08/03/2021

Catarinense nascida com deficiência desafia velocistas mais rápidas do país e briga por vaga olímpica

O ritual é o mesmo para todos os velocistas no atletismo. Pequenos saltos para relaxar a musculatura, a aproximação ao bloco de partida, o ato de se ajoelhar para aferir com precisão a distância entre tronco e mãos, entre pés e joelhos, a largada simulada para encaixar os últimos detalhes. Mas Anny Caroline de Bassi, de 23 anos, escapa à mesmice da multidão.

Anny de Bassi no Troféu Brasil de Atletismo — Foto: Wagner Carmo/CBAt

A catarinense nasceu com uma condição rara chamada Síndrome de Poland. Quando ainda era um embrião na barriga da mãe, o fluxo de sangue para as artérias que ficam embaixo da clavícula acabou interrompido. E, em função disso, ela se viu, ainda bebê, sem um músculo da região do tórax e com uma má formação no braço esquerdo.

Anny de Bassi sonha com vaga na equipe de atletismo do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio

E justamente naquela hora do ritual pré-largada a diferença se acentua. A Anny tem só um dedinho da mão esquerda, e precisa de um apoio - no caso, um peso metálico, como aqueles usados para segurar portas - para partir do bloco. Em uma prova repleta de minúcias como os 100m, é de impressionar que consiga registrar os feitos que tem obtido.

Apesar da condição, Anny está entre as mulheres mais rápidas do Brasil há três temporadas. No Troféu Brasil de Atletismo, disputado no fim do ano passado no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, no Ibirapuera, zona sul de São Paulo, foi a quarta colocada nos 200m e sexta nos 100m.

Anny de Bassi na pista onde treina, em Balneário Camboriú — Foto: Renato Soder
Anny de Bassi na pista onde treina, em Balneário Camboriú — Foto: Renato Soder

A regularidade na elite do atletismo brasileiro a deixa mais perto de sonhar com uma façanha: tentar classificação para o revezamento 4x100m feminino do país que irá aos Jogos Olímpicos de Tóquio. As cinco mais velozes do ranking nacional comporão a equipe e Anny, cuja melhor marca é 11s52, está no páreo. A definição do time será no primeiro semestre de 2021.

- Eu e meu treinador [Diego Gamboa] consideramos as chances muito boas. Eu venho melhorando muito do ano passado para esse ano. Em 2020, infelizmente, a gente quase não competiu. Estamos conseguindo ver evolução. E o que eu preciso fazer para ir a Tóquio é realmente melhorar minha marca. Eu preciso melhorar o meu tempo para conseguir, e acho que é possível - afirmou.

Anny começou a correr há pouco mais de dez anos, descoberta por uma professora, mas somente em 2012 decidiu tentar levar a vida no esporte. Devido à sua condição de nascimento, postulou o esporte paralímpico. Até conseguiu ser classificada na natação paralímpica, mas para o atletismo, que era de fato seu objetivo, foi barrada.

Motivo: a deficiência da catarinense não se enquadra nos critérios. Para se tornar elegível entre atletas com deficiência, o braço esquerdo dela, comprometido pela má formação, teria de ser menor do que a distância entre o ombro e o punho do braço direito.

Anny treina com o peso para apoiar a mão esquerda — Foto: Renato Soder
Anny treina com o peso para apoiar a mão esquerda — Foto: Renato Soder

Impedida de seguir no atletismo paralímpico, ela não desistiu e se estabeleceu no atletismo convencional. Desde 2017 virou figura cativa em finais das provas de velocidades nos torneios do país e, em 2019, estreou pela seleção brasileira; no Campeonato Sul-Americano de Lima, no Peru, abriu o revezamento 4x100m que levou a medalha de ouro.

A trajetória bem-sucedida atualmente contrasta com o início, quando teve de lidar com preconceito e "olhares" de outras competidoras.

- Eu já senti [preconceito], por parte dos atletas. Hoje em dia, quase não sinto mais, mas no início, eu sentia os olhares até durante a prova, das próprias pessoas que estavam competindo comigo. Me incomodava um pouco, mas eu sabia lidar até bem com isso. Teve uma vez que eu fiquei bem chateada, que me falaram algumas coisas. Não falaram diretamente para mim, mas para uma amiga minha assim: "vocês vão perder, aquela menina com uma mão vai correr com vocês." A gente sabia que talvez eu pudesse ter uma pequena desvantagem em questão de equilíbrio, mas nunca vimos como um obstáculo. Nunca achei que fosse me impedir - comentou.

Para se tornar competitiva, Anny precisou fazer adaptações e minimizar as desvantagens técnicas impostas por sua condição física. Ela usa uma luva para fazer levantamento de peso, empurra moto para ajustar a coordenação e fortalecimento abdominal. O que transparece mais, porém, é o peso de porta que leva a todos os treinos e competições para equilibrar o corpo na largada.

- Antes, eu não usava. Então a minha largada era muito ruim, porque eu saía desequilibrada com o ombro e o braço. Como a prova de 100 metros é uma prova muito rápida, você não pode perder tempo em nenhuma das partes. E quando a gente colocou esse bloquinho, eu melhorei muito o meu tempo - explicou.

Thiago Lourenço, coordenador do departamento de ciência do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), fez uma comparação entre a largada dos 100m com a da Fórmula 1 para explicar o quanto a condição poderia prejudicar Anny.

- Eu costumo sempre fazer o paralelo com a largada de um Fórmula 1. Se a gente colocar um carro de Fórmula 1 com um pneu descalibrado, ele vai perder a sua trajetória retilínea, que é o que a gente precisa pra ganhar o máximo de velocidade possível. No caso dela, seria a mesma coisa. Se ela não tivesse esse auxílio, ela teria uma trajetória de corrida totalmente diferente da necessária, que seria a retilínea - disse.

A história de esforço ganha ainda mais peso porque Anny treina fora do eixo Rio-São Paulo, onde se concentra a maior parte dos grandes nomes do atletismo brasileiro, e longe de condições ideais. O local onde faz suas atividades diariamente é uma pista de carvão.

- Eu quero que lembrem de mim também como atleta. Não quero que lembrem de mim pela minha deficiência. Quero que lembrem de mim como uma atleta que teve bons resultados, que levou o nome do Brasil em competições, e uma pessoa que traz alegria - disse.

Em 2021, ela terá alguns torneios para tentar melhorar seu índice e garantir vaga na equipe brasileira que vai a Tóquio. Entre eles, o Troféu Brasil, ainda sem data definida.

07/03/2021

Atleta do rúgbi em cadeira de rodas morre por complicações da Covid-19 | paralimpíadas

A atleta do rúgbi em cadeira de rodas Tainá Melany dos Santos, de 29 anos, faleceu em razão de complicações geradas pela Covid-19 nesta sexta-feira. Conhecida como Tininha, ela procurou o serviço médico na última segunda-feira, mas não conseguiu vaga de UTI na cidade de Tamandaré, no Paraná. O irmão, Weslley, que também é atleta da modalidade paralímpica, segue internado com a doença.

A jogadora da equipe Gladiadores Curitiba Quad Rugby também cursava Direito.

- A perda da nossa amiga representa, para quem não teve a oportunidade de conviver com ela, a perda de uma atleta que representou nosso clube e o estado do Paraná na França, Colômbia e em diversas competições locais e regionais. É muito difícil para nós, seus amigos e amigas, seu time, pensarmos que estaremos em quadra e ela não estará lá. Que iremos a torneios, e ela não estará lá - lamentou um representante na página oficial do Gladiadores Quad Rugby.

Tininha descobriu o paradesporto em 2012. Com a seleção brasileira, ela participou da Copa Feminina de Paris 2017 e do Mundial da Colômbia 2018. Durante a carreira de quase 10 anos, ela conquistou diversos prêmios, entre eles, o de melhor atleta 1.0/1.5.

O rúgbi paralímpico é praticado por atletas com comprometimento motor nos quatro membros, majoritariamente os tetraplégicos. Os lesionados medulares, paralisados cerebrais e imunossuprimidos foram incluídos no grupo de risco para o novo coronavírus.

Fonte  https://globoesporte.globo.com/paralimpiadas/noticia/atleta-do-rugbi-em-cadeira-de-rodas-morre-por-complicacoes-da-covid-19.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Guedes anuncia antecipação de 13º de beneficiários do INSS

Pelo segundo ano consecutivo, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) receberão o décimo terceiro salário de forma antecipada, disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o ministro, a medida só vai ocorrer depois da aprovação do Orçamento Geral da União deste ano.

“O abono salarial já foi antecipado. Agora, assim que aprovar o orçamento, vai ser antecipado o décimo terceiro justamente dos mais frágeis, dos mais idosos, como fizemos da outra vez”, disse o ministro. No ano passado, os beneficiários do INSS tiveram o décimo terceiro antecipado para abril como medida de ajuda à população mais afetada pela pandemia de covid-19.

O ministro deu a declaração após reunião com o deputado Daniel Freitas (PSL-SC), relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial na Câmara dos Deputados. Aprovado ontem (5) em segundo turno pelo Senado, o texto foi encaminhado para a Câmara, onde deve ser votado na próxima semana.

Guedes também anunciou que pretende reeditar o programa de suspensão de contratos e de redução de jornada (com redução proporcional de salários) que vigorou no ano passado. “O BEm, que é o programa de preservação de empregos, já estão sendo disparadas as novas bases. Então, tem mais coisa vindo por aí”, acrescentou Guedes.

Chamado de Benefício Emergencial (BEm), o programa prevê que o trabalhador com contrato suspenso ou jornada reduzida receba a parcela do seguro-desemprego a que teria direito se fosse demitido em troca do corte no salário. Em troca, o empregador não pode demitir o trabalhador após o fim da ajuda pelo tempo em que o trabalhador recebeu o BEm.

Vacinação

Guedes voltou a defender a vacinação em massa como a principal medida para salvar a economia e não respondeu a perguntas sobre uma eventual ampliação do Bolsa Família.

“O grande desafio é a vacinação em massa. Na saúde, nós precisamos avançar rapidamente para não derrubar a economia brasileira de novo. Além da dimensão humana, das tragédias, das famílias, tem o perigo de derrubar a economia de novo e aí você agudiza todo o problema brasileiro”, declarou. "Agora é saúde, vacinação em massa, não vamos falar de Bolsa Família agora.”

PEC Emergencial

Em relação à PEC Emergencial, o deputado Daniel Freitas disse que não pretende alterar o texto aprovado pelo Senado para acelerar a tramitação da proposta. Ele afirmou que apresentará uma minuta do relatório na próxima segunda-feira (8).

“O Brasil tem pressa, a urgência dessa matéria é evidente e precisamos dar celeridade no processo. Qualquer alteração na PEC faz o Brasil atrasar, portanto, vamos discutir e conversar e tentar acelerar o mais rápido possível a aprovação dessa PEC”, comentou o relator da proposta na Câmara.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-03/guedes-anuncia-antecipacao-de-13o-de-beneficiarios-do-inss

Postado por Antônio Brito 

José Antônio Ferreira Freire é reeleito presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais

O presidente José Antônio Ferreira Freire (esq. ) durante Assembleia da CBDV. | Foto: Renan Cacioli/CBDV

O presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), José Antônio Ferreira Freire, 57 anos, foi reeleito para o ciclo 2021-2025 durante a Assembleia Geral Ordinária realizada neste sábado (6), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Ao seu lado estará novamente o secretário-geral Helder Maciel Araújo, de 43 anos.

A chapa Continuidade e Trabalho venceu a eleição para a diretoria executiva com 44 votos, contra nove da chapa Unidos pela CBDV, formada pelo ex-presidente da CBDV, Sandro Laina Soares, e por Edivaldo Ribeiro de Lima. Quarenta e cinco entidades participaram do pleito.

Por conta da pandemia, que adiou os Jogos Paralímpicos de Tóquio em um ano, a atual gestão terá a missão de conduzir as Seleções do Brasil de futebol de 5, goalball e judô – as três modalidades geridas pela CBDV que constam da grade da competição – em duas edições: a japonesa, marcada para agosto deste ano, e em Paris 2024.

A posse da nova gestão será realizada já nesta segunda-feira, dia 8. Vale destacar que a eleição obedeceu aos protocolos de segurança em relação à pandemia do Covid-19, com cédulas individualizadas e distanciamento social entre as mesas dos participantes.

"Precisaremos trabalhar muito por conta de duas Paralimpíadas em três anos, o que demandará um esforço enorme para cumprir com todas as obrigações. Ainda não conseguimos mensurar o prejuízo de 2020 e da metade de 2021 por conta da pandemia, por isso, nosso trabalho será redobrado. Vale lembrar dos Mundiais que teremos também em 2023. Todos que compõem a CBDV vão se dedicar muito para termos êxito", disse o paraibano José Antônio, ex-atleta de futebol de 5 e gestor no paradesporto desde que encerrou a carreira nas quadras, em 2002. Antes de ser eleito presidente pela primeira vez, em 2017, fora coordenador de futebol de 5 da confederação.

Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado parabenizou a chapa vencedora: "Demonstra maturidade da CBDV esse processo com grande número de entidades participando, o que certamente fortalecerá ainda mais o trabalho que a confederação vem brilhantemente desenvolvendo junto ao esporte para cegos no país. O José e o Helder estão de parabéns pela vitória e nós, aqui do Comitê, estamos à disposição para seguirmos trabalhando juntos".

Como o próprio nome da chapa diz, a ideia é dar sequência ao fomento das modalidades sob o guarda-chuva da CBDV – que gere, fora as três já mencionadas, também o futebol B2/B3 e o powerlifting – e ampliar a atuação junto aos associados. Para se ter uma ideia, ao fim de 2017, primeiro ano do mandato anterior, a CBDV contava com 193 entidades inscritas de 25 estados brasileiros mais o Distrito Federal em um universo composto por 2.290 atletas. Já ao fim do ano passado, eram 244 entidades e 2.737 atletas.

"Nossa ideia é seguir servindo de suporte para todos os associados que compõem nosso quadro e nos ajudam a fazer o movimento cada vez mais forte", afirmou o goiano Helder, ex-atleta de judô paralímpico e vice-presidente da CBDV por dois mandatos.

Mesmo sem a realização de uma edição dos Jogos Paralímpicos no ciclo anterior, a diretoria agora reeleita ajudou o Brasil a chegar ao topo do pódio das principais competições internacionais disputadas no período. No futebol de 5, vale destacar os títulos do Mundial de 2018, em Madri, na Espanha, da Copa América de 2019, em São Paulo, e do Parapan de Lima, no Peru, no mesmo ano. 

Já no goalball, os rapazes ganharam o bicampeonato mundial e as mulheres garantiram sua primeira medalha (bronze), em Malmö 2018, na Suécia, resultados que classificaram o país para Tóquio. As duas equipes ainda foram medalhistas de ouro no Parapan peruano. 

Por fim, o judô viu a primeira mulher brasileira a ganhar um ouro em mundiais na história: Alana Maldonado obteve o feito em 2018, em Lisboa, Portugal, torneio que teve ainda os bronzes de Meg Emmerich e do conjunto feminino.

Contas em dia e novos conselheiros

Durante a assembleia, também foram aprovadas as contas da CBDV referentes ao ano de 2020. Por fim, ficaram conhecidos após votação os novos integrantes dos conselhos Deliberativo e Fiscal. Confira a relação dos eleitos:

Conselho Deliberativo
Fernando Dias da Silva, com 40 votos;
Antônio Sérgio Oliveira Soares, com 40 votos;
Sandro Rodrigues, com 35 votos.

Conselho Fiscal
Carlos Ajur Cardoso Costa, com 42 votos;
Udeilson Cezar de Arruda, com 40 votos;
Erondi Mocelin, com 27 votos;
Gilson Batista de Souza, com 17 votos, na condição de suplente;
Marcelo de Azevedo Coutinho, com 11 votos, na condição de suplente.

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3229/jose-antonio-ferreira-freire-e-reeleito-presidente-da-confederacao-brasileira-de-desportos-de-deficientes-visuais

Postado por Antônio Brito 

Curso EaD promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro têm alta de quase 20% em inscrições no último ano

Palestra de apresentação do lançamento do curso EAD Movimento Paralímpico em fevereiro de 2019 | Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio da sua área de Educação Paralímpica, registrou alta de quase 20% nas inscrições do curso "Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte", que é oferecido no formato de ensino à distância (EaD) e de maneira gratuita, no último ano. Acesse aqui o curso
 
O programa de Educação Paralímpica é um dos pilares do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB e tem como um dos seus objetivos promover cursos gratuitos online e presenciais para estudantes e profissionais de Educação Física de todas as regiões do Brasil. 
 
Entre os meses de março e dezembro de 2020, período em que coincidiu com o início da pandemia e as aulas presenciais foram interrompidas, o curso Movimento Paralímpico recebeu 11.660 inscrições de participantes localizados em mais de 2,6 mil cidades do país. A marca é 17,3% maior do que as 9.934 inscrições registradas no mesmo intervalo de tempo de 2019, ano em que o programa foi lançado pelo CPB.
 
"Oferecer capacitação gratuita aos profissionais da educação, ainda mais em momentos difíceis para a sociedade como o que ora atravessamos, reforça nosso compromisso de contribuir para a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, além de enfatizar nossa responsabilidade em promover o acesso de todos ao esporte paralímpico independentemente das circunstâncias", afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB.
 
O curso EaD, voltado para profissionais que atuam com a Educação Física em redes de ensino e têm foco escolar, ganhou recente atualização. Agora, possui dois novos módulos de formação e carga horária de quase 50 horas, além de recursos de acessibilidade, como audiodescrição em vídeos e fotos legendadas. 
 
Desde o lançamento da primeira versão do curso, em fevereiro de 2019, o CPB já recebeu mais de 26 mil inscrições de profissionais de Educação Física de 27 estados do Brasil.  
 
Entre as novidades, também haverá conteúdos sobre os esportes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional da Educação, além de informações sobre a estrutura, programas e ações do CPB. Também houve atualização no módulo sobre Classificação Esportiva.      
 
Além da formação EaD, o CPB oferece ainda qualificações on-line e gratuitas de arbitragem e habilitação técnica em atletismo, natação e halterofilismo e turmas presenciais em áreas como classificação, gestão, fisioterapia, iniciação, além de arbitragem e habilitação técnica. As aulas presenciais devem ser retomadas após o fim da pandemia, porém, sem data definida.  
 
Tanto os cursos on-line quanto os presenciais são lecionados por profissionais do CPB com ampla experiência e vivência prática nos temas ou áreas ofertados para formação.  
 
Para mais informações ou dúvidas, os interessados podem enviar um e-mail para educ.paralimpica@cpb.org.br
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3224/curso-ead-promovido-pelo-comite-paralimpico-brasileiro-tem-alta-de-quase-20-em-inscricoes-no-ultimo-ano

Postado por Antônio Brito 

Revelação no futebol de 5, Lucas tem ídolo Ricardinho como colega e já integra Seleção Brasileira principal

Lucas Caetano e Ricardo Alves durante treino da Seleção Brasileira de futebol de 5 | Foto: Alê Cabral / CPB

Entre os atletas que participam da Seleção Brasileira de futebol de 5 atualmente, há um jovem que ainda não vestiu a camisa da equipe principal em uma competição oficial. O paraibano Lucas Caetano, de 19 anos, treinava com o time nacional sub-23 quando foi convocado para treinar com a equipe tetracampeã paralímpica pela primeira vez.  

O jovem atleta tem treinado com a Seleção de futebol de 5 em 2021. E, entre seus colegas de time, o então ídolo Ricardinho, tricampeão paralímpico, foi um dos jogadores que acabou tornando-se mais próximo de Lucas fora do campo.  

“Eu nem acreditei quando fui convocado. A ficha demorou a cair ainda mais em um ano de Jogos Paralímpicos. É um momento de aprendizado estar com caras multicampeões, cheios de títulos paralímpicos e mundiais, uma bagagem muito grande e eles me ajudam em tudo que podem”, relatou Lucas.  

Lucas afirma ainda se sentir uma pessoa privilegiada ao ter como colega de equipe um atleta que foi eleito o melhor jogador do mundo da modalidade três vezes. E o novato já tem recebido as primeiras orientações do ídolo. 

“Pelo que eu percebi, Lucas é um rapaz bem centrado e que quer consolidar uma carreira no futebol de 5. A gente tem conversado bastante e, nessa troca de experiências, eu tento passar para ele algumas coisas que aprendi ao longo dos meus mais de 15 anos de Seleção. Ninguém nasce sabendo e, quando eu cheguei aqui, tive pessoas que me ensinaram e a vida também ensina. Se ele souber escutar o que eu e outros atletas mais experientes passamos para ele, vai trilhar alguns caminhos com mais facilidade. Mas tudo depende do esforço dele. Se ele está aqui treinando com a Seleção principal, é mérito dele”, disse o ala gaúcho de 32 anos.  

Natural de Sousa, na Paraíba, Lucas perdeu a visão devido a um glaucoma congênito. Quem apresentou o futebol de 5 para ele foi seu pai, que também é cego, Luciano Caetano. Desde os 14 anos, o paraibano compete pela modalidade. Em 2017, foi campeão com a Seleção juvenil dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, que foram realizados no CT Paralímpico, em São Paulo. No ano seguinte, passou a treinar com a Seleção Brasileira sub-23  

“Estou muito feliz por estar treinando com a equipe principal em preparação para mais um Jogos Paralímpicos. O Fábio [técnico da Seleção de futebol de 5] valoriza a renovação da equipe. Notei a grande qualidade técnica, força e velocidade dos jogadores. Antes eu falava com o Ricardo e não tinha perspectiva nenhuma e hoje estou aqui com ele no mesmo time. Quero ajudar o máximo possível a nossa Seleção”, completou Lucas.  

A Seleção de futebol de 5 tem vaga garantida nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que ocorrerão em agosto de 2021. A equipe garantiu sua participação no Japão ao ser campeã do Mundial de Madri, em junho de 2018.    

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3228/revelacao-no-futebol-de-5-lucas-tem-idolo-ricardinho-como-colega-e-ja-integra-selecao-brasileira-principal

Postado por Antônio Brito 

Câmara aprova projeto que classifica visão monocular como deficiência visual

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (2) o Projeto de Lei 1615/19, do Senado Federal, que classifica a visão monocular – cegueira de um dos olhos – como deficiência sensorial visual para todos os efeitos legais. A matéria será enviada à sanção presidencial.

Atualmente, a visão monocular não é considerada deficiência por lei federal, mas já é classificada como deficiência visual para fins de aplicação da Lei de Cotas. Além da nova classificação, o projeto obriga o Poder Executivo a criar instrumentos de avaliação desse tipo de deficiência.

Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Após aprovarem o projeto, deputados simulam efeito da visão monocular

Para a relatora do projeto, deputada Luisa Canziani (PTB-PR), “diversas instâncias dos poderes Executivo e Judiciário já estenderam à pessoa com visão monocular os mesmos direitos assegurados às pessoas com deficiência, medida inquestionavelmente oportuna e justa”. “A visão monocular traz prejuízo ao campo visual que pode dificultar muito a vida da pessoa”, afirmou.

A deputada ressaltou que há profissões vedadas a pessoas com visão monocular. Ela lembrou também que pessoas com visão monocular concorrem a vagas para pessoas com deficiência, tanto em concursos públicos como na iniciativa privada.

Debate em Plenário
O deputado Vicentinho (PT-SP) elogiou a iniciativa do autor da proposta, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que é medico e também tem visão monocular. "Isso sim é caminho para cidadania, dignidade humana e respeito", exaltou.

O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que é oftalmologista, defendeu a aprovação da proposta. "Paciente monocular tem sim limitações de acesso ao trabalho. Não pode dirigir carros de aplicativo, ônibus, avião. E quando um paciente procura exame oftalmológico para obter um atestado, fica em um limbo", afirmou.

Já o deputado Gilson Marques (Novo-SC) considerou injusto comparar um monocular com alguém completamente cego. "É óbvio que uma empresa, para atender a cota exigida pela lei, vai preferir contratar uma pessoa monocular do que uma pessoa completamente cega. Isso vai prejudicar quem o espírito da lei quer proteger", declarou.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) ponderou que a proposta deveria ter maior discussão, já que recebeu críticas de entidades de pessoas com deficiência visual. A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) também afirmou ter recebido manifestações contrárias à proposta.

Despesas
Na época em que o regime de urgência para o projeto foi aprovado, em dezembro do ano passado, o então relator do texto pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), relatou que representantes do Poder Executivo tinham restrições à proposta se a mudança onerar os cofres públicos a partir da concessão de benefícios como isenções tributárias e aposentadorias por invalidez.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Francisco Brandão
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Postado por Antônio Brito 

Espaço da Cidadania afirma que inclusão é uma luta de todos

Os 20 anos do Espaço da Cidadania foi comemorado na semana passada com a participação de pessoas que contribuíram com estas duas décadas na luta pela inclusão. A celebração aconteceu de forma presencial, pelo aplicativo ZOOM e pelo Facebook.

Um vídeo de um pouco mais de seis minutos resumiu a história do Espaço, onde criou-se uma rede que tem ganhado vários parceiros que se dedicam para defender a inclusão em toda a sociedade. (vídeo disponível no link https://youtu.be/xpygL7-4udo ) Nesta rede, construiu-se um aprendizado baseado na troca de experiências, vivendo e convivendo com a diversidade. “Todas as vozes são ouvidas. No Espaço da Cidadania as pessoas vêm em primeiro lugar”, resumiu Rafael Publio, da Santa Causa.

Pesquisa mostra que a inclusão é possível –  Nas metalúrgicas de Osasco e Região, 85,5% das vagas existentes pela Lei de Cotas estavam preenchidas em 2020. No mesmo ano, 46,0% das empresas cumpriram 100% ou mais da legislação, com um detalhe: 1 a cada 5 empresas contratam acima do previsto na lei.

No entanto, o levantamento mostra que, em relação ao desemprego, nas metalúrgicas da região, os trabalhadores com deficiência foram os mais afetados.

Acesse a pesquisa na integra através do link http://www.sindmetal.org.br/wp-content/uploads/2021/02/15Pesquisa.pdf

Multa pelo descumprimento da Lei de Cotas tem novo valor

A empresa que for flagrada descumprindo a Lei de Cotas poderá arcar com multa que varia de R$ 2.656,61 a R$ 265.659,51, conforme a gravidade da infração. O novo valor está previsto na Portaria SEPRT/ME Nº 477, de 12/02/2021.

Fonte  https://revistareacao.com.br/espaco-da-cidadania-afirma-que-inclusao-e-uma-luta-de-todos/

Postado por Antônio Brito 

05/03/2021

Quarto vídeo da Semana da Mulher Inclusiva

No quarto vídeo da Semana da Mulher Inclusiva, quem fala sobre o que é ser mulher é Tamires Arlanny. Esta é uma campanha do Instituto de Inclusão e Cidadania de Pernambuco em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Curta, comente e compartilhe em suas redes sociais.

#SemanaDaMulherInclusiva #DiadaMulher #MulheresComDeficiência #Inclusão #Cidadania #Acessibilidade #EmpoderamentoFeminino #PCD #IICPE

#PraCegoVer #PraTodosVerem Tamires está em pé num estúdio com fundo branco; está vestida com uma blusa verde sem mangas e shorts jeans; está com seus cabelos castanhos soltos. No canto inferior direito está Jaqueline Martins, vestida com blusa preta com mangas curtas e cabelo amarrado, fazendo a tradução para a Libras.

Fonte  https://revistareacao.com.br/quarto-video-da-semana-da-mulher-inclusiva/

Postado por Antônio Brito 

Ivan Baron, o influencer da inclusão, revela 5 frases capacitistas que devem ser banidas do seu vocabulário para já

Quantas vezes você já ouviu a expressão “que mancada” sem nem de fato pensar no significado literal? E quantas vezes já ouviu falar sobre capacitismo? A expressão bem menos conhecida do que deveria se refere a descriminação de pessoas com qualquer tipo de deficiência. Ivan Baron, conhecido como o “influencer da inclusão”, explica o termo:“Costumo falar que o capacitismo é da mesma família que o Racismo, LGBTfobia, Machismo, sendo que a violência nesse caso é direcionada às Pessoas com Deficiência. Esse tipo de preconceito não foi criado recentemente. Pelo contrário, sempre existiu”.

De falas claramente preconceituosas à situações enrustidas, como filmes que expõem atores com algum tipo de deficiência em papéis degradantes, o humor sem graça das situações capacitistas hora não é nada discreto, hora está disfarçado entre frases feitas do cotidiano. Pensando nisso, Ivan listou 5 frases capacitistas que você não deve usar e uma alternativa para cada uma delas. Confira:

Jamais: “Que mancada!”

Use: Que besteira você fez!”

Jamais: “Você é retardado”

Use: “Você é sem noção”

Jamais: “Ta cego, é?”

Use: “Preste mais atenção nas coisas.”

Jamais: “Vá buscar, você tem duas pernas e dois braços.”

Use:”Deixe de ser preguiçoso, vá buscar”. 

Jamais: “Não fala com ninguém, parece um autista”

Use: Neste caso, não use nada. A dica é respeitar a personalidade de cada um. 

Nascido no Rio Grande do Norte, Ivan Baron, de 23 anos, tem levado sua voz para todo o Brasil. Ainda criança, com apenas 3 anos, ele foi acometido por uma grave infecção alimentar que deixou sequelas: a Paralisia Cerebral, ocasionando deficiência física e mobilidade reduzida. Em contrapartida ao esperado, a condição não limitou o potiguar, que seguiu conquistando seu espaço e levantando a bandeira da representatividade. Hoje com cerca de 60 mil seguidores no Instagram e mais de 120 mil no Tiktok, já palestrou em diversas escolas e, mesmo que não fosse seu objetivo a princípio, tornou- se conhecido como o “influenciador da inclusão”.

Fonte  https://revistareacao.com.br/ivan-baron-o-influencer-da-inclusao-revela-5-frases-capacitistas-que-devem-ser-banidas-do-seu-vocabulario-para-ja/

Postado por Antônio Brito