15/10/2019

Agricultor cadeirante quadruplica produção leiteira.

O agricultor é um dos responsáveis por tirar o leite das 75 vacas em lactação, que produzem 3 mil litros de leite ao dia

Por: EMATER - RS
Publicado em 11/10/2019 às 10:00h.

A tarde de 23 de novembro de 2003 era como muitas outras para a família Birck, da Linha São Jacó, em Estrela. A primavera com cara de verão prenunciava o calor, enquanto Paulo Birck, na época com 23 anos, se preparava para puxar a última carga de esterco do dia. No reboque do trator, cerca de sete toneladas de cama de aviário eram levadas de um ponto a outro da propriedade, em que também moram os pais e dois irmãos. Em meio a um aclive, o eixo do reboque cedeu. Quando Birck colocou o macaco hidráulico para tentar resolver o problema, o acidente: o macaco quebrou e o peso de todo o reboque prendeu as pernas do agricultor.


Foram em torno de 25 minutos até que os bombeiros e o guincho aparecessem para o socorro. Birck estava consciente e, nesse meio tempo, já imaginava que algo grave pudesse acontecer. Eu já não sentia dor, não sentia nada da cintura pra baixo. No hospital foram exatamente 30 dias na UTI e duas cirurgias nas vértebras, que não impediram o jovem de ficar paraplégico. Como muitas vezes acontece nesses casos, foi necessário um tipo de recomeço. A gente acaba enxergando a vida e tudo que nos rodeia de outra forma, avalia. É um processo de adaptação, em que cada pequena conquista é celebrada, completa.

Quem vê o estágio em que a propriedade da família se encontra, percebe que não há nenhuma barreira no fato de Birck fazer tudo o que faz, estando em cima de uma cadeira de rodas. Com veículos adaptados, sala de ordenha com acessibilidade e maquinário com tecnologia que facilita a realização das atividades, o agricultor é um dos responsáveis por tirar o leite das 75 vacas em lactação, que produzem 3 mil litros de leite ao dia, além de ser o gestor da propriedade, fazendo anotações em cadernos de campo, controlando entradas e saídas, cuidando das finanças e fazendo toda a parte burocrática de papelada.

É desse modo, com tudo às claras, que Paulo trabalha ao lado do pai, que também é Paulo, e da mãe, Glaci, além dos irmãos Pedro e Martina e do cunhado Henrique. Sinceramente eu não sei como seria se eu não tivesse sofrido o acidente, pondera. Mas de lá para cá resolvi estudar, terminei o ensino médio em 2003, fiz um tecnólogo na área de agricultura familiar e sustentabilidade e enveredei mais para essa área de pensar a propriedade, de planejar, comenta. Não por acaso, com o apoio de projetos de crédito da Emater/RS-Ascar, a produção leiteira deu um salto de 500 para os 2 mil litros diários atuais. E nisso entra desde o melhoramento genético, passando pela criação correta das terneiras, até chegar à dieta do rebanho e os cuidados com a higiene, explica.

Ativo desde sempre, Paulinho, como é conhecido, não deixou de atuar na comunidade. Como liderança sindical regional chegou a ir a Brasília de ônibus, poucos meses depois do acidente. Não deixou de participar dos eventos da comunidade, dos churrascos de domingo. Trabalhou na indústria, onde obteve uma boa experiência. Foi vereador. Pratica basquete com uma equipe de cadeirantes de Lajeado. Faz canoagem. Joga bocha. Pratica tiro em uma sociedade italiana. Conhece outras pessoas, tem compromissos. Nunca tive depressão ou precisei de psicólogo, reforça. O que tive foi o apoio da minha família, que nunca teve vergonha de mim, e dos amigos, especialmente os do movimento sindical, lembra.

Com determinação, Birck garante que todo o dia é um dia de aprendizado. Não gosto que as pessoas me tratem de forma diferente, ou que me cedam lugar nos locais públicos só porque estou em uma cadeira de rodas, salienta. Vou ao banco, ando de carro, pago boletos, me movimento como todos, reflete. Sobre o futuro, pensa em tornar a propriedade cada dia mais profissional, com melhorias, que sempre são colocadas na mesa para apreciação familiar. É essa união, somada as outras coisas que fazem a nossa existência ter sentido, que nos fazem seguir em frente todos os dias, revela, com ares de palestrante. Algo que, nas horas vagas, Paulinho também é.

Fonte

https://www.agrolink.com.br/noticias/agricultor-cadeirante-quadruplica-producao-leiteira_425178.html

Postado por Antônio Brito



13/10/2019

A ADET recebe em sua sede social a visita do presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável o Sr. Joel Mariano de França.



Ontem 12/10, tivemos a grata satisfação de receber na sede social da ADET, a visita do Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, O Sr. Joel Mariano de França, aproveitando o momento, o presidente junto a diretoria agradeceram ao mesmo pelo seu empenho junto ao Deputado Clodoaldo Magalhães na indicação ao projeto de Utilidade Pública para a Entidade, na Assembleia Legislativa do Estado, o qual já foi aprovado em todas as comissões e segue para a votação em plenário.

O Amigo Joel Mariano ainda fez um breve relato das atuações do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável no município e da importância do referido Conselho para toda a sociedade Tabirense.

O nosso muito obrigado também a todos os diretores que se fizeram presentes: Presidente Luiz Antonio (Nem), 1º Secretário e Ex-presidente: Heleno Trajano, 1º Tesoureiro: Maria do Socorro Oliveira e Silva, 3º Suplente da Diretoria: José Tadeu Quirino, Secretário: Luiz Egídio de Moura (Escurinho), Membro: Absolão Pereira Soares (Silon), 1º Suplente: Maria Aparecida Benedito dos Santos e 2º Suplente: Girleide Gomes da Silva e 3º Suplente do Conselho Fiscal e Colunista das Redes Sociais da Entidade: Antonio José Brito Oliveira.

Matéria e foto.
Heleno Trajano.

Professor de Educação Física adapta aulas para alunos com deficiências e autismo.

Um show de inclusão no meio escolar!


A primeira vez que o professor de Educação Física Luiz Dias de Siqueira Junior, do Rio de Janeiro, teve contato com o esporte adaptado foi quando um amigo e atleta de taekwondo teve a perna amputada por causa de um acidente.
Como forma de incentivá-lo, procurou o esporte adaptado e há 14 anos aplica esta modalidade nas suas aulas. O resultado disso? Uma lição de inclusão, onde todo mundo participa!
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Quando você inclui um aluno com deficiência numa aula e ele consegue fazer, ele tem uma injeção de autoestima muito grande!”, contou ao Razões.



“Às vezes temos alunos com uma deficiência grave e temos que correr atrás desse conteúdo e adaptar as aulas para eles. O professor só por falta de vontade que não vai”. Foto: Divulgação/InstitutoPenínsula
Luiz dá aula para alunos do Ensino Fundamental com deficiências físicas e autismo. Ele promove a inclusão desses alunos, enquanto os demais aprendem sobre empatia e a lidarem com as diferenças.
“Eles percebem como cada um é, e ajudam os colegas a fazerem as atividades e os incentiva. Já tive alguns alunos autistas severos, não verbais, que não se comunicam, e a gente tenta deixá-los de maneira livre para entender e compreender essas aulas. Eles participam e gostam muito dos circuitos”, disse.


“ A empatia é o que mais aprendemos com o esporte adaptado”. Foto: Divulgação/InstitutoPenínsula



Foto: Arquivo Pessoal


Foto: Arquivo Pessoal


Foto: Arquivo Pessoal

Experiência nos Jogos Paralímpicos
Nos Jogos Paralímpicos que aconteceram no Rio de Janeiro em 2016, o professor teve a oportunidade de trabalhar e aprender com os paratletas.
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“Nos Jogos Paralímpicos levamos cadeiras de rodas para o pessoal experimentar. Em um dos dias lá, chegou um menino de dez anos, talvez um pouco menos, cadeirante, para experimentar. Estávamos fazendo uma experimentação de brincadeira, quando a mãe falou: ‘olha, ele não quer brincar, quer jogar de verdade’”.



Foto: Arquivo Pessoal


“É isso, eles superam nossas expectativas. Ficamos pensando que vai ser uma coisa, que vai ser na brincadeira e eles superam nossas expectativas”. Foto: Arquivo Pessoal
Aprendendo mais sobre educação física inclusiva
Para auxiliar os professores de Educação Física nesse processo de inclusão, o Impulsiona, iniciativa de educação esportiva do Instituto Península, se uniu ao Comitê Paralímpico Brasileiro para criar o curso online Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte.
O conteúdo gratuito ajuda os professores, na teoria e na prática, a ensinar esportes como futebol de 5, goalball, vôlei sentado e outros.
“Segundo a UNESCO, mais de 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. A escola precisa, portanto, ser inclusiva, acessível e promover igualdade entre todos. Mas sabemos que muitas vezes o professor não recebe formação adequada nessa temática, principalmente na Educação Física, que mexe muito com o corpo dos jovens. Como ensinar esportes para um cadeirante ou um cego?”, reflete Vanderson Berbat, diretor do Impulsiona.



“Estudos mostram que o exercício físico, assim como comer e dormir bem, tem grande contribuição para o desenvolvimento cognitivo dos jovens. Então, os alunos com deficiência têm o direito de praticar esportes como qualquer outro aluno”. Foto: Gabriel Nascimento.

Postado por
Antônio Brito

11/10/2019

11 DE Outubro "Dia da Pessoa Com Deficiência Física" Construa Acessos. Derrube Barreiras.


Em nome da ADET - Associação dos Deficientes de Tabira, gostaria de parabenizar todas as Pessoas Com Deficiência do nosso municipio e região do pajeú, pela passagem do
"Dia da Pessoa Com Deficiência Física". 11 de outubro".

Na verdade, como as outras comemorações, o nosso dia de luta são todos os dias... Quando levantamos da nossa cama, tiramos a barba, tomamos o nosso banho e vamos á luta em prol de melhores dias de vida para nós e nossas famílias...

Esse dia é sim, muito importante para a conscientização da nossa população e dos governos federal, estadual e municipal, não descuidarem das nossas crianças para que tomem a vacinação em dia, dos prédios públicos para que tenham o mínimo de acessibilidade, como rampas com corre mão, barras de apoio nos banheiros públicos, pessoas preparadas para receberem as pessoas com deficiencia nos predios de uso publico de atendimento, especialmente nas áreas essenciais como: Saúde.Ação Social e Educação.

E este dia, é muito importante também para repensarmos na vida dos nossos semelhantes, quando sairmos na rua dirijindo moto ou carro, quando no final de semana tomarmos um drink a mais e não medirmos as consequencias de assumirmos a total responsabilidade de cometermos atrocidades no transito.

Esse dia é para repensarmos no valor da vida, da saúde e do respeito mutuo pelo nosso semelhante, transeunte e amigo, combatendo o preconceito e revendo conceitos que outrora foram arraigados na nossa sociedade, e tanto mal fizeram á tantos...

A nossa Associação, vem associando ações há quase 16 anos, tentando mudar planos e conscientar a toda a sociedade, da necessidade de vermos a vida com outros olhos e cuidados inerentes a cada individuo, assumindo a sua responsabilidade de orientar e contribuir para que tenhamos menos acidentes que vitimizem pessoas para o resto de suas vidas.

E lembre-se: Cada um de nós compõe a sua própria história.
E cada Ser em Si carrega o dom de ser capaz e é corresponsável pelo bem estar seu, de sua família e de toda a sociedade.

Um abraço da Família (ADET).
Heleno Trajano

10/10/2019

Portadores de fibromialgia não terão carência para aposentadoria, aprova CAS Fonte: Agência Senado

Da Redação | 09/10/2019, 11h36
Trabalhadores com fibromialgia poderão ser dispensados dos prazos de carência para acesso ao auxílio-doença e à aposentadoria por invalidez. O benefício está previsto no Projeto de Lei (PL) 4.399/2019, aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta-feira (9). O texto recebeu voto favorável do relator, senador Irajá (PSD-TO). Agora, a matéria será avaliada pelo Plenário.
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dores no corpo, principalmente na musculatura. A doença também está associada a fadiga, sono não reparador, alterações de memória, ansiedade, depressão e alterações intestinais. De cada dez pacientes com fibromialgia, de sete a nove são mulheres entre 30 e 60 anos.
O PL 4.399/2019 é oriundo de uma sugestão legislativa enviada pelo portal e-Cidadania, do Senado. Originalmente, a sugestão defendia o reconhecimento da fibromialgia como doença crônica para fins de acesso ao auxílio-doença e à aposentadoria por invalidez, com dispensa dos períodos de carência exigidos pela Previdência Social. Esses segurados também teriam direito a um acréscimo de 25% no valor dos benefícios, destinado à cobertura de gastos com cuidadores. Por fim, garantia da oferta de medicamentos e terapias gratuitas.
Segundo Irajá, os ajustes no PL 4.399/2019 começaram a ser feitos pelo relator na Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Flávio Arns (Rede-PR). Lá, Arns registrou que a legislação brasileira já reconhece a fibromialgia como doença crônica e assegura a seus portadores acesso a medicamentos e terapias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Diante desse cenário, a CDH aprovou o projeto determinando apenas a inexigibilidade da carência previdenciária para concessão de benefícios aos segurados com fibromialgia. Eliminou também o acréscimo de 25% no valor dos benefícios, tendo em vista que essa vantagem não é concedida aos portadores de outras doenças graves ou incapacitantes.
Entretanto, uma ressalva foi estabelecida para a conquista da aposentadoria por invalidez: atesto de que a fibromialgia gerou incapacidade do segurado para o trabalho, após perícia realizada por junta médica oficial. “O dispositivo legal vigente (Lei 8.213, de 1991, que regula os Planos de Benefícios da Previdência Social) não garante o direito à aposentadoria por invalidez, mas, sim, à dispensa do período de carência para a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, para os segurados do Regime Geral da Previdência Social, nos casos em que for constatada a invalidez decorrente das doenças ali elencadas”, observou Irajá.
Ainda na avaliação do relator na CAS, a exigência de carência de um ano para concessão dos benefícios previdenciários em questão “é de uma crueldade exagerada” para os trabalhadores com fibromialgia. "Em última instância, se poderia dizer que essa regra atenta contra um objetivo previsto na Constituição, que aponta para uma seguridade social com 'universalidade da cobertura e do atendimento'", ressaltou Irajá.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Postado Por. Antonio Brito

08/10/2019

As políticas públicas de inclusão não podem sofrer retrocessos’

Vereador Roberto Martins acompanha caso de criança autista suspensa de escola em Jardim da Penha

Educação

De Fernanda Couzemenco

segunda, 07 de outubro de 2019

“As políticas públicas de inclusão não podem sofrer retrocessos”. A afirmação, do vereador de Vitória e professor Roberto Martins (PTB), refere-se ao caso da criança autista suspensa por uma semana de uma escola de Jardim da Penha na última quinta-feira (3), por apresentar comportamento agressivo. 

“A Seme [Secretaria Municipal de Educação] deve encaminhar um profissional que esteja preparado pra lidar com essa situação”, opina, após participar de uma reunião na escola sobre o caso.  

A reunião foi realizada na manhã desta segunda-feira (7), data em que havia sido cogitada a realização de um ato em apoio à família da criança autista suspensa. A presença de famílias que desejam a punição e mesmo a expulsão do menino acabou criando a oportunidade de uma reunião de conciliação. 

“O nosso Plano Municipal de Educação garante a inclusão de todas as crianças, inclusive as que têm alguma deficiência. Então cabe à municipalidade garantir um profissional que esteja capacitado tecnicamente e fisicamente pra fazer a contenção adequada da criança que se torna agressiva por conta da condição de autismo”, explica o vereador. 

Também presente, a mãe do aluno, que pediu para não ser identificada, disse que ainda não sabe se levará o filho para estudar essa semana, aceitando a abertura dada pela direção da escola, que decidiu anular a punição de uma semana. 

“Não existe nada em lei que garanta essa suspensão de uma semana. Suspensão por agressão são dois dias. Mas estamos tentando respeitar as famílias que têm receio do comportamento do meu filho”, disse, ressaltando que a maior necessidade do filho é a continuidade da presença de um profissional que entenda o comportamento da criança e saiba fazer a devida contenção nas crises de agressividade. “Ele não tem problema cognitivo, lê, escreve, faz conta, trabalhos”, diz. 

A profissional que o atendia este ano está grávida e teve de ser afastada da função, e a professora especializada em educação especial que o acompanha na sala de aula não possui essa capacitação. 

Até o ano passado, o laudo era de Transtorno Opositor Desafiador (TOD). O laudo de autismo foi dado no início de 2019, mostrando a maior complexidade do caso. A luta da família é pelo pleno acolhimento da criança na rede pública de ensino, onde ele estuda desde os dois anos, pois, na verdade, afirma a mãe, “as escolas não estão capacitadas pra receber essas crianças”.

Nesta semana, a Seme deseja se reunir com a equipe multidisciplinar – psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo – que atende o aluno fora da escola, contratada pela família. A mãe está buscando outros dois tratamentos, óleo canábico e ABA, sendo que reivindica a inclusão do método ABA na rede pública da capital. 

“A Secretaria não concorda porque é comportamental. Mas eu vou fazer em casa e, se os profissionais aceitarem, tentamos inserir também na escola. Os estudos comprovam a eficácia do ABA para autistas”, declara. 

A rede pública, no entanto –  Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI) – também apresenta limitações que preocupam a família. “A gente precisa de alguém que nos atenda em emergências, e isso por enquanto só no particular”, conta. “A família inteira é envolvida, porque se acontece qualquer coisa e eu estou no trabalho, sem poder sair, tem outras pessoas que auxiliam”, diz. 
 
Fonte: https://seculodiario.com.br/public/jornal/materia/as-politicas-publicas-de-inclusao-nao-podem-sofrer-retrocessos


Postado por Antônio Brito

04/10/2019

Brasileira pode ser deportada da Nova Zelândia por conta da sua saúde e deficiência.



 (Foto: Divulgação)

Na Coluna Deficiência em Foco da semana, conheça a história de Juliana Carvalho
Juliana Carvalho, é gaúcha de Porto Alegre/RS, e tem uma vasta militância na causa das pessoas com deficiência. Aos 19 anos, uma inflamação na medula espinhal fez com que ela perdesse o movimento das pernas. Desde então ela vem produzindo conteúdos para pessoas com deficiência em diferentes plataformas e se tornou uma voz pela inclusão no país.
A decisão de se mudar para a Nova Zelândia, nasceu da necessidade de ficar próxima da mãe e dos três irmãos que moram em Auckland. No entanto, questões ligadas à sua deficiência e saúde afetam a sua permanência no país. Segundo ela, essa situação se originou no último ano devido a negativa do visto de permanência em decorrência da saúde e da deficiência “meu visto de permanência foi negado porque sou paraplégica e tenho Lupus, e o visto de trabalho foi negado porque minha saúde esteve muito ruim, devido ao estresse com a imigração no último ano”. Conta.
A luta dela agora é para conseguir a permanência no país “meu visto expirou e estou sujeita a deportação, tenho até o dia 24 de outubro para apelar no tribunal da imigração contra deportação em humanitarian grounds (causas humanitárias) e preciso de intervenção ministerial”. Explica.
Juliana explica que a possibilidade de deportação está ligada a questão da legislação de imigração da Nova Zelândia “a legislação de imigração daqui não aceita pessoas com deficiência ou que são consideradas não saudáveis porque elas podem hipoteticamente causar custos ao sistema público de saúde.” Relata.
No entanto, ela tem usado seu conhecimento e sua militância na causa da pessoa com deficiência para mudar esse quadro “estou militando para mudar a regra da imigração que é discriminatória e para aprovar a lei da acessibilidade aqui, coisa que no Brasil já temos”. Ressalta.
Entretanto, ao mesmo tempo que o país tem uma política discriminatória a pessoa com deficiência, possui boas condições de acessibilidade “no geral a acessibilidade para cadeirantes é 90% melhor que no Brasil.” Avalia. E completa “mas não em termos de legislação estamos militando”.
Como alternativa para permanecer no país junto com a família, ela criou uma petição pública para coletar assinaturas que serão usadas como suporte no apelo no Tribunal. Assine: https://www.accessalliance.org.nz/
Sobre Juliana
Entre seus trabalhos no segmento da pessoa com deficiência estão a criação e apresentação do programa de televisão brasileiro Make a Difference, que promove os direitos humanos e o respeito à diversidade. Ela é autora do blog Comedies of Crippled Life (http://comediasdavidaaleijada.blogspot.com/). Também colaborou com o grupo de mídia RBS para criar o blog “Sem Barreiras” para abordar tópicos relacionados à acessibilidade. Ela produziu e dirigiu o premiado curta-metragem “Se os Olhos Não Podem Ver, As Pernas Não Podem Sentir”.
Ganhou o Prêmio de Melhor História Verdadeira da revista Marie Claire Brasil 2012 por um ensaio sobre sua redescoberta sexual depois de se tornar paraplégica. Juliana coordena as duas primeiras edições do Movimento Superação (Desfile da Superação - comemora a diversidade, programada para comemorar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência). Em 2010, ela publicou sua autobriografia “Na minha cadeira ou na tua” e ganhou manchetes em todo o Brasil, seu livro vendeu mais de 30 mil cópias e foi distribuído para escolas públicas em todo o país pelo Ministério da Educação.
Fonte 
http://www.conexaonoticiasvp.com.br/noticias/brasil/874867/1

Postado por
Antônio Brito

03/10/2019

Com avanços na medicina, pessoas com Síndrome de Down já chegam à 3ª idade

Expectativa de vida de pessoas com Down deve se equiparar a médio prazo com a da população normal, que é de 76 anos no Brasil
Por Estadão Conteúdo
access_time2 out 2019, 09h58 - Publicado em 2 out 2019, 09h57
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Síndrome de Down: com advento das cirurgias cardíacas, vacinação, diagnóstico e inclusão, houve um aumento da expectativa de vida para em torno dos 65 anos (Barcroft Media/Getty Images)
São Paulo — Quando Isabel Bacicurinski nasceu, no início da década de 1970, a expectativa de vida de uma pessoa com síndrome de Down era de cerca de 20 anos. Hoje, aos 48 anos, ela tem a real possibilidade de chegar à terceira idade. Estudos internacionais apontam que, nos últimos 40 anos, a expectativa de vida para essas pessoas cresceu ao menos 3,75 vezes e deve, no futuro, se igualar à da população em geral. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao nascer é de 76 anos.
Vários fatores contribuíram para o aumento da longevidade das pessoas com síndrome de Down. “Na década de 1920, a expectativa de vida era em torno de 9 anos. Com o advento das cirurgias cardíacas, vacinação, diagnóstico e inclusão, houve um aumento da expectativa de vida para em torno dos 65 anos. Um estudo mostrou um paciente com 77 anos”, diz a geriatra Ana Thereza Schneider, integrante da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
No passado, apenas os pediatras faziam o atendimento dos pacientes com a síndrome e, durante muitos anos, a longevidade não foi um tema abordado com os pais de crianças com Down. Agora, os geriatras estão sendo cada vez mais procurados por essa população e há projetos que focam o envelhecimento saudável de pessoas com síndrome de Down.
É o caso de um grupo de 60 membros da Associação para Profissionalização, Orientação, Integração do Excepcional (Apoie), que, desde março, está sendo acompanhado por um geriatra em uma iniciativa do Projeto Serendipidade, ONG com foco em inclusão.
Eles praticam atividades físicas, recebem orientações para ter uma alimentação saudável e fazem exames para acompanhamento de doenças crônicas. O objetivo da iniciativa, segundo o leiloeiro Henri Zylberstajn, de 39 anos, fundador do Projeto Serendipidade não é apenas oferecer qualidade de vida para os adultos, mas obter informações sobre o envelhecimento deles e utilizá-las em pesquisas sobre o tema no futuro.
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O projeto-piloto deve durar um ano. “Queremos conversar com profissionais em formação para mostrar que existem caminhos e uma necessidade de mercado. Com o envelhecimento precoce e a longevidade dessa população, isso se faz necessário”, diz.
Segundo parentes de pessoas com a síndrome, a longevidade não era uma questão central. “Minha filha nasceu cardiopata e a gente tinha de cuidar do coração, levar para a fisioterapia e terapia ocupacional. Tudo o que me indicaram, fui fazer. A questão da longevidade ficou mais para a frente”, lembra a professora aposentada Maria Lúcia da Silva, de 61 anos, mãe de Maria Elisa do Lago, de 32. Segundo Maria Lúcia, a filha gosta de dançar e fazer atividades físicas. Também canta e é uma pessoa sociável. “Ela tem qualidade de vida muito maior do que outras pessoas. Acredito que Maria Elisa vai longe.”
Possibilidades
Geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital das Clínicas de São Paulo, Marcelo Altona está fazendo o monitoramento do grupo atendido pelo projeto. “Estamos assistindo ao envelhecimento das pessoas com a síndrome de Down e isso acende uma lâmpada de possibilidades. Nosso objetivo é oferecer um melhor envelhecimento e acabar com a crença de que não é possível alcançar benefícios.”
Segundo ele, sintomas da velhice que costumam aparecer após os 50 anos na população geral, como a perda de massa muscular e de memória, podem começar a surgir a partir dos 20 anos em quem tem a síndrome. “Nosso objetivo é desenvolver uma massa crítica para formar os familiares para a busca da qualidade de vida, bons hábitos de alimentação, atividade física e controle de doenças crônicas que podem surgir durante o envelhecimento. Fazer o mesmo cuidado que temos com os idosos típicos”, explica Altona.
Os participantes também estão realizando exames para monitorar condições de saúde. “Todo o nosso arsenal diagnóstico está disponível, como exames de ressonância e tomografia. A causa nos sensibilizou porque tem relação com inclusão social e melhorar a vida das pessoas”, diz Charles Ghelfond, diretor-presidente do Ghelfond Medicina Diagnóstica.
Apoio familiar
O engenheiro Bernardo Bacicurinski, de 62 anos, acompanhou as conquistas da irmã Isabel em um período em que as pessoas não acreditavam no potencial de quem tem síndrome de Down. “Na época acreditava-se que não tinha expectativa de nada e é um pensamento errado, porque eles têm capacidade de aprender e fazem atividades com dedicação e responsabilidade”, diz o engenheiro. “Minha irmã cuida das coisas dela, senta para jantar comigo, comenta coisas que viu na TV e as notícias que escuta. Tem uma visão de vida muito grande.”
A costureira Shirley Descrove, de 66 anos, nunca se preocupou com as questões relacionadas ao envelhecimento da filha Marina Descrove de Oliveira, de 33 anos, que também tem a síndrome. “Foquei mais em cuidar dela, mas é importante para a gente ficar sabendo como cuidar disso. A família não está preparada”, diz Shirley.
Alguns pacientes apresentam sinais de envelhecimento precoce nessa faixa etária. Segundo Shirley, Marina faz todas as suas atividades com disposição. “Ela não pode fazer movimentos bruscos, mas adora dançar, gosta muito de academia. Lá, só queria fazer zumba. Faz colchas. Só o rosto dela está começando a ficar enrugadinho.”
Presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Antonio Carlos Sestaro diz que a população com a trissomia do 21 é de 350 mil a 400 mil pessoas no País. O IBGE não tem dados sobre esse grupo. Ele diz que o atendimento especializado ao longo do envelhecimento é fundamental. “Nossa preocupação maior com a longevidade é o Alzheimer. Estamos acompanhando pesquisas no mundo e quase 50% das pessoas com síndrome de Down podem desenvolver o Alzheimer com mais de 50 anos.”
Para a assistente social voluntária da Apoie Sonia Monken, o projeto focado no envelhecimento é importante não só para os pacientes, mas para a família. “O grande problema hoje é com relação a imaginar que essa pessoa está envelhecendo em um grupo que está muito velho, como os pais dela. Quando a gente trabalha com longevidade, trabalha no paciente e na família.
Fonte
 https://exame.abril.com.br
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Antônio Brito

02/10/2019

Artigo: Todo o potencial de cada aluno.

Inclusão de estudantes público-alvo da educação especial deve ocorrer em salas de aula comuns

Priscila Cruz e Rodrigo Hübner Mendes

28/09/2019 - 00:00

Em 2018, a inclusão escolar dos estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação atingiu um patamar histórico. De acordo com o Censo Escolar, 90% desses alunos estavam matriculados em salas de aula inclusivas, desfrutando do convívio com o restante dos estudantes. Essa estatística é considerada extremamente avançada, mesmo quando comparada a redes de ensino de países que se destacam mundialmente no campo da equidade e do direito à educação.

Diante do momento de discussão das diretrizes nacionais referentes ao atendimento de tais alunos, entendemos ser relevante que as organizações da sociedade civil que trabalham pela educação para todos articulem-se para dialogar com o poder público sobre as oportunidades de aprimoramento das ações voltadas à efetivação do referido direito, valorizando o longo caminho até aqui percorrido. Nesse sentido, esse diálogo deve ser baseado em evidências e assumir algumas premissas fundamentais.

Todos os direitos alcançados até aqui não podem ser ignorados. Novas ações precisam estar alinhadas à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), ao Plano Nacional de Educação (Lei Federal 13.005/2014), aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2015) e à Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal 13.146/2015). Tais documentos dialogam com a definição de pessoa com deficiência na perspectiva social, sinalizando que instituições e redes de ensino devem focar suas ações na eliminação das barreiras e na promoção da acessibilidade.

Todos devem ter a oportunidade de desenvolver seu potencial máximo. Isso exige a garantia de que todos os alunos exerçam seu direito à aprendizagem em ambientes heterogêneos, capazes de promover o convívio e a interação com a comunidade escolar. A inclusão de estudantes público-alvo da educação especial, nesse sentido, deve ocorrer em salas de aula comuns. Pesquisas de várias partes do mundo evidenciam um amplo conjunto de benefícios gerados para todos os alunos, como a melhoria no desenvolvimento da linguagem, nas relações sociais e no desempenho escolar. Em outras palavras, todos saem ganhando com a escola inclusiva.

A educação inclusiva com qualidade pressupõe investimentos em políticas públicas que apoiem, de forma intersetorial, a necessária transformação das redes de ensino. A disponibilização do Atendimento Educacional Especializado (AEE), quando necessário, é um exemplo desse tipo de apoio. Tal atendimento já é uma realidade, em escala, em todas as regiões do Brasil. Ao mesmo tempo, a formação de professores e gestores escolares é imprescindível. Novas conquistas no âmbito de uma educação pautada pelas singularidades de cada estudante dependem do suporte contínuo a tais profissionais.

A partir do que já foi construído, precisamos, juntos, expandir instrumentos e ações que viabilizem avanços na efetivação da educação como um direito inquestionável de todo e qualquer brasileiro, com ou sem deficiência. As diferenças humanas em sala de aula devem ser vistas como a força da escola, e não o contrário. Apenas assim, faremos da educação uma estratégia de desenvolvimento e combate à desigualdade em nosso país.

Fonte

https://oglobo.globo.com

Postado por

Antônio Brito

01/10/2019

Música será utilizada no tratamento de pessoas com autismo.

Sessões deverão ser realizadas por profissionais que tenham graduação em Musicoterapia.
Música será utilizada no tratamento de pessoas com autismo 0:00100%AudimaAbrir menu de opções do player Audima. 10 Jul2019Da redação20h11 (Foto: Reprodução/Internet) Mato Grosso do Sul terá um programa para o incentivo à utilização da Musicoterapia como tratamento terapêutico complementar de pessoas com deficiência, síndromes e Transtorno do Espectro Autista (TEA).  É o que determina a Lei 5.364, de autoria do deputado Lidio Lopes (PATRI), publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (10). Conforme a nova norma, a Musicoterapia deverá ser realizada por clínicas de reabilitação e outras instituições públicas e privadas, conveniadas ou não, que ofereçam tratamento no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. O tratamento complementar poderá ser realizado individualmente ou em grupo. As sessões deverão ser realizadas exclusivamente por profissionais que tenham graduação e/ou pós-graduação em Musicoterapia. O tratamento poderá passar por avaliações qualitativas periódicas, a fim de aferir o acompanhamento do paciente, com objetivos terapêuticos individualizados, que serão traçados durante a avaliação inicial e o atendimento. A lei estabelece que o Poder Executivo regulamentará a forma de cumprimento do programa. “A música exerce um poder terapêutico indescritível na vida das pessoas e, mais precisamente nos autistas, auxilia na melhora da comunicação e interação social, por isso essa lei irá melhorar a qualidade de vida dos portadores de TEA”, destacou Lidio Lopes.   (Com informações da Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa)
Fonte
http://www.diariodigital.com.br

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Antônio Brito