- De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência – ONU – Organização das Nações Unidas/ 2006, “as pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual (mental), ou sensorial (visão e audição) os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
- É um cidadão com os mesmos direitos de autodeterminação e usufruto das oportunidades disponíveis na sociedade;
- Deficiência não é sinônimo de doença e, portanto, uma pessoa não pode ter sua vida prejudicada em razão de sua deficiência.
- A pessoa com deficiência possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividades;
- Pode apresentar uma ou mais deficiências, percebida ao nascimento ou adquirida ao longo da vida;
- Existem doenças que embora não estejam enquadradas como deficiência, podem produzir direta ou indiretamente graus de limitação variados, destacamos os distúrbios de fala, da linguagem ou comportamentais e os transtornos orgânicos.
- A deficiência é um atributo do ser humano, como ser alto, baixo, gordo ou magro, sendo que as pessoas com deficiência fazem parte dessa diversidade, com os mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos.
No final dos anos 80, aos 25 anos, o artesão de móveis dinamarquês Hans Jørgen Wiberg começou a perder a visão, vítima de uma doença genética. Como voluntário de uma associação de deficientes visuais, Hans percebeu que muitos cegos e pessoas com baixa acuidade visual, como ele, frequentemente tinham de recorrer à ajuda de terceiros para realizar as atividades mais comezinhas.
Um amigo lhe contou que para driblar as dificuldades do dia a dia, como checar a data de validade de um produto ou escolher a cor da gravata, realizava chamadas de vídeo com parentes e amigos. Hans teve então a ideia de criar um aplicativo para conectar deficientes visuais e voluntários, por meio de videochamadas.
Em 2012, ele apresentou o projeto em uma competição de startups e, três anos depois, em um dia 15 de janeiro, o Be My Eyes foi lançado. Nas primeiras 24 horas, o app tinha quase 10 mil inscritos.
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Até 14 de novembro do ano passado, 3 milhões de pessoas estavam inscritas como voluntárias e 110 mil deficientes recorriam frequentemente ao sistema, em 150 países e 180 idiomas. Em 2017, o Be My Eyes foi escolhido melhor aplicativo Google Play nas categorias “Mais Inovador” e “Melhor Ajudante Diário”.
Em 2018, destacou-se novamente, escolhido pela equipe Google como “Melhor Aplicativo de Acessibilidade”. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os cegos somam 39 milhões, e os portadores de perda moderada ou severa de visão, 246 milhões.
Fonte https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/02/aplicativo-conecta-deficientes-visuais-e-voluntarios-para-ajuda-em-tarefas-diarias.html
Postado por Antônio Brito