04/10/2019

Brasileira pode ser deportada da Nova Zelândia por conta da sua saúde e deficiência.



 (Foto: Divulgação)

Na Coluna Deficiência em Foco da semana, conheça a história de Juliana Carvalho
Juliana Carvalho, é gaúcha de Porto Alegre/RS, e tem uma vasta militância na causa das pessoas com deficiência. Aos 19 anos, uma inflamação na medula espinhal fez com que ela perdesse o movimento das pernas. Desde então ela vem produzindo conteúdos para pessoas com deficiência em diferentes plataformas e se tornou uma voz pela inclusão no país.
A decisão de se mudar para a Nova Zelândia, nasceu da necessidade de ficar próxima da mãe e dos três irmãos que moram em Auckland. No entanto, questões ligadas à sua deficiência e saúde afetam a sua permanência no país. Segundo ela, essa situação se originou no último ano devido a negativa do visto de permanência em decorrência da saúde e da deficiência “meu visto de permanência foi negado porque sou paraplégica e tenho Lupus, e o visto de trabalho foi negado porque minha saúde esteve muito ruim, devido ao estresse com a imigração no último ano”. Conta.
A luta dela agora é para conseguir a permanência no país “meu visto expirou e estou sujeita a deportação, tenho até o dia 24 de outubro para apelar no tribunal da imigração contra deportação em humanitarian grounds (causas humanitárias) e preciso de intervenção ministerial”. Explica.
Juliana explica que a possibilidade de deportação está ligada a questão da legislação de imigração da Nova Zelândia “a legislação de imigração daqui não aceita pessoas com deficiência ou que são consideradas não saudáveis porque elas podem hipoteticamente causar custos ao sistema público de saúde.” Relata.
No entanto, ela tem usado seu conhecimento e sua militância na causa da pessoa com deficiência para mudar esse quadro “estou militando para mudar a regra da imigração que é discriminatória e para aprovar a lei da acessibilidade aqui, coisa que no Brasil já temos”. Ressalta.
Entretanto, ao mesmo tempo que o país tem uma política discriminatória a pessoa com deficiência, possui boas condições de acessibilidade “no geral a acessibilidade para cadeirantes é 90% melhor que no Brasil.” Avalia. E completa “mas não em termos de legislação estamos militando”.
Como alternativa para permanecer no país junto com a família, ela criou uma petição pública para coletar assinaturas que serão usadas como suporte no apelo no Tribunal. Assine: https://www.accessalliance.org.nz/
Sobre Juliana
Entre seus trabalhos no segmento da pessoa com deficiência estão a criação e apresentação do programa de televisão brasileiro Make a Difference, que promove os direitos humanos e o respeito à diversidade. Ela é autora do blog Comedies of Crippled Life (http://comediasdavidaaleijada.blogspot.com/). Também colaborou com o grupo de mídia RBS para criar o blog “Sem Barreiras” para abordar tópicos relacionados à acessibilidade. Ela produziu e dirigiu o premiado curta-metragem “Se os Olhos Não Podem Ver, As Pernas Não Podem Sentir”.
Ganhou o Prêmio de Melhor História Verdadeira da revista Marie Claire Brasil 2012 por um ensaio sobre sua redescoberta sexual depois de se tornar paraplégica. Juliana coordena as duas primeiras edições do Movimento Superação (Desfile da Superação - comemora a diversidade, programada para comemorar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência). Em 2010, ela publicou sua autobriografia “Na minha cadeira ou na tua” e ganhou manchetes em todo o Brasil, seu livro vendeu mais de 30 mil cópias e foi distribuído para escolas públicas em todo o país pelo Ministério da Educação.
Fonte 
http://www.conexaonoticiasvp.com.br/noticias/brasil/874867/1

Postado por
Antônio Brito

03/10/2019

Com avanços na medicina, pessoas com Síndrome de Down já chegam à 3ª idade

Expectativa de vida de pessoas com Down deve se equiparar a médio prazo com a da população normal, que é de 76 anos no Brasil
Por Estadão Conteúdo
access_time2 out 2019, 09h58 - Publicado em 2 out 2019, 09h57
more_horiz


Síndrome de Down: com advento das cirurgias cardíacas, vacinação, diagnóstico e inclusão, houve um aumento da expectativa de vida para em torno dos 65 anos (Barcroft Media/Getty Images)
São Paulo — Quando Isabel Bacicurinski nasceu, no início da década de 1970, a expectativa de vida de uma pessoa com síndrome de Down era de cerca de 20 anos. Hoje, aos 48 anos, ela tem a real possibilidade de chegar à terceira idade. Estudos internacionais apontam que, nos últimos 40 anos, a expectativa de vida para essas pessoas cresceu ao menos 3,75 vezes e deve, no futuro, se igualar à da população em geral. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao nascer é de 76 anos.
Vários fatores contribuíram para o aumento da longevidade das pessoas com síndrome de Down. “Na década de 1920, a expectativa de vida era em torno de 9 anos. Com o advento das cirurgias cardíacas, vacinação, diagnóstico e inclusão, houve um aumento da expectativa de vida para em torno dos 65 anos. Um estudo mostrou um paciente com 77 anos”, diz a geriatra Ana Thereza Schneider, integrante da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
No passado, apenas os pediatras faziam o atendimento dos pacientes com a síndrome e, durante muitos anos, a longevidade não foi um tema abordado com os pais de crianças com Down. Agora, os geriatras estão sendo cada vez mais procurados por essa população e há projetos que focam o envelhecimento saudável de pessoas com síndrome de Down.
É o caso de um grupo de 60 membros da Associação para Profissionalização, Orientação, Integração do Excepcional (Apoie), que, desde março, está sendo acompanhado por um geriatra em uma iniciativa do Projeto Serendipidade, ONG com foco em inclusão.
Eles praticam atividades físicas, recebem orientações para ter uma alimentação saudável e fazem exames para acompanhamento de doenças crônicas. O objetivo da iniciativa, segundo o leiloeiro Henri Zylberstajn, de 39 anos, fundador do Projeto Serendipidade não é apenas oferecer qualidade de vida para os adultos, mas obter informações sobre o envelhecimento deles e utilizá-las em pesquisas sobre o tema no futuro.
Veja também

O projeto-piloto deve durar um ano. “Queremos conversar com profissionais em formação para mostrar que existem caminhos e uma necessidade de mercado. Com o envelhecimento precoce e a longevidade dessa população, isso se faz necessário”, diz.
Segundo parentes de pessoas com a síndrome, a longevidade não era uma questão central. “Minha filha nasceu cardiopata e a gente tinha de cuidar do coração, levar para a fisioterapia e terapia ocupacional. Tudo o que me indicaram, fui fazer. A questão da longevidade ficou mais para a frente”, lembra a professora aposentada Maria Lúcia da Silva, de 61 anos, mãe de Maria Elisa do Lago, de 32. Segundo Maria Lúcia, a filha gosta de dançar e fazer atividades físicas. Também canta e é uma pessoa sociável. “Ela tem qualidade de vida muito maior do que outras pessoas. Acredito que Maria Elisa vai longe.”
Possibilidades
Geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital das Clínicas de São Paulo, Marcelo Altona está fazendo o monitoramento do grupo atendido pelo projeto. “Estamos assistindo ao envelhecimento das pessoas com a síndrome de Down e isso acende uma lâmpada de possibilidades. Nosso objetivo é oferecer um melhor envelhecimento e acabar com a crença de que não é possível alcançar benefícios.”
Segundo ele, sintomas da velhice que costumam aparecer após os 50 anos na população geral, como a perda de massa muscular e de memória, podem começar a surgir a partir dos 20 anos em quem tem a síndrome. “Nosso objetivo é desenvolver uma massa crítica para formar os familiares para a busca da qualidade de vida, bons hábitos de alimentação, atividade física e controle de doenças crônicas que podem surgir durante o envelhecimento. Fazer o mesmo cuidado que temos com os idosos típicos”, explica Altona.
Os participantes também estão realizando exames para monitorar condições de saúde. “Todo o nosso arsenal diagnóstico está disponível, como exames de ressonância e tomografia. A causa nos sensibilizou porque tem relação com inclusão social e melhorar a vida das pessoas”, diz Charles Ghelfond, diretor-presidente do Ghelfond Medicina Diagnóstica.
Apoio familiar
O engenheiro Bernardo Bacicurinski, de 62 anos, acompanhou as conquistas da irmã Isabel em um período em que as pessoas não acreditavam no potencial de quem tem síndrome de Down. “Na época acreditava-se que não tinha expectativa de nada e é um pensamento errado, porque eles têm capacidade de aprender e fazem atividades com dedicação e responsabilidade”, diz o engenheiro. “Minha irmã cuida das coisas dela, senta para jantar comigo, comenta coisas que viu na TV e as notícias que escuta. Tem uma visão de vida muito grande.”
A costureira Shirley Descrove, de 66 anos, nunca se preocupou com as questões relacionadas ao envelhecimento da filha Marina Descrove de Oliveira, de 33 anos, que também tem a síndrome. “Foquei mais em cuidar dela, mas é importante para a gente ficar sabendo como cuidar disso. A família não está preparada”, diz Shirley.
Alguns pacientes apresentam sinais de envelhecimento precoce nessa faixa etária. Segundo Shirley, Marina faz todas as suas atividades com disposição. “Ela não pode fazer movimentos bruscos, mas adora dançar, gosta muito de academia. Lá, só queria fazer zumba. Faz colchas. Só o rosto dela está começando a ficar enrugadinho.”
Presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Antonio Carlos Sestaro diz que a população com a trissomia do 21 é de 350 mil a 400 mil pessoas no País. O IBGE não tem dados sobre esse grupo. Ele diz que o atendimento especializado ao longo do envelhecimento é fundamental. “Nossa preocupação maior com a longevidade é o Alzheimer. Estamos acompanhando pesquisas no mundo e quase 50% das pessoas com síndrome de Down podem desenvolver o Alzheimer com mais de 50 anos.”
Para a assistente social voluntária da Apoie Sonia Monken, o projeto focado no envelhecimento é importante não só para os pacientes, mas para a família. “O grande problema hoje é com relação a imaginar que essa pessoa está envelhecendo em um grupo que está muito velho, como os pais dela. Quando a gente trabalha com longevidade, trabalha no paciente e na família.
Fonte
 https://exame.abril.com.br
Postado por
Antônio Brito

02/10/2019

Artigo: Todo o potencial de cada aluno.

Inclusão de estudantes público-alvo da educação especial deve ocorrer em salas de aula comuns

Priscila Cruz e Rodrigo Hübner Mendes

28/09/2019 - 00:00

Em 2018, a inclusão escolar dos estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação atingiu um patamar histórico. De acordo com o Censo Escolar, 90% desses alunos estavam matriculados em salas de aula inclusivas, desfrutando do convívio com o restante dos estudantes. Essa estatística é considerada extremamente avançada, mesmo quando comparada a redes de ensino de países que se destacam mundialmente no campo da equidade e do direito à educação.

Diante do momento de discussão das diretrizes nacionais referentes ao atendimento de tais alunos, entendemos ser relevante que as organizações da sociedade civil que trabalham pela educação para todos articulem-se para dialogar com o poder público sobre as oportunidades de aprimoramento das ações voltadas à efetivação do referido direito, valorizando o longo caminho até aqui percorrido. Nesse sentido, esse diálogo deve ser baseado em evidências e assumir algumas premissas fundamentais.

Todos os direitos alcançados até aqui não podem ser ignorados. Novas ações precisam estar alinhadas à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), ao Plano Nacional de Educação (Lei Federal 13.005/2014), aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2015) e à Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal 13.146/2015). Tais documentos dialogam com a definição de pessoa com deficiência na perspectiva social, sinalizando que instituições e redes de ensino devem focar suas ações na eliminação das barreiras e na promoção da acessibilidade.

Todos devem ter a oportunidade de desenvolver seu potencial máximo. Isso exige a garantia de que todos os alunos exerçam seu direito à aprendizagem em ambientes heterogêneos, capazes de promover o convívio e a interação com a comunidade escolar. A inclusão de estudantes público-alvo da educação especial, nesse sentido, deve ocorrer em salas de aula comuns. Pesquisas de várias partes do mundo evidenciam um amplo conjunto de benefícios gerados para todos os alunos, como a melhoria no desenvolvimento da linguagem, nas relações sociais e no desempenho escolar. Em outras palavras, todos saem ganhando com a escola inclusiva.

A educação inclusiva com qualidade pressupõe investimentos em políticas públicas que apoiem, de forma intersetorial, a necessária transformação das redes de ensino. A disponibilização do Atendimento Educacional Especializado (AEE), quando necessário, é um exemplo desse tipo de apoio. Tal atendimento já é uma realidade, em escala, em todas as regiões do Brasil. Ao mesmo tempo, a formação de professores e gestores escolares é imprescindível. Novas conquistas no âmbito de uma educação pautada pelas singularidades de cada estudante dependem do suporte contínuo a tais profissionais.

A partir do que já foi construído, precisamos, juntos, expandir instrumentos e ações que viabilizem avanços na efetivação da educação como um direito inquestionável de todo e qualquer brasileiro, com ou sem deficiência. As diferenças humanas em sala de aula devem ser vistas como a força da escola, e não o contrário. Apenas assim, faremos da educação uma estratégia de desenvolvimento e combate à desigualdade em nosso país.

Fonte

https://oglobo.globo.com

Postado por

Antônio Brito

01/10/2019

Música será utilizada no tratamento de pessoas com autismo.

Sessões deverão ser realizadas por profissionais que tenham graduação em Musicoterapia.
Música será utilizada no tratamento de pessoas com autismo 0:00100%AudimaAbrir menu de opções do player Audima. 10 Jul2019Da redação20h11 (Foto: Reprodução/Internet) Mato Grosso do Sul terá um programa para o incentivo à utilização da Musicoterapia como tratamento terapêutico complementar de pessoas com deficiência, síndromes e Transtorno do Espectro Autista (TEA).  É o que determina a Lei 5.364, de autoria do deputado Lidio Lopes (PATRI), publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (10). Conforme a nova norma, a Musicoterapia deverá ser realizada por clínicas de reabilitação e outras instituições públicas e privadas, conveniadas ou não, que ofereçam tratamento no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. O tratamento complementar poderá ser realizado individualmente ou em grupo. As sessões deverão ser realizadas exclusivamente por profissionais que tenham graduação e/ou pós-graduação em Musicoterapia. O tratamento poderá passar por avaliações qualitativas periódicas, a fim de aferir o acompanhamento do paciente, com objetivos terapêuticos individualizados, que serão traçados durante a avaliação inicial e o atendimento. A lei estabelece que o Poder Executivo regulamentará a forma de cumprimento do programa. “A música exerce um poder terapêutico indescritível na vida das pessoas e, mais precisamente nos autistas, auxilia na melhora da comunicação e interação social, por isso essa lei irá melhorar a qualidade de vida dos portadores de TEA”, destacou Lidio Lopes.   (Com informações da Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa)
Fonte
http://www.diariodigital.com.br

Postado por
Antônio Brito

30/09/2019

Aplicativo do SENAI ensina termos da educação profissional para surdos

No Dia Nacional dos Surdos, instituição apresenta plataforma de celular desenvolvida para ajudar alunos e profissionais a continuarem estudando mesmo sem a presença do intérprete

Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Play!Ouça: Aplicativo do SENAI ensina termos da educação profissional para surdos0:00AudimaAbrir menu de opções do player Audima.
Quando o Brasil começou a ter seus primeiros marcos legais em defesa da pessoa com deficiência, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) deu início a uma jornada que tinha como foco principal um desafio: receber todo aluno, com qualquer natureza de deficiência, e garantir todos os níveis de acessibilidade necessários para o aprendizado do estudante.
De lá pra cá, inúmeros casos de sucesso e de inclusão que ocorreram dentro de escolas do SENAI de todo o país deram condições para que os docentes da instituição criassem novas alternativas de ensino. Desenhos na parede mostrando ao surdo o passo a passo de um processo de desmonte de motor de um carro e o rebaixamento de mesas de costura para pessoas com nanismo estão entre as várias ações que ajudaram a incluir na escola e no mercado pessoas que nunca tiveram a oportunidade de estudar.
Agora, no Dia Nacional dos Surdos, lembrado nesta quinta-feira (26), o SENAI lança um aplicativo que vai facilitar ainda mais o aprendizado da pessoa com deficiência auditiva. O chamado SENAI Libras traduz e interpreta diversos termos da educação profissional, dando ao aluno a oportunidade de estudar mesmo sem a presença do intérprete, figura sempre presente nas salas de aula das escolas SENAI.
O aplicativo já disponível para Android, inicialmente com 100 verbetes. Até o fim deste ano, a plataforma também estará disponível para o sistema operacional iOS e deverá conter 650 termos da educação profissional. Elaborado por docentes e instrutores do SENAI de todo o país, o aplicativo, que é um tradutor/intérprete dos termos da educação profissional para Libras, já foi validado por instituições que representam os surdos, e por especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
COMO FUNCIONA - O aplicativo funciona da seguinte forma: o aluno insere na busca o termo que deseja aprender e ou traduzir e um dos avatares aparece na tela do celular movimentando as mãos e toda a sua expressão facial e corporal traduzindo o que é aquela expressão para o surdo.
Os termos contidos nesse glossário são de 7 áreas tecnológicas distintas e, conforme o termo for buscado, aparecerá um avatar diferente. Os avatares são três intérpretes virtuais: Jenifer, Fabrício e um idoso, que, por enquanto, ainda não tem nome.
Veja como é a tradução de alguns termos. 
Agulha
Notebook
Zona de risco
INCLUSÃO - “Os avatares representam a diversidade e a inclusão. Com isso, a gente quer deixar claro que todos os públicos estão contemplados, até porque o SENAI é uma escola para todos”, explica Adriana Barufaldi, especialista em desenvolvimento industrial e gestora do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), do Departamento Nacional do SENAI.
Desde 2007, mais de 200 mil pessoas com alguma natureza de deficiência foram matriculadas no SENAI, aproximadamente 14 mil por ano. O esforço do SENAI em ser, de fato, uma escola para todos, já resultou em histórias emocionantes que deixam claro que privilegiamos o potencial e a eficiência de cada um, desde que lhe sejam garantidas todos os níveis de acessibilidade, oportunidades de ensino, inclusão e acolhimento.
“O docente que se propõe a trabalhar com Pessoa com Deficiência precisa ter, antes da técnica, especial mobilização e amor pelo que faz. Muitos já me disseram ‘mas isso é impossível’, e o que eu sempre digo é que nós vamos tornar isso possível. No final do processo, muitas vezes, o docente sai tão realizado por ter conseguido profissionalizar todos e todas que procram o SENAI, que acaba nos pedindo para trabalhar só com eles. É um trabalho muito emocionante”, comenta Adriana Barufaldi.
Editoria:
• Educação
Por: Marina Mello
Da Agência CNI de Notícias

Postado por Antônio Brito

27/09/2019

Pessoas com deficiência física criticam falta de acessibilidade em SP

Toggle navigation
Maior cidade do país tem calçadas irregulares e postes como obstáculos
Publicado em 21/09/2019 - 08:37
Por Ludmilla Souza* – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
O universitário Paulo César de Jesus, 31 anos, enfrenta vários desafios para se deslocar pela cidade de São Paulo. Usuário de cadeira de rodas há cinco anos, quando teve uma lesão medular por ferimento de arma de fogo, ele tem que sair de casa com horas de antecedência para não perder os compromissos. Morador de Santo Amaro, bairro localizado no extremo da zona sul da capital paulista, Paulo faz fisioterapia duas vezes por semana na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), na Vila Mariana, na região centro-sul, além de frequentar a faculdade de psicologia na Avenida Interlagos, zona sul.
Ele conta que a falta de acessibilidade, os obstáculos e as barreiras nas calçadas são o que mais dificultam o deslocamento pela cidade. “O pior das calçadas é justamente as calçadas. Em muitos locais, como hospitais, universidades, para chegar até eles têm subidas, às vezes o local até tem acessibilidade, mas para chegar têm obstáculos”.
A reportagem da Agência Brasil acompanhou o trajeto de Paulo até chegar a AACD, instituição referência em ortopedia há 69 anos no Brasil. Ele sai de casa com três horas de antecedência para não perder o horário da fisioterapia. O primeiro obstáculo já é enfrentado antes mesmo de chegar na parada de ônibus. Paulo mora numa viela e precisa passar por uma rampa bastante inclinada para chegar até a rua.
“Essa rampa é um pouco íngreme, eu consigo subi-la sozinho às vezes, eu subo de costas, mas já caí uma vez, então eu prefiro pedir ajuda para evitar. A rua é bem estreita porque tem muitos becos e muita gente deixa o carro na rua, dificultando passar”, afirmou.
Ele carrega ainda uma órtese, utilizada para fazer a marcha terapêutica, o que dificulta ainda mais o deslocamento.


São Paulo - Trajeto do estudante de psicologia Paulo César de Jesus entre o bairro de Santo Amaro e o hospital da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), onde realiza fisioterapia. - Rovena Rosa/Agência Brasil
Na parada de ônibus, Paulo precisa aguardar uma condução que seja adaptada para deficientes físicos. “Às vezes o que passa na hora não é adaptado, aí tenho que esperar o próximo”, frisa.  De acordo com informação disponível no site da prefeitura de São Paulo, mais de 50% dos ônibus de transporte coletivo da capital paulista são adaptados para pessoas com deficiência.
À noite, quando vai estudar, Paulo usa o Atende – transporte gratuito destinado às pessoas com autismo, surdocegueira ou deficiência física severa. O serviço, oferecido pela prefeitura, busca Paulo na porta de casa e faz o trajeto de ida para a universidade. Paulo conta, entretanto, que costuma vivenciar situações constrangedoras.
“O tempo de me colocar na van e colocar o cinto demora, nisso faz um trânsito enorme, e tudo isso já gera um stress no horário de pico e trava a rua toda”, destaca.
O serviço atende apenas até as 20h e, para voltar da faculdade, ele precisa, novamente, pegar um ônibus. Paulo reclama da falta de empatia e do desconhecimento dos motoristas sobre normas que ajudam a vida dos cadeirantes.
“O ponto é numa descida, mas eu peço para os motoristas pararem na curva, mais perto da minha casa. Tem uma lei que permite que o motorista pare fora do ponto, mas eles não conhecem essa lei, então eu tenho sempre que ficar argumentando e debatendo e eu acho que não deveria passar por isso, porque é uma necessidade, não é um luxo”, destaca.
“Essas são as maiores dificuldades pelo local onde eu moro: a questão do transporte, chegar até o ponto do ônibus e também pela rua ser estreita”, lamenta.
Vida de estudante



São Paulo - O estudante de psicologia, Paulo César de Jesus, realiza sessão de fisioterapia no Hospital AACD - Rovena Rosa/Agência Brasil
Paulo afirma que, em geral, os locais não pensam na necessidade de locomoção das pessoas, em especial, as que têm mobilidade reduzida.
“Na minha faculdade é zero acessibilidade, as pessoas me ajudam, mas é isso: se eu preciso de ajuda é porque não tem acessibilidade, é a necessidade de ajuda que caracteriza a deficiência, caso contrário eu só teria uma impedimento de mobilidade física, mas se eu posso circular sem precisar de ajuda de ninguém eu não tenho deficiência. O tempo todo eu sou lembrado que eu tenho essa limitação, pela falta de acesso. Lá não tem elevador, não tem rampa, não tem bebedouro, não tem espelho, não foi pensado para mim”.
O estudante critica ainda a falta de acessibilidade nos espaços públicos. “É tudo feito pela metade, as pessoas fazem sem escutar a gente”. Ele cita, como exemplo, a principal avenida da capital, a Paulista. “Todo mundo fala que a Avenida Paulista é acessível, mas para se passar de um quarteirão para outro não é, as rampas são íngremes, então ela não é totalmente acessível como as pessoas falam”.
No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, lembrado no último sábado (21), o universitário pede que as pessoas se conscientizem sobre a acessibilidade. “Uma pessoa que não tem deficiência não vai perceber, porque ela é ‘cega’ nesse sentido. A minha deficiência é adquirida, eu também não via essas coisas e hoje eu vejo. Acho que deveria haver uma conscientização não só para quem é deficiente, mas também para a sociedade, porque todo mundo precisa aprender, afinal são 45 milhões de pessoas com deficiência, quase 25% da população”, reforça.
Calçadas acessíveis
Paulo é um dos 45 milhões de pessoas que declararam ter algum tipo de deficiência no Brasil. Entretanto, considerando somente os que têm grande ou total dificuldade para enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus (ou seja, pessoas com deficiência nessas habilidades), além dos que declararam ter deficiência mental ou intelectual, o Brasil tem mais de 12,5 milhões de pessoas, o que corresponde a 6,7% da população, segundo o Censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em São Paulo, um projeto tenta minimizar os desafios diários de quem se locomove pelas calçadas da maior cidade do país. Lançado em julho pela prefeitura de São Paulo, o Plano Emergencial de Calçadas prevê o investimento de R$ 400 milhões até o final de 2020, contemplando uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, correspondente a aproximadamente 25% da área de calçamento em todo o município.
As 32 subprefeituras da cidade terão, em média, três pontos de obras, nos quais serão instalados piso tátil e rampas. As calçadas deverão ter faixa livre exclusiva para a circulação de pessoas e não possuir desníveis, obstáculos temporários ou permanentes. Deverão ter superfície regular, firme, contínua e antiderrapante, além de possuir largura mínima de 1,20 metro.
Uma das áreas já contempladas é a região onde fica a AACD. A prefeitura realizou a reforma de calçadas na rota acessível dos hospitais que ficam na Vila Mariana. Segundo a prefeitura, o critério para reformar uma calçada é o fluxo de pedestres, assim como a presença de equipamentos públicos como hospitais, escolas ou comércio. A proposta visa uma padronização para melhorar a mobilidade e qualidade de vida dos munícipes, direcionando para o pedestre, no mínimo, 50% da área da calçada.
A região conta com o Hospital Edmundo Vasconcelos, Hospital do Rim, Hospital São Paulo, Hospital UNIFESP, Hospital da Graac, a AACD, a APAE, entre outros. O local também conta com três estações de metrô: AACD, Hospital São Paulo e Santa Cruz.


São Paulo - O auxiliar de farmácia Donner Rafael Vieira realiza sessão de fisioterapia no Hospital AACD - Rovena Rosa/Agência Brasil
Para a coordenadora de reabilitação infantil e adulto da Terapia Ocupacional da AACD, Lina Silva Borges Santos, as calçadas da região da AACD estão adequadas, mas ela lembra que deverão passar por manutenção constante para oferecer segurança às pessoas com deficiência. "Pode ser que daqui a pouco as calçadas precisem de um reparo, [se não houver manutenção], aí tem uma falta de segurança com relação às pessoas com deficiência. Já o restante das nossas calçadas precisa ser reformada".
Na opinião da terapeuta ocupacional, “as leis existem, mas muitas vezes elas são não efetivas". Ela justifica: "Para as pessoas com deficiência no Brasil não é fácil sair de casa, nunca foi. Tem mais de 20 anos que a gente tem uma lei que fala das calçadas, só agora está mudando, e em alguns locais. São Paulo é muito grande, eu concordo. Mas Curitiba (PR) e Uberlândia (MG) são as duas cidades que estão quase modelos nessa questão da acessibilidade porque eles estão de fato pensando no coletivo".
Lina cita a Lei Federal 10.098/2000 que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida no país.
A coordenadora cita outros desafios para a pessoa com deficiência. “Há o desafio de inserção na escola, no mercado de trabalho e também para que a pessoa tenha uma vida social como qualquer um de nós. Queremos que essa pessoa entre no cinema, se locomova bem nas ruas, pegue um transporte público, então esse é o desafio, que ele tenha essa oportunidade de usar tudo que que gente faz em termos de reabilitação na vida social".
Direito de ir e vir
Morador de Ribeirão Preto (SP), município a 315 km da capital, o universitário Samuel Davi Curi, 19 anos, frequenta a AACD a cada três meses. Ele nasceu com paralisia cerebral e broncodisplasia. Para se locomover, ele usa a cadeira de rodas, mas ainda depende da mãe para ajudá-lo. "Para eu andar sozinho é um risco, porque se eu caio e não tenho ninguém para ajudar. Para mim, isso atrapalha o nosso direito de ir e vir que está previsto na Constituição. Não temos liberdade, ficamos reclusos a determinados ambientes. Você deixa de ir a outros lugares porque não tem acesso".
A mãe de Samuel, Carmem Silvia Gimenez, conta que já se acidentou com o filho em um rebaixamento de guia inadequado.  "A guia era acima de 1,5 cm  e a roda da frente da cadeira bateu, ele virou e caiu próximo a um sinaleiro. Quando conseguiram me acudir, fiquei tão nervosa que sentei na calçada para chorar. A gente não espera que esse tipo de coisa vá acontecer naquele movimento, foi assustador e revoltante.”
Para Samuel, as pessoas com deficiência deveriam ser mais ouvidas. “Muito se fala em inclusão, mas não escutam os deficientes, seja ele qual for, nós não temos esse espaço hoje em dia. Eu desejo que o cidadão que não tem deficiência tenha um pouco mais de educação na área inclusiva, porque hoje em dia existe muito preconceito, eu e minha família já passamos situações muito incômodas, de discriminação mesmo."
Assim como Samuel, o auxiliar de farmácia Donner Rafael Vieira, 24 anos, frequenta a AACD desde criança. Ele nasceu com má formação congênita que atingiu os dois pés e a mão direita. Ele saiu ainda bebê de Belém, no Pará, para fazer tratamento em São Paulo. Ele critica as pessoas que não respeitam os assentos preferenciais no transporte público.


O auxiliar de farmácia Donner Rafael Vieira, 24 anos, critica as pessoas que não respeitam os assentos preferenciais no transporte público   Rovena Rosa/Agência Brasil
"As pessoas que sentam e não levantam quando chegam um preferencial é que é, para mim, a pior coisa. Nas calçadas, as piores são as de piso irregular."
Ele também espera que as pessoas sejam mais conscientes com relação às dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência. "Espero que as pessoas mudem de atitude, se as pessoas tomassem a consciência de ligar para os outros pelo menos acabaria melhorando, afinal tem o próximo".
A cabeleireira Alvanice Santos de Oliveira, mãe de Larissa Oliveira de Souza, 19 anos, acredita que o transporte teve uma melhora, mas para que os deficientes físicos tenham acessibilidade plena, há sempre que melhorar. “Deveria ter mais lugares para eles fazerem a fisioterapia, a escola deveria ser mais preparada para recebê-los, porque tem muitas que não são. O transporte melhorou um pouco, mas na situação deles tem sempre o que melhorar". 
Elas utilizam o serviço do Atende para ir da Sapopemba, Zona Leste, para a AACD, duas vezes por semana para que Larissa faça o tratamento. A jovem nasceu com paralisia cerebral e utiliza cadeira de rodas, sempre levada pela mãe. Para ela, a calçada da região está adequada, mas em outros lugares não é assim. "Essa calçada sim, está boa. Tem muitas por aí que não, nas outras calçadas tudo é ruim, rampa, buraco, poste, tem tudo no meio do caminho", lamenta.
Para o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, a cabeleireira deseja que os deficientes físicos, assim como sua filha, conquistem seu espaço. "Desejo que ela conquiste o espaço dela nesse mundo, que se desenvolva, do jeito dela, mas se desenvolva, porque não é fácil, é preciso força para lutar junto”.
Mãe de Analice Santos Oliveira, de 4 anos, que nasceu com paralisia cerebral e faz tratamento na AACD, a dona de casa Jéssica Maria dos Santos também aprovou a calçada acessível, mas reforça que a realidade fora da região é outra. “Essa calçada é bem melhor porque ajuda com a cadeira, não precisa colocar tanto esforço. Tem calçada que não tem a rampa, aí preciso puxar, às vezes preciso de ajuda, mas essa é mais tranquila. Mas nem todo lugar é acessível para a cadeira, o pior são os buracos, o poste no meio da calçada o que faz a gente ir para o meio da rua porque não dá pra passar. Temos que ter sorte para viver em São Paulo com uma pessoa com deficiência”.
Jéssica ainda reforça o que a cabelereira Alvanice disse sobre a falta de acessibilidade nas escolas.  “Na escola ela tem que usar o andador, porque tem escada e não tem como levar cadeira. Nem toda escola ajuda, e como ela não consegue fazer nada sozinha ela precisa de um acompanhante, o que toda escola deveria ter. Ela tinha até abril, mas já não tem mais", lamenta.
Ranking nacional de calçadas
Ainda que esteja longe do ideal de acessibilidade, a cidade de São Paulo ficou em primeiro lugar no ranking do estudo Campanha Calçadas do Brasil 2019, divulgado na quinta-feira (19) pela Mobilize Brasil, em São Paulo.
Com calçadas apresentando desníveis, pisos irregulares, largura variável e excesso de postes, a capital paulista obteve média 6,93, abaixo da nota mínima (8,0) para uma calçada aceitável, segundo os critérios do levantamento.
“A cidade menos pior é São Paulo, e ela não atinge nem a nota 7, que ainda é inferior ao mínimo adequado para uma situação confortável de caminhabilidade”, disse a arquiteta e urbanista Marília Hildebrand, membro do Mobilize Brasil. “Na cidade de São Paulo, temos bons exemplos de calçadas que percorrem mais de um quilômetro, como as Avenida Paulista e da Avenida Faria Lima. Mas isso são exceções”, afirmou.
Os avaliadores visitaram, fotografaram, tomaram medições e atribuíram notas de zero a dez para cada um dos 13 itens considerados na pesquisa: regularidade do piso, largura da calçada, inclinação transversal da calçada, existência de barreiras e obstáculos, condições de rampas de acessibilidade, faixas de pedestres, semáforos de pedestres, mapas e placas de orientação, arborização e paisagismo, mobiliário urbano, poluição atmosférica, ruído urbano e segurança. No critério rampas de acessibilidade, São Paulo recebeu a nota 6,79. Em regularidade do piso, a nota foi 6,71.
Calçadas particulares
Quando uma calçada privada (em frente à uma residência ou ponto comercial) está em más condições, o munícipio de São Paulo é notificado e deve regularizar a situação no prazo de 60 dias. Caso não faça a manutenção, está sujeito a multa no valor de R$ 439,66 por metro linear.
O decreto que institui o Plano Emergencial de Calçadas autoriza a Prefeitura a executar as obras nas calçadas, inclusive de propriedades particulares. Caberá aos donos dos imóveis a manutenção e conservação após a reforma. “Esta é uma forma que a administração encontrou de atender de uma maneira mais efetiva a população reduzindo os problemas, principalmente de acessibilidade, que temos hoje”, disse o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando Chucre, no lançamento do Plano.
Para fazer questionamentos ou registrar queixas sobre os passeios públicos, o cidadão pode entrar em contato com prefeitura pelo telefone 156 ou nas praças de atendimento das subprefeituras.

*A matéria foi alterada às 11h43 para esclarecimento de informação em relação ao número de deficientes no Brasil 
Edição: Lílian Beraldo
    Fonte
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-09/pessoas-com-deficiencia-fisica-criticam-falta-de-acessibilidade-em-sp
Postado por
Antônio Brito

25/09/2019

Tetraplégico pinta quadros com a boca e encontra um novo estilo

Para pintar quadros, o tetraplégico Leandro Portella, de 38 anos, não pode contar com as mãos. Mas a técnica, a imaginação e a boca são o bastante para criar desenhos misturando cores e texturas. Quem descobre a arte do morador de Araçoiaba da Serra (SP) ressalta a capacidade do tetraplégico, muitas vezes o apontando como “um exemplo”. Ele, porém, rejeita o “rótulo” e conta que a pintura é uma forma de exteriorizar suas sensações.

Vítima de um mergulho mal sucedido em 1999, quando tinha só 17 anos, que o deixou tetraplégico e tirou quase todos seus movimentos, desde então com um pincel na boca ele busca na arte uma forma real de expressar o que sente.

Envolvido integralmente com sua reabilitação, a pintura ficou legada ao posto de  hobby, alem de ser uma ótima uma terapia e o acompanhou durante sua longa batalha pela vida.

Sou meio tonto e sempre preferi rir a chorar. Posso ter ficado com vontade de desistir, mas nunca demonstrei porque isso afetaria minha família. Eles já tinham sofrido e não seria justo”


Sempre explorando ao máximo suas habilidades com o pincel na boca, novas técnicas foram surgindo.  Até 2001, sua arte foi basicamente uma terapia, assim não tinha tanta liberdade para criar. Após esse período ganhou mais movimentos e sua arte ganhou mais autenticidade. Seu trabalho é alternativo, contemporâneo e apaixonado. No inicio sua arte era mais abstrata, uma viagem intima no interior secreto das pessoas, aguçando ainda mais a imaginação delas.

Novo estilo

No fim de 2018, Leandro aceitou novos desafios na sua vida de artista, a partir de uma foto ele reproduz o quadro de maneira “estilizada” e com sua visão de artista e seu foco é reproduzir animais de estimação, a arte pet. Portella relata que a procura pelo seu trabalho aumento muito depois que começou com a arte pet, “Já pintei gatos, cachorros, cavalos e um hamister, gosto de eternizar os animais das pessoas com a minha arte”.

Meu acidente, que me deixou paralisado pelos ombros, me fez descobrir à arte e me devolveu a  alegria e amor pela pintura, além da boca hoje faço arte com a mente.


Talvez eu não consiga usar minhas mãos para pintar, mas às vezes você precisa se adaptar aos desafios da vida.


Veja outras obras do artista em suas redes sociais: @leandroportella_

Fonte

www.leandroportella.com.br


Postado por: Antônio Brito

20/09/2019

Projeto prevê atendimento especializado para autismo e síndrome de Down

17/09/2019 - 16:22  
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Soraya Manato: objetivo é a inclusão social e no mercado de trabalho
O Projeto de Lei 3933/19 prevê a criação de centros de referência especializados no atendimento às pessoas com transtorno do espectro autista e síndrome de Down, com o objetivo de capacitá-las para o mercado de trabalho, além de atenção à saúde, educação e assistência social.
Pelo texto, as despesas com instalação e manutenção dos Centros de Referência serão custeadas pela União e reajustadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A autora do projeto, deputada Soraya Manato (PSL-ES), explica que o  atendimento aos dois segmentos foca no desenvolvimento da autonomia.
“Seu objetivo último é a busca da felicidade do ser humano. O objetivo intermediário é a inclusão social e no mercado de trabalho”, destaca a parlamentar.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição - Wilson Silveira
Fonte: https://www.camara.leg.br/notícias
Postado por: Antônio Brito

18/09/2019

ALTERAÇÃO NA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode ser adquirida por qualquer pessoa que consiga passar nos exames necessários. Inclusive o candidato portador de algum tipo de limitação física, que não interfira na capacidade de dirigir, pode conduzir normalmente, desde que o veículo seja adaptado.
A maioria das carteiras especiais emitidas não está em sua primeira via. O que mais acontece são pessoas que já possuem habilitação que são acometidas posteriormente por algum tipo de deficiência. Em casos como esse é necessário que o condutor faça o mais rápido possível a alteração de sua CNH.
O processo exige um novo exame médico e prático que irá avaliar se o motorista é apto a dirigir nesta nova situação. O deficiente que circula com a carteira desatualizada pode ser multado, responder criminalmente por acidentes e ter sua carteira de habilitação apreendida.
Atualmente a sequência é a seguinte:
· Exames médico e psicotécnico.
· Exame Prático no DETRAN (Antes do exame prático, o carro é vistoriado por um médico perito que checa se as adaptações estão de acordo com a deficiência constatada. Na CNH Especial está especificada a adaptação necessária para que o deficiente dirija em segurança.

Fonte: https://www.deficienteciente.com.br

Postado por: Antônio Brito

O uso da tecnologia assistiva na sexualidade da pessoa com lesão medular.

Você está sendo convidado para participar da pesquisa de conclusão de curso denominada “O uso da tecnologia assistiva na sexualidade da pessoa com lesão medular”. Para participar desta pesquisa é necessário concordar com o termo de consentimento livre esclarecido. Desde já, agradeço a sua participação!

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(De acordo com as Normas das Resoluções CNS nº 466/12 e no 510/16)

Você está sendo convidado para participar da pesquisa “O uso da tecnologia assistiva na sexualidade da pessoa com lesão medular”. Você foi selecionado para responder um questionário online e sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o (a) pesquisador (a) e nem com qualquer setor desta Instituição.
O objetivo deste estudo é descrever as possibilidades de uso da tecnologia assistiva na sexualidade da pessoa com lesão medular. Destaca-se que a tecnologia assistiva envolve a pesquisa, fabricação, uso de equipamentos, recursos ou estratégias utilizadas para potencializar as habilidades funcionais das pessoas com deficiência.
É possível que o (a) senhor (a) experimente algum desconforto, principalmente relacionado à resposta do questionário estruturado. Para amenizar possível desconforto o (a) senhor (a) não será obrigado(a) a responder as perguntas caso sinta-se incomodado (a).
As informações obtidas através dessa pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre a sua participação. Sua colaboração é importante para o estudo de como está sendo usada a tecnologia assistiva na sexualidade de pessoas com lesão medular e dessa forma agregar conhecimento sobre o tema e incentivar novas pesquisas. Os dados serão divulgados de forma a não possibilitar a sua identificação. Os resultados serão divulgados em apresentações ou publicações com fins científicos ou educativos. Você tem direito de conhecer e acompanhar os resultados dessa pesquisa, para tal é só entrar em contato por email com as pesquisadoras.
Participar desta pesquisa não implicará nenhum custo para você, e, como voluntário, você também não receberá qualquer valor em dinheiro como compensação pela participação. Você receberá uma via deste termo com o e-mail de contato dos pesquisadores que participarão da pesquisa e do Comitê de Ética em Pesquisa que a aprovou, para maiores esclarecimentos. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Rua Buenos Aires, 256, 6º andar, Centro, Rio de Janeiro- telefone 3293-6125 de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas, ou por meio do e-mail: cep@ifrj.edu.br. O Comitê de Ética em Pesquisa é um órgão que controla as questões éticas das pesquisas na instituição e tem como uma das principais funções proteger os participantes de qualquer problema.

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
Nome do pesquisador: Caciana da Rocha Pinho
Tel: (11) 98444-6344
E-mail: caciana.pinho@ifrj.edu.br
Orientanda: Bruna Barbosa Barreto
Tel: (21)9700-12716
E-mail. bruna.bbarreto@hotmail.com

Fonte: https://docs.google.com

Postado por: Antônio Brito