29/08/2021

Após acidente, jovem se reinventa a partir do esporte e busca realizar sonho paralímpico em Paris 2024

Quatro anos. Esse é o número mágico que separa uma Olimpíada da outra. E é também o tempo de carreira de um jovem paratleta paranaense que descobriu na natação uma nova razão para viver e que tem, nos próximos três anos – afinal, a covid-19 mudou até isso -, o foco na busca por uma vaga na Paralimpíada de 2024. Em meio à pandemia do coronavírus que afetou milhões de atletas em todo o mundo, o nadador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), competidor da classe S9 (deficiência físico-motora), João Lucas Bezerra, foi o único paratleta da América Latina a competir na Europa, em 2020.

O paranaense, de 21 anos, participou da etapa de Berlim, na Alemanha, competindo no Circuito Mundial de Natação Paralímpica, o World Series, nas finais B dos 50m livre, dos 400m livre e dos 100m costas. No World Series, o jovem conquistou a medalha de bronze e ainda atingiu a marca de 29 segundos e 66 centésimos – a melhor de sua carreira nos 50m. Na competição, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) não enviou a delegação, mas teve João representando o Brasil, entre os cerca de 400 nadadores de 11 países que estiveram na capital alemã.

Recomeços
A tão sonhada participação nas Paralimpíadas, no entanto, ficou para 2024. A pandemia do novo coronavírus impactou as rotinas e chegou a causar o cancelamento de algumas disputas que poderiam garantir participação ainda em Tóquio. Agora então é hora de recomeçar com foco em Paris. Mas recomeços não são novidade para João. Em novembro de 2015, o jovem, na época com 15 anos, voltava para casa com amigos por uma rodovia, em Rio Branco do Sul, no Paraná. O carro deu problema e, quando João desceu para verificar, foi violentamente atropelado por um motorista alcoolizado, que fugiu do local sem prestar socorro.

Esse é o momento em que João começou uma nova etapa em sua vida, depois de ser encaminhado ao Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), do Grupo Marista. Foram sete dias em coma, 24 dias internado, seis cirurgias ortopédicas e uma cirurgia plástica. No processo de tratamento, teve uma de suas pernas amputadas. O que poderia ter sido um impeditivo para o crescimento e desenvolvimento de um adolescente, se transformou em sua nova realidade e profissão.

O jovem conta que foi a equipe médica do hospital que o ajudou a compreender o que havia acontecido e vislumbrar novos passos e possibilidades para o futuro. “A equipe de psicólogos sempre esteve comigo, me confortando e, principalmente, mostrando que esse não era o final da minha vida, mas apenas o começo. Quando acordei do coma, percebi que estava sem uma perna e foi preciso um forte trabalho psicológico para me acalmar e visualizar um futuro”, relembra o paratleta. Pela complexidade do caso, a equipe de profissionais de saúde que esteve presente no atendimento e nos processos de recuperação de João foi grande, com enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e médicos. “Foram os profissionais do Hospital Cajuru que me fizeram estar onde estou hoje, como atleta. Eles me deram os dois livros que li durante o tratamento e que me fizeram perceber e abrir minha mente para acreditar que tudo era possível”, conta.

Ao relembrar da história de João Bezerra, o gerente médico do hospital SUS de Curitiba, José Augusto Ribas Fortes, se emociona. “Temos uma gratidão muito grande em saber que contribuímos nesse recomeço. O nosso papel é exatamente esse, salvar vidas”, comenta. A imprudência no trânsito e, consequentemente, os acidentes que ocorrem trazem dados alarmantes. Em 2020, por exemplo, oitenta pessoas morreram por dia em consequência de acidentes no trânsito em todo o país, segundo dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS). João é um sobrevivente que viu no esporte a força necessária para a superação.

Conquistas
Integrante da equipe de natação paralímpica da PUCPR, que, assim como o Hospital Cajuru, também faz parte do Grupo Marista, João traz em sua carreira títulos como os de campeão paranaense nos 50m livre, 100m livre e 100m costas, todos em 2017. Já no ano seguinte, conquistou cinco medalhas em sua primeira participação no circuito brasileiro, além do World Series São Paulo/Circuito Internacional, em que conquistou bronze nos 100m peito e 2º lugar na final B. Em 2019, participou quatro vezes do circuito brasileiro e alcançou três medalhas de bronze nos 100m costas, além de ficar em 4º lugar na classificação final do brasileiro. No saldo de 2020, foram três participações em competições e três medalhas conquistadas.

A história do paratleta João Bezerra é um exemplo de que o atendimento humanizado, a proximidade e a excelência médica fazem diferença e impactam na vida das pessoas, a ponto de mudar realidades em áreas como o esporte. “Entender que a forma como tratamos cada pessoa pode mudar rumos é fundamental. Ainda mais quando estamos falando de dar um novo sentido à vida de alguém que sofreu um acidente com sequelas no corpo e na mente tão impactantes”, afirma o diretor-geral da área de saúde do Grupo Marista, Álvaro Quintas. “Saúde psicológica, física, proximidade, fisioterapia e práticas de treinos constantes estão conectados no esporte paralímpico. E, para nós, cuidar da vida das pessoas faz parte de uma missão como grupo e como seres humanos. Nosso principal objetivo é fazer a diferença para aqueles que estão ao nosso lado”, finaliza. A vida de João seguiu um novo caminho e uma nova história que está sendo construída com muitas medalhas de superação.

Fonte. https://revistareacao.com.br/apos-acidente-jovem-se-reinventa-a-partir-do-esporte-e-busca-realizar-sonho-paralimpico-em-paris-2024/

Postado  por Antônio Brito

27/08/2021

Tecnologia educacional auxilia secretarias a garantir acesso com qualidade aos estudantes com deficiência

Para garantir o direito pleno à educação, as escolas regulares precisam assegurar a matrícula de todos os alunos em suas classes regulares, com os apoios necessários. Para auxiliar as secretarias municipais de educação nesta missão, o Itaú Social lançou a tecnologia educacional “Gestão inclusiva: pessoas com deficiência”, que tem por objetivo a implementação de ações para que todas as crianças, adolescentes e jovens com deficiência em idade escolar sejam matriculados e que tenham a garantia da aprendizagem.

As secretarias municipais de educação são responsáveis pela promoção de estratégias para que a gestão pense e estabeleça ações e metas em conjunto com as pessoas com deficiência, considerando as legislações vigentes e a pluralidade das comunidades escolares. A tecnologia educacional, elaborada com a parceria técnica do Instituto Rodrigo Mendes e testada por meio do programa Melhoria da Educação, apresenta as dimensões deste trabalho de implementação, monitoramento e avaliação, além da formação para técnicos e outros profissionais da educação.

“Garantir a equidade de acesso e aprendizado para estudantes com deficiência é um desafio para as redes de ensino. É importante que as secretarias se debrucem sobre sua realidade com o objetivo de não deixar ninguém para trás, garantindo a acessibilidade, tendo diálogo com a comunidade e propondo estratégias pedagógicas inclusivas”, destaca a coordenadora de Implementação Municipal do Itaú Social, Sonia Dias.

Um dos municípios que já implementou a tecnologia é Itapevi, localizado na região metropolitana de São Paulo. “Permitiu aos participantes desconstruir a visão assistencialista para com os estudantes com deficiência. Nosso papel é o de derrubar barreiras e pensar maneiras de favorecer a aprendizagem, pois toda pessoa é capaz de aprender”, explicou a professora da rede municipal, Sandra Mara Robles Domingues, que lidera o Gerenciamento de Atendimento Educacional Especializado (Gaee). Segundo ela, um dos paradigmas quebrados nos encontros de formação foi o de que só os especialistas são detentores do saber. Todos os profissionais da escola são responsáveis pela educação especial.

Resultados esperados

  • Curto prazo: realizar diagnóstico e análise situacional da rede de ensino; elaborar plano de formação para educadores, definido e acordado na secretaria de educação; estruturar fluxos para o Atendimento Educacional Especializado; articular e alinhar todos os departamentos da secretaria de educação conceitualmente sobre inclusão; estabelecer processo de monitoramento e avaliação da tecnologia educacional com correções de fluxo e melhorias implementadas.
  • Médio prazo: profissionais da rede atuando na perspectiva inclusiva, considerando múltiplas formas de aprendizagem; rede de apoio com fluxo de atendimento elaborado e pessoas com deficiência do município mapeadas; Educação Especial na perspectiva inclusiva refletida nos planos político-pedagógicos das escolas de forma transversal; equidade e inclusão como princípios de toda a secretaria de educação;
  • Longo prazo: todas as crianças, jovens e adolescentes com deficiência em idade escolar matriculadas na rede de ensino; garantia de participação e aprendizagem; sucesso escolar ampliado para todos os estudantes.

Melhoria da Educação

O programa, desenvolvido há mais de 20 anos pelo Itaú Social, tem por objetivo contribuir com o fortalecimento das secretarias municipais de educação para garantir acesso, permanência e aprendizado com equidade. Em seu site, também estão disponíveis as tecnologias educacionais Gestão da Educação para a Equidade RacialPlanejamento estratégico e Gestão de pessoas e de recursos. Além disso, a plataforma oferece o Autodiagnóstico da Rede de Ensino, instrumento disponível para que os gestores avaliem diferentes aspectos da gestão de uma secretaria de educação.

Serviço
Tecnologia Educacional “Gestão inclusiva: pessoas com deficiência”
Público:
 Dirigentes municipais de educação, equipes técnicas das secretarias de educação
Conteúdo: implementação, monitoramento e avaliação de uma gestão inclusiva, apoiada nos seguintes temas: Diretos Humanos e Direito à Educação; Histórico do movimento pela conquista dos direitos das pessoas com deficiência; Gestão na perspectiva inclusiva e política pública; Acessibilidades e tecnologia assistiva; Desenho Universal e Desenho Universal para Aprendizagem; Estratégicas pedagógicas na perspectiva inclusiva e currículo; Rede de proteção e diálogo entre educação e saúde; Atendimento Educacional Especializado (AEE) e trabalho colaborativo.
Iniciativa: Itaú Social
Parceria técnica: Instituto Rodrigo Mendes Gratuito

Fonte  https://revistareacao.com.br/tecnologia-educacional-auxilia-secretarias-a-garantir-acesso-com-qualidade-aos-estudantes-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

Agosto: Mês de promover “Conscientização sobre EM – Esclerose Múltipla”

Para promover mais conhecimento sobre a EM, o dia 30 de agosto foi instituído como o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla pela Lei nº 11.303 em 2006. O próprio mês, chamado de Agosto Laranja, passou a ser um importante período de realização de campanhas e ações para a conscientização em relação à doença e aos problemas ocasionados pela doença. A EM é desconhecida por cerca de 80% da população.

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, autoimune e crônica do sistema nervoso central e da medula espinhal, que faz com que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando a destruição do tecido protetor que envolve as fibras nervosas, chamado mielina, e assim impede ou altera a transmissão das mensagens do cérebro para as diversas partes do corpo.

Segundo a Dra Marcia Vlasman, Gerente médica da unidade RJ da Pronep Life Care, pioneira do serviço de atenção domiciliar (home care) no Brasil, “o diagnóstico precoce da EM é extremamente importante”. O maior desafio, porém, é reconhecer seus sinais e sintomas, que acometem o paciente dependendo da parte do sistema nervoso que foi afetada. “Entre os mais comuns podemos mencionar fraqueza muscular, distúrbios de equilíbrio, tremores, déficit da coordenação motora, sensação de rigidez ou dormência nos membros e diminuição de sensibilidade, fadiga, transtornos visuais, vertigens, problemas de dicção e disfunção intestinal e da bexiga”, enumera.

Apesar dos inúmeros estudos já realizados, ainda não se tem conhecimento sobre as causas exatas da EM. Este desconhecimento, porém, não se aplica à definição do grupo de risco, que já ficou bem delimitado: os mais atingidos são jovens adultos entre 20 e 40 anos, embora a EM possa acometer as pessoas em qualquer fase da vida. As mulheres estão mais propensas a desenvolver a doença, numa proporção de 3 mulheres para cada homem.

Apesar de não ter cura, a Esclerose Múltipla pode ser controlada com um tratamento que auxilia nas crises e contenha a sua progressão. “Quanto mais cedo houver o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores são as chances de alterar o desenvolvimento natural da doença em longo prazo, com redução da quantidade de surtos clínicos, lesões e sequelas neurológicas”, explica a Dra Marcia. “Temos recursos como medicamentos, fisioterapias e outros que podem ajudar os portadores da doença a prosseguirem produtivos, confortáveis e a levar uma vida independente”.

Ele destaca a importância do acompanhamento do paciente por uma equipe multidisciplinar para cuidar das possíveis sequelas ocasionadas pelos surtos.  “Com diagnóstico precoce, em muitas situações é possível levar uma vida normal e independente. Deve-se destacar ainda a importância do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com fisioterapeutas, psicólogos e psiquiatras, urologistas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, por exemplo, que atuam cuidando das sequelas deixadas pelos surtos, como disfunções no intestino e na bexiga, espasmos musculares, a espasticidade (lesão no sistema nervoso central), depressão ou fadiga e até de deformidades ósseas que podem ocorrer ao longo do tempo, aliviando dores, melhorando a força e a flexibilidade”.

“A harmonia física e emocional de um paciente de EM em tratamento ajudam na realização de atividades do dia a dia e melhoram sua autoestima e a confiança”, acredita a Dra Marcia, que ressalta a importância de receber e aceitar o diagnóstico, tanto pelos pacientes como pelas pessoas com quem ele convive. “Daí importância do Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla e de termos um mês dedicado à disseminação de informações sobre a EM para toda a população”.

Fonte. https://revistareacao.com.br/agosto-mes-de-promover-conscientizacao-sobre-em-esclerose-multipla/

Postado por Antônio Brito

Nós, os Quinze: Pessoas com deficiência são foco de campanha de visibilidade

Marcelo Camargo / Agência Brasil

A abertura oficial dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 aconteceu na manhã desta terça-feira, 24.

Por meio deles, os olhos de todo o mundo estarão voltados para grandes expoentes de uma parcela considerável da população: as pessoas com deficiência.

Esses homens e mulheres representam, hoje, 15% da população mundial, cerca de 1,2 bilhão de pessoas. Por isso mesmo o Comitê Paralímpico Internacional (COI) lançou a campanha Nós, os Quinze, que tem como objetivo acabar com a discriminação e chamar a atenção para a inclusão desse público. A campanha do COI usará as paralimpíadas para aumentar a visibilidade da causa.

O objetivo da Nós, os Quinze é colocar pessoas com deficiência “no coração da agenda de inclusividade e diversidade quebrando barreiras sociais sistêmicas que limitam a realização do potencial de pessoas com deficiência.”

A campanha tem duração prevista de uma década e também aborda outras características que são alvo de discriminação, como gênero, etnia e orientação sexual.

No vídeo da campanha, pessoas com diversos tipos de deficiência mostram que, assim como qualquer um, realizam atividades como arrumar a cama, pagar boletos, casar. E falam que não querem ser colocados num pedestal, e sim tratados como iguais.

Entre as empresas que apoiam a campanha do COI, estão organizações como a Unesco, o Banco Mundial e a Comissão Europeia.

Fonte. https://revistareacao.com.br/nos-os-quinze-pessoas-com-deficiencia-sao-foco-de-campanha-de-visibilidade/

Postado por Antônio Brito

24/08/2021

Audiências no STF sobre “Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida”

Audiências no STF sobre  “Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com
Aprendizado ao Longo da Vida”.

Serão realizadas  Audiências Públicas do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Decreto nº 10.502, de 30/09/2020, intitulada “Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida”.

“Como é do conhecimento do Brasil todo, esse Decreto foi suspenso pelo STF diante do clamor público manifestado veementemente por especialistas
em educação inclusiva, autoridades educacionais, familiares e pessoas com deficiência, que o consideraram retrógrado e inconstitucional. Em razão do expressivo número de expositores habilitados para a audiência, cada expositor terá apenas 10 minutos para se manifestar. Mesmo assim,
foi necessário agrupá-los em 3 (três) blocos”, afirmou Romeu Sassaki que foi  indicado pela Associação Nacional de Educadores
Inclusivos para representá-la, como o 19º e último expositor no BLOCO I (23/08/2021)
BLOCO I – 23 de agosto de 2021 (segunda-feira), das 14h às 18h.
BLOCO II – 24 de agosto de 2021 (terça-feira), das 9h às 12h.
BLOCO III – 24 de agosto de 2021 (terça-feira), das 14h às 18h.
As pessoas interessadas poderão assistir e/ou enviar opiniões acessando os
seguintes canais:
YouTube do STF
TV Justiça
hashgtag#NaoAoDecreto10502
Twitter : @cbinclusiva
Para saber quais organizações e seus respectivos representantes foram habilitados, solicitem a lista para Romeu Sassaki (e-mail:
romeusassaki@gmail.com).

Fonte. https://revistareacao.com.br/audiencias-no-stf-sobre-politica-nacional-de-educacao-especial-equitativa-inclusiva-e-com-aprendizado-ao-longo-da-vida/

Postado por Antônio Brito

Atletas brasileiros disputam medalhas no primeiro dia dos Jogos Paralímpicos de Tóquio; confira a programação

Nadadores brasileiros durante treino de natação, no ToBio Aquatic Center, em Hamamatsu, Japão. Foto: Ale Cabral/CPB

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio começaram com a cerimônia de abertura, realizada há pouco na capital japonesa. Durante a noite desta terça-feira (24) e a madrugada de quarta (25) - horário de Brasília -, haverá as primeiras competições e disputas por medalhas no megaevento.
 
A natação, segunda modalidade com mais representantes brasileiros no Japão, bem como a segunda que mais conquistou medalhas na história dos Jogos Paralímpicos para o Brasil - ficando atrás apenas do atletismo em ambos os quesitos -, estreia na noite desta terça-feira (horário de Brasília) com grandes nomes do esporte nacional e mundial. As provas serão disputadas no Centro Aquático de Tóquio.
 
Maior medalhista brasileiro da história dos Jogos Paralímpicos, com 24 medalhas no total (14 de ouro, sete de prata e três de bronze), o nadador paulista Daniel Dias vai disputar a classificatória dos 200m livre, na classe S5 (atletas com limitações físicas-motoras), a partir das 21h (horário de Brasília).
 
O carioca Caio Amorim e o paulista Gabriel Cristiano Silva de Souza estarão nas classificatórias para os 100m livre (S8). Já Douglas Matera e Gabriel Bandeira vão competir nos 100m borboleta, sendo que Matera é da classe S13 (para deficiência visual) e Bandeira é da S14 (deficiência intelectual).  
 
Eric Tobera e Ronystony Cordeiro da Silva vão mergulhar na piscina para a disputa dos 50m peito (SB3), enquanto Gabriel Geraldo dos Santos Araújo e José Ronaldo da Silva nadarão os 100m costas - Araújo na classe S2 e Silva na S1. Já Phelipe Andrews Melo Rodrigues será o representante brasileiro nos 50m livre (classe S10).
 
Mulheres
 
O Brasil será representado por cinco mulheres na natação: Esthefany Rodrigues (200m livre - S5), Laila Suzigan Abate (50m livre - S6), Lucilene da Silva Sousa e Carol Santiago (100m  borboleta - S13) e Mariana Ribeiro (50m livre pela classe S10).
 
As finais da natação, neste primeiro dia de competição, estão previstas para começar às 5h de quarta, 25.
 
 Classificação na natação
 
Além dos quatro estilos (livre, costas, peito e borboleta), os nadadores são divididos por tipos de deficiências. As classificações sempre começam com S (de swimming), sendo que o estilo peito também é representado pela letra B, ou seja, pela sigla SB. Do S1 ao S10, competem atletas com limitações físico-motoras. Do S11 ao S13, nadadores com deficiência visual. E, no S14, nadam os esportistas com deficiência intelectual. Quanto maior o grau de comprometimento, menor o número da classe.


Esgrima em cadeira de rodas 

Ainda na terça-feira, às 21h, terão início as disputas no esgrima em cadeira de rodas. Os brasileiros Vanderson Chaves (categoria B) e Mônica Santos (categoria A) serão os representantes brasileiros neste dia. A Seleção da modalidade ainda conta com mais dois atletas: Carminha Celestina De Oliveira (A) e Jovane Silva Guissone (B).
 
Classificação no esgrima
 
Os esgrimistas são divididos em três categorias: A (atletas com mobilidade no tronco; amputados ou com limitação de movimento), B (atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio) e C (atletas com tetraplegia, com comprometimento do movimento do tronco, mãos e braços).
 
 Tênis de mesa
 
 As qualificatórias do tênis de mesa também começam na noite desta terça, com 13 brasileiros na disputa: Danielle Rauen, Jennyfer Parinos, Luiz Felipe Manara, Joyce de Oliveira, Lethicia Lacerda, Marliane Amaral, David de Freitas, Carlos Carbinatti, Bruna Alexandre, Cátia Oliveira, Millena França, Israel Stroh e Paulo Salmin.
 
As partidas da modalidade neste primeiro dia serão divididas em dois períodos: das 21h do dia 24 às 2h30 do dia 25, além das 4h do dia 25 até as 10h da mesma data.
 
 Goalball
 
Ainda neste dia 24, a Seleção masculina de goalball estreia diante da Lituânia, a partir das 21h, pela primeira fase do Grupo A, enquanto a feminina encara os EUA, às 8h30 do dia 25, pelo Grupo D.
 
Vale destacar que a Seleção masculina é a atual bicampeã mundial da modalidade, sendo que a Lituânia é a sua maior rival. A classificação da equipe brasileira para os Jogos Paralímpicos se deu pelos resultados obtidos no Mundial de 2018 em Malmö, na Suécia. O Brasil também enfrentará na fase inicial da competição os Estados Unidos, prata na última edição dos Jogos, o anfitrião Japão, além da campeã africana, a Argélia.
 
No feminino, o Brasil busca sua primeira medalha paralímpica. Além dos EUA, bronze nos Jogos Rio 2016, a Seleção vai ter pela frente a poderosa Turquia, ouro nos Jogos Rio 2016 e vice-campeã mundial, o Japão e o Egito, que foi convidado para o lugar da Argélia, após as campeãs africanas renunciarem à vaga.
 
Transmissão
 
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contarão com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.
 
Patrocínio
 
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3495/atletas-brasileiros-disputam-medalhas-no-primeiro-dia-dos-jogos-paralimpicos-de-toquio-confira-a-programacao

Postado por Antônio Brito

23/08/2021

Quatro países renunciam participação nas Paralimpíadas de Tóquio

Às vésperas da abertura das Paralimpíadas, o porta-voz do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Craig Spence, informou que Samoa, Kiribati, Tonga e Vanuatu não participarão dos Jogos. Segundo a entidade, os quatro países foram prejudicados financeiramente pela regra de isolamento, que dura duas semanas em hotéis da Austrália.
Jogos Paralímpicos começam na próxima terça-feira (Crédito: Leandro Martins-MPIX-CPB)
Foto: Lance!

- São pequenos Comitês Paraolímpicos Nacionais e simplesmente não têm os recursos para fazer frente a essas despesas, infelizmente foram retirados - explicou Craig Spence.

Na última quinta-feira (20), a Austrália superou seu recorde de casos de Covid-19 em um único dia. Foram mais 754 novas infecções, superando os 738 contágios confirmados no país em agosto de 2020. A lentidão na vacinação impôs o prolongamento da quarentena imposta há dois meses.

- Temos várias nações das ilhas do Pacífico que não poderão viajar. A razão é que eles precisariam viajar de seu país pela Austrália, onde há regras rígidas no momento. Eles teriam que ficar em quarentena por duas semanas antes de chegar. Ainda precisariam ficar em quarentena no caminho de volta, então efetivamente precisariam pagar por quatro semanas extras em um hotel - completou.

A Paralimpíada de Tóquio começa no próxima terça-feira (24). Além das quatro nações, outros atletas também ficarão de fora dos Jogos. O caos imposto pelo grupo terrorista Talibã impediu que afegãs viajassem ao Japão para participarem da competição.

Lance!
Fonte  https://www.terra.com.br/amp/esportes/jogos-olimpicos/jogos-paralimpicos/quatro-paises-renunciam-participacao-nas-paralimpiadas-de-toquio,ed11eddc631cd2e971e254175ca24262h5r0ueus.html

Postado por Antônio Brito

Os quatro principais mitos sobre a ‘Lei de Cotas’ para pessoas com deficiência

Embora já prevista na legislação federal há 30 anos (completados no mês de julho/2021), a reserva obrigatória de vagas para pessoas com deficiência ainda é encarada como desafio complexo para muitas empresas brasileiras – e não como solução para mudar vidas por meio da verdadeira inclusão ao trabalho.

A dificuldade ou o insucesso nessa empreitada geralmente são atribuídos a mitos e narrativas que não se sustentam em dados oficiais, mas que acabam sendo disseminados, a ponto de sensibilizar pessoas não familiarizadas com o tema. Carolina Ignarra, CEO e fundadora da Talento Incluir, mostra onde estão as inconsistências dessas narrativas, quais são esses ‘mitos’ e detalha, ponto a ponto, suas respectivas contradições.

‘Não querem trabalhar’

Das argumentações mais recorrentes, a primeira costuma ser a de que há ausência de candidatos com deficiência em busca de emprego, porque eles recebem benefício assistencial e não querem trabalhar. Dados oficiais mostram que não é bem assim.

Estudo divulgado pelo Ministério do Trabalho, em 2016, comprova que mesmo excluindo as pessoas com deficiência leve e as que recebem o benefício assistencial, ainda temos 9,7 candidatos em idade laboral e aptos para cada vaga reservada pela Lei Federal 8.213/91. Segundo a RAIS 2019 há 8,9 milhões de pessoas nesta situação, ao passo que apenas 371.913 mil são beneficiados pela reserva de vagas.

“Poderia ser quase o dobro (701.424, conforme a própria RAIS), tendo em vista que ainda há um contingente enorme de empresas que não cumprem a legislação (46.98%)”, observa Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir – consultoria que já inseriu mais de 8 mil profissionais com deficiência no mercado de trabalho. Ela conta que um dos grandes desafios do seu trabalho é justamente desmistificar narrativas que desabonam o propósito inclusivo da Lei de Cotas. “As tentativas de retrocesso sempre estão presentes e, na maioria das vezes, vem acompanhadas de argumentos baseados em informações falsas”.

‘Nós divulgamos, mas ninguém aparece’

Acima, uma frase bastante repetida por empresários e gestores quando questionados sobre o não cumprimento da legislação federal. Segundo Carolina Ignarra, as empresas quase sempre tentam demonstrar seu suposto esforço, apresentando divulgação de vagas em jornais e outros meios. “Porém, divulgar vagas nem sempre significa que esteja contratando. Aliás, há muitas queixas de candidatos com deficiência que vão atrás desses anúncios para descobrir que a empresa, ou não está de fato contratando, ou está buscando apenas candidatos com deficiências muito leves que não exijam nenhuma adaptação por parte da empregadora”, destaca.

Mais do que divulgar vagas, ela enfatiza que é preciso estudar o público que se quer contratar. “O sucesso nas buscas por profissionais está relacionado justamente ao entendimento dos seus hábitos para chegar a ele, seja por meio da mídia, seja por meio de outras estratégias de comunicação.

‘Falta qualificação’

Um outro argumento largamente utilizado é a suposta falta de candidatos qualificados. “É mais uma argumentação que não prospera, visto que o Censo 2010 do IBGE demonstra que se somarmos apenas as pessoas com deficiência de nível superior completo, teríamos quantidade suficiente para cumprir o dobro de toda reserva legal de cargos”. Ela conta que as pessoas com deficiência que têm nível superior geralmente demoram mais para conquistar o emprego e recebem ofertas bem inferiores à sua qualificação profissional. “É justamente o contrário que costuma ocorrer”.

Impossibilidade de atuação

Algumas empresas alegam a impossibilidade de preenchimento da reserva legal em seu ramo empresarial. Nesse caso, todo e qualquer argumento cai por terra a partir do momento em que se verifica a presença de pessoas com deficiência no ramo de frigoríficos, hospitais, universidades, indústrias, empresas de transporte, construção civil, vigilância, teleatendimento, entre dezenas de outros.

“Hoje em dia, há muitas empresas que cumprem sua função social por meio de sua reserva legal, nos mais variados segmentos, o que ajuda a descortinar esse tipo de narrativa. Há pessoas com deficiência laborando nas mais diferentes atividades, desde vigilante e teleoperador, a motorista de caminhão, gerentes de lojas, servente de obras e soldador”.

Para ela, o verdadeiro motivo que existe por trás da criação desses mitos é a não compreensão do espírito da Lei de Cotas. “Há uma série de resistências que ainda precisam ser trabalhadas. O caminho passa pela conscientização e sensibilização dos gestores, executivos e empresários. Esse é o grande desafio dos próximos anos”.

Fonte  https://revistareacao.com.br/os-quatro-principais-mitos-sobre-a-lei-de-cotas-para-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

Jogos Paralímpicos de Tóquio começam amanhã: 20 perguntas (e respostas) sobre a participação brasileira

Foto: Ale Cabral / CPB

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 terão início nesta terça-feira, 24, e terão duração até o próximo dia 5 de setembro (domingo). A cerimônia de abertura, que será realizada no Estádio Nacional do Japão, às 8h (horário de Brasília), terá transmissão ao vivo dos canais Sportv2 e TV Brasil.

Entre as curiosidades, os Jogos de Tóquio marcam a estreia de duas modalidades, o parabadminton e parataekwondo. Ambas começam na segunda metade dos Jogos. 

Quer saber mais? Separamos 20 perguntas (e respostas) para você tirar todas as suas dúvidas sobre os Jogos de Tóquio e a participação brasileira no Japão. Confira:


- Onde assistir aos Jogos Paralímpicos de Tóquio?

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contarão com a transmissão ao vivo dos canais SporTV. Na TV aberta, a TV Brasil é a emissora oficial dos Jogos. A Agência Brasil, a Rádio Nacional e as redes sociais da EBC também reforçam a cobertura do evento esportivo. Já a TV Globo deve exibir a semifinal e a final do futebol de cinco, na hipótese (muito provável) de participação do Brasil. As redes sociais e o site do CPB também vão dar ampla cobertura à participação dos atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. 

- Quantos atletas estão na delegação do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio?

A delegação brasileira será composta por 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro), além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 435 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos Paralímpicos no exterior teve tamanha proporção. Na última edição fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior. O número para a capital japonesa só é superado pela participação nos Jogos Rio 2016, já que o Brasil garantiu vagas em todas as modalidades por ser país-sede e contou 286 atletas no total, ficando em oitavo lugar no ranking de medalhas.

- Qual a quantidade de atletas paralímpicas mulheres que vão representar o Brasil nos Jogos de Tóquio? 

A delegação brasileira paralímpica será composta por 163 atletas homens e 96 atletas mulheres, o que significa uma representatividade de cerca de 37% feminina entre o total da delegação brasileira paralímpica que está no Japão. O aumento da participação das atletas em todas as modalidades paralímpicas é um dos pilares do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB. A meta para os próximos anos é ocupar todas as vagas femininas que houver na delegação brasileira para a disputa dos Jogos. Para Tóquio 2020, a marca não foi possível porque o basquete feminino não se classificou.

- Em quais modalidades o Brasil vai competir?

Atletas paralímpicos brasileiros estarão nas disputas de 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, são elas: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, parabadminton, parataekwondo, remo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo e vôlei sentado. O Brasil só não possui participantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

- Qual é a modalidade com o maior número de atletas em Tóquio?

A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo, com 65 representantes e 19 atletas-guia. Na última edição do Mundial da modalidade, em Dubai 2019, o Brasil alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás somente da China.

- Como foi a preparação?


A preparação dos atletas paralímpicos durante a pandemia foi realizada em formato de bolha no Centro de Treinamento Paralímpico desde o dia 7 de julho de 2020, quando houve a reabertura parcial do local após aprovação da prefeitura de São Paulo. O CT Paralímpico foi o espaço no qual a maioria das seleções brasileiras realizou sua preparação, obedecendo a rígidos protocolos de saúde e segurança. Em maio de 2021, o Brasil recebeu a doação do COI (Comitê Olímpico Internacional) de vacinas da Pfizer e da Coronavac para aplicação em atletas, comissão técnica, estafe, e demais membros da delegação brasileira que seguiria para Tóquio a partir de 5 de agosto.

- Qual a meta do Brasil em Tóquio?

Em seu Planejamento Estratégico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu como meta manter-se entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. O objetivo para Tóquio 2020 é ficar no top 10 no quadro geral de medalhas.  Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil conquistou 72 medalhas no total: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, sendo o maior número de láureas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos.    

- Qual será a premiação dos atletas paralímpicos pelas medalhas conquistadas em Tóquio?

Os medalhistas de ouro em provas individuais receberão R$ 160 mil por medalha, enquanto a prata renderá R$ 64 mil cada e o bronze, R$ 32 mil. O título paralímpico em modalidades coletivas, por equipes, revezamentos e em pares (bocha), valerá um prêmio de R$ 80 mil por atleta. Já prata, neste caso, será bonificada com R$ 32 mil e o bronze, com R$ 16 mil. Demais integrantes das disputas, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiro, vão receber 20% da maior medalha conquistada por seu atleta e 10% a cada pódio a mais do valor da medalha seguinte. 

- Quantas medalhas de ouro o Brasil já ganhou em Jogos Paralímpicos?

O Brasil já conquistou 87 medalhas douradas na principal competição do paradesporto, restando 13 para o feito histórico de 100 ouros paralímpicos.

- Quantas medalhas o Brasil já ganhou no total nos Jogos Paralímpicos?

O Brasil já conquistou 301 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, foram 87 de ouro, 112 de prata e 102 de bronze. O país está entre os 20 países que mais medalharam em toda a história dos Jogos Paralímpicos. Com as 301 medalhas no total, o país está na 19ª colocação do quadro de medalhas baseado na quantidade geral de pódios. Se for contabilizado o quadro de medalhas com base nas conquistas de ouro, como é feito em cada edição do evento para efeito de desempate, o Brasil ocupa o 23º posto mundial.

- Quem é o maior medalhista do Brasil em Jogos Paralímpicos? 

Maior referência atual da natação brasileira paralímpica, Daniel Dias (classe S5) é o atleta com mais pódios na história do Brasil, com 24 medalhas em apenas três edições dos Jogos, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Apenas em Londres 2012, quando foi porta-bandeira da delegação, foram seis medalhas de ouro nas seis provas individuais disputadas, o que também fez o nadador ser o principal atleta do país com maior quantidade de "pódios dourados".

- Quem vai ser porta-bandeira do Brasil nos Jogos Paralímpicos?

Os medalhistas paralímpicos Petrúcio Ferreira, do atletismo, e Evelyn Oliveira, da bocha, serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Também participarão do desfile pela delegação brasileira a técnica da classe BC4 da bocha e staff da atleta Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Alberto Martins.

- Quantos atletas brasileiros estrearão em Jogos Paralímpicos?

Dos atletas convocados, 87 são estreantes em Jogos Paralímpicos. Assim, 47 homens e 40 mulheres vão disputar uma edição de Jogos pela primeira vez na vida. Os Jogos de Tóquio também marcam a estreia de duas modalidades, o parabadminton com um representante e parataekwondo com três lutadores. As disputas de ambas começam na segunda metade dos Jogos. 

- Qual é o primeiro jogo ou prova do Brasil em Tóquio?

A Seleção Brasileira masculina de goalball estreia contra a Lituânia já na noite de terça-feira, 24, data da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. A natação, segunda modalidade com o maior número de representantes, estreia no primeiro dia oficial de competições do evento, com grandes nomes da natação nacional e mundial na piscina do Centro Aquático de Tóquio como o multimedalhista Daniel Dias (classe S5), Carol Santiago (S12) e Phelipe Rodrigues (S10).

- Quem são os profissionais que ajudam os atletas 

Além dos 259 atletas convocados para representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, sendo 163 homens e 96 mulheres, o Brasil será representado por outros 174 profissionais atuantes em comissões técnica, médica e administrativa. São 11 médicos, sete preparadores físicos, nove oficiais administrativos, três psicólogos, 19 apoiadores, quatro enfermeiros, 23 fisioterapeutas, entre outros.

- Qual estado tem maior número de atletas?

Atletas de 22 estados e do Distrito Federal estarão em ação na capital japonesa. Atletas nascidos no estado de São Paulo são maioria, com 60 representantes. Os naturais do estado do Rio de Janeiro vêm em seguida, com 25. Não há representantes provenientes de Amapá, Sergipe, Roraima e Tocantins.

- Quantos atletas com deficiência severa (classes baixas) compõem a delegação?

Dos atletas com deficiência, 68 serão das chamadas "classes baixas" (com deficiência mais severas). São 42 homens e 26 mulheres que fazem parte deste grupo e que representarão o país no Japão a partir de agosto. Destes, 50% (ou 34) têm deficiência física, 36,76% (ou 25) têm deficiência visual, e 13,23% (ou 9) têm deficiência intelectual.

- Quantos atletas são familiares?

Em mais uma edição de Jogos Paralímpicos, a delegação brasileira contará novamente com alguns casos em que a família dos atletas estará presente dentro da Vila Paralímpica por outra modalidade e até mesmo participando da mesma equipe nacional. Conheça algumas histórias clicando aqui.

- Qual deficiência é mais presente na delegação? 

Dos atletas paralímpicos convocados para os Jogos de Tóquio, a deficiência física é a mais presente, com uma representação de 72,9% entre o total dos participantes. Logo em seguida, com um quantitativo de 23,2%, estão os atletas com deficiência visual, enquanto os participantes com deficiência intelectual são 3,9% do total dos atletas. 

- Quem são os atletas mais jovens da delegação?

Na convocação para Tóquio, 39 participantes que irão competir no Japão terão menos de 23 anos na competição, cerca de 17% do total da equipe nacional paralímpica.  Entre eles, está o nadador mineiro João Pedro Brutos, de Uberlândia, que será o atleta mais novo a compor a delegação brasileira paralímpica nos Jogos. Nascido em 3 de junho de 2004, o jovem da classe S14 terá apenas 17 anos e dois meses quando os Jogos começarem no Japão.

Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://cpb.org.br/noticia/detalhe/3489/jogos-paralimpicos-de-toquio-comecam-amanha-20-perguntas-e-respostas-sobre-a-participacao-brasileira

Postado por Antônio Brito

21/08/2021

Semana Nacional da Pessoa com Deficiência irá divulgar a luta pelos direitos

Confira os detalhes da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência (Imagem: Reprodução)

Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é uma campanha anual, desenvolvida de 21 a 28 de agosto, pela Federação Nacional das Apaes, desde 1963.

A data foi introduzida no calendário nacional pela Lei 13.585/2017 e a campanha permeia os trabalhos desenvolvidos pela instituição ao longo de todo o ano, como instrumento de defesa e garantia de direitos e mobilização social.

O objetivo é divulgar conhecimento sobre as condições sociais das pessoas em situação de deficiência intelectual e múltipla, como meio de transformação da realidade, superando as barreiras que as impedem de participar coletivamente em igualdade de condições com as demais pessoas.

A cada ano é definido um tema, que busca conscientizar a sociedade acerca de determinadas necessidades para inclusão plena. Autonomia, protagonismo e independência, têm sido conceitos recorrentes; a campanha tem sido uma ferramenta para promoção de uma atitude de eminência para com a pessoa em situação de deficiência intelectual múltipla em diversos campos da vida.

Em 2021, o tema norteador da campanha é: ‘É tempo de transformar conhecimento em ação’. Esse tema aponta para o fato de que hoje o Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que se refere à garantia de direitos das pessoas em situação de deficiência, no entanto, na prática, a maior parte do que se assegura na lei não é acessível a todos.

Em um país com dimensões territoriais de continente, as desigualdades das condições de vida são evidentes, bem como a marginalização social de determinados grupos, que por sua condição de vulnerabilidade, necessitam de apoios especializados para superação das barreiras que impedem o exercício pleno da sua cidadania.

Neste ano, nos propomos a provocar o debate nacional levando às pessoas em situação de deficiência intelectual e múltipla conhecimento sobre os seus direitos, a partir de conteúdos acessíveis sobre transporte, moradia, acesso à educação, saúde e assistência social, pensando em como assegurar que esses direitos se efetivem na vida diária.

Fonte. https://www.portalacesse.com/semana-nacional-da-pessoa-com-deficiencia-ira-divulgar-a-luta-pelos-direitos/

Postado por Antônio Brito