07/07/2020

Porta do Rio: Prefeitura de Petrolina (PE) convida criança para testar balanço adaptado e ouve sugestões para melhorar equipamento

O primeiro balanço adaptado para crianças usuárias de cadeiras de rodas de Petrolina ganhou o coração da pequena Anna Luísa, de 10 anos. A garota e sua mãe, Girleide Simões, foram convidadas pela prefeitura para testar o equipamento. O objetivo foi ouvir sugestões para melhorias e fazer a análise durante o uso, conforme previsto pela equipe técnica. Ainda nesta semana, o balanço será retirado pelo fabricante para que sejam feitos ajustes.

Dona Girleide e Anninha fizeram sugestões sobre possíveis melhorias para tornar o equipamento mais seguro. “Essa troca de experiências é muito importante. Ainda é uma dificuldade para crianças com deficiência encontrarem brincadeiras que possam participar. Minha filha tem acesso à internet e a outras ferramentas, mas um parque ao ar livre, bem em frente ao Rio São Francisco, ficou maravilhoso”, constatou.

Mesmo com equipamento precisando de ajustes, a felicidade de Anninha estava transparecendo nos seus olhos, já que o sorriso ficou escondido pela máscara. “Estou muito feliz mesmo, me senti importante”, contou. Além do balanço adaptado, a Porta do Rio também conta com brincadeiras inclusivas, como amarelinha e centopeia do alfabeto com números e letras também em Libras.

O projeto urbanístico da Porta do Rio foi inaugurado na última sexta-feira (3). O espaço foi planejado para garantir diversão para toda família, abrangendo públicos diversificados. A obra foi resultado de parceria entre prefeitura e iniciativa privada, por meio do programa Nossa Praça. As informações são da PMP/PE.

Fonte https://www.petrolinanews.com.br/2020/07/porta-do-rio-prefeitura-de-petrolina-pe.html?m=1
Postado por Antônio Brito 

Estudo relaciona presença feminina na política a queda na mortalidade

Participação feminina em prefeituras foi ampliada de 4,5% para 9,7%

Em municípios com prefeitas mulheres, a taxa de mortalidade entre crianças com até 5 anos de idade é menor do que em locais onde os mandatários são do gênero masculino. O destaque é de um estudo publicado hoje (7), na revista Health Affairs, de autoria de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade dos Andes e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Entre 2000 e 2015, a taxa, calculada a cada 1 mil nascidos vivos, caiu de 25,1% para 13,6%, em 3.167 municípios analisados. Como critério de delimitação dos municípios, escolheram-se aqueles que apresentavam menos de 10% de dados faltantes. No período avaliado, a participação feminina em prefeituras foi ampliada de 4,5% para 9,7%. 

Para o mesmo intervalo, também observou-se a cobertura dos programas Bolsa Família e Estratégia de Saúde da Família, capazes de gerar mais proteção social. A variação foi, respectivamente, de 9,6% para 15,3% e de 25,2% para 54,7%, no âmbito municipal.

Acrescentando ao cruzamento dos dados dos programas, os pesquisadores associam, ainda, a presença de mulheres no Poder Legislativo à melhora no índice de mortalidade. Para tanto, foram consideradas deputadas estaduais e deputadas federais, excluindo-se senadoras, e a conclusão também foi de que um fator influi no outro. 

"O fato de se ter uma mulher eleita como prefeita estava associado a uma redução significativa de mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade, de 0,027 pontos percentuais. Além disso, o fato de se ter uma parcela de mulheres na legislatura estadual, de 20% ou mais, estava associado a uma diminuição de 0,038 pontos percentuais. E, ainda, um crescimento na parcela de mulheres eleitas na Câmara dos Deputados, de 0-9% para 10-19% ou para 20% ou mais, estava associado a uma queda na mortalidade infantil de 0,038 pontos percentuais", escrevem. 

O artigo ressalta, entre outros apontamentos, que "a relação entre o empoderamento de mulheres na política e saúde infantil envolve, provavelmente, caminhos distintos daqueles avaliados", mas que o percurso abarca aprimoramentos no acesso à educação e a recursos e participação no mercado de trabalho. Outra colocação feita é de que a atuação de lideranças políticas do gênero feminino também contribuem para diminuir índices como mortalidade materna, gravidez precoce, casamento infantil e para expandir a cobertura vacinal. 

Perfil de prefeitas brasileiras

De acordo com levantamento feito pelo Instituto Alziras, que leva em conta as eleições de 2016, as prefeitas brasileiras governam para populações de municípios de menor porte - 91% delas venceram o pleito em municípios com até 50 mil habitantes - e que dispõem de orçamento mais restrito. Apesar de mais escolarizadas do que os homens e de ter experiência prévia com atividades políticas, as mulheres ocupam somente 12% das prefeituras de todo o país.

As regiões onde têm mais espaço são Nordeste (16%) e Norte (15%). No Sul ocupam apenas 7% dos assentos, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste a proporção é de 9% e 13%.

No caso das mulheres negras, a chance de conquistar um lugar é ainda menor. Somente 3% das prefeituras são comandadas por mulheres pretas ou pardas.

A atenção voltada para a saúde e a educação é um elemento revelado pelo instituto, que informa que as políticas em ambas as áreas foram marcadas como prioridade por 85% das prefeitas ouvidas pela entidade. Para 32% delas, a assistência social é outro setor que merece um olhar mais cuidadoso.

Edição: Bruna Saniele

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-07/estudo-relaciona-presenca-feminina-na-politica-queda-na-mortalidade

Postado por Antônio 

Professores fazem carreata contra volta às aulas no estado de SP

Governo prevê o retorno das aulas presenciais em 8 de setembro

Professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo fizeram hoje (7) manifestações em diversas cidades contra a volta às aulas, agendada pelo governo paulista para ocorrer em 8 de setembro. Os atos, programados em ao menos 29 municípios do estado, ocorreram em forma de carreatas, buzinaços e exposição de faixas em pontos centrais das cidades.

Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o retorno das atividades presenciais nas escolas do estado só deveria ocorrer com a garantia sanitária da comunidade escolar, e com uma redução drástica da pandemia de covid-19.

“O primeiro local que teve de ser fechado foi a escola, e o último a voltar deverá ser a escola. Qual é a base sanitária para o retorno em 8 de setembro? Qual é a base científica?”, questionou a presidente da Apeoesp, a professora Bebel Azevedo Noronha.

O governador de São Paulo, João Doria, disse no último dia 24 que as aulas presenciais na rede de ensino do estado voltarão a partir de 8 de setembro, em sistema de rodízio. A medida irá afetar 13,3 milhões de alunos tanto da rede pública quanto da rede privada, e abrangerá todas as etapas de ensino, do infantil ao universitário de São Paulo. 

Segundo o governo, os alunos voltarão às aulas de forma gradual. Na primeira etapa, prevista para ser iniciada no dia 8 de setembro, até 35% dos alunos poderão voltar às aulas presenciais, respeitando o distanciamento de 1,5 metro. Isso deverá ser feito em forma de rodízio e, com o restante dos alunos seguindo em aulas remotas e online.

“Será que simplesmente mudar, colocar menos alunos nas salas de aula, mudar o dia de ir para aula, a quantidade de horas, só isso dá conta? O projeto arquitetônico das escolas não dá conta de tratar dessa questão porque tem salas que são improvisadas. Nós sabemos disso”, disse Bebel.

As aulas presenciais na rede estadual de São Paulo estão suspensas desde o dia 23 de março como medida de controle da propagação do novo coronavírus. Atualmente, as aulas das escolas estaduais ocorrem de forma remota e online, sendo transmitidas por meio do aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP), plataforma criada pela Secretaria de Educação durante a pandemia do novo coronavírus. Ela também é transmitida por meio dos canais digitais na TV 2.2 - TV Univesp e 2.3 - TV Educação.

A Secretaria de Educação do estado foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre os atos de hoje.

Edição: Aline Leal

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-07/professores-fazem-carreata-contra-volta-aulas-no-estado-de-sp

Postado por Antônio Brito 

DECRETO INSTITUI O GRUPO DE TRABALHO INTERINSTITUCIONAL SOBRE O MODELO ÚNICO DE AVALIAÇÃO BIOPSICOSSOCIAL DA DEFICIÊNCIA

O Diário Oficial da União, edição de 7 de julho de 2020, na seção Atos do Poder Executivo, traz a publicação do Decreto nº 10.415 de 6/7/2020 que “Institui o Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre o Modelo Único de Avaliação Biopsicossocial da Deficiência”.

A informação sobre o que constaria no Decreto foi antecipada em solenidade realizada no Palácio do Planalto em 5 de julho, data em que a LBI completou cinco anos de sua sanção.

No Decreto consta que:

Art. 1º Fica instituído o Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre o Modelo Único de Avaliação Biopsicossocial da Deficiência.

Art. 2º Ao Grupo de Trabalho Interinstitucional compete formular propostas sobre:

I – ato normativo para regulamentar o art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que conterá os instrumentos e o modelo único de avaliação biopsicossocial da deficiência; e

II – a criação e a alteração de atos normativos necessários à implementação unificada da avaliação biopsicossocial da deficiência em âmbito federal.

Parágrafo único. O Grupo de Trabalho Interinstitucional utilizará o Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado como instrumento-base para a elaboração do modelo único de avaliação biopsicossocial da deficiência.

Art. 3º O Grupo de Trabalho Interinstitucional é composto por representantes dos seguintes órgãos e entidades:

I – dois do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, um dos quais o coordenará;

II – dois do Ministério da Economia;

III – um do Ministério da Cidadania;

IV – um do Ministério da Saúde;

V – um da Advocacia-Geral da União; e

VI – dois do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

§ 1º Cada membro do Grupo de Trabalho Interinstitucional terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e impedimentos.

§ 2º Os membros do Grupo de Trabalho Interinstitucional e respectivos suplentes serão indicados pela autoridade máxima dos órgãos que representam, no prazo de cinco dias, contado da data de publicação deste Decreto, e designados pelo Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Art. 4º A Secretaria-Executiva do Grupo de Trabalho Interministerial será exercida pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Art. 5º O Grupo de Trabalho Interinstitucional se reunirá em caráter ordinário quinzenalmente e em caráter extraordinário sempre que convocado por sua Secretaria-Executiva.

§ 1º O horário de início e de término das reuniões, a pauta de deliberações e o período de, no máximo, duas horas destinado às votações serão especificados no ato de convocação das reuniões.

§ 2º A ampliação do período de duração das reuniões ordinárias e a convocação de reunião extraordinária terá a concordância prévia dos membros do Grupo de Trabalho Interinstitucional.

§ 3º O quórum de reunião é de maioria absoluta e o quórum de aprovação é de maioria simples.

§ 4º O Coordenador do Grupo de Trabalho Interinstitucional poderá convidar representantes de órgãos públicos e de entidades privadas, especialistas e técnicos para participar das reuniões, sem direito a voto, quando da pauta constar tema relacionado às suas áreas de atuação.

§ 5º Os membros do Grupo de Trabalho Interinstitucional que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente e os membros que se encontrem em outros entes federativos participarão das reuniões por meio de videoconferência ou outros meios telemáticos.

§ 6º Os custos com deslocamento dos membros do Grupo de Trabalho Interinstitucional correrão às contas da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

Art. 6º O Coordenador do Grupo de Trabalho Interinstitucional poderá instituir grupos técnicos especializados com o objetivo de:

I – realizar levantamentos de informações; e

II – elaborar estudos técnicos para subsidiar as discussões do Grupo de Trabalho Interinstitucional.

Art. 7º Os grupos técnicos especializados de que trata o art. 6º:

I – serão indicados pelos membros do Grupo de Trabalho Interinstitucional e designados em ato do Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos;

II – não poderão ter mais de vinte membros;

III – terão caráter temporário e duração não superior a noventa dias; e

IV – estarão limitados a dois operando simultaneamente.

Art. 8º O Grupo de Trabalho Interinstitucional terá duração de noventa dias, contado da data de designação de seus representantes, e poderá ser prorrogado uma vez por igual período, em ato do Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

§ 1º O relatório final das atividades do Grupo de Trabalho Interministerial:

I – será encaminhado ao Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, no prazo de até quinze dias, contado da data de conclusão dos trabalhos; e

II – conterá as propostas a que se refere o art. 2º.

§ 2º É vedada a divulgação de discussões em curso sem a prévia anuência de seu Coordenador.

Art. 9º A participação no Grupo de Trabalho Interinstitucional será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

De acordo com a publicação, o Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

O documento é assinado por, JAIR MESSIAS BOLSONARO, Paulo Guedes, Eduardo Pazuello. Onix Lorenzoni, Damares Regina Alves e José Levi Mello do Amaral Júnior

Fonte: https://revistareacao.com.br/decreto-institui-o-grupo-de-trabalho-interinstitucional-sobre-o-modelo-unico-de-avaliacao-biopsicossocial-da-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

Mural da gentileza: jovem com autismo cria desenho inspirado em filme da Disney durante pandemia | Olhares do Autismo

Um jovem com autismo criou um mural no quintal de casa para fazer as pessoas sorrirem e incentivar a gentileza. Inspirado no filme Vida de inseto, o desenho levou cerca de um mês para ser concluído na cidade de Owensboro (Kentucky – EUA).

De acordo com informações da família de Corey Ziemer, o projeto começou no mês de abril, como uma maneira de conscientizar sobre o autismo. A cena da natureza levou cerca de um mês para ser concluída e, acabou ficando pronta quando o jovem já estava em isolamento social devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Diagnosticado com autismo aos dois anos, Corey Ziemer sempre demonstrou interesse pela arte, e seu trabalho é conhecido na cidade. Para fazer o mural, ele contou com a ajuda de Sarah Wilson, vice-presidente da Owensboro Art Guide, com quem trabalha há algum tempo.

Em entrevista ao portal de notícias local The Owensboro Times, Sarah contou que a ideia de terminar o desenho surgiu quando Corey precisou sair da rotina normal para ficar em casa.

“Ele é conhecido na cidade por sua habilidade artística. Então, quando a Covid-19 chegou, tivemos que colocá-lo em quarentena e ficar dentro de casa, e tivemos que lidar com isso”, disse.

Um mural para espalhar alegria

Ainda conforme Sarah explicou ao TOT, criar o mural foi uma forma que encontraram de ajudar Corey a passar por esse momento difícil e espalhar alegria para as demais pessoas.

Na criação, o jovem decidiu recriar personagens do seu filme favorito da Disney, Vida de Inseto. Por isso, o mural tem um Louva-a-deus pedindo a mão de uma borboleta em casamento.

“Ele está dizendo à Gypsy: ‘você quer se casar comigo?'”, contou Ziemer. Ele ainda falou que optou por desenhar insetos porque eles já vivem do lado de fora, na natureza.

A mãe de Corey disse que o filho é bastante perfeccionista com relação a seu trabalho, por isso demorou um pouco a concluir o projeto. “Ele estava tão orgulhoso no final do dia. Levou muito tempo para fazê-lo, porque ele é doce e lento. Ele é perfeccionista. Nós realmente fizemos isso ser divertido para ele. Montamos um dossel, e algumas mesas e cadeiras”, acrescentou.

Para concluir o mural, Sarah desenhou algumas flores e uma peça de quebra-cabeça com os dizeres “be kind” (seja gentil).

Fonte  https://olharesdoautismo.com.br/2020/06/22/mural-da-gentileza/

Postado por Antônio Brito 

Professora Maria Gorete Cortez fala sobre a importância da bengala para as pessoas com deficiência.


Neste vídeo a Professora Maria Gorete Cortez de Assis, fala um pouco sobre a importância das bengalas para as pessoas com deficiência.
Assista, se inscreva no canal e ajude-nos divulgar para que o canal cresça.

Fonte  https://pessoacomdeficiencia.blogspot.com/2019/10/professora-maria-gorete-cortez-fala.html?m=1

Postado por Antônio Brito 

Celpe e outras 49 distribuidoras demandam empréstimo de R$14,8 bilhões

Em comunicado ao mercado, controladora da Celpe já informou precisar de R$ 1,6 bilhão para suas distribuidoras
Reajuste postergado da Celpe em 2020, começou a ser aplicado neste mês de julho - FOTO: Foto: Divulgação
Leitura: 5min

A Conta-covid, iniciativa de empréstimo do governo federal para socorrer as distribuidoras de energia do País - em função da pandemia da covid-19, repassará um total de R$ 14,8 bilhões. Os recursos atendem 50 das 53 concessionárias de distribuição existentes no País. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas a Cooperaliança e João Cesa, de Santa Catarina, e Forcel, do Paraná, não enviaram o termo de adesão ao empréstimo no prazo exigido.

Embora a Aneel não tinha divulgado os valores demandados por cada distribuidora, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) irá precisar de R$ 454,7 milhões. Em comunicado ao mercado financeiro, a controladora da companhia (Neoenergia) confirmou os valores necessários às suas distribuidoras, bem como adesão à Conta-covid no último dia três de julho. Ao todo, o grupo Neoenergia apresentou uma demanda de R$ 1,6 bilhão à Aneel. 

A expectativa da Aneel é de que os recursos comecem a ser repassados até o fim deste mês. Para isso acontecer ainda são necessárias etapas como o despacho da ANEEL aprovando o valor global do empréstimo e a minuta dos contratos a serem celebrados; a realização das assinaturas dos contratos; publicação de despacho da Agência com as condições prévias do desembolso para as distribuidoras. 

Inicialmente, a Conta-covid teve um teto estipulado em R$ 16,1 bilhões. A justificativa para o socorro às distribuidoras é evitar reajustes maiores das tarifas de energia elétrica neste momento, levando em conta o reajuste do preço da energia gerada em Itaipu, que acompanha a variação do dólar; a alta na remuneração das políticas públicas do setor (via cota da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE) e o repasse de custos de novas instalações de sistemas de transmissão. A medida também visa à compensação da perda de receita das empresas em decorrência da pandemia.

O Ministério de Minas e Energia estima uma baixa de R$ 9 bilhões para o segmento desde o início das restrições por conta do novo coronavírus. 

Quem paga a conta

A taxa de juros do empréstimo será de até CDI + 2,9% ao ano, o equivalente a IPCA mais 5,2%. Os operadores financeiros serão 19 bancos que estão atuando em consórcio. Pelo menos 30% dos recursos devem vir de bancos públicos. 

O empréstimo terá 11 meses de carência e será pago em 54 parcelas, a serem descontadas da conta de luz dos brasileiros após o período de carência. 

Para os consumidores, a ajuda por conta da pandemia veio através da postergação do reajuste tarifário das companhias e da impossibilidade do corte de energia dos inadimplentes durante a pandemia. A Aneel já prorrogou para o fim de julho a proibição do corte para consumidores urbanos e rurais. Até o dia 30 de junho também vigorava medida que isentava de pagamento consumidores de baixa renda. 

No último dia primeiro de julho, a Celpe começou a aplicar reajuste de médio de 5,16% a 3,75 milhões de consumidores. O percentual deveria ter sido aplicado desde o dia 29 de abril, mas foi adiado para este mês em função da pandemia. 

 Fonte  https://jc.ne10.uol.com.br/economia/2020/07/11953022-celpe-e-outras-49-distribuidoras-demandam-emprestimo-de-r-14-8-bilhoes.html

Postado por Antônio Brito 

Começam hoje inscrições para o Sisu

Pela 1ª vez, serão ofertadas vagas na modalidade a distância.

 A partir de hoje (7), estudantes que participaram da edição de 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem se inscrever para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do meio do ano. Até sexta-feira (10) serão oferecidas mais de 51 mil vagas em instituições de ensino superior do país. 

Pela primeira vez, além dos cursos de graduação presenciais, o Sisu 2020.2 vai ofertar vagas na modalidade a distância (EaD). Além de ter feito o Enem de 2019, os interessados não podem ter zerado a redação. Estudantes que fizeram o exame na condição de treineiros também não podem participar.

Como se inscrever?

Por meio do site do Ministério da Educação (MEC), na tela “Minha inscrição”, o candidato poderá escolher até duas opções de cursos, por prioridade, na mesma instituição ou em universidades diferentes. Para fazer a primeira escolha, basta clicar em “Fazer inscrição na 1ª opção”. A pesquisa de vagas pode ser feita por nome do município, instituição ou curso. Após selecionar a opção, basta clicar em “Escolher este curso” para continuar.

Nesta fase, o candidato deverá indicar se irá participar do Sisu pelas vagas de ampla concorrência, pela Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) ou pelas políticas afirmativas das instituições. No caso das universidades e institutos federais, os alunos de escola pública que se candidatarem às vagas reservadas serão divididos em grupo e subgrupo, conforme renda familiar e raça. Clique em “Escolher esta modalidade” para continuar.

Critérios

De acordo com o edital do Sisu, a ordem dos critérios para a classificação de candidatos é a seguinte: maior nota na redação, maior nota na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; maior nota na prova de Matemática e suas Tecnologias; maior nota na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e maior nota na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Lista de Espera

Segundo cronograma divulgado pelo MEC, o resultado da primeira chamada do Sisu será divulgado no dia 14 de julho. O candidato que não foi selecionado em uma das duas opções, em primeira chamada, deverá manifestar seu interesse em participar da lista de espera, por meio da página do Sisu na internet, entre os dias 14 e 21 de julho. A partir daí, basta acompanhar as convocações feitas pelas instituições para preenchimento das vagas em lista de espera, observando prazos, procedimentos e documentos exigidos para matrícula ou para registro acadêmico, estabelecidos em edital próprio da instituição, inclusive horários e locais de atendimento por ela definidos.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-07/comecam-hoje-inscricoes-para-o-sisu

Postado por Antônio Brito 

Indústria de chocolate mantém otimismo, apesar da pandemia

Como em todos os demais setores da economia, a pandemia do novo coronavírus causou impacto à indústria de chocolates no Brasil. A produção nacional de chocolates no ano passado, incluindo achocolatado em pó, atingiu 756 mil toneladas, com queda de 3,1% sobre 2018 (761 mil toneladas). Os números do primeiro trimestre de 2020, entretanto, ainda livres dos efeitos da covid-19, sinalizavam uma recuperação, com produção de 117,6 mil toneladas, alta de 2,84% em comparação ao mesmo periodo do ano passado (120,9 mil toneladas).

Apesar do impacto negativo da pandemia, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonseca, disse à Agência Brasil que há muitos motivos para se festejar nesta terça-feira (7), Dia Mundial do Chocolate. O Brasil é um dos maiores produtores de chocolate do mundo e exporta para 130 países. “É um dia importante para o setor”.

Segundo Fonseca, as empresas produtoras de chocolate procuraram se adaptar rapidamente à nova situação, com a adoção de canais online de vendas, procurando usar o sistema de delivery (entrega direta ao consumidor). Além disso, buscaram firmar parcerias para que o produto pudesse chegar nos pontos de venda da melhor forma possível. “A situação vai melhorar. Estamos otimistas”, disse.

Supermercados

Com o fechamento dos shoppings, a estratégia do setor foi se aliar aos supermercados que continuaram abertos, instalando quiosques para manter as vendas. Para a Páscoa, especialmente, a Abicab trabalhou em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), por meio da campanha “Vai ter Páscoa”, com mobilização nas redes sociais. “E estendemos a comercialização de ovos de Páscoa do dia 12 de abril até o fim daquele mês, para possibilitar aos consumidores, de uma forma geral, ter acesso aos ovos de chocolate”.

O presidente da Abicab explicou que, com isso, as vendas do período, que normalmente se encerram no dia 12 de abril, continuaram até o início de maio e isso amenizou a condição de isolamento social, gerada pela pandemia para evitar a disseminação do vírus. Os supermercados se consolidaram como principal meio de venda para a indústria de chocolate.

Ubiracy Fonseca afirmou que o chocolate, que tem grande aceitação entre os brasileiros de todas as idades, é um produto para todas as horas. Como as pessoas passaram a ficar muito tempo em casa, em função do distanciamento social, ele disse que o consumo até aumentou. “A pessoa procura alguma coisa que vá satisfazê-la. O autopresente”, definiu.

Ele destacou que embora a pandemia tenha causado impacto no setor, a indústria conseguiu manter os empregos e seguiu produzindo, colocou os funcionários dos escritórios trabalhando em casa e fez ajustes no que se refere às férias dos trabalhadores.

Expectativa

Os números relativos ao segundo trimestre deste ano ainda estão sendo levantados. Ubiracy Fonseca acredita que a partir do terceiro e quarto trimestres de 2020, haverá condição de comprovar aumento do consumo, uma vez que a demanda está reprimida. “Nós estamos otimistas de que a produção vai continuar se recuperando, de que vamos ter melhores resultados neste terceiro trimestre e, principalmente, no quarto trimestre, quando a situação da pandemia estiver mais sob controle”.

As empresas estão fazendo embalagens diferenciadas e ajustando seus canais de distribuição, de venda e marketing. Fonseca admitiu que embora o Brasil seja o quinto maior país em volume de vendas de chocolate no varejo no mundo, de acordo com o Euromonitor, tendo faturado no ano passado R$ 14 bilhões, ainda tem muito a crescer no que se refere ao consumo per capita, isto é, por habitante, que em 2019 somou 2,6 quilos por pessoa. “É um consumo pequeno em relação a outros países. Então, tem muita chance de crescimento”. A média de consumo na Europa é de 8 quilos per capita anualmente, casos da Alemanha e Bélgica, por exemplo.

Fonseca citou dois pontos que favorecem o Brasil diante de outros países. O primeiro é que o Brasil tem as principais matérias-primas do chocolate, que são cacau, leite e açúcar. O segundo é que as grandes indústrias mundiais estão instaladas no território nacional, produzindo aqui e empregando mão de obra local.

Atualmente, 70 empresas estão associadas à Abicab, incluindo também produtores de balas e amendoim. Dessas, 25 são produtoras de chocolates. A Abicab representa 92% do mercado de chocolate do país, 93% do mercado de balas e 62% do mercado de amendoim. A indústria brasileira de chocolate emprega cerca de 24 mil pessoas de forma direta.

Paixão por chocolate

Chocólatra assumida, a aposentada Maria Alice de Ângelo Ribeiro, moradora de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, disse à Agência Brasil que prefere chocolate meio amargo. “Sinto um calorzinho na garganta, uma vontade de degustar. O chocolate me dá muito prazer, uma grande satisfação e alegria. Melhora meu humor, dá sensação de bem-estar. Chocolate é muito bom!”, afirmou.

A estudante de física Ighia Gandra Linares se referiu ao personagem Harry Potter, herói de uma série de sete romances de fantasia escrita pela autora britânica J. K. Rowling, para explicar sua paixão por chocolate. No filme Prisioneiro de Askaban, o jovem bruxo Potter é assombrado por seres das trevas. Ao retornar para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Potter é aconselhado por seu professor de Defesa contra as Artes das Trevas a comer chocolate, para se recuperar bem. Para Ighia, chocolate é conectado à felicidade. “É conectado com toda a sensação de você estar bem. Chocolate tem grande poder”.

Para a assistente social Thaís Lisboa Soares, chocolate faz bem à alma. Ela come chocolate todo dia e, se não comer, tem dor de cabeça. Quando adolescente, Thaís tinha muita enxaqueca. Procurou um médico e ele lhe disse que parte da dor de cabeça ela sentia quando não consumia chocolate. “Por isso, como todo dia um pouquinho de chocolate. É uma beleza e faz bem para a alma”.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/industria-de-chocolate-mantem-otimismo-apesar-da-pandemia

Postado por Antônio Brito 

Semana do Cuidado na Atenção Domiciliar | Live

A pandemia traz reflexos significativos na saúde da população, não só pelo risco de contrair o novo Coronavírus, mas também pelo impacto na saúde mental, desequilíbrio na alimentação, redução nas atividades físicas e dificuldade em tratar outras doenças por conta do risco de buscar atendimento nos hospitais.

Diante desse cenário, manter uma dieta e hábitos saudáveis, redobrar os cuidados com a saúde física e mental e adotar medidas de prevenção são fundamentais.

A infectologia Monique Lírio vai abrir o debate, explicando mitos e verdades sobre a Covid-19.

“Como essa é uma nova mutação do Coronavírus não temos muita literatura sobre o tema e estamos aprendendo sobre esse vírus ao mesmo tempo que precisamos combatê-lo. Nesse contexto, surgem muitas notícias falsas, que podem afetar o enfrentamento da pandemia. Por isso, a importância da população buscar informações confiáveis e seguir as orientações das autoridades sanitárias”, pondera.

Além dos cuidados de prevenção, como evitar sair de casa, usar máscara, manter o distanciamento social e lavar as mãos, também é essencial cuidar da saúde para fortalecer a imunidade. Nesse aspecto, hábitos saudáveis e uma alimentação equilibrada são recomendáveis. Por isso, a médica da família Ana Rosa Humia e a nutricionista Edneuza Nascimento vão dar dicas de como reforçar o sistema imunológico.

“A alimentação saudável não vai combater o Coronavírus, mas serve para melhorar a imunidade e diminuir o nível de infecção causada pelo vírus. Caso haja o contágio, o organismo estará mais fortalecido para que não desenvolva formas mais graves da doença”, explica a nutricionista.

Manter a imunidade alta ajuda a proteger o organismo no combate contra vírus e bactérias de forma geral, principalmente as infecções respiratórias, que são mais comuns durante o inverno e tem o sintoma parecido com o da Covid-19. A palestra do infectologia Matheus Todt vai orientar como diferenciar essas doenças e quando procurar a emergência caso apresente um desses quadros.

Com tantas incertezas, mudança repentina de rotina e necessidade de isolamento social, a pandemia também pode afetar a saúde mental da população, conforme foi constatado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Depressão, ansiedade, síndrome do pânico são alguns dos problemas desencadeados desde o início da quarentena. As psicólogas Cláudia Cruz e Sônia Cotrim vão explicar como cuidar da saúde mental e lidar com as emoções conflitantes comuns no momento atual.

“A incerteza e o isolamento social podem desencadear uma série de emoções, como medo, angústia e preocupação. Esses temores são normais, mas precisamos aprender a lidar com eles, ressignificando a situação e evitam que pandemia afete ainda mais nossa vida, atrapalhando o nosso bem-estar”, explica Sônia Cotrim.

As palestras serão transmitidas ao vivo no canal do YouTube da S.O.S. Vida (https://www.youtube.com/sosvida), sempre às 16 horas. Todas as palestras serão transmitidas ao vivo em nosso canal do Youtube

Acompanhe a programação completa da SEMANA DO CUIDADO NA ATENÇÃO DOMICILIAR

[Segunda] “O que sabemos sobre a Covid-19” – Monique Lírio, infectologista

[Terça] “Cuide de sua Saúde Mental” – Cláudia Cruz, psicóloga

[Quarta] “Fortalecendo a imunidade” – Edneuza Nascimento e Ana Rosa Humia, nutricionista e médica da família

[Quinta] “Gripe, Resfriado e Covid-19: Sintomas e Cuidados” – Matheus Todt, infectologista

[Sexta] “Como estamos lidando com as emoções” – Sônia Cotrim, psicóloga

Assine o canal youtube.com/sosvida e ative as notificações para não perder nada.

Fonte  https://sosvida.com.br/semanda-cuidado-live/
Postado por Antônio Brito 

06/07/2020

Com múltiplos cenários, Brasileiro Feminino retorna em 26 de agosto

A Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino deverá ser retomada em 26 de agosto. A informação do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, em entrevista ao jornal O Globo foi confirmada à Agência Brasil pelo supervisor de competições de futebol feminino da entidade, Romeu Castro.

O torneio foi suspenso em 15 de março por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), restando três jogos para encerramento da quinta rodada. A previsão é que as partidas entre Internacional e Flamengo, Santos e Audax e Corinthians e Ferroviária ocorram em 26 de agosto, com a sexta rodada iniciando três dias depois.

Os times ainda não reiniciaram os treinos presenciais, mas é certo que o cenário para o retorno de alguns é bem diferente de outros. São Paulo, Corinthians e Palmeiras, por exemplo, foram pouco afetados. O Tricolor continua com todas as jogadoras. O Timão só perdeu a atacante Millene, que estava emprestada pelo Wuhan Xinjiyuan, da China, mesmo clube que cedeu a centroavante Bia Zaneratto ao Verdão, que, além de manter o elenco, não precisou reduzir salários e negocia com os chineses para Bia permanecer até o fim do Brasileiro.

O Iranduba, por outro lado, vive dificuldades financeiras que se agravaram durante a pandemia. O time amazonense afirma que a principal patrocinadora, a empresa britânica Vegan Nation, não está honrando os compromissos e está atrás de um novo apoiador. “Já tinha perdido quatro atletas antes do jogo com o Cruzeiro [no dia que antecedeu a suspensão do torneio]. Depois perdi mais duas e, provavelmente, perderei mais uma. A situação está difícil”, descreve à Agência Brasil o diretor do Iranduba, Lauro Tentartini, que considera que é cedo para prever um retorno.

Ele avalia, também, que a volta do campeonato deve ser encarada com cuidado. “Não estou fazendo uma crítica direta à CBF, que realiza um grande trabalho no futebol feminino, mas nessa situação excepcional da pandemia eu penso diferente. Na maioria dos clubes, as atletas ficam em alojamento [em torno de 20 atletas, mais a cozinheira que vai todo dia fazer comida para elas]. [Sobre] o transporte, poucas atletas têm carro. Então, elas vão no mesmo veículo. O risco de contaminação é maior que no futebol masculino. Há times que não podem manter planos de saúde. O Iranduba é um que, devido ao problema com o patrocinador, está com o plano cortado”, argumenta.

Volta aos treinos

Os clubes consultados pela Agência Brasil na manhã desta segunda (6) sobre o retorno aos treinos afirmaram que ainda não existe previsão. Inclusive o Corinthians, que na última quarta (1) anunciou uma parceria com uma startup do setor de saúde, que prevê período de triagem, testes e monitoramento integral de casos da covid-19. Na divulgação da parceria, o time paulista informou que “aguarda as diretrizes das entidades responsáveis” para retomar as atividades.

Um dos fatores que influencia o planejamento é a instabilidade do controle da pandemia, que levou governos estaduais a dividirem os territórios em áreas, restringindo atividades em locais de maior incidência de casos e flexibilizando onde a disseminação apresenta números menores. No Rio Grande do Sul, por exemplo, times que se preparam para a Liga Nacional de Futsal precisaram interromper os treinos presenciais, iniciados com restrições, devido à mudança no panorama das respectivas regiões e para aguardar nova revisão para retomá-los.

Em São Paulo, que concentra metade das 16 equipes da Série A1 feminina, o cenário é semelhante. O governo paulista estabeleceu um plano de retomada das atividades em meio à quarentena dividido em cinco fases. Quanto mais avançada a etapa, maior a flexibilização permitida. Atualmente, sete dos oito times do estado encontram-se em municípios que estão, pelo menos, na segunda fase. A exceção é a Ponte Preta, já que Campinas (SP) recuou para a primeira fase, de alerta máximo, na última sexta (3).

No caso de cidades paulistas que estão na segunda etapa do plano de flexibilização, as atividades precisam ser liberadas pelas prefeituras. O São José, por exemplo, terá reunião com o poder público de São José dos Campos (SP) para definição do protocolo de saúde e segurança ainda nesta semana.

Questão financeira

Devido à suspensão dos jogos, a CBF destinou, em abril, R$ 1,92 milhão aos times da Série A1 feminina, sendo R$ 120 mil por clube. O montante, segundo a entidade, foi o equivalente a dois meses da média salarial dos elencos para que os clubes pudessem “cumprir seus compromissos com os jogadores e jogadoras durante o período de paralisação do futebol”. Agência Brasil mostrou que a distribuição do repasse, que também envolveu as equipes da Série A2 (segunda divisão), encontrou impasse em várias agremiações.

Lauro Tentartini, do Iranduba, entende que um novo auxílio seria necessário às equipes do Brasileiro. “A cota do feminino é de R$ 15 mil no início da temporada. Em alguns estados, como no Amazonas, isso não dá para pagar as passagens das atletas [para virem a Manaus] no início do ano. E como os jogos serão com portões fechados, se não vier essa ajuda, vai complicar muito. Deve haver mais times nessa situação, pegos de surpresa com a pandemia e que estão com problemas de caixa”, avalia o dirigente.

Na entrevista ao jornal O Globo, o presidente Rogério Caboclo não abordou a pauta do auxílio financeiro às equipes, demanda também dos times da Série C masculina, além de não confirmar a data de reinício da Série A2, que teve somente uma rodada disputada.

Situação do campeonato

Atual campeã, a Ferroviária lidera o Brasileiro com 12 pontos, superando o Santos, segundo colocado, pelo saldo de gols (14 a 11). Avaí/Kindermann, Palmeiras, Corinthians, Grêmio, Cruzeiro e Internacional, pela ordem, completam o G-8. Se o torneio terminasse hoje, seriam estes os classificados para as quartas de final. Na outra metade, figuram fora da zona de rebaixamento o São Paulo, o Minas Icesp, o São José e o Iranduba. O Z-4, com os times que, neste momento, desceriam à Série A2, tem Flamengo, Audax, Vitória e Ponte Preta. As atacantes Mylena Carioca, do São José, e Carla Nunes, do Palmeiras, são as artilheiras do certame com cinco gols cada.

Edição: Fábio Lisboa.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-07/com-multiplos-cenarios-brasileiro-feminino-retorna-em-26-de-agosto

Postado por Antônio Brito 

Governo lança plano para pessoas com deficiência na pandemia

O governo federal apresentou nesta segunda-feira, 6, quando a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão (n° 13.146/2015) completa cinco anos, um plano de contingência para pessoas com deficiência durante a pandemia do coronavírus. O projeto coordenado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tem participação de nove ministérios: Saúde; Ciência, Tecnologia e Inovações; Educação; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Secretaria Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia; Casa Civil (Pátria Voluntária) e Defesa (Projeto João do Pulo).

De acordo com o MMFDH, a meta é garantir a saúde e promover condições socioeconômicas dignas para a população com deficiência, grupo com grande vulnerabilidade à covid-19.

Na cerimônia de lançamento foi assinado um decreto que institui um grupo de trabalho interinstitucional que irá propor o modelo único de avaliação biopsicossocial da deficiência.

Saúde – Foi estabelecida vacinação prioritária de pessoas com deficiência na terceira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe de 2020. Além disso, foram elaboradas cartilhas, cards e vídeos acessíveis com informações sobre o novo coronavírus e orientações gerais e específicas para cada grupo de deficiência e doenças raras. Foi produzido material com orientações a todos os profissionais de saúde que atuam com pessoas com deficiência.

Proteção social – O plano também reúne ações que promovem a divulgação de informações e recomendações sobre a acessibilidade e demais preocupações relacionadas às pessoas com deficiência e doenças raras no contexto da covid-19. Entre as medidas previstas está a elaboração e divulgação de orientações e estratégias para auxiliar crianças com deficiência no acompanhamento das atividades escolares.

Por meio da Central Única de Atendimento da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos – que reúne os serviços oferecidos pelo Disque 100, Ligue 180, site e aplicativo Direitos Humanos Brasil, disponível também na Língua Brasileira de Sinais (Libras) – são recebidas denúncias de violências de direito contra a pessoa com deficiência, bem como solicitação de informações. Outra medida é o lançamento em versão HTML acessível de documentos oficiais do governo federal.

Proteção econômica –
O governo prevê orçamento de R$ 10 milhões para financiamento de tecnologia assistiva e procedimentos adotados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para a modernização de seus sistemas.

Também foi regulamentado e antecipado o pagamento de R$ 600 pelo período de até três meses para inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Além disso, o bloqueio de pagamentos e de suspensão do BPC para beneficiários que não fizeram inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) foi adiado.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/governo-lanca-plano-para-pessoas-com-deficiencia-na-pandemia/

Postado por Antônio Brito 

Cinco anos de existência da Lei Brasileira de Inclusão. E daí?

Por: Geraldo Nogueira*

O desenvolvimento de novas tecnologias tem avançado célere, superando o correr do próprio tempo, enquanto a evolução moral e ética da sociedade se arrasta em infindável preguiça pela régua do tempo. É como disse o saudoso Presidente João Batista Figueiredo: “O difícil faz-se logo, o impossível demora um pouco”. As vezes temos a sensação de que é impossível o progresso do povo brasileiro, pois que este anda lento. As ações humanas que visam o bem comum e a igualdade de oportunidade para grupos fragilizados no Brasil, vagueiam na mesma sintonia da evolução moral e ética da sociedade, mostrando-se tropologicamente afinada com o momento histórico-social de nosso povo.

Cinco anos se passaram desde a promulgação da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei nº 13.146/2015, também conhecida como Estatuto das Pessoas com Deficiência. Antes de sua aparição como lei, tramitou pelo Congresso Nacional como projeto de lei, por dezesseis longos anos, testemunhando a dura realidade da importância que damos às questões sociais e humanas em nosso país.

Presidente de Honra da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência (OAB-RJ)

A lei inovou trazendo um novo conceito para pessoas com deficiência, fundado na funcionalidade do indivíduo. Nesta perspectiva, a deficiência tem caráter relacional, por consistir na interação de tais atributos com as barreiras existentes no meio social, cujo resultado é a dificuldade ou o impedimento para o acesso e exercício de direitos em igualdade de condições com as demais pessoas. A deficiência, por certo, é externa à pessoa, por advir da falta de acessibilidade encontrada no ambiente, resultando em uma desvantagem econômica ou social para o indivíduo com essa diferença. A Lei também instituiu o crime por discriminação à pessoa com deficiência e promoveu mudanças significativas em vários diplomas legais, como Código Civil, Código de Processo Civil, Código Eleitoral, Código do Consumidor, Código de Trânsito Brasileiro, Estatuto da Cidade, CLT e outras tantas leis ordinárias conhecidas dos operadores do direito e da sociedade brasileira.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), base de composição da LBI, incorporada em nosso ordenamento jurídico desde 2009, com status de norma constitucional, não foi capaz de impor mudanças nos julgamentos judiciais, uma vez que os tribunais continuaram a decidir com base em normas anteriores, deixando de aplica-la por desconhecer a nova sistemática em vigor. É de pensar que, se uma norma hierarquicamente superior, de natureza constitucional, foi ignorada por boa parte dos juízes e tribunais, a Lei Brasileira de Inclusão também poderia ter o mesmo destino. É fato que o assunto deficiência não desperta interesse em grande parte dos juristas, por conta de uma cultura capacitista, sob a qual as pessoas com deficiência encontram-se submetidas.  Essa cultura impõe reações sociais que despertam benevolência e paternalismo, diante do entendimento que indivíduos com deficiência são incapazes de gerir a própria vida, por conseguinte sujeitando-os a uma submissão social. Mas, surpreendentemente e diferentemente da CDPD, nestes cinco anos de existência da LBI, significativa parcela da sociedade tem estudado a lei, seus efeitos e impactos sociais. No âmbito estritamente jurídico a lei ainda é pouco aplicada, por falta de doutrina interpretativa de seus novos conceitos e pela incidência de expressivo quantitativo de preceitos com eficácia contida, ou seja, dependentes de norma regulamentadora. Contudo, por qualquer ângulo que observarmos, notaremos que a LBI circula na sociedade com maior desenvoltura, sendo mais conhecida e manejada no ambiente da Justiça do que a CDPD, mesmo diante da inercia do Poder Público para dar maior eficácia ao texto legal, em cumprimento de seu papel constitucional como ente regulamentador das normas infraconstitucionais.

Escrever mais sobre a Lei, comentar e debater seus artigos, intensificar sua divulgação aos operadores do direito e promover sua eficácia plena, através dos competentes atos de regulamentação, é o caminho para garantir o aumento de sua aplicabilidade nos próximo anos, sob pena de estacionar onde se encontra e, até, de cair no esquecimento, como vem ocorrendo com as emendas constitucionais trazidas ao texto da constituição pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

*Presidente de Honra da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência (OAB-RJ)

Fonte  https://revistareacao.com.br/cinco-anos-de-existencia-da-lei-brasileira-de-inclusao-e-dai/

Postado por Antônio Brito 

Artista brasileira que pinta com os pés e a boca é destaque em bienal na Polônia

Quadro de Maria Goret Chagas foi selecionando entre obras de todo o mundo para mostra no Museu Nacional de Cracóvia. Tela em acrílica, pintada em 2011, já esteve exposta no Museu do Louvre, em Paris. Pintora nasceu tetraplégica e começou a andar aos 5 anos durante uma procissão do Divino Espírito Santo. "Minhas memórias de infância não são de brinquedos, são de lápis de cor", diz.

Luiz Alexandre Souza Ventura


Ouça essa reportagem com Audima no player acima ou acompanhe a tradução em Libras com Hand Talk no botão azul à esquerda.


Descrição da imagem #pracegover: Foto de Maria Goret Chagas no Museu do Louvre, em Paris. A artista de 69 anos tem cabelos curtos e pretos, usa óculos, veste casaco escuro, está sorrindo e olhando para a câmera. Ao fundo, duas telas da pintora fixadas em uma parede escura. A tela à esquerda, ‘Arranjo de Flores’, foi selecionada para a bienal de Cracóvia, na Polônia. Crédito: Aquivo Pessoal / Maria Goret Chagas.

A tela em acrílica ‘Arranjo de Flores’, da artista plástica brasileira Maria Goret Chagas, pintora com os pés e a boca, foi selecionada para a ’16a Bienal Internacional de Artistas com Deficiência’, em Cracóvia, na Polônia. No total, 733 trabalhos de todo o mundo estavam inscritos na exposição e 100 participam do evento, a partir de 21 de setembro, na Galeria da Arte Polonesa do Século XIX, no Salão de Pano (Sukiennice), filial do Museu Nacional. Goret é a única do Brasil na mostra.

Maria Goret Chagas tem 69 anos. Nasceu em Delfinópolis (MG), tetraplégica, e começou a andar aos 5 anos, no meio da procissão do Divino Espírito Santo.

“Tive uma febre muito forte durante três dias e falei para minha mãe que eu começaria a andar ou morreria”, conta Goret. “Eu, com 5 anos, insisti para ir à procissão e consegui, na birra, convencer minha mãe a me levar. Uma cuidadora, que se chamava Auxiliadora, foi junto para me carregar. No meio da caminhada, dei um grito e comecei a andar”, relata a artista. “Eu considero o milagre da minha vida, um intervenção divina”, afirma Goret.

A pintora mora em Franca, no interior de SP, há 58 anos. Desenha e pinta com os pés e a boca desde criança. “Lembro de ficar desenhando com os pés no balcão de uma loja que meu pai tinha na época. Minhas memórias de infância não são de brinquedos, são de lápis de cor”, diz.

Após ser alfabetizada em casa, Goret passou a frequentar uma escola regular e foi incentivada por uma professora a também usar a boca para escrever. Na adolescência, já se dedicava integralmente à pintura. Fez faculdade de Letras e de Educação Artística, se tornando profissional.


Descrição da imagem #pracegover: Quadro ‘Arranjo de Flores’, de Maria Goret Chagas, escolhido para a bienal no Museu Nacional de Cracóvia, pintado em acrílica em 2011. Crédito: Aquivo Pessoal / Maria Goret Chagas.


Goret faz parte há 15 anos da Associação Brasileira de Pintores com os Pés e a Boca (ABPB/Brasil), que tem 53 integrantes e está ligada à VDMFK (Vereinigung der Mund- und Fussmalenden Künstler in aller Welt, e. V.) ou Association of Mouth and Foot Paiting Artists of The World (AMFPA), com sede em Shaan, no principado de Liechtenstein, no centro da Europa. A instituição mundial está presente em 70 países.

Até 2018, Goret era bolsista. Em 2019, foi nomeada membro associada nas duas instituições. Isso significa que seu trabalho tem a mesma qualidade e competitividade das obras de artistas sem deficiência.

As duas associações são corporativas – não são filantrópicas, beneficentes ou sem fins lucrativos – e pagam remuneração mensal aos integrantes. A renda é obtida com a venda de cartões e calendários, criados a partir das obras dos integrantes. A instituição mundial define as regras que devem ser seguidas pelas 70 filiais.

Viver da arte – Qualquer artista que perdeu o uso das mãos e pinta segurando o pincel com a boca ou com os pés pode fazer parte das duas associações, brasileira e internacional. A maioria entra como bolsista, recebe subsídios para pagar aulas de pintura, materiais de arte e outros custos.

As associações fazem constantes avaliações para definir quem pode se tornar membro associado e membro efetivo. Os trabalhos dos bolsitas são periodicamente revisados por um júri, até atingir padrão para que os artistas sejam aceitos como efetivos.

O júri inclui o presidente da associação, ou seu representante nomeado, e dois artistas convencionais eminentes e reconhecidos. Quando o novo candidato é aprovado, a diretoria pode admitir como bolsita ou membro, sujeito à ratificação na convenção dos artistas delegados.

As associações estão sempre em busca de novos talentos. Muitos artistas com deficiência começam na pintura como forma de terapia ou reabilitação.

Destaque mundial – O quadro de Maria Goret Chagas escolhido para a bienal no Museu Nacional de Cracóvia foi pintado em 2011, como parte do trabalho diário da artista, e elevou o nome da brasileira em exposições internacionais.

Em outubro de 2016, a tela foi selecionada e exposta na vernissage especial do ‘Le Carrousel du Louvre’, galeria comercial no Museu do Louvre, em Paris (França), quando a artista recebeu a comenda internacional ‘Honra às Mulheres e Homens de Valor’, da ‘Divine Academie Française des Arts, Lettres et Culture – Madame Diva Pavesi’, alta insígnia pelos relevantes serviços prestados à sociedade. A cerimônia de outorga foi realizada no Four Seasons Hotel George V.

Em 2012, a VDMFK e a APBP/Brasil escolheram a pintura para integrar a coleção de cartões e calendários que as associações enviam para vários países.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/artista-brasileira-que-pinta-com-os-pes-e-a-boca-e-destaque-em-bienal-na-polonia/

Postado por Antônio Brito 

Padrasto é preso suspeito de matar enteada deficiente que foi encontrada em rio em MT

Detido o padrasto, de 45 anos, foi encaminhado à Delegacia de Nortelândia e em entrevista aos policiais, não se manifestou.

Juscinéia Gonçalves de Matos, de 42 anos, estava desaparecida e foi encontrada morta em rio em Nortelândia — Foto: Facebook

Juscinéia tinha deficiência e era aluna da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Nortelândia.

Detido na terça-feira (23), o padrasto, de 45 anos, foi encaminhado à Delegacia de Nortelândia e em entrevista aos policiais, não se manifestou.

A Polícia Civil segue com as diligências para reunir provas e depoimentos para o inquérito.

Familiares da vítima estão sendo ouvidos e o delegado responsável aguarda também o resultado dos laudos da Politec para confirmar a causa da morte.

O suspeito será encaminhado para realização de exame de corpo de delito e depois irá para uma unidade prisional.

Conforme informações repassadas por um familiar, que registrou boletim de ocorrência do desaparecimento da vítima, Jucineia saiu de casa no fim da tarde de domingo, sem levar o celular e depois não foi mais vista.

O delegado informou que a perícia inicial descartou as hipóteses de afogamento ou estrangulamento.

Fonte: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2020/06/24/padrasto-e-preso-suspeito-de-matar-enteada-deficiente-que-foi-encontrada-em-rio-em-mt.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Cadeiras de Rodas: Guia Prático Simplificado

Cadeira de Rodas - Guia Prático Simplificado

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Homem de pele clara e cabelos castanhos, calçados sapatos azuis, calça verde claro, camiseta verde e camisa azul. Ele está atrás de uma mulher, com pele morena  e cabelos lisos e pretos. Ela está em uma cadeira de rodas, de frente para a câmera. Calça tênis brancos, calça jeans, camiseta branca e camisa azul clara. Os dois estão se olhando e sorrindo. O homem está levemente empinando a cadeira. Fim da descrição |Designed by Freepik

Você conhece todos os tipos de Cadeiras de Rodas, e o por quê de cada modelo ou configuração?

Pois saiba que muito além de estilo, os tipos de Cadeiras de Rodas são indicados de acordo com funcionalidade, ergonomia e necessidade do usuário

Um dos itens mais conhecidos quando falamos em deficiência física é a cadeira de rodas. É o dispositivo mais famoso, ilustrando placas de vagas exclusivas ou locais acessíveis, porém um dos menos conhecidos.

A grande maioria da população já teve contato direto com uma cadeira de rodas, seja pelo uso próprio, seja por um amigo ou familiar com deficiência física, um amigo ou familiar que passou por alguma cirurgia, algum idoso com diminuição de movimentos, ou por vê-las em cinemas, novelas e redes sociais.

Mas mesmo com toda essa visibilidade, entretanto, a cadeira de rodas não é completamente conhecida. Ela não é um dispositivo único e globalizado. Ela precisa atender a demanda individual de quem a usa. 

A intenção desse texto é trazer informação sobre o que temos no mercado atual, quando falamos em cadeiras de rodas, e como podemos identificar a real necessidade de cada indivíduo

Cadeiras de rodas - variações
Descrição da Imagem #PraCegoVer - Três fotografias da mesma pessoa em cadeira de rodas, cada uma mostrando um estágio das posições sentada na cadeira, se levantando com a cadeira, e em pé com este tipo de cadeira específica para simular a posição de uma pessoa que anda. É uma jovem garota de pele branca, cabelos negros na altura dos ombros. Ela veste camiseta branca, calça jeans e tênis. Nas três imagens está olhando para a câmera, e na última, já em pé, está sorrindo. Fim da descrição | Foto: Reprodução

Primeiramente vamos diferenciar os Modelos de Cadeiras de Rodas

Cadeiras de Rodas Manuais Simples:

A cadeira manual simples é a com menor custo. É recomendada para pessoas que usarão por tempo determinado ou uso em situações muito específicas, como por exemplo pessoas que passaram por algum tipo de cirurgia e não ainda não podem realizar descarga de peso, idosos com algum nível de dificuldade para andar, pessoas deambulantes com limitações motoras em membros inferiores quando vão a shoppings e praças públicas e utilizam para otimizar o tempo é gasto energético, entre outros. 

Cadeiras de Rodas Simples
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de uma cadeira de rodas manual simples, na cor branca com partes de lona e plástico preto. Fim da descrição | Foto: Reprodução

São modelos simples que, no geral, não oferecem muitas opções para adaptação e nem acréscimos de acessórios. 

Os valores costumam variar entre duzentos e seiscentos reais. 

Confira o PDF da Organização Mundial da Saúde – OMS, sobre Diretrizes para o fornecimentobde Cadeiras de Rodas Manuais em locais com poucos recursos, clicando aqui

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Cadeiras de Rodas Dobráveis em X:

A cadeira é constituída por duas partes laterais, unidas por meio de tubos que formam uma sustentação no formato da letra X. São cadeiras que oferecem diversas opções de montagem, tamanhos, medidas e cores, diferentemente da cadeira manual simples. São mais confortáveis pois contam com almofadas e estofamento incorporados e também mais estáveis. 

Cadeiras de Rodas - Dobráveis em X
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de cadeira de rodas dobrada em X, nas cores preto e cinza escuro. Fim da descrição | Foto: Reprodução

É recomendada a usuários que são mais dependentes e têm pouca mobilidade nos membros superiores e/ou no tronco. Indicada para pessoas que possuam doenças progressivas em determinados níveis como esclerosa múltipla, distrofias musculares e paraparesia espástica. Indicada também para pessoas com paralisia cerebral nível GMFCS IV, tetraplegias, entre outros acometimentos. 

É um dos modelos com melhor custo benefício. Encontramos modelos de aproximadamente mil reais até cinco mil reais. Podendo se elevar dependendo da especificidade do dispositivo. 

Cadeira de Rodas Monobloco:

São aquelas que tem o fechamento em L, ou seja, o rebatimento do encosto fica sobre o assento quando o acessório é fechado. Entre as principais vantagens desse tipo de cadeira está o peso, que é bastante reduzido, tornando mais fácil a mobilidade independente (dispensando muitas vezes a necessidade de um cuidador consigo). 

Cadeiras de Rodas Monoblco
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de uma de cadeira de rodas modelo monobloco, nas cores azul, preto e cinza escuro, com encosto dobrável para frente. Fim da descrição | Foto: Reprodução

A cadeira monobloco é escolhida por cadeirantes ativos, com alguma mobilidade de membros superiores. 

“Pessoas que não possuem mobilidade de membros superiores também podem usá-la se for de sua preferência. Nenhum modelo é engessado ao seu diagnóstico” 

Muito popular entre os esportistas e atletas, pois possibilita muito mais agilidade e dinamismo. Também muito popular entre pessoas que utilizam cadeira no ambiente de trabalho, pelo mesmo motivo de dinamismo e otimização de tempo. 

O custo de uma cadeira monobloco é elevado para a maioria das pessoas. Varia entre 3000 a 15000 reais. E podemos encontrar valores acima disso dependendo da especificidade da cadeira. 

Cadeiras de Rodas Motorizadas:

São aquelas que podem ser conduzidas pelo usuário por meio de um joystick (controle). Elas possibilitam uma postura adequada ao mesmo tempo que garantem uma boa mobilidade de forma autônoma. 

O modelo é ideal para pessoas com pouca força muscular nos membros superiores e que inviabilizam o uso ao deslocar a cadeira, ou em doenças com caráter progressivo, em que não podemos atingir o limiar de fadiga muscular. São exemplos as distrofias musculares, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA), amiotrofia muscular espinhal (AME), paralisia cerebral nível GMFCS IV e V, vítimas de AVC com comprometimento extenso, ou qualquer desequilíbrio neuromotor que o impeçam de se locomover. 

Cadeira de Rodas Motorizada
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de uma cadeira de rodas motorizada, na cor preta e quatro pneus cinza. Fim da descrição | Foto: Reprodução

Infelizmente o custo é alto, por isso poucos têm acesso a esse tipo de dispositivo. É recomendada para grande parte das pessoas, porém uma minoria terá acesso. Uma grande parte das cadeiras motorizadas são adquiridas judicialmente, após comprovação da real necessidade em se buscar autonomia. 

No mercado, entretanto, encontramos valores variando entre sete mil reais e quinze mil reais, ou mais. Podemos encontrar valores abaixo disso para cadeiras mais simples, com comandos simples, voltadas para idosos e públicos com comprometimento motor mais leve. Podemos também encontrar valores acima deste intervalo, novamente, dependendo da especificidade da cadeira. 

Obs.: o termo correto é este. CADEIRA MOTORIZADA. Cadeira elétrica é a que é usada para execução de criminosos em alguns países onde a pena de morte é permitida.

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de uma cadeira de rodas com elevação automática, na cor preta. Ela está com o modo estendido acionado. Fim da descrição | Foto: Reprodução

Cadeiras de Rodas com Elevação Automática:

Popularmente conhecida como “cadeira de rodas que fica em pé”. É perfeita para pessoas que necessitam ainda mais de autonomia no dia a dia. Isso inclui acessar locais mais altos dentro de casa, no ambiente de trabalho ou no ambiente de Ensino. 

Com sua elevação, é possível que o usuário fique em pé na sua própria cadeira. Atualmente, os mais comuns são os modelos que fazem essa elevação automática, mas existem alguns modelos que funcionam de forma manual. Essa opção é ideal para usuários que necessitam de cuidados especiais no que se refere às funções digestivas, circulatória e respiratória. Importante também no auxílio ao ortostatismo, para pessoas que não o conseguem realizar, pensando na descarga de peso em membros inferiores, densidade mineral óssea e co-ativação muscular de musculatura da base. 

Indicada para paraplegias e tetraplegias. Também indicada para paralisia cerebral níveis GMFCS IV e V, mielomeningocele, doenças neuromusculares em estágios mais avançados, e qualquer desordem neuromotora que impossibilitem o indivíduo de realizar ortostatismo. 

Cadeiras de rodas com elevação automática
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Três fotografias editadas em uma. Elas mostram os três estágios de elevação de uma cadeira de rodas manual com elevação automática, nas cores branco, vermelho e preto. Fim da descrição | Foto: Reprodução

Assim como a cadeira motorizada, a cadeira de elevação automática tem um custo muito elevado, sendo até superior à mencionada anteriormente. Seu custo varia em torno de dezessete mil reais, podendo ser mais elevado quando consideramos modelos importados com mais opções de comandos, ou dependendo da especificidade da cadeira. Também são adquiriras na grande parte judicialmente. 

Cadeiras de Rodas Reclináveis:

São aquelas que, como o próprio nome sugere, podem reclinar para trás. O que chamamos de Tilt. Elas são recomendadas para as pessoas que necessitam passar muito tempo sentadas, com pouco controle postural, e que desejam adapta-la às necessidades motoras do usuário. 

Esse modelo possibilita a mudança de posição do corpo, mudando os locais de descarga de peso, evitando o surgimento de escaras e outras deformidades. Pessoas com pobre controle cervical também se beneficiam muito desse modelo. 

Cadeiras de rodas reclináveis
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Três fotografias editadas em uma, mostrando três níveis de inclinação, de uma cadeira de rodas nas cores preto e vermelho. Fim da descrição | Foto: Reprodução

Muito utilizada por pessoas com paralisia cerebral nível GMFCS V, doenças progressivas em estágios mais avançados, lesões medulares com nível medular alto, onde o controle cervical se encontra comprometido, ou qualquer desordem em que o usuário não consiga se ajustar em sua cadeira. 

Assim como a dobrável em X, ela tem um dos melhores custos benefícios, pensando em todas comorbidades que um mau alinhamento possam acarretar.

 Os valores variam entre três mil reais à oito mil reais. Podendo ser mais elevados. Podemos considerar aqui também os gastos adicionais com acessórios e ajustes que provavelmente deverão ser feitos. 

Cadeira higiênica
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de uma cadeira de rodas higiênica, para banho, do tipo simples, na cor branca com partes de lona e plástico preto. Fim da descrição | Foto: Reprodução

Cadeira de Rodas Higiênicas:

Comumente chamada de Cadeira de banho, são utilizadas exclusivamente com a finalidade de higienização. Construída com materiais leves, que não enferrujam ao entrarem em contato com a água. 

Esse modelo pode conter um assento que se adapta para uso do vaso sanitário, assim o usuário tem mais facilidade e não fica desconfortável quando precisa fazer suas necessidades fisiológicas. 

Indicada para todos os cadeirantes. Mas como cada indivíduo tem uma necessidade de estabilização específica, as cadeiras de banho também se apresentam em diversos modelos para contemplar todas essas necessidades. Também pode ser adaptado caso o usuário não se adapte a nenhum modelo pré-moldado. 

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de uma cadeira de rodas higiênica, para banho, em um modelo em alumínio, na cor branca com partes de lona e plástico preto. Esse modelo conta com dois pneus traseiros maiores, e duas rodas frontais pequenas. Fim da descrição | Foto: Reprodução

Além de todos esses modelos descritos acima, também é legal informar aqui que existe um serviço que tem sido essencial para a classe cadeirante. Que é a adaptação de cadeira de rodas. Diante do alto custo em se obter uma cadeira pronta e que muitas vezes não será perfeita para sua necessidade, surgiu o servido de adaptação de cadeiras de rodas. Junto ao profissional que irá realizar essa adaptação, o usuário ou sua família escolhem qual o modelo será o mais indicado, avaliam as necessidades funcionais e biomecânicas do indivíduo, e assim realizam adaptações específicas para que essa cadeira ofereça o maior conforto possível dentro de um melhor alinhamento biomecânico possível. 

Um exemplo. Uma cadeirante que apresente escoliose estruturada rígida, ele precisa que a cadeira de acomode à sua deformidade de coluna, para não lhe causar dores e desestabilização. Ou um usuário que apresente uma dominância muscular em um dos lados do corpo, precisamos que os lados da cadeia sejam adequados de maneira diferentes para atenderem suas necessidades. E assim por diante. Toda especificidade do usuário deve ser considerada e valorizada, e a cadeira deve ser feita para que ele se sinta confortável e dinâmico dentro de seu dispositivo. 

Curiosidade!

Outro ponto legal que gostaria de compartilhar é a adaptação e motorização de carros e cadeirinhas para crianças pequenas. Há estudos nos mostrando que quanto mais precoce as crianças começam a se locomover INDEPENDENTEMENTE, mais os cognitivos dessas crianças se desenvolvem. Informações sensoriais se integram e ela consegue elaborar estratégias de locomoção que exigiram a zona cognitiva do cérebro em desenvolvimento. Diante desta informação surgiu o movimento GO BABY GO, onde adaptamos carros motorizados e pequenas cadeiras motorizadas para crianças com pouca mobilidade e com níveis de funcionalidade GMFCS IV e V, para que desde pequenas aprendam a buscar sua independência e autonomia na locomoção. 

Depois de analisarmos as reais necessidades motoras e posturais de cada indivíduo, precisamos agora analisar as condições em que essa cadeira será usada. Para podermos fazer a melhor escolha possível do seu dispositivo. Em alguns países europeus, os cadeirantes têm acesso a vários modelos de cadeiras, para diferentes necessidades. No nosso país não é bem isso que observamos. Já é difícil muitas vezes adquirir uma cadeira de rodas, então está deve suprir o máximo de necessidades de seu usuário. 

Considerações

Devemos considerar o ambiente onde ela será usada. Se é um ambiente interno ou externo. Se é plano ou tem trajetos com grama ou outros desníveis. Se é no trabalho, o espaço de movimentação disponível neste ambiente. Se há rampas. Se haverá pessoas pra ajudar ou necessitará de independência completa. Se é para prática esportiva também. 

Devemos considerar o transporte desta cadeira em veículos. Se a sua locomoção for veicular não adaptada, precisamos pensar no fechamento da cadeira, no tamanho da cadeira, no desmonte da cadeira, e uma série de informações para que a cadeira possa sempre ser transportada junto ao seu usuário. Se o transporte for público e adaptado, tenho mais opções, mas também preciso pensar se é possível independência em locais públicos com aquele modelo escolhido. Isso também deve ser levado em consideração. 

Cadeiras de Rodas: Guia Prático Simplificado

E por último, a necessidade de acessórios e adaptações. Alguns modelos permitem mais adaptações que outros. Se o indivíduo necessitar de muitos ajustes para se manter alinhado, devemos observar qual cadeira permite tais acréscimos. 

Assim, afirmo aqui que, uma cadeira de rodas não é só uma cadeira de rodas. Ela é uma “parceira” escolhida detalhadamente e carinhosamente para acompanhar nossos cadeirantes por onde for. Para podermos vê-los livres, empondeirados, aventureiros, atletas, profissionais bem sucedidos, autônomos, estudiosos, passeadores, baladeiros e acima de tudo, FELIZES!! 

Carol Nunes

Carol Nunes

Formada em Fisioterapia, Ana Carolina tem especialização Neurofuncional com enfoque Neuropediatrico. É coordenadora do setor Neurofuncional da clínica Fisiocenter, em Itu (SP), onde atende como Fisioterapeuta. No site Jornalista Inclusivo é responsável pelo espaço "Sem Filtro & Com Afeto"..

Fonte  https://jornalistainclusivo.com/cadeiras-de-rodas-guia-pratico-simplificado/

Postado por Antônio