26/01/2021

Jovens autistas recebem qualificação para o mercado de trabalho em Fortaleza

Jovens de 18 a 29 anos com Transtorno do Espectro Autista (EUA) poderão participar de projeto de qualificação para o mercado de trabalho em Fortaleza. A ação será realizada em parceria com o Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (Nutep) da Universidade Federal do Ceará (UFC), com recursos do Governo Federal.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) destinou quase R$ 1 milhão para o projeto, em recursos repassados no final de 2020 com o objetivo de fomentar a inclusão desse público.

A iniciativa é executada por meio da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), que integra a estrutura do MMFDH. O órgão é responsável pela articulação e fomento de políticas públicas para a juventude brasileira.

A titular da SNJ, Emilly Coelho, avalia que o trabalho de inclusão de jovens precisa ter um olhar atencioso para jovens autistas. “Nós precisamos garantir que essa juventude também possa ocupar seu espaço profissionalmente, com capacitação e oportunidades com foco na autonomia”, explica a secretária.

O termo de fomento da parceria foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na terça-feira (12). A previsão do Ministério é que as atividades comecem ainda neste mês de janeiro, com o processo de seleção dos jovens. A capacitação deve ser iniciada no próximo mês de fevereiro, conforme plano de trabalho.

Fonte  https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/01/20/jovens-autistas-recebem-qualificacao-para-o-mercado-de-trabalho-em-fortaleza.ghtml

Postado por Antônio Brito 

25/01/2021

Advogada que atua na OAB Paraná representará o Brasil em organização mundial para PCDs

A advogada Valéria Mendes Siqueira, responsável pelo Centro de Inclusão e Apoio à Pessoa com Deficiência da OAB Paraná, foi escolhida como representante do Brasil na World Disability and Rehabilitation Professionals Association (WDRPA, Associação Mundial de Profissionais com Deficiência e em Reabilitação) para o período de janeiro de 2021 a janeiro de 2025. Até o início deste ano, a instituição congregava representantes de 12 países (veja quadro). O Brasil é o 13º integrante do grupo, sendo o primeiro da América do Sul.

O primeiro contato que teve sobre a possibilidade de integrar a WDRPA ocorreu em novembro de 2020, por meio de um professor que conheceu durante a graduação em Direito. O professor conhece a luta da advogada para incluir, capacitar e tornar autônomas pessoas com deficiência e também seu interesse em travar batalhas também em escala internacional. Por isso, a colocou em contato com um membro da WDRPA que está no Iraque. A escolha decorre também do reconhecimento do trabalho desenvolvido na OAB Paraná. Valéria é primeira advogada cega contratada pelo sistema OAB no Brasil.

Atuação

Na seccional paranaense, Valéria atua em um setor exclusivo para incluir advogados com deficiência e orientar pessoas sobre questões pertinentes à temática dos direitos das PCDs, criado por iniciativa da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Esse Centro de Inclusão, na visão de Valéria, respalda a luta pela inclusão social, capacitação, autonomia e independência das pessoas com deficiência.

“Participei de uma reunião por zoom, enviei o meu currículo e fui convidada para coordenar os trabalhos da WDRPA que iniciarão no Brasil”, relata ela. Para Valéria, a sociedade ainda é muito discriminatória quando se trata de incluir pessoas com deficiência em todo o mundo. No Brasil não é diferente. “Por isso, somar forças com outros países, trocar experiências, ter apoio internacional para conscientizar e informar a sociedade contribuirá, no Brasil, para uma abrangência maior das ações desenvolvidas para capacitar, reabilitar e tornar as pessoas com deficiência independentes e autônomas em todas as áreas de suas vidas resultará em inclusão de uma forma mais natural e menos dolorosa”, acredita.

Missão

As principais atividades envolvem a participação no comitê executivo, a divulgação das conferências, a promoção de eventos e atividades organizados pela associação dentro de sua rede no país ou região representados e o apoio para aumentar o número de associados. Também faz parte das atribuições contribuir para o desenvolvimento da associação por meio de sugestões e manter conexão com o comitê central. Valéria será ainda responsável por dar o suporte para a marca WDRPA no Brasil, participar de pesquisas sobre direitos humanos das Pessoas com Deficiência (PCDs) e atuar para garantir a aplicação destes direitos, elaborar campanhas informativas que contribuam para a inclusão social das PCDs e apresentar proposta de tema para a conferência internacional que ocorrerá em novembro de 2021, tomando por base os projetos em desenvolvimento no Brasil.

Valéria considera que durante as conferências internacionais certamente haverá a troca de informações e conhecimentos que facilitarão a inclusão de pessoas com deficiência. “Nessas conferências pretendo apresentar trabalhos de grande relevância na inclusão de pessoas com deficiência desenvolvidos no Brasil. Dentre eles certamente, na medida do possível, quero apresentar o projeto de empregabilidade do advogado com deficiência da OAB Paraná. Afinal, a função de advogado existe em todos os países e a iniciativa da OAB Paraná continua sendo pioneira no Brasil e também no mundo. Além disso, pretendo conhecer projetos de outros países e trazê-los para serem implementados no Brasil”.

Difusão

Para disseminar as conferências no Brasil, a advogada conta com as redes sociais e com os relacionamentos construídos por mais de 20 anos. “Tenho contatos em todo o país que poderão ser pontes importantes para a divulgação e a implementação dos projetos da organização”, sublinha. Outra tarefa a que a advogada se dedicará será a identificação de potenciais integrantes para a organização. Caberá a ela fazer os convites àqueles que mostrarem maior envolvimento e dedicação na caminhada pela inclusão de pessoas com deficiência. “Da mesma forma, empresas com comportamento inclusivo são possibilidades de futuras parcerias para a viabilização e implementação dos projetos aqui no Brasil”, completa.

Valéria conciliará a representação da WDRPA com suas atividades no Centro de Inclusão da OAB Paraná. “Nosso projeto de empregabilidade vai ao encontro dos propósitos da associação, que é de tornar autônomas e independentes pessoas com deficiência. Sendo assim, penso que com o conhecimento que irei adquirir através da experiência dos coordenadores dos outros países que compõe a instituição poderei potencializar e agilizar o alcance dos objetivos da OAB Paraná e do Centro de Inclusão e da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência no que tange à inclusão das pessoas com deficiência; inclusive dos advogados com deficiência, foco do projeto de empregabilidade da seccional.

Sinergia

Ela aposta que a sua atuação como coordenadora de uma organização internacional propagará também o projeto de empregabilidade; afinal, não há como representar os interesses de uma organização internacional como a WDRPA sem ter na base uma história de atuação nacional na luta por tais direitos. ‘É exatamente isto que o trabalho no Centro de Inclusão e Apoio à Pessoas com Deficiência me proporcionou; a expertise de identificar os passos a serem dados e as barreiras a serem transpostas para alcançar a inclusão social tão desejada pelas pessoas com deficiência”, observa.

“Ainda há muito por ser realizado. A discriminação velada ainda impera na sociedade, seja por falta de informação, receio de não saber como agir ou por preconceito. Mas o principal passo já foi dado, que é agir para incluir em todos os aspectos sociais”, pontua.

 

 

Países com representação na WDRPA

Austrália,

Bangladesh,

Brasil,

Estados Unidos,

Filipinas,

Iraque,

Índia,

Jordânia,

Nepal,

Paquistão,

Polônia,

Quênia

Sri Lanka
Fonte  https://www.oabpr.org.br/advogada-que-atua-na-oab-parana-representara-o-brasil-na-associacao-mundial-de-profissionais-com-deficiencia-e-em-reabilitacao/
Postado por Antônio Brito 

Idoso cego retoma visão após receber o primeiro transplante de córnea artificial

Paciente recebeu córnea e voltou a enxergar


Após dez anos de cegueira, um idoso de 78 anos conseguiu recuperar a visão em Israel. Ele também se tornou a primeira pessoa no mundo a receber um transplante de córneas artificiais bem-sucedido.

O paciente faz parte de estudos clínicos realizados pela startup israelense CorNet Vision, que criou um tipo de córnea sintética que se biointegra ao olho humano. O procedimento é recomendado apenas em casos de córneas deformadas, com cicatrizes ou opacificadas. O dispositivo tem uma lente projetada para se integrar com o tecido ocular usando nanofibra não degradável sintética, que é colocada sob a conjuntiva.

O implante é considerado relativamente simples e a expectativa é de que o paciente consiga novamente enxergar depois de horas em recuperação. No caso do idoso de 78 anos, identificado como Jamal Furani, ele foi capaz de um dia depois reconhecer os familiares. Ele também conseguiu ler textos.

“O procedimento cirúrgico foi direto e o resultado superou todas as nossas expectativas. O momento em que tiramos as bandagens foi emocionante e significativo. Momentos como este são o cumprimento de nossa vocação de médicos. Temos orgulho de estar na vanguarda desse empolgante e um projeto significativo que sem dúvida impactará a vida de milhões ", disse ao jornal Israel Hayom o médico Irit Bahar, chefe do Departamento de Oftalmologia do Rabin Medical Center Bahar, que realizou o procedimento.

Córneas artificiais
Córneas artificiais
Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

Além do paciente operado, ainda existem outros na fila de espera para receber as córneas artificiais durante os experimentos clínicos do dispositivo em humanos.

A expectativa é tornar o procedimento viável ao redor do mundo a fim de acabar com uma fila de pacientes no aguardo de doadores. A empresa, contudo, ainda não deu uma data para produção em grande escala do dispositivo.

"Esperamos que isso permita que milhões de pacientes cegos em todo o mundo, em áreas onde não há prática corneana nem cultura de doação de órgãos, recuperem a visão", disse Gilad Litvin, diretor médico da CorNeat Vision.

 Fonte  https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/01/24/idoso-cego-retoma-visao-apos-receber-o-primeiro-transplante-de-cornea-artificial

Postado por Antônio Brito 

Flávio Santos é o novo secretário da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal

O Diário Oficial do Distrito Federal desta quinta-feira (21) trouxe a nomeação de Flávio Pereira dos Santos como novo secretário da Pessoa com Deficiência do DF. Ele substitui Rosinha da Adefal, que pediu exoneração do cargo na quarta (20).

Flávio é pedagogo e servidor de carreira da Secretaria de Saúde. Conciliava as funções de cargo público com a rotina de paratleta. Ele, que é ligado como atleta ao Cetefe e à ADGE, participou de várias competições nacionais e internacionais, principalmente como jogador de basquete sobre cadeira de rodas e também como tenista.

Como gestor, tem uma vasta experiência tanto em nível governamental quanto institucional, tendo participado e dirigido instituições governamentais e federações ligadas ao paradesporto.

Sua experiência na área do esporte o qualificou para assumir, em junho de 2020, o cargo de diretor de Articulação de Esportes e Lazer da SEPD. Atualmente, ocupava o cargo de coordenador de Políticas Temáticas da pasta.

Nessas funções, ele participou de várias articulações junto à Secretaria de Esporte e Lazer. Um dos resultados dessas tratativas foi a da Portaria nº 145, da Secretaria de Esportes, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em setembro de 2020. Com isso, foi criado os Jogos Paradesportivos de Brasília, que passou a fazer parte do calendário de eventos da pasta.

Além disso, a SEPD e a SEL firmaram parceria para a utilização dos Centros Olímpicos, com o objetivo de garantir o acesso de pessoas com deficiência a esses espaços.

Apesar de sua vasta atuação na área do paradesporto, Flávio garante que vai seguir com os trabalhos da SEPD em todas as áreas. “Tivemos muitas conquistas importantes. A Secretaria passou a contar com uma estrutura própria e a ter protagonismo sobre a política da pessoa com deficiência no GDF”, relembra.

Ele diz que o foco para 2021 é “seguir promovendo a inclusão e a cidadania da pessoa com deficiência”. “2020 foi um ano bastante marcado com a pandemia do novo coronavírus. Tivemos de nos afastar e perdemos o contato presencial tão importante. Mas, em 2021, com a vacinação, a perspectiva é a melhor possível”, relata.

Flávio afirma que buscará ouvir o segmento da pessoa com deficiência, “com intuito de formular e fortalecer uma política pública que atenda aos anseios dessas pessoas”.

Fonte  https://revistareacao.com.br/flavio-santos-e-o-novo-secretario-da-pessoa-com-deficiencia-do-distrito-federal/?amp=1

Postado por Antônio Brito 

24/01/2021

Edital seleciona profissional para elaborar diretrizes para informação acessível aos consumidores com deficiência

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), publicou, nesta quinta-feira (21), o Edital 03/2021 para a contratação de consultor na área de acessibilidade das pessoas com deficiência à comunicação e para a informação. O objetivo é que este profissional auxilie na elaboração de diretrizes para fornecedores sobre como prover informação acessível às pessoas com deficiência acerca dos produtos e serviços ofertados.

Os interessados deverão enviar o currículo até o dia 28 de janeiro de 2021 para o e-mail editais.sndpd@mdh.gov.br, indicando no campo assunto: PROJETO UNESCO 914BRZ3046 – Edital 03/2021.

Para participar do certame, os candidatos devem ter mestrado ou doutorado completo em qualquer área, com tese ou dissertação relacionada à acessibilidade na comunicação e na informação, preferencialmente para consumidores com deficiência, em instituição de educação devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

Para mais informações, acesse o link http://app3.brasilia.unesco.org/vagasubo/index.php?option=com_phocadownload&view=category&id=1&Itemid=5

Fonte: https://revistareacao.com.br/edital-seleciona-profissional-para-elaborar-diretrizes-para-informacao-acessivel-aos-consumidores-com-deficiencia/?amp=1

Postado por Antônio Brito 

Curso EaD Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio da sua área de Educação Paralímpica, lançou nesta quarta-feira, 20, uma atualização do curso “Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte”, que é oferecido no formato de ensino à distância (EaD) e de maneira gratuita. Acesse pelo link: https://impulsiona.org.br/esporte-paralimpico/

O programa de Educação Paralímpica é um dos pilares do planejamento estratégico do CPB e tem como um dos seus objetivos promover cursos gratuitos online e presenciais para profissionais de Educação Física de todas as regiões do Brasil.

O curso EaD, voltado para profissionais que atuam com a Educação Física em redes de ensino e têm foco escolar, ganhou dois novos módulos de formação e terá carga horária de quase 50 horas. Também terá agora recursos de acessibilidade, como audiodescrição em vídeos e fotos legendadas, como outras novidades.

“O esporte é vital na vida de qualquer pessoa com deficiência, e oferecer condições para que ela seja introduzida de forma adequada às modalidades já na fase escolar é um dos nossos objetivos. Ao oferecermos capacitação aos profissionais da educação, contribuímos com o desenvolvimento do desporto paralímpico e, consequentemente, do nosso país”, afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e recém-reeleito presidente do CPB.

Com a atualização, o EaD Movimento Paralímpico terá seis módulos no total. Entre as novidades, haverá conteúdos sobre os esportes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional da Educação, além de informações sobre a estrutura, programas e ações do CPB. Também houve atualização no módulo sobre Classificação Esportiva.

Desde o lançamento da primeira versão do curso, em fevereiro de 2019, o CPB já certificou mais de 16 mil profissionais de Educação Física de 2,6 mil cidades do Brasil.

Além da formação EaD, o CPB oferece ainda qualificações online e gratuitas de arbitragem e habilitação técnica em atletismo, natação e halterofilismo e turmas presenciais em áreas como classificação, gestão, fisioterapia, iniciação, além de arbitragem e habilitação técnica. As aulas presenciais devem ser retomadas após o fim da pandemia, porém, sem data definida.

Tanto os cursos online quanto os presenciais são lecionados por profissionais do CPB com ampla experiência e vivência prática nos temas ou áreas ofertados para formação.

Para mais informações ou dúvidas, os interessados podem enviar um e-mail para educ.paralimpica@cpb.org.br.

Fonte: https://revistareacao.com.br/curso-ead-movimento-paralimpico-fundamentos-basicos-do-esporte/?amp=1

Postado por Antônio Brito 

Pessoas com deficiência intelectual deveriam ter prioridade na vacinação contra a Covid-19

* Por Caio Bruzaca
Em meio à pandemia provocada pelo novo Coronavírus, em que há a necessidade garantir o acesso à vacina para imunizar a maior parte da população, temos acompanhado discussões em relação aos grupos que devem receber a imunização com mais urgência, os chamados grupos de risco, formados por pessoas mais vulneráveis ao contágio e às complicações da Covid-19. Nos planos de vacinação apresentados tanto pelo Ministério da Saúde (MS) quanto pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) esses grupos estão bem descritos e seguem uma lógica coerente, porém, não há descrição clara sobre a prioridade que também deveria ser concedida às pessoas com deficiência intelectual, também mais vulneráveis à contaminação e às complicações da doença.
O estudo Public Health England, comandado pelo Sistema Público de Saúde da Inglaterra, revela que a taxa de mortalidade por Covid-19 registrada entre pessoas com deficiência intelectual no país é quatro vezes maior se comparada à população em geral. Especialistas dizem, porém, que a taxa verdadeira pode ser ainda maior, uma vez que nem todas as mortes de pessoas com deficiência intelectual são registradas nas bases de dados utilizadas para agrupar os resultados. Quando pensamos no Brasil, em que o Sistema Único de Saúde (SUS) está com a capacidade de atendimento comprometida em alguns lugares do país em razão da elevação diária no número de novos casos e da suspensão de atividades presenciais em centros de referência dedicados às pessoas com deficiência intelectual, esse quadro tende a ser semelhante ao registrado na Inglaterra.
Se considerarmos a questão do isolamento social e seu impacto para as pessoas com deficiência intelectual, o cenário também é preocupante, pois são as pessoas com maiores chances de desenvolver quadros depressivos quando se sentem isoladas, aumentando sua vulnerabilidade aos sintomas de doenças como a Covid-19. Quando falamos em contrair o novo Coronavírus, pessoas com deficiência intelectual, em especial moderada e grave, apresentam maior dificuldade em assimilar orientações de higiene respiratória, ou seja, o uso consciente da máscara facial, lavagem correta e frequente das mãos, uso de álcool em gel 70%, além de práticas como cobrir a boca na hora de espirrar ou tossir. É frequente também levar objetos à boca, como brinquedos, o que pode, inclusive, propagar o vírus. Ressaltamos, ainda, que a população com deficiência intelectual é frequentemente acometida por comorbidades, incluindo hipertensão, diabetes, cardiopatias congênitas e outras malformações congênitas, o que as insere em um grupo de risco por conta de doenças crônicas ou outras comorbidades relevantes.
O que estamos vendo, entretanto, é que não há prioridade a pessoas com deficiência intelectual na vacinação, apesar de todos os riscos. No geral, elas estão inseridas na divisão por idade, com exceção das que vivem em centros de referência específicos. Há projetos na Câmara dos Deputados que visam incluir essa parcela da população dos grupos prioritários, mas ainda não há nenhuma contrapartida do Ministério da Saúde, o que é preocupante.
As pessoas com deficiência intelectual deveriam estar nos grupos prioritários, uma vez que, além de todas as questões de saúde, precisam ser imunizadas o quanto antes para que possam retomar o dia a dia na sociedade, seja nas escolas, empresas ou quaisquer outros lugares para viabilizarmos sua plena inclusão social.

*  Caio Bruzaca é médico geneticista no Ambulatório de Diagnósticos do Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo)

Fonte  https://revistareacao.com.br/pessoas-com-deficiencia-intelectual-deveriam-ter-prioridade-na-vacinacao-contra-a-covid-19/?amp=1
Postado por Antônio Brito 

Moda inclusiva: dos uniformes paralímpicos às roupas adaptadas para pessoas com nanismo

O conceito da moda inclusiva vem ganhando força no Brasil nos últimos anos. Sua proposta é incluir a diversidade de corpos que a indústria hoje não contempla. Sabemos dos rígidos padrões da moda tradicional (que vem sendo questionada e desconstruída), na qual apenas um tipo bem específico de corpo é olhado e valorizado: pessoas magras, altas e sem deficiência. Na prática, funciona quase como a antítese de uma proposta inclusiva. É altamente exclusiva.

O que se busca através da moda inclusiva é a representatividade, da criação às vendas, do maior número de corpos possível, inclusive os das pessoas com deficiência. Afinal, estamos diante de uma expressiva parcela da população brasileira que possui algum tipo de deficiência. Como não ter roupas pensadas e confeccionadas para um quarto da população?

Felizmente, esse cenário está mudando! Há vários coletivos, comunidades, influenciadores que estão impulsionando o mercado brasileiro sentido a uma moda mais inclusiva. Também temos o caso do próprio Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que lançou sua própria linha inclusiva de uniformes em 2019, na ocasião dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

Para este artigo, convidamos duas pessoas que estão fazendo a diferença para a moda inclusiva no Brasil: a influenciadora digital e modelo com nanismo, Rebeca Costa, do perfil Look Little, e Thaysa Torres, designer do CPB e responsável por liderar o projeto dos uniformes paralímpicos, para compartilharem suas experiências com o mercado.

Crédito: acervo pessoal –  Descrição da imagem: Rebeca está em frente a uma parede de pedras retangulares, ela é uma mulher de pele branca, cabelos castanhos ondulados compridos. Usa uma camisa marrom com listras em laranja e rosa.

 

O nanismo é um detalhe 
Essa é a frase de apresentação de Rebeca, que criou sua própria empresa de moda adaptada, iniciativa que vem ganhando cada vez mais visibilidade no mercado brasileiro. Look Little, nome da sua página, está presente nas principais plataformas online, Instagram, Youtube e Facebook, com dicas de moda e beleza, principalmente, para seguidores com nanismo, que se identificam com Rebeca.

Ela explica a importância de ter uma iniciativa voltada para esse público. “A moda inclusiva abrange todos os corpos. É bem diversa. Ela atende cada corpo conforme ele necessita. Você dá liberdade para a pessoa ter acesso. Eu acho que a moda hoje em dia, ainda não é inclusiva. Ela é bem exclusiva. Mesmo no meio tido como inclusivo, acaba que abrange só alguns tipos de corpos diferentes.”

Liberdade de escolha

Poder escolher uma roupa porque você gostou da peça e não porque é a única opção disponível parece algo tão natural hoje em dia, mas para pessoas com deficiência isso é ainda uma novidade. Se vestir bem é algo que está intimamente ligado à autoestima. Para muito além da moda, é para isso também que nasceu a Look Little.

“A ação que eu costumo fazer é: como não existe acesso a essas roupas adaptadas para pessoas com nanismo, eu costumo adaptar e mostrar a minha realidade para outras meninas com a mesma condição. Então eu costumo compartilhar lojas. Compartilhar coisas que faço de adaptação, sem que eu precise costurar ou sair da realidade da roupa.”

A moda inclusiva não se resume apenas em criar e costurar peças de roupa adaptadas. A inclusão precisa se fazer presente na comunicação também, no acesso e, sobretudo, na representatividade. Talvez esteja na comunicação simples e direta com o público, a chave para conciliar teoria e prática. Não faltam estudos sobre os impactos positivos da inclusão e acessibilidade na comunicação. A questão é como fazer isso se tornar uma realidade no mercado.

“Eu acho que o estudo e o conhecimento são a base de tudo. E a prática também. Eu vejo um grupo muito interessado em somar, em alavancar a moda inclusiva. No meio teórico. Mas na prática, a gente não assiste muito isso. A gente não tem esse acesso. Penso que o que falta muito é colocar o conhecimento em prática”, explica Rebeca.

Inovação na prática: uniformes do CPB

Sem dúvida, particularmente nesse segmento, a teoria só tem razão de ser quando aliada à prática. Isto é, quando gera impacto real na vida das pessoas. Com certeza ainda há muito a ser feito nesse sentido, mas já podemos celebrar essas conquistas mais recentes! A moda inclusiva tem ganhado espaço e alcançado mais pessoas, seja nas prateleiras e vitrines, na comunicação direta e empática, ou em ambientes onde o que se busca é a excelência técnica e alta performance, como é o caso dos esportes paralímpicos.

Pensando na performance dos atletas que se preparam para Tóquio 2020, Thaysa Torres, líder do time de design do CPB, busca integrar aos uniformes as tendências de moda mais atualizadas, assim como, tecnologia de tecidos e engenharia na construção de modelagens. A designer relata a importância de utilizar de forma criativa elementos que já são utilizados na industrialização das roupas, mas com funcionalidade inovadora para atender as demandas dos atletas. Para Thaysa, tão importante quanto o uniforme promover o melhor rendimento possível, é que também promova o bem-estar e autoestima dos atletas.

“Essa moda pode ser mais inclusiva quando mantém como seu principal objetivo oferecer moda up-to-date, bem-estar para as pessoas com deficiência, pois elas também querem andar na moda e se sentir bem com as roupas que vestem.”

Ela nos conta que as modelagens dos produtos foram criadas com engenharia de construção para que atendessem os atletas de forma funcional sem deixar de ser elegante e natural, ou seja, todos podem usar esses produtos independente de ter uma deficiência ou não.

A principal finalidade de quem faz moda inclusiva é oferecer roupas confortáveis, simples e práticas para as pessoas com deficiência. Ou seja, com a intenção de facilitar o ato de se vestir, mas sem deixar de lado os designs modernos, tecnológicos e inovadores que, afinal de contas, todos nós procuramos ao vestir uma roupa.

Contemplar tantos requisitos e exigências em uma peça de roupa é com certeza um desafio e tanto. São muitos detalhes para levar em consideração. E cada um deles pede uma inovação: todos os uniformes da linha passeio do CPB, por exemplo, possuem uma etiqueta interna em braille, para que os atletas com deficiência visual identifiquem as cores do produto.

Os zíperes dos uniformes passaram por adaptações e assumiram funcionalidades diferentes, principalmente as calças para os atletas que usam próteses. “Utilizamos de modo geral nos zíperes, puxadores ergonômicos, para que os atletas, independente da deficiência, utilizassem de forma fácil”, explica Thaysa.

São inúmeras as inovações, assim como os lugares de onde vêm as inspirações. É preciso bastante criatividade, mas também um conhecimento técnico rigoroso para dar conta de atender bem cada singularidade.

“Usamos tecnologia de construção em algumas modelagens de produtos para garantir a funcionalidade da peça na prática esportiva, um bom exemplo disso é a legging com pé, que garante conforto e segurança nos movimentos durante o exercício.”

Para cada um, de acordo com sua necessidade

Outra função da moda inclusiva é a busca pela criação de roupas que atendam às necessidades diversas das pessoas com deficiência, ou seja, aplicando o Design Inclusivo. Um conjunto de conceitos que propõem que todos produtos e serviços sejam projetados de forma a promover o acesso para o maior número de usuários possível. Os produtos são desenvolvidos visando atender de forma equânime a toda a diversidade humana.

O trabalho de aplicar os diferentes tipos de necessidades em um único design é um dos grandes desafios da moda inclusiva. E muitas vezes ele é superado! Mas quando se trata de diferenças mais específicas é preciso um olhar mais atento às características de cada indivíduo ou grupo. Cada um deve receber o que precisa, de acordo com sua necessidade própria e singular. Os corpos são diferentes entre si e devem ser atendidos de maneira diversa, respeitando as necessidades ao mesmo tempo, promovendo o melhor desempenho.

Para que isso ocorra, Thaysa explica que “além de todas as tecnologias têxteis que utilizamos, tivemos que usar tecidos adequados para cada tipo de modalidade esportiva garantindo conforto e funcionalidade, podemos citar como exemplo as bermudas para cadeirantes que não derrapam nas cadeiras de rodas.

Fonte  https://revistareacao.com.br/moda-inclusiva-dos-uniformes-paralimpicos-as-roupas-adaptadas-para-pessoas-com-nanismo/?amp=1

 Postado por Antônio Brito 

Semana dos Direitos para PcD: Aulas gratuitas

Descrição da imagem #PraCegoVer: Arte em fundo roxo com fonte laranja e o título: Semana dos Direitos para PcD”. Na mesma cor, em cima do título está o pictograma de uma pessoa em cadeira de rodas com os braços abertos segurando um coração. Logo abaixo, com fonte branca, o Instagram @leisparapcd. No canto esquerdo da imagem, em contorno laranja, está a foto da advogada Dra. Priscilla Machado. Uma mulher branca, com cabelos longos castanhos claros. Está sorrindo, maquiada, e usa blusa preta com os ombros a mostra. Créditos: Divulgação

Priscilla Machado oferece “uma jornada de conhecimento baseada em leis que visam transformar seu dia a dia com praticidade e objetividade” na Semana dos Direitos para PcD

Você conhece seus direitos enquanto pessoa com deficiência? Sabe onde, quando e como cobrar, ou denunciar a negativa dos direitos à acessibilidade, saúde e outras áreas? É pensando nesse público, que a advogada Priscilla Machado realizará a Semana dos Direitos para PcD.

Escritora, professora de Direito, com mestrado, doutorado e pós-doutorado, a Dra. Priscilla oferece “uma jornada de conhecimento baseada em leis que visam transformar seu dia a dia com praticidade e objetividade”. Evento on-line e gratuito, acontece na primeira semana de fevereiro, com lives transmitidas no Instagram @leisparapcd .

“É necessário que as pessoas com deficiência tenham conhecimento sobre os direitos que possuem para que assim possam usufruir destes direitos”, informa a advogada. “Diante dessa necessidade de difundir o conhecimento para todas as pessoas com deficiência, estamos com as inscrições abertas para a Semana dos Direitos para PcD”, finaliza. 

As lives serão realizadas do dia 02 a 07 de fevereiro de 2021, às 20 horas. Será composta por aulas explicando sobre a legislação aplicável às pessoas com deficiência, os direitos e benefícios que possuem e como usufruir deles, tudo isso de forma simples e prática.

Para para participar é necessário acessar o site de inscrição, clicando na imagem abaixo ou pelo link: https://leisparapcd.com.br/bio/

Inscreva se Semana dos Direitos para PcD Jornalista Inclusivo
Descrição da imagem #PraCegoVer: Imagem em fundo branco com a foto da advogada dentro de um círculo, e logo abaixo o título na cor laranja: Leis para PcD, na cor roxa o subtítulo: Por Priscilla Machado. Abaixo, dentro de um retângulo roxo está escrito com fonte laranja: Clique AQUI e inscreva-se gratuitamente para assistir às aulas da Semana dos DIREITOS para PcD. Mais abaixo há duas opções para acessar uma Pesquisa para PcD, e o Instagram. Créditos: Reprodução

Do Rio de Janeiro (RJ), Priscilla Machado tem Bacharelado em Direito, Mestrado em Direito, Doutorado em Ciências Jurídicas e Pós-Doutorado em Constituição e Direito Civil no ordenamento Europeu e Latino-americano. 

Em 2017, lançou o seu primeiro livro sobre Direito Religioso, chamado “O Estado Diante da Fé: A Religião e o Direito”. Nele, a advogada aborda os conflitos que envolvem as crenças e religiões, trazendo o posicionamento jurídico com base na legislação vigente e na jurisprudência. 

Mais recentemente, em 2020, lançou “Direitos e Benefícios para Pessoas com Deficiência”, livro que explica a legislação aplicável às pessoas com deficiência, trazendo o embasamento jurídico na legislação pátria, tratados internacionais e jurisprudência. 

Priscilla é responsável pelo conteúdo das páginas @leisparapcd, no Instagram e Facebook, onde ensina sobre o tema, de forma simples e clara. Além de ministrar cursos, leciona há cerca de uma década em matérias relacionadas ao Direito, como Direito Constitucional e Direito Penal.

Para conferir seus livros, cursos e novidades, acesse o link: https://apptuts.bio/drapriscillamachado

Mais informações nas páginas:

Fonte   https://jornalistainclusivo.com/semana-dos-direitos-para-pcd/

Postado por Antônio Brito 

23/01/2021

Apaes tem até 1º de março para apresentar projetos ao PRONAS

Foi publicada, no último dia 13, pelo Ministério da Saúde, portaria que autoriza o início do prazo para apresentação de projetos, de exercício em 2021, de instituições interessadas em participar da seleção do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD).

As iniciativas deverão ser protocoladas até o dia 1º de março, 45 (quarenta e cinco) dias após a data de publicação da Portaria, na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.

O Programa tem como finalidade captar e canalizar recursos destinados a estimular e desenvolver ações de promoção à saúde e de reabilitação/habilitação às pessoas com deficiência.

Quem pode se credenciar

Instituições de direito privado, sem fins lucrativos, destinadas ao tratamento de pessoas com deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais, múltiplas, pessoas com ostomia e com transtorno do espectro do autismo (TEA).

Consideram-se instituições de promoção à saúde e de reabilitação/habilitação da pessoa com deficiência, as pessoas jurídicas de direito privado, associativas ou fundacionais, sem fins lucrativos:

I – Certificadas como Entidades Beneficentes de Assistência Social, na forma da Lei nº 12.101/2009;

II – Qualificadas como OS, na forma da Lei nº 9.637/1998;

III – Qualificadas como OSCIP, na forma da Lei nº 9.790/1999;

IV – Que prestem atendimento direto e gratuito às pessoas com deficiência e que sejam cadastradas no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) no Ministério da Saúde.

Para apresentação de projetos no âmbito do PRONAS/PCD, as Apaes deverão ser previamente credenciadas junto ao Ministério da Saúde, mediante requerimento específico para cada um dos programas, conforme modelos constantes dos Anexos 1 e 2 do Anexo LXXXVI, da Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017.

Acesse a portaria na íntegra: https://bit.ly/3qzVmJH

Fonte: https://revistareacao.com.br/apaes-tem-ate-1o-de-marco-para-apresentar-projetos-ao-pronas/?amp=1

Postado por Antônio Brito