31/10/2020

Entenda por que os atletas com deficiência visual precisam usar vendas nas competições

Em algumas modalidades dos Jogos Paralímpicos, como goalball e futebol de 5, ou mesmo na natação e no atletismo, os atletas com deficiência visual utilizam um acessório um tanto quanto inusitado e que muitos até personalizam: a venda.

O termo é como popularmente se refere à peça que cobre os olhos do atleta deficiente visual para evitar qualquer entrada de luz. O uso da venda é obrigatório nas disputas entre atletas cegos. Se não for usada corretamente, o competidor pode ser penalizado ou desclassificado.  

Os competidores com deficiência visual são divididos em três classes de acordo com o comprometimento visual. Quanto maior a perda de visão, menor o número na nomenclatura da classe. No caso dos cegos, pode ser B1 (futebol de 5 e goalball), T11 ou F11 (atletismo) e S11 (natação). 

Em cada modalidade, a venda é adaptada para sua prática. Na natação, por exemplo, os próprios óculos que protegem os olhos dos atletas da água da piscina são adaptados para exercer a função da venda. Alguns técnicos e atletas customizam os óculos cobrindo as lentes com fitas adesivas pretas ou tinta. Ao terminar a prova, um árbitro verifica se não há entrada de luz nos óculos do competidor. Caso haja, o atleta é desclassificado.  

No caso do futebol de 5, que é uma modalidade praticada exclusivamente por pessoas com deficiência visual, a venda também faz parte do uniforme. Apesar de existir três classes para diferenciar o nível de ausência de visão dos atletas (B1, B2 e B3), no programa dos Jogos Paralímpicos estão inclusos apenas os atletas cegos.   

Os jogadores, com exceção do goleiro, que é um atleta sem deficiência, usam uma venda nos olhos e, se tocá-la, cometerão uma falta. Mas se todos não enxergam, por que é obrigatório usar a venda?  

“O objetivo do uso da venda é equilibrar as possíveis diferenças, porque mesmo todos sendo da classe para cegos, nem todos são completamente cegos. Existem algumas variações, como ter alguma percepção de luz e movimento, o que facilita fazer algumas atividades e pode influenciar na disputa. Então, a venda coloca todos na mesma condição, equilibrando pequenas diferenças visuais”, explica Alexandre Bezerra, chefe da classificação oftalmológica do Comitê Paralímpico Brasileiro. 


Já no goalball, em que pode haver jogadores de todas as classes, o uso da venda é ainda mais fundamental para garantir que todos estejam sem o recurso da visão. Qualquer atleta que tocar no acessório sem autorização do árbitro, será aplicada uma penalidade (uma finalização direta para o adversário, como um pênalti), que deve ser defendida por quem cometeu a infração. 

No atletismo, é obrigatório o uso do tampão cirúrgico para barrar qualquer entrada de luz no campo de visão. O próprio atleta é quem coloca o tampão e ele só pode tocar nele durante a prova com autorização do árbitro. Sobre o tampão, é comum os atletas usarem uma venda de tecido. Esse acessório cada vez mais se tornou uma forma dos atletas expressarem sua personalidade. 

“Eu e outras meninas temos o costume de customizar as vendas. Minha inspiração foi a Terezinha Guilhermina, que usava vendas diferentes e personalizadas, mas eu criei meu próprio estilo. Já que é um item obrigatório e todo mundo usa uniforme e tem atleta-guia, é uma forma de gerar identidade. Sempre busco homenagear alguém importante, é uma forma de levar essa pessoa para a pista comigo. Faço vendas para homenagear minha mãe, meu noivo ou outra pessoa importante no momento. Também uso vendas em finais com palavras de motivação”, afirma a paranaense Lorena Spoladore, velocista da classe T11. 

Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3104/entenda-por-que-os-atletas-com-deficiencia-visual-precisam-usar-vendas-nas-competicoes
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Confederação Brasileira de Vôleibol para Deficientes anuncia oficialmente cancelamento de competições 2020

A Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) comunica oficialmente nesta quinta-feira, 29, o cancelamento de todo o calendário 2020 de competições e treinamentos das Seleções devido a pandemia do Covid-19.

A medida visa dar igualdade de preparação para todos os clubes, já que a pandemia oscilou entre os Estados brasileiros, fazendo com que equipes iniciassem os treinamentos alguns meses antes que outras. Outro ponto agravante para o adiamento das competições foi a falta de quadra esportiva para jogos e treinamentos, já que os Governo Municipais, Estaduais e Federal não haviam liberado disputas esportivas no paradesporto.

Das quatros competições programadas neste ano, apenas uma não seria realizada dentro do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O CT Paralímpico está fechado para competições e apenas um grupo restrito de atletas de três modalidades (atletismo, natação e tênis de mesa) está autorizado a utilizar as instalações para treinos.

Confira os campeonatos cancelados:

- Campeonato Brasileiro de Voleibol Sentado Série Prata – Chave A;

- Campeonato Brasileiro de Voleibol Sentado Série Prata – Chave B;

- Campeonato Brasileiro de Voleibol Sentado Feminino;

- Campeonato Brasileiro de Voleibol Sentado Série Ouro.


Com informações da Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD)

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3101/confederacao-brasileira-de-voleibol-para-deficientes-anuncia-oficialmente-cancelamento-de-competicoes-2020
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

COVID-19 em Pessoas com deficiência em SP

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Ilustra o texto COVID-19 em Pessoas com deficiência em SP, a fotografia de uma pessoa fazendo o teste que detecta a presença do novo Coronavírus. Uma pessoa usando luvas descartáveis cor de rosa, que acaba de colher material para o teste, segura um pequeno pedaço de algodão na ponta do dedo da pessoa testada. Foto: Divulgação/ Governo de SP

Governo de SP testa colaboradores das Residências Inclusivas e mais de 500 pessoas com deficiência

Ampliando diagnóstico da COVID-19 em Pessoas com deficiência em SP, ação de testagem é realizada em 9 Residências Inclusivas e 3 Abrigos Institucionais

Em São Paulo, parceria entre as Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), de Desenvolvimento Social e da Saúde, junto com o Instituto Butantan, fez o teste da COVID-19 em 529 pessoas.

De acordo com o Departamento de Comunicação da SEDPcD, essa testagem para aprimorar o monitoramento da população em vulnerabilidade social aconteceu entre os meses de setembro e outubro.

Ampliando o diagnóstico da doença causada pelo Coronavírus, além dos moradores com deficiência também foram testados colaboradores das Residências Inclusivas e Abrigos Institucionais do Estado.

Em nota da Assessoria de Imprensa, a Secretária de SEDPcD, Célia Leão diz que as Pessoas com deficiência do Estado recebem atenção especial:

 “Mais uma vez a saúde e a vida, neste Governo, são preservadas”, ressaltou.

COVID-19 em Pessoas com deficiência em SP
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Duas pessoas utilizando Equipamento de Proteção Individual (EPI) estão fazendo teste da COVID-19 em uma pessoa. Ela tem pele parda, cabelos pretos e curtos, usando máscara hospitalar, que está sentado. Foto: Divulgação/ Governo de SP

Participaram da iniciativa as Residências Inclusivas de Avaré, Cotia, Bauru e Dois Córregos, e os Abrigos Institucionais das cidades de Cotia, Avaré e Jaci. 

Já na última terça-feira (27), os moradores e colaboradores das Residências Inclusivas de São João da Boa Vista também receberam a testagem, encerrando a ação.

Os resultados obtidos foram 529 testes. Confira os resultados:

• Dos 529 testes, 182 (21,4% reagentes, ou seja, com a presença do vírus) em Cotia;

• 128 (nenhum reagente, ou seja, sem a presença do vírus) em Avaré;

• 62 (30% reagentes) em Bauru;

• 60 (3% reagentes) em Dois Córregos;

• 53 (2% reagentes) em Jaci;

• 44 (nenhum reagente) em São João da Boa Vista. 

Em casos de testes reagentes, as pessoas estão sendo monitoradas pelas equipes de saúde locais.

Com informações da Assessoria de Imprensa.
Fonte  https://jornalistainclusivo.com/covid-19-em-pessoas-com-deficiencia-em-sp/
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Outubro Rosa e a Mulher com deficiência

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Ilustra o artigo Outubro Rosa e a Mulher com deficiência, um imagem dividia na diagonal com o título no canto esquerdo superior: Pelo direito em realizar a mamografia. Ao lado está o símbolo de vênus, que consiste em um círculo com um cruz abaixo. Fotografia com duas mulheres brancas. Uma está em pé, com cabelos longos loiros. Ela está conduzindo uma cadeira de rodas, onde está sentada uma mulher com um lenço rosa da cabeça. Na outra metade, com fundo rosa, tem a imagem de um laço rosa, que representa a campanha de prevenção do câncer de mama. Foto: Edição por RFerraz

Encerrando a Série LBI trazemos ao debate um assunto de extrema relevância: a prevenção do câncer de mama e o direito da mulher com deficiência em realizar a mamografia

O mês de outubro é marcado pela campanha de conscientização sobre o câncer de mama, com o objetivo de alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente, de colo do útero, mas essa campanha tão essencial alcança as mulheres com deficiência?

Ousamos a responder que não e por diversas razões. As campanhas publicitárias não focam, muito menos destacam a mulher com deficiência, e sem esta abordagem direta e clara, esta mulher não adere ao outubro rosa. É a falta da tal representatividade, que queiram ou não, faz a diferença em qualquer reconhecimento de direito.

A mulher com deficiência tem a mesma probabilidade de ter um câncer de mama e tem menos oportunidade na realização da prevenção, diagnóstico e tratamento do problema.

Vejam, a peregrinação da mulher com deficiência começa na busca à assistência médica. Quantas salas de exames estão preparadas para atender as especificidades desta mulher? Do ambiente físico aos obstáculos comunicacionais, tudo é difícil neste atendimento, esta é a verdade nua e crua.

E os mamógrafos? São adaptados para as mulheres com deficiências? Poucos, sabemos. Já imaginaram uma mulher com tetraplegia que vai realizar a mamografia e escuta do profissional “ A senhora não consegue ficar de pé só um pouquinho?” Creia, acontece. São relatos da vida real.

Em 2016, foi editada uma Lei que garante às mulheres com deficiência as condições adequadas para prevenir e tratar os cânceres de mama e de colo do útero, no âmbito do SUS, é a Lei Nº 13.362/2016. Já são três anos de vigência desta lei e as dificuldades de acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento permanecem e a invisibilidade nas campanhas, também.

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Sob forte reflexo luz, duas mulheres brancas conversam. Uma está sentada em cadeira de rodas, de costas para a fotografia, e tem cabelos cantanhos amarrados. A mulher que está de frente para o fotógrafo tem cabelos castanhos com luzes, presos atrás da cabeça. Ela veste jaleco branco, com um pequeno laço rosa acima do bolso, está sorrindo, e tem um estetoscópio pendurado ao pescoço. Foto: Shutterstock

Outubro Rosa e a Mulher com Deficiência: LBI

Na linha da atenção integral à saúde da mulher com deficiência, temos também os direitos assegurados na LBI – Lei Brasileira de Inclusão (Nº 13.146/2015) que de igual modo, estão sendo ignorados, como o direito à acessibilidade, o desenho universal e tecnologia assistiva ou ajuda técnica.

A LBI assegura à pessoa com deficiência, o direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sem que ela sofra qualquer discriminação. Ora, o SUS, e mesmo a rede privada de saúde quando não oferecem amplo acesso a realização de exames necessários a prevenção e diagnóstico do câncer de mama, trata a mulher com deficiência de forma distinta, restrita e com exclusão de oportunidade. 

“Pouco importa, se estas práticas, são por omisso ou ação, para o Estatuto da Pessoa com Deficiência, estes atos são discriminatórios e, portanto, delitos penais, conforme reza o artigo 88”.

Vamos além? A LBI diz que a pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante. A não disponibilização dos mamógrafos adaptados não configura negligência à saúde da mulher com deficiência?

Por fim, o artigo 18, da LBI dispõe que será  assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário.

Notem, caros leitores, que a inclusão e cidadania da mulher com deficiência no outubro rosa não é observada, que mesmo a LBI e a Lei 13.362/2016 não garantem o direito à saúde desta mulher e que apesar de algumas tímidas campanhas voltadas ao segmento, elas não são capazes de abrir os olhos da sociedade para esta completa invisibilidade. Por isso, a nossa reflexão objetiva trazer consciência social e lembrar que as mulheres com deficiência têm voz, vez e direitos. 

“Por isso garota, se toca e não aceite ser esquecida. O Outubro Rosa também é seu!”

Fonte  https://jornalistainclusivo.com/outubro-rosa-e-a-mulher-com-deficiencia/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Mercado de trabalho PCD: DF chega a 25% de inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Média nacional é de 12%

Em meio a pandemia de Covid-19 e as consequências que ela trouxe para todos os setores da sociedade, o Distrito Federal atingiu uma importante marca no que diz respeito ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência: entre os meses de janeiro e setembro deste ano, 2.326 vagas foram reservadas para este público em específico, e 604 foram preenchidas, o que corresponde a 25,9% do total.

“Para nossa grata surpresa, nós atingimos um patamar com criação de mais de duas mil vagas nesse período e com a inserção acima dos índices nacionais: nós atingimos 25%, enquanto a média nacional é de 12%. Muitas empresas dentro do DF estão criando oportunidades para essas pessoas, às quais somos muito gratos”, comemora o secretário executivo da Secretaria de Trabalho (Setrab), Ivan Alves dos Santos.

O resultado expressivo é fruto de uma união entre a Setrab e a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD), que combinaram esforços para potencializar vagas para este público em específico. A Agência do Trabalhador da Estação 112 Sul do metrô é a unidade especializada em acolher pessoas com deficiência, por ter 100% de acessibilidade e também por contar com a Central de Interpretação de Libras, que auxilia os deficientes auditivos na tradução e interpretação dos atendimentos.

Um dos beneficiados com esta integração de esforços foi Daniel Avelino dos Santos, de 19 anos, morador do Varjão. Ele é deficiente auditivo desde os seis meses de idade e conseguiu, via Agência do Trabalhador da 112 Sul, ser chamado para duas vagas de emprego como repositor de mercadorias. “Aqui é mais fácil, porque tem o apoio dos intérpretes para procurar as empresas e aí pegar a carta de encaminhamento”, conta.

No Brasil, o artigo 93 da Lei nº 8.213/91 estabelece que empresas com 100 ou mais empregados devem reservar uma parcela de seus cargos, entre 2% e 5% (a depender do tamanho do quadro de funcionários), para pessoas com deficiência.

Acessibilidade, parceria e resultados

A secretária de Pessoa com Deficiência, Rosinha do Adefal, explica quais são os procedimentos para esta política pública de geração de emprego: “Junto à Setrab, estamos fazendo ações mais específicas, através da Agência do Trabalhador, na captação de vagas e preparação das pessoas com deficiência para estarem mais aptas, e também uma orientação às empresas sobre aquilo que elas precisam investir em tecnologias, melhorias físicas, cursos de libras, entre outras coisas”.

O fator acessibilidade também é algo importante e que tem tido retorno na Agência do Trabalhador da 112 Sul, que se tornou referência no atendimento para pessoas com deficiência (PCD). “A Agência do Trabalhador que mais encaminha (PCD) para o mercado de trabalho é a nossa. Hoje essas pessoas já entenderam que, quando vem aqui, conseguem resolver várias coisas ao mesmo tempo”, conta Patrícia Ribeiro, gerente da unidade. Ela também ressalta a importância de ter a Central de Interpretação de Libras como parceira: “É fundamental. O nosso trabalho não seria possível sem eles, porque dependemos um do outro”.

“Isso vem a mostrar, inclusive para as outras unidades da federação, que a aplicação de algumas técnicas de atendimento a esse público podem render frutos lá na frente com o preenchimento das vagas”, finaliza o secretário executivo, Ivan Alves dos Santos.

Fonte: https://revistareacao.com.br/mercado-de-trabalho-pcd-df-chega-a-25-de-insercao-de-pessoas-com-deficiencia-no-mercado-de-trabalho-media-nacional-e-de-12/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Professor cria podcast que ensina matemática de forma simples a deficientes visuais

Ser professor é mais do que transmitir conhecimento, é também estimular pessoas com dificuldade de aprendizagem a vencer seus próprios limites e esta história é a prova disto.

Aos 73 anos, o professor de matemática João Vinhosa criou um projeto pra lá de inspirador para ensinar a matéria para pessoas com deficiência visual.

Tudo começou no ano passado, quando ele deu aulas online para um grupo de cegos de Cascavel, no Paraná.

Após perceber o sucesso de seu empreendimento, ele então decidiu criar o projeto ‘Matemática em Conta-Gotas’, que já publicou 4 episódios de curta duração e é capaz de fazer o aluno compreender coisas que antes ele considerava impossível.

Para o professor, nem todas as pessoas são iguais e o processo de aprendizado precisa se moldar à necessidade de cada um.

“O aluno despreparado é, compreensivelmente, impaciente. Isto obriga o professor a motivá-lo logo nos primeiros instantes de cada aula, sob pena de não conseguir a sua atenção”, explica.

Em 2019, quando João criou o grupo de estudos à distância de matemática para pessoas com deficiência visual – ‘Entenda Matemática CVL’, ele costumava se reunir com mais 5 alunos do Núcleo de Apoio às Pessoas com Deficiência Visual da biblioteca municipal de Cascavel em uma reunião online.

O grupo era formado por pessoas com média de 35 anos de idade, sendo que 3 tinham formação superior.

No entanto, o que era comum entre eles era a falta de afinidade com a matemática, justamente porque ela foi lhes apresentada de maneira “errada” durante a escola.

Com o tempo ele foi adaptando o conteúdo de maneira a ser facilmente assimilado por pessoas com deficiência visual.

Na programação especial, ele lembrou de dar atenção à coisas óbvias, mas frequentemente negligenciadas.

O objetivo maior do professor é, em primeiro lugar, tirar aquele trauma que muita gente tem da matemática e mostrar que qualquer pessoa pode compreender este universo.

Segundo João, este trauma pode causar um bloqueio. “O aluno despreparado, na maioria das vezes, sofre de ‘trauma de matemática’, mal psicológico ocasionado pela suposta incapacidade de aprender a matéria. Tal trauma, se não for adequadamente tratado, provoca o bloqueio mental e impede o aprendizado da disciplina”, explica.

Sendo assim, logo nos primeiros minutos do curso ele convence o aluno de que ele á capaz de entender certas coisas.

Estimulado pelo sucesso do grupo de Cascavel, nasceu o podcast ‘Matemática em Conta-Gotas’ em janeiro deste ano.

Dividido em capítulos separados em vários áudios com aproximadamente 10 minutos de duração cada, todo o material, áudios e textos, são liberados gratuitamente, à medida que forem sendo produzidos.

Para acessar os episódios já produzidos, basta acessar o link – https://www.podalong.com/PSPro/episodes

Fonte  https://revistareacao.com.br/professor-cria-podcast-que-ensina-matematica-de-forma-simples-a-deficientes-visuais/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

30/10/2020

Senadora Mara Gabrilli quer discussão científica e sem ideologias no PL da Cannabis

Senadora defende que a interação de todos os princípios ativos da Cannabis é essencial para muitas condições e doenças (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)

Charles Vilela

Ela é uma das maiores defensoras da Cannabis medicinal no Congresso Nacional e conhece o assunto como poucos parlamentares no Brasil. Mas o que faz a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) defender o tema de modo vibrante, e muitas vezes com forte dose emocional, é o fato de ela conhecer por experiência pessoal os benefícios da Cannabis medicinal. Mara, que ficou tetraplégica por conta de uma lesão medular ocorrida há 25 anos, revela que teve muitos avanços em seu tratamento desde que começou a fazer uso da Cannabis medicinal. 

>>> Conheça na íntegra o projeto de legalização da Cannabis medicinal e industrial no Brasil

Em setembro do ano passado, numa audiência no Senado Federal, ela disse que se estava conseguindo trabalhar era por conta dos remédios à base de Tetraidronabidiol (THC). “Eu mexo muito pouco do pescoço para baixo, mas eu mexo muito mais do que eu já mexi um dia, porque eu era uma pessoa deitada, que respirava numa máquina, que não falava, que não sentava, que não sentia e que não se mexia”, disse ela à época. 

Senadora discursando na Comissão de Direitos Humanos e Legislação do Senado, em setembro de 2019

Nesta entrevista exclusiva concedida ao Sechat, portal dedicado à maconha medicinal e aos negócios da Cannabis, a senadora por São Paulo diz que o principal entrave para o substitutivo ao Projeto de Lei 399/2015 avançar na Câmara dos Deputados é que o tema está tomado por ideologia e a ciência está sendo deixada de lado. Mara critica o pedido de um grupo de senadores, liderados pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE) – que lançou um manifesto, solicitando ao Ministério da Saúde incorpore medicamentos a base de canabidiol para distribuição gratuita – e conta o que a motivou a propor horas depois uma indicação legislativa sobre o mesmo tema, mas, desta vez, com um amplo embasamento argumentativo. A seguir, confira a entrevista na íntegra: 

>>> Se plantio de Cannabis for aprovado, preço de medicamento no mercado deve ficar 50% mais barato

Sechat – Mesmo após um grupo de senadores ter entregue ao Ministério da Saúde a solicitação da incorporação de medicamentos à base de canabidiol no SUS, a senhora resolveu liderar um outro movimento, em sentido semelhante mas com outros objetivos. Por quais motivos?

Mara Gabrilli – A ideia foi fazer um contraponto ao manifesto apresentado pelo grupo de senadores sob a liderança do Senador Girão. A começar porque é um manifesto inverídico. Ele solicita que o SUS forneça medicamentos exclusivamente a base de canabidiol, o que sequer existe, pois ainda não é possível isolar unicamente, e completamente, a molécula de CBD. Até mesmo o Purodiol possui outros componentes, chamados de excipientes. Além disso, o documento desconsidera diversos estudos científicos.

A começar porque é um manifesto inverídico. Ele solicita que o SUS forneça medicamentos exclusivamente a base de canabidiol, o que sequer existe, pois ainda não é possível isolar unicamente, e completamente, a molécula de CBD.

O que milhares de brasileiros precisam é da Cannabis medicinal, que é o conjunto de canabinoides interagindo de forma eficaz entre si. Pessoas em diversos países do mundo já conseguem aliviar a sua dor com esses medicamentos. Aqui no Brasil, quem tem dinheiro consegue importar, mas o brasileiro pobre, não. A dor dessas pessoas não é diferente da das demais. Elas precisam e devem ter acesso a esses medicamentos e produtos derivados dos princípios ativos da planta.

>>> Não regulamentar a Cannabis medicinal é “requinte de crueldade” com as famílias, diz deputado

Sechat – Como a senadora considera o nível de conhecimento dos deputados e senadores sobre o tema Cannabis medicinal?

Mara Gabrilli – A maioria dos parlamentares ainda não tem conhecimento profundo sobre o tema. Conhecem o termo Cannabis medicinal, mas não entendem os efeitos positivos que cada substância pode gerar em cada paciente. Por exemplo, um óleo de cannabis mais rico em CBD pode beneficiar pessoas com epilepsia refratária e convulsões. Mas quem tem esclerose múltipla, tipos raros de câncer, dores neuropáticas ou espasmos, talvez se beneficiem mais com um óleo mais rico em THC. A interação de todos os princípios ativos da Cannabis é essencial para muitas condições e doenças.

A interação de todos os princípios ativos da Cannabis é essencial para muitas condições e doenças.

No ano passado, quando votamos uma sugestão de iniciativa popular na comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, elaboramos uma cartilha com informação e dados científicos para distribuir aos senadores. Com base na informação, conseguimos virar o jogo e aprovar uma proposta que já era tida como derrotada. A sugestão popular virou um projeto de lei (PL 5295/2019), que hoje tramita no Senado Federal. Ainda existe muito preconceito em relação ao tema e, infelizmente, muita fake news rolando para desinformar. O assunto precisa ser mais debatido na sociedade e no parlamento. Com informação de qualidade, tenho certeza que vamos seguir os passos dos países mais desenvolvidos do mundo e conseguir aprovar uma regulamentação da cannabis medicinal no Brasil.

>>> PL da Cannabis parece ter ganho simpatia de representantes do agronegócio

Sechat – Se o substitutivo ao Projeto 399/2015 tratasse apenas sobre Cannabis medicinal, a senadora acredita que teria mais chances da discussão avançar na Câmara e no Senado?

Mara Gabrilli – Primeiro é preciso esclarecer que o projeto não trata de cannabis para fins recreativos. Fala-se de plantio cannabis para fins medicinais, veterinários e industriais. Mesmo que não restritos ao fim medicinal, haveria dificuldades. Temos hoje uma bancada ideológica, alinhada ao governo federal, repleta de preconceito e que propaga desinformação. Negar os efeitos medicinais da cannabis sob o pretexto de liberação e incentivo ao tráfico é o retrato da hipocrisia de quem jamais precisou olhar nos olhos de uma criança pobre tendo crises convulsivas.

Temos hoje uma bancada ideológica, alinhada ao governo federal, repleta de preconceito e que propaga desinformação.

>>> Em manobra contra o PL 399/2015, 29 senadores pedem medicamentos com canabidiol pelo SUS

Sechat – Por ser usuária de Cannabis medicinal, a senadora pretende assumir o papel de ser a principal interlocutora (com conhecimento de causa) na discussão do tema entre a sociedade e o Congresso Nacional?
Mara Gabrilli – 
Não tenho essa pretensão. Como senadora sei da minha importância na discussão dessa pauta. Quero fazer parte dessa discussão e dar minha contribuição. Mas temos diversos parlamentares engajados e com bastante conhecimento. Na Câmara, por exemplo, temos Paulo Teixeira (PT), Carla Zambelli (PSL), Marcelo Freixo (PSOL), Eduardo Costa (PTB), Marcelo Calero (Cidadania), Luciano Ducci (PSB), Zacharias Calil (DEM), Tiago Mitraud (Novo), Bruno Cunha Lima (PSDB) e outros. É uma pauta nacional e suprapartidária.

Quero fazer parte dessa discussão e dar minha contribuição. Mas temos diversos parlamentares engajados e com bastante conhecimento.

>>> Cannabis medicinal e cânhamo poderão gerar US$ 3 bi em investimentos

Sechat – Na opinião da senhora, quais os principais entraves para o substitutivo ao PL 399/2015 avançar no Congresso Nacional e como remover esses obstáculos?

Acima de tudo, há preconceito e desinformação. Existe resistência do governo federal e de uma ala ideológica no Congresso Nacional. Precisamos sair do campo das ideologias e fazer uma discussão baseada em evidências científicas. Se isso acontecer, tenho certeza que conseguiremos aprovar o projeto.

Precisamos sair do campo das ideologias e fazer uma discussão baseada em evidências científicas.

Fonte  https://sechat.com.br/senadora-mara-gabrilli-quer-discussao-cientifica-e-sem-ideologias-no-projeto-da-cannabis/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

30/10 – Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), 20 milhões de brasileiros podem sofrer com os efeitos do reumatismo. As doenças reumáticas estão relacionadas às articulações, aos músculos, ligamentos ou ao sistema imunológico e podem acometer crianças, jovens, homens e mulheres em qualquer etapa da vida. A incidência é maior em mulheres, que representam 60% dos casos no País.

Ao todo são mais de 120 doenças reumáticas. As mais comuns são: osteoartrite (artrose), fibromialgia, osteoporose, gota, tendinites e bursites, febre reumática, artrite reumatoide e patologias que acometem a coluna vertebral. Algumas doenças reumáticas podem comprometer outras partes e funções do corpo humano, como rins, coração, pulmões, olhos, intestino e até a pele.

Para a médica e professora da disciplina de Reumatologia da Universidade Santo Amaro (Unisa), Virgínia Fernandes Trevisani, é importante estar atento aos sintomas e buscar orientação de um profissional da saúde para o tratamento adequado. “Dores e inchaço nas articulações, vermelhidão e dificuldade para se movimentar ao acordar podem ser indicadores de que algo não está bem”, explica a médica.

Fonte  https://revistareacao.com.br/30-10-dia-nacional-de-luta-contra-o-reumatismo/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Decisão do STF reconhece direito de pais de crianças menores de 12 anos e de pessoas com deficiência à prisão domiciliar

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu na última terça-feira , 20/10, por unanimidade, conceder prisão domiciliar a presos preventivos que sejam os únicos responsáveis pelos cuidados de crianças menores de 12 anos e de pessoas com deficiência. Cada caso será julgado individualmente.

Em julgamento de Habeas Corpus coletivo apresentado pela Defensoria Pública da União, o voto do ministro Gilmar Mendes, relator do caso, foi acompanhado pelos colegas Edson Fachin, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

Advogados elogiaram a medida que, segundo eles, vai ao encontro da legislação.

Para o advogado criminal Conrado Gontijo, doutor em Direito Penal pela USP, o STF deu cumprimento efetivo a um dispositivo já previsto no Código de Processo Penal.

“A decisão do STF não tem uma aplicabilidade automática, será necessário em cada caso concreto a comprovação efetiva e documental que a pessoa é responsável por cuidar, de fato, de uma pessoa com deficiência ou um menor de 12 anos”, explica Gontijo.

“Existem algumas situações que não estão abrangidas na decisão, que é o caso de pessoas presas por crimes violentos, de grave ameaça ou que estejam presas por crimes praticados contra essas mesmas crianças e PCD que, em tese, teriam o dever de cuidar.”

O criminalista acrescenta ainda que as mulheres presas na mesma situação também são beneficiadas com a decisão. Em 2018, a 2ª Turma já havia concedido o mesmo benefício a elas.

“O Código de Processo Penal garante também esse direito às mulheres.  E o próprio Supremo garantiu, em um HC coletivo, que as mulheres sejam postas em regime de prisão domiciliar, em substituição à prisão preventiva”, lembra Gontijo.

O criminalista ressalta que o que o STF fez foi garantir aos homens esse mesmo direito. “É importante mencionar que essa decisão não tem a finalidade de proteger a pessoa presa, que migrará de um regime mais rígido, mas resguardar e tutelar os interesses de crianças e PCD que não têm outra pessoa que lhes possa cuidar. Ou seja, a decisão é para beneficiar a criança e a pessoa com deficiência. Esse direito está garantido na legislação de forma explícita. E ao determinar que essas pessoas possam migrar para o regime domiciliar, o STF está apenas exigindo o cumprimento da legislação”, conclui.

Daniel Bialski, mestre em Processo Penal pela PUC-SP, membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e sócio de Bialski Advogados, também aprovou a decisão do Supremo.

“Decisão acertada e que servirá de guia para que as instâncias inferiores possam adequar os casos às situações excepcionais porque efetivamente esse princípio humanitário merecia maior amplitude”, disse Bialski.

Já Cecilia Mello, sócia do Cecilia Mello Advogados, criminalista que atuou por 14 anos como juíza federal no TRF-3, afirma que esse posicionamento era buscado havia tempo — e mais densamente desde o início da pandemia.

“A igualdade de gênero é um direito de mão dupla e deve ser reconhecido em todas as circunstâncias, mesmo porque é um preceito constitucional. Dessa forma, tal como já havia sido reconhecido pelo STF em relação às mães, absolutamente correta a aplicação do mesmo preceito a todos os presos”, opina Cecilia.

André Damiani, criminalista especializado em Direito Penal Econômico e sócio fundador do Damiani Sociedade de Advogados, destaca o caráter humanitário da medida.

“Essa decisão merece aplausos: é equilibrada e humana. Prioriza a dignidade da família com menores e PCD, especialmente vulneráveis ao encarceramento dos seus entes mais próximos. Conforme destacou o STF, é dever do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, saúde, alimentação, educação, ao lazer, profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária”, comenta Damiani.

Para Claudio Bidino, sócio do Bidino & Tórtima Advogados e mestre em Criminologia e Justiça Criminal pela Universidade de Oxford, a decisão também é digna de elogios.

“A substituição da prisão preventiva pela domiciliar nessas hipóteses não visa beneficiar os homens ou mulheres que estão no cárcere, mas, sim, as crianças que dependam exclusivamente deles. Ao estender os efeitos da decisão proferida no HC 143.641 para todos aqueles que porventura sejam os únicos responsáveis por crianças até 12 anos ou pessoas com deficiência, independentemente de serem pais ou mães, o Supremo mais não fez do que dar efetivo cumprimento ao dever estatal de proteção das crianças e PCD, previsto, desde logo, no artigo 227 da Constituição”, diz Bidino.

Ainda segundo o advogado, “é preciso que os nossos tribunais continuem atentos aos danos colaterais que normalmente emanam da prisão cautelar ou mesmo definitiva, para que essas medidas, de fato, não venham ultrapassar a pessoa investigada, acusada ou condenada pela prática de um crime”.

Abaixo o link com a íntegra do voto do relator Ministro Gilmar Mendes do HC 165.704

Fonte: https://revistareacao.com.br/decisao-do-stf-reconhece-direito-de-pais-de-criancas-menores-de-12-anos-e-de-pessoas-com-deficiencia-a-prisao-domiciliar/
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

29/10/2020

Atores e Atrizes PCD se unem em campanha de conscientização

Uma campanha pelas redes sociais mostra um vídeo com a participação de Sara Bentes, Felipe Rodrigues, Jeffinho Farias, Aline Prado, Vanessa Rodrigues, Cleber Tolini, Analu Faria, Oscar Capucho, Moira Braga, Marina Ohlavrac e Edgar Jacques.

Todos são atrizes e atores que participam da campanha #InclusãoEmCena. 
“Precisamos do apoio e da participação de todos vocês para compartilhar este vídeo e fazer esta conscientização chegar ao maior número possível de profissionais do teatro, do cinema e da TV.  Eu e toda essa galera linda, representando tantas outras pessoas talentosas e dedicadas, contamos com vocês. Está na hora de quebrarmos todos os paradigmas que representam barreiras no caminho rumo a um mundo mais justo e respeitoso”, afirma a cantora e atriz Sara Bentes.

No vídeo, os participantes citam que uma das emissoras brasileira de televisão está trabalhando na produção de uma nova novela, onde um dos personagens será deficiente visual, mas que será interpretado por um profissional sem deficiência. 

#Paratodosverem

vídeo mostra várias atrizes e vários atores, cada um na sua casa,
falando na seguinte ordem: Sara Bentes, Felipe Rodrigues, Jeffinho
Farias, Aline Prado, Vanessa Rodrigues, Cleber Tolini, Analu Faria,
Oscar Capucho, Moira Braga, Marina Ohlavrac e Edgar Jacques. No fim,
sobre tela preta e com letras brancas, o nome da campanha:


#InclusãoEmCena
Gratidão e um forte abraço!
Sara Bentes

Fonte  https://revistareacao.com.br/atores-e-atrizes-pcd-se-unem-em-campanha-de-conscientizacao/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO