilo, um movimento que cresce no mundo

Elas já entram de sola dizendo: ” Nem marido, nem família, nem patrão e nem o Estado me dirão como e nem onde eu devo envelhecer.” São mulheres e também homens a partir dos 60 que resolveram experimentar viver de forma coletiva, uma espécie de movimento “neo-hippie”.

Cada um mora no seu apartamento ou casa, mas realizam projetos juntos além de se divertirem nas áreas comuns deste “tipo de condomínio”, que tem estatuto próprio criado por eles mesmos. A auto-gestão da vida, autonomia e independência são primordiais, além de uma postura de cooperação e solidariedade para viver em grupo.

Os exemplos no Brasil e no mundo

Nas cercanias de Paris, no município de Montreuil, a Maison des Babayagas abriga 20 senhoras de baixa renda, que pagam um aluguel bem acessível. Elas são divorciadas, viúvas ou solteiras. A maioria tem filhos, netos, e todas possuem mais de 60 anos. Independentes, politizadas e ativas, essas mulheres decidiram que sua velhice seria exatamente do jeito que elas desejassem.

O nome Babayagas veio da mitologia eslava/russa que significa uma feiticeira solitária de mil disfarces, velha e poderosa e que pode ser “boa e má” ao mesmo tempo. Este projeto foi criado por Thérèse Clerc, militante feminista do icônico maio de 68.

As moradoras nunca estão sozinhas, e possuem uma infraestrutura mínima do Estado, mas a autonomia pessoal é um valor que não se coloca em dúvida neste coletivo criado em 1999, e chamado de “anti-asilo” pelo jornal Le Monde. A Maison foi inaugurada em 2013, após uma longa luta coletiva, capitaneada por Thérèse. Caso uma das moradoras perca a autonomia, não possa viver sozinha, ela vai para um asilo subvencionado pelo Estado.

Kirsten, 75, e Catherine, 65, respectivamente a presidente e a secretária-geral da Maison des Babayagas, em Montreuil, na região parisiense. Foto: Márcia Bechara

Não há empregadas, as “Babayagas” têm que cuidar da manutenção de suas casas assim como dos espaços coletivos da Maison. No estatuto consta também cidadania, ecologia, feminismo, laicidade e solidariedade.

Para morar na Maison des Babagayas é necessário ter um perfil compatível com a etiqueta Habitat Social, “porque se trata de um imóvel social”, que são destinados pela administração francesa a pessoas de menor renda comprovada. Estrangeiras residentes no projeto possuem dupla nacionalidade, incluindo a francesa, o que facilita o processo de admissão. A burocracia é importante, uma vez que a Maison é administrada em parceria com a prefeitura de Montreuil, que oferece subvenções financeiras, apoio logístico e propõe candidaturas.

República de Idosos de Santos no litoral paulista é a pioneira no Brasil. Criada em 1996 conta hoje com três unidades geridas pela prefeitura da cidade. Elas são mistas e têm em média 5 moradores cada –com idades entre 65 e 89 anos.

Aqui também a autonomia do idoso é fator primordial para ser aceito (a) na república e também ter uma renda mensal de até dois salários mínimos, pois o custo da moradia é de R$ 170,00 com água, luz e aluguel inclusos. Em caso de perda da autonomia será encaminhado (a) para uma ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos), conveniadas da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Vila ConViver começou a ser planejada em 2013 por um grupo de professores aposentados da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). As diretrizes jurídicas e códigos de ética já foram desenvolvidos e aprovados pelo conjunto, que conta com 54 pessoas. Até 2021, os participantes esperam morar no cohousing.

Conexão Gaia e Aldeia da Sabedoria são dois projetos mineiros em Belo Horizonte e em Ravena, distrito de Sabará, respectivamente, que procuram resgatar os preceitos das antigas comunidades e um contato genuíno com a terra.

Além do cuidado com a arquitetura que deve contemplar a acessibilidade, com portas.

largas e tomadas altas e a prevenção de acidentes domésticos, no cuidado com a escolha do tipo de piso e instalação de barras de apoio. O ponto comum em todos estes projetos é que eles começam reunindo e conhecendo pessoas, construindo uma identificação do grupo e criando laços de convivência. Experiências que num futuro próximo proporcionarão qualidade de vida através da solidariedade e do compartilhar.

Aqui vai uma lista de moradias compartilhadas:

– Saettedammen: 1ª cohousing multigeracional, implantada em 1972, em Ny Hammersholt, na Dinamarca.

– Trabensol Cooperativa: cohousing sênior localizada em Torremocha de Jarama, na Espanha, inaugurada em 2013.

– Pioneer Valley Cohousing: comunidade multigeracional que opera utilizando a sociocracia. Essa cohousing foi implantada em 1994, em Amherst-MA, Estados Unidos

– Oakcreek Community: cohousing sênior, concluída em 2013, implantada em Sillwater-OK, Estados Unidos.

– CohousingBrasil Co-Lares.

– A arquiteta Lilian Lubochinski é entusiasta da ideia.

– Cohousing Minas Gerais.

– Conexão Gaia.

– O arquiteto Edgar Werblowsky articula o movimento cohousing no Brasil.

Fonte  https://www.revistaecosdapaz.com/anti-asilo-um-movimento-que-cresce-no-mundo/

Postado por Antônio Brito 

10/03/2021

“Meu filho despertou para a vida com a Cannabis”, diz mãe de paciente com Down

O menino Clóvis acaba de completar sete anos, mas Andressa Berti sente que a vida de seu filho está apenas começando. “Existe um Clóvis antes e um depois do canabidiol”, conta.

Diagnosticado com Síndrome de Down ainda na primeira infância, Clóvis nunca teve sérios problemas de saúde. Até poucos meses atrás, o menino nunca havia ficado doente. Mas a preocupação de Andressa era em relação ao comportamento de Clóvis. 

Temperamento difícil

“Ele não consegue falar. Se quer comunicar algo e não consegue, fica muito agitado. Só que ver televisão. Não podia ir a qualquer lugar diferente, ficava se jogando no chão”, lembra Andressa. 

Em busca de alguma melhora no desenvolvimento de Clóvis, desde os cinco meses de vida Andressa tentava diversas terapias que atendessem às necessidades do filho. 

“De manhã ele ia na escolinha e à tarde na terapia. Eu não convivia com ele direito. Ele ficava o dia todo com os outros. Às vezes a gente acha que está fazendo tudo certo e acaba dando tiro pela culatra”, conta. 

“Acho que a escolinha era negligente e escondia o comportamento dele. Chegava em casa, ia direto para a televisão e comer, que eu pensava que estava tudo bem.”

Até que a pandemia forçou o fim desse distanciamento. “Comecei a perceber que ele já não conseguia fazer nada. Não conseguia segurar um lápis. Estava agressivo. Empurrava as outras crianças, estava começando a me bater.”

Um novo diagnóstico

Buscou auxílio de um neurologista e recebeu a confirmação do que já desconfiava: além de Down, Clóvis foi diagnosticado dentro do espectro de transtorno autista. Ao conversar com uma amiga, cujo filho se beneficia do tratamento com Cannabis, conheceu o trabalho do dr. Renan Abdalla.

Apenas oito dias depois da primeira consulta com Abdalla, antes de iniciar qualquer tratamento, Clóvis, que, como a mãe enfatiza, nunca ficava doente, teve sua primeira convulsão. “Eu acredito que é um pouco a mão de Deus que me levou no lugar certo”, diz Berti.

Tratamento com Cannabis

“Nós ficamos uma semana internados. Eu estava dentro do hospital com ele, e o dr. Renan me passa uma mensagem perguntando como ele tava. Eu expliquei, e ele me disse que a gente precisava acelerar o tratamento com canabidiol.”

Para controlar as convulsões, no entanto, “infelizmente” (como diz Andressa), Clóvis começou a tomar um medicamento anticonvulsivante que o fazia vomitar muito. A neurologista mudou a medicação, mas resolveu consultar o dr. Renan antes. O médico cortou a dose pela metade, e complementou com o óleo de Cannabis full spectrum rico em canabidiol

“No final do ano, o canabidiol acabou”, conta. “Por falta de experiência, tinha esquecido de solicitar antes.  Acabou e com todo mundo de férias, ele ficou uns dez dias sem o canabidiol. Uma semana sem o canabidiol, um sábado, ele teve duas convulsões, mesmo com o outro remédio.”

“Eu cheguei a conclusão que o remédio está sendo igual água para ele. CBD que faz a diferença”, continuou. “ Eu sou meio louca e já queria tirar os medicamentos, deixar só o canabidiol, mas o Renan me explicou que não é assim. Tem que ir aos poucos, para o organismo se acostumar, então está fazendo o desmame.”

Os benefícios da Cannabis em pacientes com crises convulsivas

Desde então, nunca mais teve convulsões, mas esse foi só o primeiro dos benefícios. “A parte cognitiva dele melhorou muito. É até difícil de lembrar tudo, porque todo dia ele apresenta algum progresso”, comemora Berti. “Ontem, 03 de março, ele completa sete anos. Ele saiu da terapia, tem uma lojinha lá do lado, ele foi lá e me apontou o que queria ganhar.”

Há dois meses morando em Apucarana, no Paraná, onde vive sua família, já estava preparada para lidar com as costumeiras dificuldades de visitar alguém. “Eu pensava que ia chegar e ia passar vergonha, mas não. A gente foi em um aniversário, a madrinha dele ficou impressionada. Ele se comportou, fez tudo que uma criança faz.”

Pequenas vitórias que fazem toda a diferença na qualidade de vida da família. “A gente está conseguindo fazer as coisas que não fazia, e acredito que vai continuar melhorando”, afirma. “Ele não tinha iniciativa para fazer as coisas, agora tem. Se mostra mais interessado, começou a experimentar alimentos novos. Dá a impressão que meu filho despertou para a vida.”

Para Clóvis, Andressa, que é pedagoga, tem a esperança que seu filho aprenda a se comunicar – se não de forma oral, por meio da escrita-. Já para as outras mães, a expectativa é ver cada vez mais crianças com acesso ao tratamento que mudou a vida de seu filho. 

“Sou o tipo de mãe que, se deu certo para o meu filho, eu quero levar para todo mundo”, finaliza. “Quanto mais propaganda eu fizer do canabidiol, e mais mães estiverem usando e vendo que dá certo, vou ficar mais feliz.”

Fonte  https://www.cannabisesaude.com.br/cannabis-tratamento-down-relato-paciente/amp/

Postado por Antônio Brito 

SP apresenta dados sobre violência contra pessoas com deficiência em 2020 e lança cartilha de orientação sobre o tema

Dados do Centro de Apoio Técnico (CAT) da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência indicam que houve redução no número de atendimentos e denúncias de violência contra pessoas com deficiência em 2020 na comparação com 2019. O órgão, gerido pelo Instituto Jô Clemente, antiga Apae de São Paulo, por meio de parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, atendeu no ano passado 1.469 pessoas, ante 2.039 em 2019. Segundo o documento, foram registrados ao longo do ano 315 boletins de ocorrência, ante 500 no ano anterior.

Número de pessoas atendidas por tipo de deficiência

Fonte: Centro de Apoio Técnico da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência

 

De acordo com o supervisor do CAT, Cleyton Borges, a queda não representa uma real redução na violência contra as pessoas com deficiência. “O que percebemos é que existe uma subnotificação de casos, principalmente por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Com o isolamento social, muitas pessoas com deficiência ficaram em casa e deixaram de nos procurar para denunciar casos de violência. Além disso, com a suspensão das atividades escolares e profissionais presenciais, ficou mais difícil para amigos, colegas de trabalho e profissionais da educação identificarem eventuais sinais de violência sofrida pelas pessoas com deficiência e auxiliarem nas denúncias”, explica.

Para facilitar as denúncias, o CAT implementou no início da pandemia o atendimento remoto, por meio dos contatos:

• WhatsApp para pessoas com deficiência, exceto pessoas surdas: (11) 99918-8167

• WhatsApp exclusivo para pessoas surdas (com intérprete de Libras): (11) 94528-9710

• Telefone fixo: (11) 3311-3380

• E-mail: dppd.decap@policiacivil.sp.gov.br

• Boletim de ocorrência pela internet – Delegacia Eletrônica: acessar através do site www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br

 

Tipificações dos casos: 5 primeiros do ranking em 2019

 

“É importante que as pessoas saibam que podem e devem denunciar qualquer situação de violência a pessoas com deficiência, mesmo remotamente”, comenta Borges. Em 2020, foram realizados 289 atendimentos remotos, aproximadamente 25% do total.

“Como quer e orienta o Governador João Doria, nós trabalhamos em conjunto para atender as pessoas com deficiência do estado de São Paulo, buscando assegurar a sua integridade física e emocional. A equipe vem traçando ações que facilitam o acesso ao atendimento da delegacia”, ressaltou a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.

Com o intuito de orientar a sociedade sobre como prevenir e denunciar casos de violência contra pessoas com deficiência, o CAT, em parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, está lançando a cartilha “Violência contra Pessoas com Deficiência: Você sabe como evitar, identificar e denunciar?” O projeto contou com colaboração do Laboratório de Prevenção da Violência (Laprev) e do Grupo de Pesquisa Identidades, Deficiências, Educação e Acessibilidade (GP-IDEA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O material está disponível nos sites https://bit.ly/ijc-cartilha-violencia e www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br, é acessível e pode ser usado como guia de orientação a pessoas com e sem deficiência.

Jurídico Social

Além da gestão do CAT, o Instituto Jô Clemente conta com o Serviço Jurídico Social, que acompanha e apoia pessoas com deficiência e familiares em situação de violência e/ou vulnerabilidade social. Em 2020, foram registradas 78 notificações de violência ou violação de direitos, numero 43% menor que o apurado em 2019.

Luciana Stocco, supervisora do serviço, afirma que a pandemia teve impacto no número de notificações. “A pandemia impossibilitou os atendimentos presenciais, que são importantes para os nossos profissionais identificarem sinais que podem indicar uma violência ou violação de direitos. No atendimento remoto, é mais difícil, embora seja possível notar alguns sinais também”, diz.

A violência pode ser física, sexual, moral, psicológica ou patrimonial e entre os sinais estão marcas no corpo, dores, mudanças de comportamento e quadros depressivos. “Os atendimentos presenciais são importantes porque, muitas vezes, a violência ocorre dentro do âmbito familiar da pessoa com deficiência. Para identificarmos, precisamos de uma abordagem com psicólogos e assistentes sociais, que avaliam a situação no âmbito psicossocial e fazem os encaminhamentos necessários para cada caso”, finaliza Luciana.

Para denunciar casos de violência, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República disponibiliza o Disque 100.

Fonte  https://revistareacao.com.br/sp-apresenta-dados-sobre-violencia-contra-pessoas-com-deficiencia-em-2020-e-lanca-cartilha-de-orientacao-sobre-o-tema/

Postado por Antônio Brito 

08/03/2021

Dia Internacional da mulher ABNT

As mulheres estão na linha de frente da crise da COVID-19, como profissionais de saúde, cuidadoras, organizadoras comunitárias e também como líderes nacionais exemplares e eficazes no combate à pandemia. A crise destacou a importância de suas contribuições e os fardos desproporcionais que as mulheres carregam.
 
O tema deste ano para o Dia Internacional, "Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo com COVID-19", celebra os enormes esforços de mulheres e meninas em todo o mundo para moldar um futuro mais igualitário na recuperação da pandemia da COVID-19.
 
Também está alinhado com o tema prioritário da 65ª Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher, "Mulheres na vida pública, participação igualitária na tomada de decisões", e a campanha emblemática Igualdade de Geração, que clama pelo direito das mulheres à tomada de decisões em todas as áreas da vida, salário igual, divisão igual de cuidado não remunerado e trabalho doméstico, fim de todas as formas de violência contra mulheres e meninas e serviços de saúde que atendam às suas necessidades.
 
As normas técnicas são ferramentas poderosas para reduzir as desigualdades e promover um crescimento econômico justo e inclusivo, contribuindo para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 - Igualdade de gênero, das Nações unidas. Além disso, a participação das mulheres para o desenvolvimento de normas é essencial para concretizar as mudanças positivas que queremos ver no mundo.
#diainternacionaldamulher #worldwomensday #igualdadedegênero #ODS #ODS5 #SDG #SDG5 #normastécnicas #abnt #normalização #normasiso #normalizaçãointernacional

Fonte  https://www.facebook.com/383133131713119/posts/4648428575183532/

Postado por Antônio Brito 

1º Manifesto de Conscientização do Dia Internacional da Síndrome de Down

O evento contará com 4 encontros gratuitos e transmitidos ao vivo pelo Youtube do Instituto Simbora Gente.

As participações serão de diversos perfis, todas em forma de entrevistas esclarecedoras, feitas pelo Escritor, Palestrante, Influenciador digital, Ativista, Auto defensor, Militante e Promotor Vinícius Streda.

“Uma parceria. Um apoio. Um evento. Uma oportunidade. Uma forma de conscientizar o mundo de que todos somos capazes, desde que tenhamos oportunidades na Sociedade em modo geral”, afirmam os organizadores.

O Instituto Simbora Gente luta pela inclusão social, visa ferozmente o empoderamento, autonomia, diversidade e independência de todas as Pessoas com Deficiência Intelectual.

As participações estão imperdíveis!

Dia 18 de Março das 13 às 14:45 h
O primeiro dia do Manifesto conta com um time incrível de profissionais respondendo a diversas perguntas. Um encontro rico com pessoas importantes que, igualmente ao Instituto Simbora Gente, querem conscientizar o mundo de quem são e de quanto são capazes as pessoas com deficiência intelectual.

Além das presenças de Alex Duarte, Carina Streda, Fabiana Duarte, Flavia Poppe, Henri Zylber, terá a participação do Dudu do Cavaco tocando o Hino Nacional.
A intérprete de Libras Adriana Magina também estará presente nos 4 dias do Manifesto.

Dia 19 de Março das 14 às 15:45 h
O segundo dia do Manifesto, vem recheado de temas interessantes e focado em promover a conscientização através de seus convidados:
Alessandra Fidanza, Beatriz Ananias, Carlos Schaffel, Claudio Aleoni, Giulia Merigo, Isabela Zolini, Tathiana Piancastelli

Dia 20 de Março das 14 às 15:45 h
O terceiro dia do Manifesto, também apresenta um time cheio de empoderamento. Se liga só: Ariel Goldenberg, Fernanda Machado, Gabriela Martins, João Vitor Mancini, Julia Camarão, Laura Deorsola, Thiago Rodrigues

Dia 21 de Março das 14 às 15:45 h
Tudo que é bom, acaba logo!
O último dia do Manifesto, celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down e o protagonismo vai ser trabalhado de diversas formas pelo grupo: Breno Viola, Danielle Gierse, Felipe Ribeiro, Fernanda Honorato, Henrique Vascouto, Jessica Pereira, Joana Morcazel, Maria Clara Maciel, Matheus Colmatti, Paloma Nogueira, Samanta Quadrado

“A hora da conscientização chegou. Não queremos chegar na frente de ninguém. Apenas caminhar juntos, para um mundo mais respeitoso, empático  e inclusivo.  Você não vai ficar de fora né? “, comentam os integrantes do Simbora Gente

Acompanhe a programação:

Fonte  https://revistareacao.com.br/1o-manifesto-de-conscientizacao-do-dia-internacional-da-sindrome-de-down/

Postado por Antônio Brito 

Catarinense nascida com deficiência desafia velocistas mais rápidas do país e briga por vaga olímpica

O ritual é o mesmo para todos os velocistas no atletismo. Pequenos saltos para relaxar a musculatura, a aproximação ao bloco de partida, o ato de se ajoelhar para aferir com precisão a distância entre tronco e mãos, entre pés e joelhos, a largada simulada para encaixar os últimos detalhes. Mas Anny Caroline de Bassi, de 23 anos, escapa à mesmice da multidão.

Anny de Bassi no Troféu Brasil de Atletismo — Foto: Wagner Carmo/CBAt

A catarinense nasceu com uma condição rara chamada Síndrome de Poland. Quando ainda era um embrião na barriga da mãe, o fluxo de sangue para as artérias que ficam embaixo da clavícula acabou interrompido. E, em função disso, ela se viu, ainda bebê, sem um músculo da região do tórax e com uma má formação no braço esquerdo.

Anny de Bassi sonha com vaga na equipe de atletismo do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio

E justamente naquela hora do ritual pré-largada a diferença se acentua. A Anny tem só um dedinho da mão esquerda, e precisa de um apoio - no caso, um peso metálico, como aqueles usados para segurar portas - para partir do bloco. Em uma prova repleta de minúcias como os 100m, é de impressionar que consiga registrar os feitos que tem obtido.

Apesar da condição, Anny está entre as mulheres mais rápidas do Brasil há três temporadas. No Troféu Brasil de Atletismo, disputado no fim do ano passado no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, no Ibirapuera, zona sul de São Paulo, foi a quarta colocada nos 200m e sexta nos 100m.

Anny de Bassi na pista onde treina, em Balneário Camboriú — Foto: Renato Soder
Anny de Bassi na pista onde treina, em Balneário Camboriú — Foto: Renato Soder

A regularidade na elite do atletismo brasileiro a deixa mais perto de sonhar com uma façanha: tentar classificação para o revezamento 4x100m feminino do país que irá aos Jogos Olímpicos de Tóquio. As cinco mais velozes do ranking nacional comporão a equipe e Anny, cuja melhor marca é 11s52, está no páreo. A definição do time será no primeiro semestre de 2021.

- Eu e meu treinador [Diego Gamboa] consideramos as chances muito boas. Eu venho melhorando muito do ano passado para esse ano. Em 2020, infelizmente, a gente quase não competiu. Estamos conseguindo ver evolução. E o que eu preciso fazer para ir a Tóquio é realmente melhorar minha marca. Eu preciso melhorar o meu tempo para conseguir, e acho que é possível - afirmou.

Anny começou a correr há pouco mais de dez anos, descoberta por uma professora, mas somente em 2012 decidiu tentar levar a vida no esporte. Devido à sua condição de nascimento, postulou o esporte paralímpico. Até conseguiu ser classificada na natação paralímpica, mas para o atletismo, que era de fato seu objetivo, foi barrada.

Motivo: a deficiência da catarinense não se enquadra nos critérios. Para se tornar elegível entre atletas com deficiência, o braço esquerdo dela, comprometido pela má formação, teria de ser menor do que a distância entre o ombro e o punho do braço direito.

Anny treina com o peso para apoiar a mão esquerda — Foto: Renato Soder
Anny treina com o peso para apoiar a mão esquerda — Foto: Renato Soder

Impedida de seguir no atletismo paralímpico, ela não desistiu e se estabeleceu no atletismo convencional. Desde 2017 virou figura cativa em finais das provas de velocidades nos torneios do país e, em 2019, estreou pela seleção brasileira; no Campeonato Sul-Americano de Lima, no Peru, abriu o revezamento 4x100m que levou a medalha de ouro.

A trajetória bem-sucedida atualmente contrasta com o início, quando teve de lidar com preconceito e "olhares" de outras competidoras.

- Eu já senti [preconceito], por parte dos atletas. Hoje em dia, quase não sinto mais, mas no início, eu sentia os olhares até durante a prova, das próprias pessoas que estavam competindo comigo. Me incomodava um pouco, mas eu sabia lidar até bem com isso. Teve uma vez que eu fiquei bem chateada, que me falaram algumas coisas. Não falaram diretamente para mim, mas para uma amiga minha assim: "vocês vão perder, aquela menina com uma mão vai correr com vocês." A gente sabia que talvez eu pudesse ter uma pequena desvantagem em questão de equilíbrio, mas nunca vimos como um obstáculo. Nunca achei que fosse me impedir - comentou.

Para se tornar competitiva, Anny precisou fazer adaptações e minimizar as desvantagens técnicas impostas por sua condição física. Ela usa uma luva para fazer levantamento de peso, empurra moto para ajustar a coordenação e fortalecimento abdominal. O que transparece mais, porém, é o peso de porta que leva a todos os treinos e competições para equilibrar o corpo na largada.

- Antes, eu não usava. Então a minha largada era muito ruim, porque eu saía desequilibrada com o ombro e o braço. Como a prova de 100 metros é uma prova muito rápida, você não pode perder tempo em nenhuma das partes. E quando a gente colocou esse bloquinho, eu melhorei muito o meu tempo - explicou.

Thiago Lourenço, coordenador do departamento de ciência do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), fez uma comparação entre a largada dos 100m com a da Fórmula 1 para explicar o quanto a condição poderia prejudicar Anny.

- Eu costumo sempre fazer o paralelo com a largada de um Fórmula 1. Se a gente colocar um carro de Fórmula 1 com um pneu descalibrado, ele vai perder a sua trajetória retilínea, que é o que a gente precisa pra ganhar o máximo de velocidade possível. No caso dela, seria a mesma coisa. Se ela não tivesse esse auxílio, ela teria uma trajetória de corrida totalmente diferente da necessária, que seria a retilínea - disse.

A história de esforço ganha ainda mais peso porque Anny treina fora do eixo Rio-São Paulo, onde se concentra a maior parte dos grandes nomes do atletismo brasileiro, e longe de condições ideais. O local onde faz suas atividades diariamente é uma pista de carvão.

- Eu quero que lembrem de mim também como atleta. Não quero que lembrem de mim pela minha deficiência. Quero que lembrem de mim como uma atleta que teve bons resultados, que levou o nome do Brasil em competições, e uma pessoa que traz alegria - disse.

Em 2021, ela terá alguns torneios para tentar melhorar seu índice e garantir vaga na equipe brasileira que vai a Tóquio. Entre eles, o Troféu Brasil, ainda sem data definida.

07/03/2021

Atleta do rúgbi em cadeira de rodas morre por complicações da Covid-19 | paralimpíadas

A atleta do rúgbi em cadeira de rodas Tainá Melany dos Santos, de 29 anos, faleceu em razão de complicações geradas pela Covid-19 nesta sexta-feira. Conhecida como Tininha, ela procurou o serviço médico na última segunda-feira, mas não conseguiu vaga de UTI na cidade de Tamandaré, no Paraná. O irmão, Weslley, que também é atleta da modalidade paralímpica, segue internado com a doença.

A jogadora da equipe Gladiadores Curitiba Quad Rugby também cursava Direito.

- A perda da nossa amiga representa, para quem não teve a oportunidade de conviver com ela, a perda de uma atleta que representou nosso clube e o estado do Paraná na França, Colômbia e em diversas competições locais e regionais. É muito difícil para nós, seus amigos e amigas, seu time, pensarmos que estaremos em quadra e ela não estará lá. Que iremos a torneios, e ela não estará lá - lamentou um representante na página oficial do Gladiadores Quad Rugby.

Tininha descobriu o paradesporto em 2012. Com a seleção brasileira, ela participou da Copa Feminina de Paris 2017 e do Mundial da Colômbia 2018. Durante a carreira de quase 10 anos, ela conquistou diversos prêmios, entre eles, o de melhor atleta 1.0/1.5.

O rúgbi paralímpico é praticado por atletas com comprometimento motor nos quatro membros, majoritariamente os tetraplégicos. Os lesionados medulares, paralisados cerebrais e imunossuprimidos foram incluídos no grupo de risco para o novo coronavírus.

Fonte  https://globoesporte.globo.com/paralimpiadas/noticia/atleta-do-rugbi-em-cadeira-de-rodas-morre-por-complicacoes-da-covid-19.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Guedes anuncia antecipação de 13º de beneficiários do INSS

Pelo segundo ano consecutivo, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) receberão o décimo terceiro salário de forma antecipada, disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o ministro, a medida só vai ocorrer depois da aprovação do Orçamento Geral da União deste ano.

“O abono salarial já foi antecipado. Agora, assim que aprovar o orçamento, vai ser antecipado o décimo terceiro justamente dos mais frágeis, dos mais idosos, como fizemos da outra vez”, disse o ministro. No ano passado, os beneficiários do INSS tiveram o décimo terceiro antecipado para abril como medida de ajuda à população mais afetada pela pandemia de covid-19.

O ministro deu a declaração após reunião com o deputado Daniel Freitas (PSL-SC), relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial na Câmara dos Deputados. Aprovado ontem (5) em segundo turno pelo Senado, o texto foi encaminhado para a Câmara, onde deve ser votado na próxima semana.

Guedes também anunciou que pretende reeditar o programa de suspensão de contratos e de redução de jornada (com redução proporcional de salários) que vigorou no ano passado. “O BEm, que é o programa de preservação de empregos, já estão sendo disparadas as novas bases. Então, tem mais coisa vindo por aí”, acrescentou Guedes.

Chamado de Benefício Emergencial (BEm), o programa prevê que o trabalhador com contrato suspenso ou jornada reduzida receba a parcela do seguro-desemprego a que teria direito se fosse demitido em troca do corte no salário. Em troca, o empregador não pode demitir o trabalhador após o fim da ajuda pelo tempo em que o trabalhador recebeu o BEm.

Vacinação

Guedes voltou a defender a vacinação em massa como a principal medida para salvar a economia e não respondeu a perguntas sobre uma eventual ampliação do Bolsa Família.

“O grande desafio é a vacinação em massa. Na saúde, nós precisamos avançar rapidamente para não derrubar a economia brasileira de novo. Além da dimensão humana, das tragédias, das famílias, tem o perigo de derrubar a economia de novo e aí você agudiza todo o problema brasileiro”, declarou. "Agora é saúde, vacinação em massa, não vamos falar de Bolsa Família agora.”

PEC Emergencial

Em relação à PEC Emergencial, o deputado Daniel Freitas disse que não pretende alterar o texto aprovado pelo Senado para acelerar a tramitação da proposta. Ele afirmou que apresentará uma minuta do relatório na próxima segunda-feira (8).

“O Brasil tem pressa, a urgência dessa matéria é evidente e precisamos dar celeridade no processo. Qualquer alteração na PEC faz o Brasil atrasar, portanto, vamos discutir e conversar e tentar acelerar o mais rápido possível a aprovação dessa PEC”, comentou o relator da proposta na Câmara.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-03/guedes-anuncia-antecipacao-de-13o-de-beneficiarios-do-inss

Postado por Antônio Brito 

José Antônio Ferreira Freire é reeleito presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais

O presidente José Antônio Ferreira Freire (esq. ) durante Assembleia da CBDV. | Foto: Renan Cacioli/CBDV

O presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), José Antônio Ferreira Freire, 57 anos, foi reeleito para o ciclo 2021-2025 durante a Assembleia Geral Ordinária realizada neste sábado (6), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Ao seu lado estará novamente o secretário-geral Helder Maciel Araújo, de 43 anos.

A chapa Continuidade e Trabalho venceu a eleição para a diretoria executiva com 44 votos, contra nove da chapa Unidos pela CBDV, formada pelo ex-presidente da CBDV, Sandro Laina Soares, e por Edivaldo Ribeiro de Lima. Quarenta e cinco entidades participaram do pleito.

Por conta da pandemia, que adiou os Jogos Paralímpicos de Tóquio em um ano, a atual gestão terá a missão de conduzir as Seleções do Brasil de futebol de 5, goalball e judô – as três modalidades geridas pela CBDV que constam da grade da competição – em duas edições: a japonesa, marcada para agosto deste ano, e em Paris 2024.

A posse da nova gestão será realizada já nesta segunda-feira, dia 8. Vale destacar que a eleição obedeceu aos protocolos de segurança em relação à pandemia do Covid-19, com cédulas individualizadas e distanciamento social entre as mesas dos participantes.

"Precisaremos trabalhar muito por conta de duas Paralimpíadas em três anos, o que demandará um esforço enorme para cumprir com todas as obrigações. Ainda não conseguimos mensurar o prejuízo de 2020 e da metade de 2021 por conta da pandemia, por isso, nosso trabalho será redobrado. Vale lembrar dos Mundiais que teremos também em 2023. Todos que compõem a CBDV vão se dedicar muito para termos êxito", disse o paraibano José Antônio, ex-atleta de futebol de 5 e gestor no paradesporto desde que encerrou a carreira nas quadras, em 2002. Antes de ser eleito presidente pela primeira vez, em 2017, fora coordenador de futebol de 5 da confederação.

Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado parabenizou a chapa vencedora: "Demonstra maturidade da CBDV esse processo com grande número de entidades participando, o que certamente fortalecerá ainda mais o trabalho que a confederação vem brilhantemente desenvolvendo junto ao esporte para cegos no país. O José e o Helder estão de parabéns pela vitória e nós, aqui do Comitê, estamos à disposição para seguirmos trabalhando juntos".

Como o próprio nome da chapa diz, a ideia é dar sequência ao fomento das modalidades sob o guarda-chuva da CBDV – que gere, fora as três já mencionadas, também o futebol B2/B3 e o powerlifting – e ampliar a atuação junto aos associados. Para se ter uma ideia, ao fim de 2017, primeiro ano do mandato anterior, a CBDV contava com 193 entidades inscritas de 25 estados brasileiros mais o Distrito Federal em um universo composto por 2.290 atletas. Já ao fim do ano passado, eram 244 entidades e 2.737 atletas.

"Nossa ideia é seguir servindo de suporte para todos os associados que compõem nosso quadro e nos ajudam a fazer o movimento cada vez mais forte", afirmou o goiano Helder, ex-atleta de judô paralímpico e vice-presidente da CBDV por dois mandatos.

Mesmo sem a realização de uma edição dos Jogos Paralímpicos no ciclo anterior, a diretoria agora reeleita ajudou o Brasil a chegar ao topo do pódio das principais competições internacionais disputadas no período. No futebol de 5, vale destacar os títulos do Mundial de 2018, em Madri, na Espanha, da Copa América de 2019, em São Paulo, e do Parapan de Lima, no Peru, no mesmo ano. 

Já no goalball, os rapazes ganharam o bicampeonato mundial e as mulheres garantiram sua primeira medalha (bronze), em Malmö 2018, na Suécia, resultados que classificaram o país para Tóquio. As duas equipes ainda foram medalhistas de ouro no Parapan peruano. 

Por fim, o judô viu a primeira mulher brasileira a ganhar um ouro em mundiais na história: Alana Maldonado obteve o feito em 2018, em Lisboa, Portugal, torneio que teve ainda os bronzes de Meg Emmerich e do conjunto feminino.

Contas em dia e novos conselheiros

Durante a assembleia, também foram aprovadas as contas da CBDV referentes ao ano de 2020. Por fim, ficaram conhecidos após votação os novos integrantes dos conselhos Deliberativo e Fiscal. Confira a relação dos eleitos:

Conselho Deliberativo
Fernando Dias da Silva, com 40 votos;
Antônio Sérgio Oliveira Soares, com 40 votos;
Sandro Rodrigues, com 35 votos.

Conselho Fiscal
Carlos Ajur Cardoso Costa, com 42 votos;
Udeilson Cezar de Arruda, com 40 votos;
Erondi Mocelin, com 27 votos;
Gilson Batista de Souza, com 17 votos, na condição de suplente;
Marcelo de Azevedo Coutinho, com 11 votos, na condição de suplente.

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3229/jose-antonio-ferreira-freire-e-reeleito-presidente-da-confederacao-brasileira-de-desportos-de-deficientes-visuais

Postado por Antônio Brito 

Curso EaD promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro têm alta de quase 20% em inscrições no último ano

Palestra de apresentação do lançamento do curso EAD Movimento Paralímpico em fevereiro de 2019 | Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio da sua área de Educação Paralímpica, registrou alta de quase 20% nas inscrições do curso "Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte", que é oferecido no formato de ensino à distância (EaD) e de maneira gratuita, no último ano. Acesse aqui o curso
 
O programa de Educação Paralímpica é um dos pilares do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB e tem como um dos seus objetivos promover cursos gratuitos online e presenciais para estudantes e profissionais de Educação Física de todas as regiões do Brasil. 
 
Entre os meses de março e dezembro de 2020, período em que coincidiu com o início da pandemia e as aulas presenciais foram interrompidas, o curso Movimento Paralímpico recebeu 11.660 inscrições de participantes localizados em mais de 2,6 mil cidades do país. A marca é 17,3% maior do que as 9.934 inscrições registradas no mesmo intervalo de tempo de 2019, ano em que o programa foi lançado pelo CPB.
 
"Oferecer capacitação gratuita aos profissionais da educação, ainda mais em momentos difíceis para a sociedade como o que ora atravessamos, reforça nosso compromisso de contribuir para a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, além de enfatizar nossa responsabilidade em promover o acesso de todos ao esporte paralímpico independentemente das circunstâncias", afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB.
 
O curso EaD, voltado para profissionais que atuam com a Educação Física em redes de ensino e têm foco escolar, ganhou recente atualização. Agora, possui dois novos módulos de formação e carga horária de quase 50 horas, além de recursos de acessibilidade, como audiodescrição em vídeos e fotos legendadas. 
 
Desde o lançamento da primeira versão do curso, em fevereiro de 2019, o CPB já recebeu mais de 26 mil inscrições de profissionais de Educação Física de 27 estados do Brasil.  
 
Entre as novidades, também haverá conteúdos sobre os esportes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional da Educação, além de informações sobre a estrutura, programas e ações do CPB. Também houve atualização no módulo sobre Classificação Esportiva.      
 
Além da formação EaD, o CPB oferece ainda qualificações on-line e gratuitas de arbitragem e habilitação técnica em atletismo, natação e halterofilismo e turmas presenciais em áreas como classificação, gestão, fisioterapia, iniciação, além de arbitragem e habilitação técnica. As aulas presenciais devem ser retomadas após o fim da pandemia, porém, sem data definida.  
 
Tanto os cursos on-line quanto os presenciais são lecionados por profissionais do CPB com ampla experiência e vivência prática nos temas ou áreas ofertados para formação.  
 
Para mais informações ou dúvidas, os interessados podem enviar um e-mail para educ.paralimpica@cpb.org.br
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3224/curso-ead-promovido-pelo-comite-paralimpico-brasileiro-tem-alta-de-quase-20-em-inscricoes-no-ultimo-ano

Postado por Antônio Brito 

Revelação no futebol de 5, Lucas tem ídolo Ricardinho como colega e já integra Seleção Brasileira principal

Lucas Caetano e Ricardo Alves durante treino da Seleção Brasileira de futebol de 5 | Foto: Alê Cabral / CPB

Entre os atletas que participam da Seleção Brasileira de futebol de 5 atualmente, há um jovem que ainda não vestiu a camisa da equipe principal em uma competição oficial. O paraibano Lucas Caetano, de 19 anos, treinava com o time nacional sub-23 quando foi convocado para treinar com a equipe tetracampeã paralímpica pela primeira vez.  

O jovem atleta tem treinado com a Seleção de futebol de 5 em 2021. E, entre seus colegas de time, o então ídolo Ricardinho, tricampeão paralímpico, foi um dos jogadores que acabou tornando-se mais próximo de Lucas fora do campo.  

“Eu nem acreditei quando fui convocado. A ficha demorou a cair ainda mais em um ano de Jogos Paralímpicos. É um momento de aprendizado estar com caras multicampeões, cheios de títulos paralímpicos e mundiais, uma bagagem muito grande e eles me ajudam em tudo que podem”, relatou Lucas.  

Lucas afirma ainda se sentir uma pessoa privilegiada ao ter como colega de equipe um atleta que foi eleito o melhor jogador do mundo da modalidade três vezes. E o novato já tem recebido as primeiras orientações do ídolo. 

“Pelo que eu percebi, Lucas é um rapaz bem centrado e que quer consolidar uma carreira no futebol de 5. A gente tem conversado bastante e, nessa troca de experiências, eu tento passar para ele algumas coisas que aprendi ao longo dos meus mais de 15 anos de Seleção. Ninguém nasce sabendo e, quando eu cheguei aqui, tive pessoas que me ensinaram e a vida também ensina. Se ele souber escutar o que eu e outros atletas mais experientes passamos para ele, vai trilhar alguns caminhos com mais facilidade. Mas tudo depende do esforço dele. Se ele está aqui treinando com a Seleção principal, é mérito dele”, disse o ala gaúcho de 32 anos.  

Natural de Sousa, na Paraíba, Lucas perdeu a visão devido a um glaucoma congênito. Quem apresentou o futebol de 5 para ele foi seu pai, que também é cego, Luciano Caetano. Desde os 14 anos, o paraibano compete pela modalidade. Em 2017, foi campeão com a Seleção juvenil dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, que foram realizados no CT Paralímpico, em São Paulo. No ano seguinte, passou a treinar com a Seleção Brasileira sub-23  

“Estou muito feliz por estar treinando com a equipe principal em preparação para mais um Jogos Paralímpicos. O Fábio [técnico da Seleção de futebol de 5] valoriza a renovação da equipe. Notei a grande qualidade técnica, força e velocidade dos jogadores. Antes eu falava com o Ricardo e não tinha perspectiva nenhuma e hoje estou aqui com ele no mesmo time. Quero ajudar o máximo possível a nossa Seleção”, completou Lucas.  

A Seleção de futebol de 5 tem vaga garantida nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que ocorrerão em agosto de 2021. A equipe garantiu sua participação no Japão ao ser campeã do Mundial de Madri, em junho de 2018.    

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3228/revelacao-no-futebol-de-5-lucas-tem-idolo-ricardinho-como-colega-e-ja-integra-selecao-brasileira-principal

Postado por Antônio Brito 

Câmara aprova projeto que classifica visão monocular como deficiência visual

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (2) o Projeto de Lei 1615/19, do Senado Federal, que classifica a visão monocular – cegueira de um dos olhos – como deficiência sensorial visual para todos os efeitos legais. A matéria será enviada à sanção presidencial.

Atualmente, a visão monocular não é considerada deficiência por lei federal, mas já é classificada como deficiência visual para fins de aplicação da Lei de Cotas. Além da nova classificação, o projeto obriga o Poder Executivo a criar instrumentos de avaliação desse tipo de deficiência.

Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Após aprovarem o projeto, deputados simulam efeito da visão monocular

Para a relatora do projeto, deputada Luisa Canziani (PTB-PR), “diversas instâncias dos poderes Executivo e Judiciário já estenderam à pessoa com visão monocular os mesmos direitos assegurados às pessoas com deficiência, medida inquestionavelmente oportuna e justa”. “A visão monocular traz prejuízo ao campo visual que pode dificultar muito a vida da pessoa”, afirmou.

A deputada ressaltou que há profissões vedadas a pessoas com visão monocular. Ela lembrou também que pessoas com visão monocular concorrem a vagas para pessoas com deficiência, tanto em concursos públicos como na iniciativa privada.

Debate em Plenário
O deputado Vicentinho (PT-SP) elogiou a iniciativa do autor da proposta, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que é medico e também tem visão monocular. "Isso sim é caminho para cidadania, dignidade humana e respeito", exaltou.

O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que é oftalmologista, defendeu a aprovação da proposta. "Paciente monocular tem sim limitações de acesso ao trabalho. Não pode dirigir carros de aplicativo, ônibus, avião. E quando um paciente procura exame oftalmológico para obter um atestado, fica em um limbo", afirmou.

Já o deputado Gilson Marques (Novo-SC) considerou injusto comparar um monocular com alguém completamente cego. "É óbvio que uma empresa, para atender a cota exigida pela lei, vai preferir contratar uma pessoa monocular do que uma pessoa completamente cega. Isso vai prejudicar quem o espírito da lei quer proteger", declarou.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) ponderou que a proposta deveria ter maior discussão, já que recebeu críticas de entidades de pessoas com deficiência visual. A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) também afirmou ter recebido manifestações contrárias à proposta.

Despesas
Na época em que o regime de urgência para o projeto foi aprovado, em dezembro do ano passado, o então relator do texto pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), relatou que representantes do Poder Executivo tinham restrições à proposta se a mudança onerar os cofres públicos a partir da concessão de benefícios como isenções tributárias e aposentadorias por invalidez.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Francisco Brandão
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Postado por Antônio Brito 

Espaço da Cidadania afirma que inclusão é uma luta de todos

Os 20 anos do Espaço da Cidadania foi comemorado na semana passada com a participação de pessoas que contribuíram com estas duas décadas na luta pela inclusão. A celebração aconteceu de forma presencial, pelo aplicativo ZOOM e pelo Facebook.

Um vídeo de um pouco mais de seis minutos resumiu a história do Espaço, onde criou-se uma rede que tem ganhado vários parceiros que se dedicam para defender a inclusão em toda a sociedade. (vídeo disponível no link https://youtu.be/xpygL7-4udo ) Nesta rede, construiu-se um aprendizado baseado na troca de experiências, vivendo e convivendo com a diversidade. “Todas as vozes são ouvidas. No Espaço da Cidadania as pessoas vêm em primeiro lugar”, resumiu Rafael Publio, da Santa Causa.

Pesquisa mostra que a inclusão é possível –  Nas metalúrgicas de Osasco e Região, 85,5% das vagas existentes pela Lei de Cotas estavam preenchidas em 2020. No mesmo ano, 46,0% das empresas cumpriram 100% ou mais da legislação, com um detalhe: 1 a cada 5 empresas contratam acima do previsto na lei.

No entanto, o levantamento mostra que, em relação ao desemprego, nas metalúrgicas da região, os trabalhadores com deficiência foram os mais afetados.

Acesse a pesquisa na integra através do link http://www.sindmetal.org.br/wp-content/uploads/2021/02/15Pesquisa.pdf

Multa pelo descumprimento da Lei de Cotas tem novo valor

A empresa que for flagrada descumprindo a Lei de Cotas poderá arcar com multa que varia de R$ 2.656,61 a R$ 265.659,51, conforme a gravidade da infração. O novo valor está previsto na Portaria SEPRT/ME Nº 477, de 12/02/2021.

Fonte  https://revistareacao.com.br/espaco-da-cidadania-afirma-que-inclusao-e-uma-luta-de-todos/

Postado por Antônio Brito 

05/03/2021

Quarto vídeo da Semana da Mulher Inclusiva

No quarto vídeo da Semana da Mulher Inclusiva, quem fala sobre o que é ser mulher é Tamires Arlanny. Esta é uma campanha do Instituto de Inclusão e Cidadania de Pernambuco em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Curta, comente e compartilhe em suas redes sociais.

#SemanaDaMulherInclusiva #DiadaMulher #MulheresComDeficiência #Inclusão #Cidadania #Acessibilidade #EmpoderamentoFeminino #PCD #IICPE

#PraCegoVer #PraTodosVerem Tamires está em pé num estúdio com fundo branco; está vestida com uma blusa verde sem mangas e shorts jeans; está com seus cabelos castanhos soltos. No canto inferior direito está Jaqueline Martins, vestida com blusa preta com mangas curtas e cabelo amarrado, fazendo a tradução para a Libras.

Fonte  https://revistareacao.com.br/quarto-video-da-semana-da-mulher-inclusiva/

Postado por Antônio Brito