30/11/2020

Pelas redes sociais, Eleições 2020 foi comentado por diversas pessoas. Nos comentários, elogios e críticas ao processo eleitoral

O segundo turno das eleições 2020 acabou gerando problemas para pessoas com deficiência que procuraram desempenhar o seu direito do voto. Alguns impedimentos fizeram com que essas pessoas não participassem do processo eleitoral, enquanto que em alguns pontos de votação a Acessibilidade fosse garantida de forma ampla e segura.

O Departamento de Jornalismo esteve acompanhando vários comentários e sugestões desses eleitores. Nesta matéria, alguns relatos, que posteriormente serão enviados ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral e ao TRE/SP – Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Marta Gil, consultora na área de Inclusão de Pessoas com Deficiência, escreveu que  “Controle social funciona! #Eleições2020. A fiscalização eleitoral da acessibilidade na votação está funcionando, em Sampa. Fiz uma reclamação sobre elevador desligado, no primeiro turno; voto em colégio particular. Hoje encontrei uma juíza eleitoral, acompanhada por algumas pessoas, que foram fiscalizar as condições. O elevador está funcionando. Vamos exercer nossos direitos!”. Ela até cita que encaminhou sugestões para vários e-mails de contato. “Depois que enviei, recebi mensagens automáticas de resposta. Hoje tinha uma comissão – acho que eram umas 5 pessoas. A juíza eleitoral foi atenciosa. Quando disse que tinha escrito para o TRE, um rapaz perguntou meu nome. E respondeu: Ah, é a Marta! Fiquei com a sensação – espero que errônea – que tinha sido a única. Força!”.

Já Katia Gavranich Camargo comentou que “Aqui no Colégio Alexandre de Gusmão, que fica São Paulo, bairro do Ipiranga, não funcionou”. Ela relata que “o fato aconteceu com uma senhora que tem artrose no joelho e pediu para facilitarem o acesso, pois a seção dela era no primeiro andar. O fiscal informou que seria difícil atendê-la, mas que havia outro acesso pela rua, mas ainda com escadas com menos degraus” . Carlos Ramires afirma que “sempre digo reclamar, acompanhar e divulgar a resolutiva”.

Fato mais grave aconteceu no Instituto de Cegos Padre Chico, em São Paulo, SP. Para Diniz Candido “no Padre Chico, não pude votar com acessibilidade porque a mesária disse que pensou que já estava ativo e não ativou. Veja só. Aí não conseguiu ativar. Além disso, lá eles oferecem o mesmo fone de ouvido para todo mundo. Vou registrar essas denúncias. Muitas pessoas com deficiência visual votam lá. Mas tanto no primeiro turno quanto hoje, a escola estava vazia.”.

João Maia da Silva, também registrou seu comentário em uma rede social. “Sou João Maia, fotógrafo e deficiente visual, fundador da fotografia cega. No primeiro turno aqui em São Paulo na capital não consegui votar com acessibilidade. Fiz a minha reclamação para a justiça eleitoral via Ouvidoria obtive resposta. Já no segundo turno, foi um sucesso, foi incrível, pois os mesários antes de votar testaram acessibilidade, tudo checado fone de ouvido e sintetizador de voz. Foi incrível, pela primeira vez, os mesários da minha seção eleitoral fizeram o teste de qualidade. Isso é acessibilidade atitude now. Fica a dica para todas as seções eleitorais, que os mesários faça o teste de qualidade tanto dos fones de ouvidos e o programa de sintetizador de voz, antes que as pessoas com deficiência visual vote. Gostaria de parabenizar os mesários da minha seção eleitoral pela acessibilidade atitudinal. Zona: 003 Seção: 0149 que fica na EE. Domingos Faustino Sarmiento, no Brás”.

Rosa Santos sugere que “nos próximos treinamentos que seja a acessibilidade a primeira informação. Enfatizar este aspecto antes de tudo é uma forma de assegurar a efetividade . Penso que a Comissão fará um documento de análise após esse segundo turno não é? Tenho pensado nesta prioridade de informação em manuais e afins que não seja o conteúdo do fim e sim do começo, desta forma altera o entendimento. Ou seja, Acessibilidade sendo o capítulo primeiro do conteúdo e não em separado, ou na sequência de cada tópico que venha a acessibilidade como a primeira informação”.

De acordo com Joelson Dias, Ministro do TSE de 2009 a 2011, especialista em Direito Público, Eleitoral, “como feito no primeiro turno das eleições, a OAB Nacional encaminhou ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última quinta (26), solicitando novamente que haja um reforço sobre as orientações aos servidores e pessoas envolvidas para garantir a plena acessibilidade de pessoas com deficiência nos locais de votação. A recomendação da Ordem ao TSE seguiu o parecer da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CNDPD)”

A Comissão de Acessibilidade da cidade de São Paulo, a OAB Nacional, e outra Entidades estiveram envolvidas diretamente na busca de oferecer total Acessibilidade nas eleições de 2020, inclusive solicitando audiências com os principais órgãos eleitorais para esclarecer de forma mais sucinta as necessidades das pessoas com deficiência. 

Fonte  https://revistareacao.com.br/pelas-redes-sociais-eleicoes-2020-foi-comentado-por-diversas-pessoas-nos-comentarios-elogios-e-criticas-ao-processo-eleitoral/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Material vai orientar pessoas surdas sobre direitos de crianças e adolescentes

Pessoas surdas e com deficiência auditiva vão poder conhecer os direitos de crianças e adolescentes por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Uma parceria entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) vai produzir material informativo adaptado sobre o tema. 

Mais de R$ 175 mil serão destinados para a iniciativa, que tem o apoio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA). A produção do material será realizada pela Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos do Rio Grande do Sul (FNEIS). 

O objetivo da ação, que já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), é ampliar e fortalecer processos e estratégias de participação social em espaços de discussão e proposições relacionados aos direitos da criança e do adolescente. 

Para o secretário nacional de direitos da criança e do adolescente, Maurício Cunha, a medida democratiza as informações e o conhecimento sobre os direitos de crianças e adolescentes. “Precisamos levar o tema ao maior número de pessoas possível. Isso é essencial para a proteção e o futuro de crianças e adolescentes em todo o país”, disse.

 Fonte: https://revistareacao.com.br/material-vai-orientar-pessoas-surdas-sobre-direitos-de-criancas-e-adolescentes/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Câmara dos Deputados pode ampliar o 14º do INSS

Uma novo Projeto de Lei apresentado há umas semanas na Câmara dos Deputados pode ampliar o décimo quarto (14º) salário de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) para ser pago em 2020 e 2021. Contudo, o pagamento será limitado um valor, mas todos os 35 milhões de beneficiários terão direito. Entenda a nova proposta.

Como será o décimo do novo Projeto?

O projeto inicial que tramita no Senado, prevê apenas o pagamento extra em 2020. Mas o novo Projeto de Lei, o PL 4367/2020, apresentado pelo deputado Pompeo de Mattos, prevê o 14º para 2020 e 2021.

De acordo com o novo projeto de Lei, o décimo quarto será liberado de forma excepcional como pagamento em em dobro, ficando este valor limitado ao equivalente a até dois salários mínimos. Ou seja, todos os aposentados e pensionistas do INSS só receberão até dois salários mínimos (até R$ 2.090), dependendo do valor da aposentadoria.

Desta forma, o aposentado ou pensionista que recebe um salário mínimo de benefício terá direito a uma parcela anual de abono de igual valor, ou seja receberá R$ 1.045 extra em 2020 e R$ 1.045 em 2021.

Já o aposentado e pensionista cujo benefício seja superior a um salário mínimo, o abono recebido será de um salário mínimo acrescido de uma parcela proporcional a diferença entre o salário mínimo e o teto de regime geral da previdência social, limitado o valor total a dois salários mínimos.

Por exemplo, se aposentado ganhar R$ 5.000, ele só receberá R$ 2.090 de décimo quarto. Se o aposentado ganha R$ 1.500 de aposentadoria, receberá o valor de R$ 1.500 de décimo quarto

Em resumo, todos 35 milhões de aposentados e pensionistas do INSS terão direito, mas ninguém vai ganhar mais de R$ 2.090 de décimo quarto.

Datas de pagamentos do 14º em 2020 e 2021

De acordo com o Projeto, as parcelas do décimo quarto (14º) serão pagas no mês de dezembro dos anos de 2020 e 2021.

Veja o que diz o texto do novo Projeto de Lei na Integra:

Art. 1º Esta lei estabelece de forma excepcional o direito ao recebimento em dobro pelo segurado e dependente do Regime Geral da Previdência Social, do abono anual estabelecido no art. 40 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ficando este valor limitado ao equivalente a até dois salários mínimos.

§ 1º As parcelas de abono de que trata o caput serão pagas no mês de dezembro dos anos de 2020 e 2021.

§ 2º O aposentado ou pensionista que recebe um salário mínimo de benefício terá direito a uma parcela anual de abono de igual valor.

§ 3º O aposentado e pensionista cujo benefício auferido seja superior a um salário mínimo, o abono recebido será de um salário mínimo acrescido de uma parcela proporcional a diferença entre o salário mínimo e o teto de regime geral da previdência social, limitado o valor total a dois salários mínimos.

Essa proposta também é com base na sugestão legislativa feita pelo advogado Sandro Lúcio Gonçalves, apresentada originalmente no Senado em 01 de junho de 2020, tendo o apoio de mais de 43 mil pessoas.

Fonte  https://www.blogdovestibular.com/noticias/camara-dos-deputados-pode-ampliar-o-14o-do-inss.html

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Pessoas com deficiência combatem a ‘emoção barata’ na indústria do cinema

Não é de hoje que Hollywood vem apostando em repaginar histórias clássicas através de superproduções cinematográficas. Com recursos tecnológicos mais sofisticados para enfeitiçar o público, o filme "Convenção das Bruxas" ganhou uma nova versão, mas o feitiço deu ruim. Ao ver a maneira como a produtora Warner Bros. Pictures retratou a personagem principal, pessoas com deficiência a acusaram de capacitismo: quando alguém é discriminado por suas características. Nesse caso, até estaria tudo bem, se não fosse o aspecto bizarro que quiseram passar na representação.

Na versão original, a Grande Rainha Bruxa tem garras nos dedos. Agora, optaram por deixá-la com três dedos e uma aparência mais assustadora. Tudo indica que a caracterização da vilã do remake, interpretada por Anne Hathaway e exibida pela HBO Max, não foi pensada para trazer à tona alguém com ectrodactilia (doença genética marcada pela ausência de dedos nas mãos ou nos pés), o que resultou em desrespeito.

Cena do filme Convenção das Bruxas - Divulgação
Cena do filme Convenção das Bruxas Imagem: Divulgação

Em nota enviada à imprensa, tanto a atriz quanto a Warner Bros. Pictures lamentaram o ocorrido, afirmando que "ao adaptar a história original, trabalhamos com designers e artistas para criar uma nova interpretação das garras de gato que são descritas no livro. Nunca foi nossa intenção fazer com que os espectadores sentissem que as criaturas fantásticas e não humanas deveriam representá-los."

A empresa apresenta em seu site oficial um documento de uma página dedicado à política de inclusão, afirmando que será criado um plano para implementar este compromisso com a diversidade e inclusão nos projetos, com números reportados anualmente em um relatório de análise de progresso.

Em 2019 foi lançado o primeiro, com números referentes ao ano anterior. Porém, não menciona pessoas com deficiência, se limitando inicialmente a etnia e gênero. A vice-presidente executiva e chefe do setor, Christy Haubegger, justificou que estão trabalhando para obter uma medição de dados mais consistente, visando abranger mais comunidades.

Nem coitados, nem heróis

A princípio, a problematização pode parecer exagero à quem não tem uma deficiência física. Mas para compreender a dimensão do problema é preciso recapitular um processo traumático, para dizer o mínimo. Durante o século 19, pessoas com deficiência eram usadas nos chamados "freak shows", ou show de aberrações, no bom português. Exibidas em circos, elas serviam para entreter o público no pior sentido que a palavra já teve: para fazer os outros rirem delas — e não com elas. O acontecimento revela as camadas históricas da maldade humana com quem é diferente entre uma maioria, constantemente atrelados ao medo e à repulsa. Assim se seguiu um caminho de discriminação, bullying e diagnósticos ruins que as colocavam como inválidas dentro da sociedade.

O capacitismo é um termo recente, utilizado para apontar preconceitos ainda enraizados em relação à deficiência. A nomenclatura engloba desde a falta de acessibilidade nos espaços até a maneira com qual essas pessoas são tratadas e representadas.

Para o consultor em acessibilidade do Grupo Bandeira das Artes, Klístenes Braga, a Warner poderia ter minimizado os riscos de errar se tivesse uma assessoria especializada no assunto dentro do set ou pessoas com deficiência incluídas no processo. "Para além de ser uma questão de empatia e de levar em consideração as lutas do movimento, acho que faltou uma leitura de mundo. Hoje a linguagem já não sugere o uso de deficiência para evidenciar uma bruxa má", explica. "Em qual contexto ou por que ela deveria ter um número menor de dedos? Às vezes, basta uma pergunta dessas para resolver o problema e criar outras possibilidades".

Embora a presença de pessoas com deficiência no audiovisual esteja aumentando, nem sempre o resultado é satisfatório. Um relatório da fundação Ruderman Family Foundation analisou 280 séries de TV e streaming norte-americanos entre 2016 e 2018. No período de dois anos constatou que, em metade delas, havia personagens com deficiências físicas, cognitivas ou mentais. Mas aponta que a deficiência "quase sempre é retratada como um estado indesejado, deprimente e limitador".

Perpetuando estereótipos

O cineasta Daniel Gonçalves, que lançou o primeiro longa dirigido por uma pessoa com deficiência no Brasil, o documentário autobiográfico "Meu Nome é Daniel", menciona a falta de diversidade na hora de compor os personagens. "Os filmes ou programas de TV acabam caindo em dois lugares, ou no coitadinho ou no cara que supera a deficiência dele. Mas em muitos casos poderiam apenas serem representadas como pessoas, sejam legais, boas ou escrotas".

O cineasta Daniel Gonçalves - Marcelo Santos Braga
O cineasta Daniel Gonçalves Imagem: Marcelo Santos Braga

Ele conta ao TAB que, enquanto produzia seu próprio filme, recusou a narrativa de superação a todo custo — evitando até mesmo certos tipos de música que provocassem emoção barata. "Acho que esse recurso tem um problema, porque torna coisas corriqueiras extraordinárias. É muito ruim se apropriar da trajetória de pessoas com deficiência dessa maneira, porque nos coloca como tendo uma obrigação de inspirar quem não tem deficiência, como se fosse uma coisa que vem do além. São lugares assim que a gente não quer ocupar".

A pesquisa menciona ainda outro problema: em boa parte das produções, não são escaladas atores ou atrizes com deficiência para interpretarem os personagens, contribuindo não apenas com a falta de inclusão na tela, mas com o desemprego — que nos Estados Unidos é mais do que o dobro em comparação com quem não tem deficiência. No Brasil, só 1% da população de 45 milhões está inserida no mercado de trabalho.

A falta de pessoas com deficiência no set e no backstage de produções de mídia acaba perpetuando os estereótipos. O discurso de superação, envolto em camadas de heroísmo, está entre as principais queixas.

A atriz Mona Rikumbi, que é cadeirante, explica: "o capacitismo muitas vezes inviabiliza um bom trabalho e uma contratação por competência, nos colocando como especiais, como exemplo de superação só porque tomamos banho, fazemos nossa própria comida ou saímos para trabalhar".

A atriz Mona Rikumbi Imagem: Luca Masser

No meio de questões pertinentes, não é preciso de nenhuma fórmula mágica para resolver os impasses. Retratar tais pessoas de maneira fidedigna e autêntica poderia ser resolvida com convivência. O filme 'Os Intocáveis' é constantemente citado como bom exemplo, porque não poupa e nem desrespeita ninguém, seguindo a linha do "a vida como ela é".

Gonçalves acredita que o medo das produtoras causarem uma má impressão é exatamente o tiro no pé. "O receio de arriscar vem justamente da ideia de que as pessoas com deficiência são todas boas. Em 'Sex Education', colocaram um garoto com paralisia como um cara maldoso. E o próprio Darth Vader é uma pessoa com deficiência e o maior vilão do cinema mundial, mas ninguém fala 'ah, coitado, ele tem uma deficiência'. As pessoas ainda não reconhecem isso."

Fonte  https://www.bol.uol.com.br/entretenimento/2020/11/29/como-acabar-com-o-capacitismo-na-industria-do-cinema.amp.htm

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

29/11/2020

Paciente recupera audição após cirurgia inédita em Campinas/SP

(Fotos: Leandro Ferreira)

Um mês após uma cirurgia auditiva inédita em Campinas, interior de São Paulo, realizada pelo Vera Cruz Hospital, a coordenadora de Sistema de Gestão da Qualidade, Ana Paula Castro Lyra Macedo, de 40 anos, que sofria de perda auditiva moderadamente severa nos dois ouvidos, voltou a escutar os primeiros sons nesta terça-feira (24), após a instalação de uma prótese moderna e mais segura. Emocionada, ela comemorou a recuperação da audição, que perdeu com o agravamento de uma otite (infecção no ouvido), que resultou em tumor. “Agora posso voltar a ter uma vida social e a tocar violão. Nem acredito que vou voltar a ouvir os pássaros quando acordar. Parece um sonho”, afirmou Ana Paula, que começou a perder a audição quando tinha 10 anos. “Essa redescoberta será muito importante para ela. Estamos muito gratos por essa cirurgia tão assertiva, e por todos os cuidados de cada um dos profissionais envolvidos no processo de reabilitação dela”, completa a irmã, Carla Lyra.

“Essa prótese faz com que o som atravesse direto para dentro da cóclea, ou seja, não passa pelo tímpano, martelo, bigorna e estribo. Vai direto do osso, atrás da orelha, para dentro da cóclea e para o nervo. Então, se a pessoa tem alguma doença no meio do caminho, isso não influi, e a gente consegue reabilitar 100% da audição”, explicou o cirurgião otorrinolaringologista Henrique Gobbo. “São próteses modernas, que trazem maior conforto ao paciente, incluindo o conforto estético, pois são praticamente invisíveis. Além disso, ainda conseguimos dar conectividade a essas próteses. Além de corrigir a surdez, ainda podem ser conectadas ao celular para o paciente ouvir música, por exemplo”, completou.

A ativação da prótese foi realizada pela fonoaudióloga Elaine Soares, profissional fundamental para a evolução no processo de adaptação de Ana Paula. “Hoje, graças aos avanços da ciência, tanto na medicina quanto nas tecnologias, é muito raro uma perda que não possa ser reabilitada. Aparelhos como esse são nossos principais aliados”, afirmou a especialista em audiologia. “A ativação funciona como uma audiometria e a da Ana Paula foi realizada com 100% de sucesso. É impossível não se emocionar ao ver um paciente completamente satisfeito, ouvindo novamente”, completa. O aparelho possui controle remoto, que inclui, ainda, programa de controle de ruído.

Prevenção à Surdez

A ativação foi feita duas semanas após o Dia Nacional de Prevenção à Surdez. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2015, apontam que no Brasil existe um total de 28 milhões de pessoas com surdez. Isso representa 14% da população. Segundo o órgão, 10% da população mundial tem alguma perda auditiva. “A perda ou a diminuição da capacidade de ouvir pode ser causada por uma série de fatores, como otites mal curadas ou de repetição; uso de remédios prejudiciais à audição; problemas no tímpano, tumores, envelhecimento, frequentar ou trabalhar em locais barulhentos; uso contínuo de fones de ouvido em volume alto; hereditariedade, entre outros fatores”, explica o cirurgião otorrinolaringologista. “No caso dos bebês, se estimulado até o sexto mês, conseguimos reduzir as consequências geradas pela surdez como a falta de fala e a impossibilidade de comunicação. Por isso, é importante procurar um especialista”, explica a fonoaudióloga. “Nos adultos é importante ressaltar que a perda auditiva pode vir acompanhada de graves problemas emocionais, por isso buscamos sempre as melhores soluções em reabilitação, para que a vida desse paciente seja completamente normal”, completa.

De acordo com o especialista, nos adultos, a perda auditiva pode gerar dificuldades de socialização ou desempenho laboral. Já no idoso, o afastamento e isolamento social e familiar, e até a depressão. “Por isso, a importância na escolha da prótese, assim como foi feito com a Ana Paula. Se trata de um implante de condução óssea ativo do modelo mais avançado que existe e que é implantado totalmente sob a pele”, explica o cirurgião, que em 2014 já havia realizado outro procedimento inédito no Vera Cruz Hospital. “Naquele ano fizemos a segunda cirurgia desse tipo e, agora, com o lançamento de um novo modelo, estamos novamente realizando o segundo procedimento no país”, celebra Gobbo. 

Fonte  https://revistareacao.com.br/paciente-recupera-audicao-apos-cirurgia-inedita-em-campinas-sp/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

TCC de estudante surda apresentado em faculdade de Ribeirão Preto/SP ganha destaque regional

Foto: Assessoria/Marketing Centro Universitário Barão de Mauá

Fernanda Caporal, estudante do último ano de Fisioterapia da Faculdade Barão de Mauá, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo é exemplo de superação. Ela nasceu surda, mas não deixou com que esse obstáculo a impedisse de apresentar, oralmente, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que ganha destaque em toda a região.

Intitulado “Treinamento de força e resistência muscular respiratória na Distrofia Muscular de Duchenne: Uma revisão narrativa da literatura”, o trabalho foi realizado em grupo com os colegas Ana Paula dos Santos Silva, José Eduardo Pacchioni de Souza, Larissa Carvalho Pozzato, Letícia Constâncio da Rochas Lucas, Lívia Frequete da Silva e Mauro César de Mello Filho.

A pesquisa analisou a Distrofia Muscular de Duchenne e evidenciou a eficácia do Treinamento Muscular Respiratório com enfoque ao dispositivo PowerBreathe®, além de enriquecer a literatura relacionada ao tema.

Fernanda conta como surgiu o interesse pela Fisioterapia e o acolhimento encontrado na universidade. “Sou atleta de handebol e já sofri várias lesões. Sempre fiz fisioterapia e resolvi cursar a graduação nesta área. A Barão é um centro universitário incrível, onde fui acolhida com amor, carinho e respeito. Desde o primeiro dia de aula, a instituição disponibilizou uma intérprete e nunca realizei prova adaptada, o que também demonstra a capacidade dos surdos e deficientes”, comentou.

A estudante conta que até os 18 anos contou com os trabalhos de um profissional de Fonoaudiologia e acredita na importância da comunicação oral, mesmo que sua primeira língua seja libras, por isso apresentou o TCC neste formato. Fernanda ainda fala sobre sua expectativa no mercado de trabalho. “Espero ser uma boa profissional e contribuir para a qualidade de vida dos meus pacientes e também da comunidade surda”, relatou.

Inclusão e acessibilidade

O Centro Universitário Barão de Mauá, por meio do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade (NIA), representado pelas doutoras Joyce Gabrielli e Sueli Teixeira, oferece acesso ao estudante com deficiência desde o vestibular, passando pelos anos de graduação, aulas práticas e teóricas, palestras, estágios, entre outras atividades.

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI/2015) garante intérpretes graduados para o estudante de Ensino Superior com surdez, a fim de ter um profissional capaz de fazer uma interlocução de qualidade.

Segundo Fabrizzia Rakel de Messias, tradutora intérprete de Língua de Sinais/Libras da Barão de Mauá, oferecer acessibilidade é ter responsabilidade social com a pessoa com deficiência que conseguiu superar todas as barreiras e chegar a um curso de graduação ou pós-graduação. “Posso afirmar que ter o intérprete de libras no ensino superior ou em qualquer contexto educacional garante acessibilidade e facilita o processo ensino-aprendizagem”, disse.

Para José Eduardo Pacchioni de Souza foi uma experiência incrível ter uma colega surda durante o curso e também no grupo do Trabalho de Conclusão de Curso. “Ser diferente é o que faz as pessoas serem únicas e mostra que todos somos capazes de superar os desafios. Com as novas mudanças que estamos passando devido à pandemia, destacou-se ainda mais o valor da acessibilidade e o trabalho do intérprete de libras, evidenciando a importância de viver em uma sociedade que tem empatia e respeita a diversidade”, afirmou.

A orientadora do TCC, a professora Eloisa Regueiro afirma que a empatia dos gestores do Centro Universitário Barão de Mauá, de seu Núcleo de Inclusão e Acessibilidade, da coordenação de curso e de todos os colaboradores da instituição, associada ao cumprimento da legislação, tornam a instituição referência à comunidade, permitindo a passagem pelo ensino superior de uma jovem surda, oferecendo suporte para a sua formação completa e permitindo a realização de um sonho com a conclusão e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso.

“A apresentação pública de todos os integrantes edifica o compromisso da Barão e seus colaboradores, equipe de trabalho envolvida e principalmente das qualidades ímpares da Fernanda e de seus colegas, dentre as quais a superação teve destaque para tornar este sonho realidade, evidenciando à toda comunidade de ouvintes e no caso específico a de surdos que a meta proposta é meta concluída, quando se tem amor próprio, humildade e ideais”, finalizou.

Fonte: https://revistareacao.com.br/tcc-de-estudante-surda-apresentado-em-faculdade-de-ribeirao-preto-sp-ganha-destaque-regional/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Francesca ficou cega, mas é sobre um novo olhar da vida que seu livro fala. Escrita das névoas: literatura retrata dores e superação

Cinco anos separam dois cenários vividos por Francesca, protagonista da obra Escrita das Névoas. O primeiro é a vida de uma prestigiada advogada em São Paulo, já o outro é a realidade como deficiência visual em Ouro Preto, Minas Gerais. O lançamento digital é da artista e escritora paulistana Denise Courtouké.

Aos 35 anos, completamente cega e entregue a depressão após a perda da mãe, a sensível personagem reencontra sua tia Gioconda, descendente de italianos, que resgata a sobrinha e a leva para Outro Preto, Minas Gerais, para morar com ela.

Gioconda alimenta Francesca com afeto, com comidas tradicionais da região do Vêneto, na Itália, com sabedoria ímpar. Aos poucos, a cegueira passa a ser uma guia que leva Francesca a ver a vida de outras formas e abre sua sensibilidade para seus outros sentidos. É dessa forma que a personagem encontra a presença da natureza, uma via para que Francesca possa redescobrir a beleza, amor, afeto, empatia pelo outro e o desejo de ser escritora, sonho que abandonou ao se tornar advogada.

A narrativa dos antepassados italianos e gregos da família, apresentada por meio das estórias de Gioconda e Aliki, avó grega de Francesca, resgatam memórias que a protagonista teme perder entre as névoas da cegueira. Os fatos históricos envolvendo várias etnias que formam o mosaico do Brasil são apresentados por meio das escritas da personagem. Francesca reflete em sua criação sobre o legado dos imigrantes no Brasil, a comida como herança histórica, preconceito racial, intolerância, discriminação de gênero, mitos sobre a deficiência visual, além de outros assuntos que compõem momentos históricos da realidade brasileira.

“Cheguei a pensar que toda aquela teoria, tudo o que eu lia e pesquisava era uma estratégia de fuga, que eu temia encarar minha condição real e que por isso, me refugiava em teorias para escapar da doença, da dor e do desespero que tomavam conta de mim. Pensei em deixar tudo, em queimar tudo que eu tinha escrito, em queimar todas as bibliotecas que me serviam de conforto, pensei que o que me restava era tatear corrimões, móveis, paredes e calçadas em busca de saída, porque as respostas do mundo, tão óbvias para os outros, não chegavam até mim. Até que percebi que estava agindo como uma tirana comigo mesma, como podia ter pensado em queimar o que tinha escrito? Como tinha pensado em queimar bibliotecas?”

(Escrita das Névoas, pág. 00)

A relação de amor entre Francesca e o pianista negro Josias faz com que a personagem se aventure mais uma vez em uma cultura que não conhece. O relacionamento entre os dois é tecido por meio de referências sobre música e arte, além de conversas acompanhadas por reflexões sobre mitologia, plantas e animais.

Escrita das Névoas foi inspirado por relatos de deficientes visuais que Denise conheceu em sua trajetória como artista. “Eles tocaram profundamente a minha vida, então dei forma às experiências e relatos que ouvi deles por meio da personagem Francesca”, conta a autora. “Esse sentimento inicial se ampliou e se transformou em um livro que fala sobre preconceito e intolerância de maneira muito própria, com delicadeza e clareza.”

Redes Sociais:

Fonte  https://revistareacao.com.br/francesca-ficou-cega-mas-e-sobre-um-novo-olhar-da-vida-que-seu-livro-fala-escrita-das-nevoas-literatura-retrata-dores-e-superacao/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

28/11/2020

PETIÇÃO PÚBLICA EM SP – Não a Lei 17.293/2020 que extingue direitos dos PCDs

A Petição Pública que está disponível no link:
https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/toda_a_populacao_mormente_a_populacao_pcd_nao_a_lei_172932020_que_extingue_direitos_dos_pcds/?zWxlejb

já colheu milhares de assinaturas de pessoas, mas tem o objetivo de alcançar o maior número de apoiadores para que o documento tenha repercussão junto às autoridades do Estado de São Paulo.

De acordo com o autor da Petição, o advogado Claudio Amorim, “o excelentíssimo governador João Dória Júnior, aproveitando-se do momento delicado em que passamos – pandemia da Covid 19 – promulgou a Lei 17.293/2020, denominada por muitos de pacote de maldades. No entanto, a presente petição se volta para o público PCD que talvez tenha sido a comunidade mais atingida por citada Lei. Segundo a Lei 17.293/2020, se aprovada na íntegra, mais de 90% da comunidade PCD deixará de ter isenção do IPVA já em janeiro de 2021”.

“Desta forma, pensando na comunidade PCD, realizo esta petição e solicito que o maior número de pessoas a assinem para que pudemos derrubar / revogar a Lei 17.293/2020, visto que não há justiça e coerência em referida Lei e, caso a Portaria CAT regulamente a Lei como fora editada, mais de 90% da população PCD perderia ou estaria para perder o direito a isenção do IPVA, necessitando realizar o seu pagamento já em janeiro do ano de 2021! Vale lembrar ainda que a famigerada lei é retroativa, ou seja, caso entre em vigor, atingirá toda a comunidade PCD, não somente aqueles que adquirirem veículos PCD daqui para frente”, afirma o advogado.

Para Amorim, “vamos juntos dizer não a entrada em vigor da Lei 17.293/2020 no que tange aos PCDs. Carro automático é sim considerado carro adaptado! Vamos fazer valer nossos direitos!”.

Fonte  https://revistareacao.com.br/peticao-publica-em-sp-nao-a-lei-17-293-2020-que-extingue-direitos-dos-pcds/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

27/11/2020

NOSSA NOVA LINHA ARTE APBP LANÇADOS EM CARTÕES E CALENDÁRIO 2021 (NESSE COM MINHA OBRA SELECIONADA)

                          Logo APBP

É um grande prazer, sempre, para todos nós artistas participantes, para os anos vindouros a nossa nova seleção de artes dos pintores com a boca e os pés do mundo todo - VDMFK, principalmente por ser na época prévia às festas de fim de ano com as obras de temas natalinos em sua maioria, e assim sendo, não diferente, eis que tivemos agora, pela editora APBP Brasil, o lançamento dessa nova coleção - disponível a todos os que quiserem no nosso site: apbp.com.br , e outros contatos, com nossa equipe de atendimento via: WhatsApp 11 50535100 - e-mail: apbp@apbp.com.br ; ou ainda telefone 11 50535100 de 9:00h às 18:00h de segunda a sexta.

E para mim em especial, no tocante à minha carreira artística a que tanto me dedico a grata emoção de ter sido um dos selecionados nessa nova coleção com minha obra Orla Bardot publicada no calendário 2021 folha de janeiro.

Por isso e muito mais no nosso empenho de divulgação de sempre no nosso trabalho saio desta com gratidão aos colaboradores e consumidores de nossa arte com mais este vídeo para quem puder passar pra frente também:  
Fonte  http://www.inclusivas.com/2020/10/nossa-nova-linha-arte-apbp-lancados-em.html?m=1
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

ENFIM: CERTIFICADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTERAPIA

                Jefferson Maia

 Agora sim, após findada a Pós-Graduação em Arteterapia na Universidade Candido Mendes - AVM, curso que teve a última aula logo no início da reclusão por conta da pandemia, a espera pertinente; curso que tivemos o imenso prazer em fazer, eu e Lauany, mediante as postagens que fui colocando aqui, como a oficina de artes que ministramos ou a conclusão do curso em si e minha monografia.

Finalmente então, graças a Deus, com orgulho e dividindo as congratulações com toda a turma, eis aí o meu tão esperado certificado da carreira acadêmica e artística:

Certificado Pós em arteterapa JeffersonMaia

Fonte  http://www.inclusivas.com/2020/11/enfim-certificado-de-pos-graduacao-em.html?spref=fb&m=1
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO