10/07/2021

Atleta Paraolímpico Júlio César visita ESPAÇO Rede T21

O Campeão Mundial de corrida Júlio César Agripino visitou o Espaço REDE T21, e teve um encontro cheio de significado sobre inclusão e persistência.

O atleta paralímpico brasileiro da classe T11, especialista nas provas de 1.500m 5.000m, embarca em uma viagem para Tóquio no próximo mês. Júlio tem deficiência visual e já representou o Brasil nos Jogos Paraolímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro, nos Jogos Parapan-Americanos de 2019 em Lima e participou do Mundial de Dubai em 2019, onde conseguiu a medalha de ouro nos 1.500m da classe T11. No final de junho, acompanhado pela esposa Jana, Júlio participou de um treino no tatame Inclusivo da ONG Nosso Olhar, junto com o Chico, que tem síndrome de Down.

Não é só a corrida que faz parte da vida de Júlio. Quando mais novo, o judô fez parte da sua rotina por muito tempo e, ao voltar ao tatame, ele relembrou os velhos tempos, enquanto praticava com os professores, Duda e Lucas.

Com muito humor, Julio se comprometeu a participar do próximo projeto de Thaissa Alvarenga. A meta é incluir braille em todas as portas dos ambientes da sede da ONG Nosso Olhar. O atleta prometeu que fará a “estreia” do braille, fazendo a leitura dos textos.

*Thaissa conheceu Júlio em uma gravação para o programa Inclua Mundo , o primeiro programa que tem como foco a mobilização, educação e inclusão, abordando os temas com histórias reais e opiniões de especialistas, famílias e pessoas com deficiência.

O atleta, que esbanjou simpatia com todos que estavam presentes no Espaço, prometeu uma nova visita antes de sua viagem para os Jogos Paraolímpicos de Tóquio. Um detalhe muito interessante foi a explicação de Júlio sobre como ele mantém a sua direção durante a corrida. Ele contou que é acompanhado por dois guias que correm ao seu lado e são ligados por uma pequena corda. Por meio de puxadas na corda, Júlio recebe a informação sobre sua posição e velocidade. Isso mostra como o trabalho em rede é importante, quando o assunto é inclusão.

Fonte  https://revistareacao.com.br/atleta-paraolimpico-julio-cesar-visita-espaco-rede-t21/

Postado por Antônio Brito

O maior desafio da nossa geração

* Por Mizael Conrado

Já é fato consumado que a pandemia da Covid-19 representa a maior crise da nossa geração. Um momento difícil para todos nós, membros do Movimento Paralímpico e da sociedade como um todo. Por isso, é sem sombras de dúvidas, o maior desafio das pessoas desta nossa época.  

Lembro-me muito bem que, quando tomamos a decisão de cancelar precocemente as competições ainda em meados de fevereiro de 2020 e, posteriormente, fechar o Centro de Treinamento Paralímpico, ação que evitou graves consequências para a comunidade paralímpica, recebemos muitas críticas naquele momento, por estarmos ‘matando’ o sonho dos atletas. Porém, infelizmente, o tempo mostrou que estávamos certos.   

Teremos em agosto de 2021, enfim, os tão aguardados Jogos Paralímpicos de Tóquio. Esperamos, acreditamos e torcemos para que até lá uma vacina já tenha sido ofertada para todos. Mas, até lá, o desafio continua.   

O fato de não termos a noção exata do horizonte, precisar viver um dia por vez, sermos surpreendidos a cada dia com as notícias dos jornais, ainda coloca muitas incertezas à nossa frente. O que está em jogo vai muito além do que um título ou uma medalha. São vidas de pessoas. E somente a vacina é que vai garantir a disputa. 

Até este momento, o Brasil possui vaga garantida em 14 modalidades, totalizando 116 vagas. São elas: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, hipismo, futebol de 5, goalball (feminino e masculino), natação, remo, parataekwondo, tiro esportivo, tiro com arco, tênis de mesa e vôlei sentado (feminino e masculino). Muitas dessas vagas são para o país e não nominais. 

Com tudo isso envolvido, o esporte mostra que tem a capacidade de estimular sentimentos como a solidariedade, motivação, inspiração, resiliência, e senso de coletividade. Por isso, se os Jogos Paralímpicos de Tóquio acontecerem, teremos ao menos uma única certeza: que estaremos em uma sociedade com mais esperança para enfrentar os novos desafios. 

* Mizael Conrado é Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro  

Fonte. https://revistareacao.com.br/o-maior-desafio-da-nossa-geracao-2/

Postado por Antônio Brito

08/07/2021

Copa do Mundo de esgrima em cadeira de rodas na Polônia servirá como termômetro para os Jogos Paralímpicos

Foto: Divulgação CBE

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio já estão no radar dos atletas do Brasil. Mas antes, haverá ainda uma preparação de luxo: a Copa do Mundo de Esgrima em cadeira de rodas, que começa nesta quinta-feira, 8, e vai até domingo, 11, em Varsóvia, na Polônia. Mais do que isso, é o retorno das competições internacionais para os brasileiros, após mais de um ano e meio parados.

A Copa do Mundo vai funcionar como um termômetro para os quatro atletas do Brasil, que participarão dos Jogos: Jovane Guissone, Vanderson Chaves, Mônica Santos e Carminha Oliveira. A competição vai reunir atletas de alto nível a pouco mais de um mês para o início dos Jogos Paralímpicos deste ano. Segundo o chefe de equipe da Seleção, Ivan Schwantes, será um “teste para ver como estão os brasileiros e os europeus, que retornaram aos treinos antes do Brasil”. A delegação conta ainda com o técnico Eduardo Nunes, o auxiliar técnico Marco Xavier e o médico Thiago Righetto.

O momento é importante, segundo o técnico Nunes, não só tecnicamente, mas também psicologicamente. O treinador explica que é este o momento de quebrar o gelo após a parada em razão da Covid-19. A Copa do Mundo vai ajudar os atletas a “tirarem essa ansiedade e tensão”.

“Além de atualizar o ranking, que está parado desde a última prova, vai servir para eles voltarem ao ritmo de competição. E vai servir para fazer uma avaliação de como eles estão, de como estão os adversários que eles vão enfrentar. Apesar de ser uma prova oficial, é uma boa preparação para os Jogos”, reforça Nunes.

Dentre o grupo que vai à Europa está a paranaense Carminha Oliveira. Ela espera reverter seus treinamentos em bons resultados na volta das competições, reconhece o prejuízo trazido pela pandemia, mas conta que não deixou de treinar nesse período, apesar das restrições. Depois de uma semana de treinamentos intensivos, ela ressalta que o objetivo é “fazer o melhor para representar o país”.

“É um momento de muita alegria por essa conquista. É uma volta muito esperada. Já são quase dois anos que a gente não tem competições. Vai ser muito importante para a gente chegar ainda mais preparado para os Jogos de Tóquio”, afirma a atleta. “Espero ter um bom desempenho pelo que eu fiz durante a semana de treinamentos intensivos, quero ter um bom resultado”, completa Carminha.

Motivada a buscar um esporte depois dos Jogos do Rio 2016, ela conseguiu uma rápida evolução e vai a Tóquio para disputar sua primeira edição de Jogos Paralímpicos. Seu sonho é conquistar uma medalha e dedicar para sua mãe, seu pai e sua irmã.

“Vai ser o momento de olhar para trás, ver toda a trajetória e saber que valeu a pena, para vivenciar tudo aquilo. Vai ser maravilhoso. Ver atletas de todo o mundo e saber que você se preparou e conseguiu a vaga vai ser um misto de alegria e emoção”, finaliza a esgrimista.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Jovane Guissone é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 69 atletas. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 
 
Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3406/copa-do-mundo-de-esgrima-em-cadeira-de-rodas-na-polonia-servira-como-termometro-para-os-jogos-paralimpicos

Postado por Antônio Brito

Ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública facilita a inclusão de Pessoas com Deficiência ao sistema judiciário

Mais um importante passo rumo à inclusão laboral de profissionais e estudantes de direito.

A Resolução n° 401/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos dos órgãos do poder judiciário às pessoas com deficiência, garantindo pleno acesso às informações disponíveis, com ferramentas adequadas, meios e formatos acessíveis para a comunicação.

A ação é fruto do trabalho do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), em parceria com a Rede de Acessibilidade Jurídica e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Pesquisa realizada com pessoas com deficiência visual identificou mais de 30 dificuldades enfrentadas na utilização das diversas plataformas jurídicas do país. Entre as mais relevantes estão o acesso ao conteúdo dos processos (petições, decisões ou outras peças processuais), peticionamento, consultas de andamento processual a até mesmo o login e logout. Para esses problemas foram apresentadas possíveis soluções.

Com o novo normativo, quatro dificuldades destacadas por esse público foram atendidas. São elas: descrição de imagens, descrição de vídeos, ferramentas de zoom e de alto contraste e desenho universal.

Para o secretário Nacional de Justiça, Cláudio de Castro Panoeiro, esse trabalho soma esforços à constante luta por melhores condições de inclusão e de acessibilidade, permitindo que o profissional do direito, pesquisadores e cidadãos – todos com deficiência visual – exerçam seus ofícios com autonomia. Além de incluir esses grupos nos espaços sociais e no mercado de trabalho de forma independente. “É o início de um importante avanço na garantia dos direitos das pessoas com deficiência, em especial àquelas que utilizam diariamente essas plataformas de processos judiciais para exercerem suas atividades profissionais”, destaca.

De acordo com o Relatório “Justiça em Números – 2020” do CNJ, existem no Brasil mais de 77 milhões de processos em tramitação na Justiça Brasileira. “Com as adaptações propostas pela Resolução, esses processos poderão ser consultados por pessoas com deficiência em todo o país, respeitadas as hipóteses de sigilo previstas na constituição e na lei”, acrescenta Panoeiro.

Fonte: https://revistareacao.com.br/acao-do-ministerio-da-justica-e-seguranca-publica-facilita-a-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia-ao-sistema-judiciario/

Postado por Antônio Brito

Curso gratuito de auxiliar administrativo é voltado a pessoas com deficiência

Estão abertas as inscrições para o curso remoto de auxiliar administrativo às pessoas com deficiência de Campinas. A inscrição e o curso são gratuitos. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Centro Paula Souza e conta com os apoios da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas e do Centro de Tecnologia e Inovação.

“É fundamental abrir oportunidades de formação para pessoas com deficiência e esperamos que esse curso auxilie os alunos na empregabilidade no mercado de trabalho”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas

O curso terá carga horária de 60 horas, realizado em 12 dias, sendo 4 horas por dia, de segunda a sexta-feira, e, é acessível com interpretação de libras, material adaptado e linguagem simples. As aulas têm início no dia 20 de julho e as pessoas com deficiência com mais de 18 anos, interessadas, devem se inscrever por meio do link https://forms.gle/5M3rDeKPH1QBRZKH9 , até o dia 10 de julho.

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência realiza também diversos outros cursos em áreas específicas de todo o estado de SP. Saiba mais no site da Secretaria www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br .

De acordo com a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência ( www.basededados.sedpcd.sp.gov.br ), no município de Campinas há 75.461 pessoas com deficiência. De acordo com dados do novo CAGED, em 2020, 635 pessoas com deficiência foram admitidas no município e 861 pessoas com deficiência foram desligadas, totalizando um saldo negativo de 226 pessoas com deficiência desligadas do mercado de trabalho deste ano.

Fonte. https://revistareacao.com.br/curso-gratuito-de-auxiliar-administrativo-e-voltado-a-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

Em SP, cresce 20% o número de alunos com deficiência matriculados na Educação Básica entre 2019 e 2020

Pensando na indução de políticas públicas, no avanço da política de educação inclusiva e ser referência para gestores públicos, profissionais, ativistas, legisladores e pesquisadores, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo atualizou os dados da plataforma Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com informações sobre a área da educação básica, disponível no site https://www.basededados.sedpcd.sp.gov.br.

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Uma vez que a educação impacta em todas as áreas da vida de uma pessoa, uma análise do sistema educacional atual e a busca por melhorias representam ações de extrema importância para a consolidação da educação inclusiva. Em vista disso, foram inseridas na Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência informações sobre os alunos com deficiência matriculados na rede estadual de ensino, municipal, privada e federal, tendo informações sobre tipos de deficiência, idade, raça ou cor e gênero.
Os dados apontam que entre 2019 e 2020 o número de alunos com deficiência matriculados nas redes de ensino aumentou em 20%, sendo 174.363 alunos em 2019 e 210.409 alunos em 2020.
Também é possível fazer consulta por município do estado e ter acesso ao número de alunos com deficiência matriculados por região e por etapa de ensino (infantil, fundamental e médio). Os dados apontam que no ano passado, 50% das pessoas com deficiência na Educação Básica eram pessoas com deficiência intelectual.
Em 2019, 72% das crianças e jovens com deficiência cursaram o ensino fundamental, 14% chegaram ao ensino médio e apenas 0,47% conseguiram ingressar no ensino superior no estado de SP. Em relação a gênero, de 2019 para 2020 houve um aumento de 9% na participação das crianças e jovens com deficiência do sexo feminino.
Além disso, a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência conta com informações sobre docentes na Educação Básica e também sobre o Ensino Superior inclusivo, contendo número de discentes e docentes, dados por tipo de deficiência, faixa etária, gênero, raça ou cor, tipo de vínculo do estudante, grau e tipo de instituição de ensino, análise por atividade e bolsa extracurricular, ranque de matrículas por município, entre outros.

Fonte. https://revistareacao.com.br/em-sp-cresce-20-o-numero-de-alunos-com-deficiencia-matriculados-na-educacao-basica-entre-2019-e-2020/

Postado por Antônio Brito

06/07/2021

Acessibilidade no entretenimento adulto

Estudos sugerem que o setor pornográfico movimenta em torno de US $696 bilhões anuais e que 30% de todos os dados que transitam pela rede carregam conteúdo pornográfico. Em toda essa produção há geração de conteúdos que retratam todos os corpos, gêneros, cores de pele, sexualidades e dinâmicas de relacionamento. Contudo, o assunto continua sendo pouco acessível para as pessoas com deficiência visual e auditiva. Como esse público consome esse tipo de conteúdo se o que é feito hoje tem o áudio e a imagem como estrelas?

Para debater esse tema que o podcast Gente Conversa, comandado por Ju Wallauer, abriu os microfones para três mulheres falarem sobre sexo. As convidadas foram Joana Peregrino, proprietária da Conecta Acessibilidade, empresa que transforma conteúdos de todos os formatos e gêneros acessíveis a pessoas com deficiência visual e auditiva, Claudia Rodrigues, professora, com deficiência visual e consumidora de filmes adultos, e a diretora geral do canal adulto Sexy Hot, Cinthia Fajardo. O episódio “Acessibilidade no Entretenimento Adulto” vai ao ar dia 22 de junho. Para conferir o conteúdo na íntegra acesse

https://gente.globo.com/podcast-gente-conversa-ep19-acessibilidade-em-conteudo-adulto/utm_source=press&utm_medium=referral&utm_campaign=gente_ref_press_GCEP19&utm_content=plataforma_gente_2021

“Quando pensamos em acessibilidade, temos uma visão generalizada. Contudo, é preciso levar em consideração a subjetividade de cada um, até mesmo no universo da deficiência. Em geral imagina-se que a pessoa com  deficiência é um ser etéreo, iluminado e que não sente desejos e atrações sexuais. Sem falar no grande número de casos de PcD que sofrem, ou já sofreram abusos sexuais. E isso não tem relação com fetiche, mas sim de acharem que são pessoas mais vulneráveis e que não sabem se defender. A sociedade precisa estar disponível para ver e rever essa situação”, aponta Claudia Rodrigues.

Segundo Joana, infantilizar a pessoa com deficiência torna tudo muito mais difícil. “Precisamos dar independência, e a audiodescrição ou a legenda descritiva vai trazer isso. No caso do trabalho de transformar filmes acessíveis é sempre um processo desafiador e com muitas regras. A audiodescrição, por exemplo, é uma modalidade de tradução, é uma versão. Escolhemos, com muita sensibilidade, o que é mais importante em cada cena”, explica Joana.

O Sexy Hot já disponibiliza no sexyhot.com.br filmes do selo Sexy Hot Produções com esses recursos – tanto de legenda descritiva quanto de audiodescrição. A ideia é que, com o tempo, todos os conteúdos exclusivos do canal sejam acessíveis. “Entrar no canal de conteúdo adulto para mim não foi uma experiência encarada como tabu. Minha expectativa foi trazer o olhar feminino para essa indústria que durante anos teve um olhar essencialmente masculino e machista. E hoje 80% do nosso time na Playboy do Brasil é composto por mulheres, inclusive na equipe que faz a aquisição do conteúdo”, recorda Cinthia.

Para ouvir acesse:

Plataforma Gente https://gente.globo.com/formato/podcast/

Fonte. https://revistareacao.com.br/acessibilidade-no-entretenimento-adulto/

Postado por Antônio Brito

Conheça histórias que mostram a inclusão na prática

Quase todo jovem tem dúvidas sobre o futuro. As incertezas sobre a carreira, o medo de não conseguir um emprego são comuns. Quando se trata de pessoas com deficiência, os obstáculos costumam ser ainda maiores. Além de dar conta de perguntas como vou terminar os estudos?”, será que vou conseguir morar sozinho?”, eles precisam enfrentar ainda a batalha pela inclusão, que nem sempre é fácil. Em uma sociedade que ainda tem preconceitos e está, muitas vezes, despreparada para atender necessidades específicas no ambiente de trabalho ou escolar, é necessário acreditar e se impor. Para a paraibana Laissa Guerreira (pelo sobrenome que adotou, já se percebe a força da menina de 15 anos, que tem Atrofia Muscular Espinhal), o segredo é ter voz ativa. Não sou de ficar calada. Brigo pelo meu direito à vida, se precisar dou meus gritinhos para o povo escutar”, diz a adolescente, que é bailarina, roqueira e militante pela distribuição de remédios para o tratamento de sua condição. 

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O paulistano Guilherme Campos, que tem síndrome de Down, também já aprendeu que sua deficiência não é um impeditivo para nada. Formado em Gastronomia, ele trabalha em um renomado restaurante da capital paulista e sonha em abrir seu próprio negócio. Com a mesma deficiência, Gabriel Ribeiro Facchini tornou-se fotógrafo da Prefeitura de São Paulo. Todos são exemplos de que é possível enxergar as potencialidades da pessoa antes de sua deficiência. A diversidade faz parte da existência humana. A eventual deficiência de alguéé uma de suas características, mas não é o que define uma pessoa. Infelizmente, a sociedade tem viéses que geram associações equivocadas, como a de deficiência com incapacidade. Isto resulta em rótulos e barreiras que evitam que a inclusão aconteça de forma plena. Mas esta nova geração está aí,  mostrando que todos podem ser protagonistas da própria história, já que o mundo é um lugar onde cabem todos”, diz Henri Zylberstajn, fundador do Instituto Serendipidade, que atua na inclusão de pessoas com deficiência intelectual.

Conheça a seguir as histórias de Laissa, Guilherme, Gabriel e de outros jovens que mostram a inclusão na prática: 

Guilherme Campos, chef de cozinha

Desde pequeno, Guilherme sempre gostou de ficar de olho nas receitas do pai e da avó. Por isso, quando uma equipe da Faculdade Anhembi Morumbi esteve na escola onde ele estudava para falar sobre vestibular, ele não pensou duas vezes. Resolveu se inscrever para tentar uma vaga em Gastronomia. Os pais só ficaram sabendo quando chegou um e-mail confirmando o dia e local da prova. Isso mostra que ele sempre teve muita autonomia”, diz Deise, mãe de Guilherme. Os dois anos que passou entre as panelas, com aulas de enologia, microbiologia, confeitaria, entre outras, deram resultado. Além de aprender a fazer um ossobuco de dar água na boca e virar mestre dos risotos, Guilherme, que entre outras características, tem síndrome de Down, hoje trabalha com o que ama no restaurante italiano Antonietta Cucina Higienópolis. Ele é responsável por fazer diariamente 15 refeições, que são servidas aos funcionários. Antes disso, ele passou pelo salão do Jacarandá, como garçom. Hoje, sonha em abrir seu próprio negócio, um restaurante onde possa servir um pouco de tudo”. 

Guilherme não tem dúvidas de que vai chegar lá e dá a receita para seu sucesso. Tive dificuldade na faculdade, sofri um pouco de discriminação, mas os chefs sempre me ajudaram, me botavam nos grupos. Mas levo numa boa porque sei que não há nenhum problema em ser diferente. “ A pessoa com síndrome de Down tem que ser tratada como qualquer outra pessoa. Percebi que nada é proibido, é só levar a vida com tranquilidade”, ensina o profissional, que tambéé voluntário do Instituto Serendipidade.

Gabriel Facchini, fotógrafo

Por causa da pandemia, Gabriel está afastado de seu trabalho, mas não vê a hora de voltar a registrar os eventos e o dia a dia da Prefeitura de São Paulo, onde integra o time de cinco fotógrafos da Secretaria de Comunicação. Até chegar ao posto, foi difícil. Na faculdade, conta, não houve nenhum tipo de inclusão ou adaptação. Precisei estudar muito para passar, foi com muita dificuldade, nos acréscimos do segundo tempo. Depois de formado, ele diz que tudo melhorou. Hoje diz não sofrer nenhum preconceito. Gosto de conversar muito, no trabalho a gente aprende uns com os outros. Acho que ajudou o fato de eu ter estudado em uma escola regular. Fiz amizades com quem tem síndrome de Down e com quem não tem, conta.

Gabriel Facchini

Gabriel costuma fotografar eventos internos da Prefeitura. Um desafio, conta, porque a luz nunca é boa. Às vezes, antes da Covid-19, ele registrava também eventos da agenda do ex-prefeito Bruno Covas, que faleceu este ano. Ainda não conheci o atual prefeito. Vou tomar a segunda dose da vacina em agosto e depois de uns 20 dias vou ver se já posso voltar. Quero retornar logo, não gosto muito de ficar em casa”, diz o jovem de 23 anos.

Gabriel conta que toda essa autonomia não chegou de repente. Os pais dele sempre o incentivaram. Quando comecei a estagiar no Centro de São Paulo, eles me levaram algumas vezes de metrô para eu aprender. Pai e mãe têm que ser persistentes. Alguns até falam que a gente precisa de autonomia não por causa deles, mas para a vida. Eu já me liguei nisso”, diz Gabriel, que costuma, quando preciso, ajudar nas despesas de casa. 

Laissa Guerreira, estudante, dançarina e militante

Ela tem 15 anos e disposição de sobra. Laissa Pollyana, conhecida como Laissa Guerreira não permite que sua deficiência — ela tem Atrofia Muscular Espinhal — a impeça de realizar seus sonhos. A menina, que está no primeiro ano do Ensino Médio, é bailarina, roqueira, jogadora paralímpica de bocha e, de quebra, ativista. Ficou conhecida quando falou no Senado, em 2019, reivindicando que o SUS fornecesse o medicamento Spinraza a todos que precisam. Cada dose do remédio custa cerca de R$ 200 mil, o que impede o tratamento da grande maioria. Depois que passei a usá-lo, já consigo ficar em pé e andar com a ajuda de aparelhos. Antes, eu não tinha nem forças nos braços”, conta Laissa. 

Até conseguir chegar onde está hoje, feliz e rodopiando na cadeira de rodas, durante as aulas de dança, não foi fácil. Como a atrofia é progressiva, Laissa, antes de ter acesso ao medicamento, teve muita dificuldade não só para se locomover, mas também para se alimentar e até mesmo respirar.  Na escola, os percalços foram grandes. Foi vítima de bullying constante de uma colega de classe. Trocou de colégio e hoje diz que finalmente conhece o que é inclusão. Agora não me calo mais. Coloco minha cara a tapa e vou. Hoje levo a sério se faltarem o respeito comigo”. 

Laissa Guerreira

Laissa ensina que o importante é estar com o astral lá em cima. A vida é bela, não tem porque ficar triste. Minha mãe me ensinou que a cadeira de rodas é minha asa, pode me levar a qualquer lugar”. No futuro, o lugar vai ser a Faculdade de  Direito. Ela quer virar juíza. Enquanto isso não acontece, aproveita a vida como qualquer adolescente. Gosto de rock, faço balé clássico, dança contemporânea e sou atleta paralímpica de bocha, primeiro lugar na minha categoria”.  

Katarina Martins de Carvalho, estudante de Direito

Aos 22 anos e prestes a se formar em Direito, Katarina Martins de Carvalho enxerga o mundo meio borrado, sem definição, com cores mais fortes”. Ela tem o que se define como cegueira legal”, consequência de um tumor que está instalado entre o cérebro e o nervo óptico, e que é inoperável. Habituada a conviver com a perda progressiva da visão, ela precisou abdicar da sua vocação — ser policial. Como alternativa, buscou o Direito. Vou poder trabalhar de forma independente, acredito que será mais fácil”, diz ela, que acaba de entregar o Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade em Tatuapé. Também já prestou a primeira prova da OAB. São duas conquistas grandes, mas a primeira, conta, foi ter conseguido morar sozinha. 

Ela se mantém com o salário de estagiária na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, mas lembra que buscar a independência sempre foi seu maior desejo. Aos 15 anos, assim que terminou as sessões de quimioterapia, que fez dos 6 aos 14 anos, conseguiu um emprego, escondido da mãe. Virou animadora de uma loja de roupas infantis. Me fantasiava de Galinha Pintadinha e de Peppa Pig. Foi bem divertido”. Depois, não foi fácil. Cansada de escutar nãos”em entrevistas de emprego, ela resolve esconder sua deficiência ao se candidatar a uma vaga. Ao chegar à prova, disseram que ela não poderia participar ou ter a mãe como ledora. Katarina insistiu e acabou sendo aprovada para trabalhar um ano no Tribunal de Justiça. Foi uma luta mostrar que uma pessoa com deficiência pode fazer tudo, mas consegui”.  

 Fonte:  https://revistareacao.com.br/conheca-historias-que-mostram-a-inclusao-na-pratica/

Postado por Antônio Brito

05/07/2021

No Ceará, parceria entre Sesa e Dell promove curso online com mil vagas para pessoas com deficiência

Estão abertas as inscrições para o curso Programa Gratuito Acessível de Qualificação Profissional, promovido pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Dell (Lead). Ao todo, mil vagas estão sendo oferecidas – prioritariamente – para pessoas com deficiência, matriculadas em cursos de graduação e/ou pós-graduação no Ceará na área da Tecnologia da Informação.

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A Sesa auxiliará na identificação e mapeamento de pessoas com deficiência que se encaixam no perfil e estão inseridas no Cadastro Estadual da Pessoa com Deficiência, disponível na plataforma Saúde Digital. Familiares de pessoas com deficiência também podem ser contemplados. Também fazem parte da iniciativa a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (Idesco).

Dentro do Programa da Pessoa com Deficiência, em que a Sesa trabalhou inicialmente no cadastramento deste grupo, há registros de indivíduos com deficiências distintas e que se encaixam no perfil da qualificação. “O programa da Dell vai trabalhar com essa perspectiva socioeconômica. Uma vez identificando as potencialidades dessas pessoas cadastradas com deficiência, dará oportunidade de capacitação”, explica o secretário executivo de Políticas em Saúde da Sesa, Marcos Gadelha.

 

Durante as aulas, previstas para iniciar em 2 de agosto, os estudantes serão acompanhados por tutores (exclusivos para pessoas com deficiência) e pelas equipes pedagógica e de suporte técnico da plataforma de ensino.

O programa possui recursos acessíveis como intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), alertas sonoros, comando de voz, teclado virtual, redimensionamento de fonte, alto-contraste, audiodescrição de imagens, entre outros.

Serviço

Confira o edital
Contatos: pedagogico@dellead.com.br e/ou WhatsApp: (85) 99946-0145

Fonte. https://revistareacao.com.br/no-ceara-parceria-entre-sesa-e-dell-promove-curso-online-com-mil-vagas-para-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

Convocação da Delegação Brasileira para os Jogos Paralímpicos de Tóquio será realizada em live na próxima terça


O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizará na próxima terça-feira, 6 de julho, o anúncio da Delegação Brasileira para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Os atletas serão conhecidos durante a transmissão ao vivo, às 14h30, no Facebook e Youtube do CPB. Além disso, a lista dos convocados sairá na íntegra no site institucional.  

O presidente do CPB, Mizael Conrado, estará ao lado do vice-presidente da entidade, Yohansson Nascimento, e do diretor técnico, Alberto Martins, para apresentarem e comentarem a composição da delegação.  

A delegação brasileira deverá ser composta por 251 atletas, aproximadamente, sendo 157 homens e 94 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa. A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo com 64 atletas e 18 atletas-guia. A natação será a segunda modalidade com o maior número de representantes, com 35 nadadores.   

O Brasil será representado em 20 modalidades, das 22 que compõem o programa dos Jogos de Tóquio. As ausências são basquete em cadeira de rodas e rúgbi em cadeira de rodas.  

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Em seu Planejamento Estratégico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu como meta manter-se entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. O objetivo para Tóquio 2020 é ficar no top 10 no quadro geral de medalhas.   

Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil arrecadou 72 medalhas no total: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. O resultado, com o maior número de láureas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos, deixou a delegação brasileira na oitava colocação no quadro geral de medalhas.  

Patrocínios   
O paratletismo tem patrocínio da Braskem e das Loterias Caixa. A natação tem patrocínio das Loterias Caixa.
  
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 
Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3398/convocacao-da-delegacao-brasileira-para-os-jogos-paralimpicos-de-toquio-sera-realizada-em-live-na-proxima-terca

Postado por Antônio Brito