23/02/2018

ENTREVISTA: Tuca Munhoz comenta sobre prorrogação de prazo para ônibus rodoviários se tornarem acessíveis

Enquanto em outros países o conforto do cadeirante é prioridade, no Brasil normas desde 2015 são postergadas frequentemente por pressão de empresas e fabricantes
“A questão da acessibilidade para as pessoas com deficiência, entendo, deve ser vista enquanto um Direito Humano. A visão, ainda predominantemente assistencialista de nossa sociedade, ainda a entende como um favor, ou quando muito, como uma pequena concessão”
ALEXANDRE PELEGI
Em matéria publicada no dia 19 de julho, noticiamos que foi adiado pela quarta vez o prazo para que os ônibus rodoviários saiam de fábrica com plataformas elevatórias para pessoas portadoras de deficiência, em lugar das desconfortáveis atuais cadeiras de transbordo. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/07/19/adiado-mais-uma-vez-prazo-para-onibus-rodoviarios-acessiveis-sairem-de-fabrica/
Naquele mesmo dia procuramos entrevistar não apenas alguns fabricantes, como também lideranças na representatividade da pessoa com deficiência. Meli Malatesta, presidente da Comissão Técnica de Mobilidade a Pé e Acessibilidade da ANTP, nos auxiliou nessa tarefa, e encaminhou algumas perguntas do Diário do Transporte para pessoas que têm forte liderança no tema acessibilidade.
Ouvimos primeiramente o gerente de Marketing da IVECO BUS para a América Latina, Gustavo Serizawa, que classificou o adiamento como uma “decisão lamentável”. Gustavo completou: “novamente quem paga é o cidadão que possui algum tipo de dificuldade de locomoção”.
Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/07/21/entrevista-prorrogacao-de-prazo-para-onibus-rodoviarios-se-tornarem-acessiveis-e-lamentavel/
tuca_munhoz_2Reproduzimos agora a entrevista que realizamos com Tuca Munhoz, que já foi Secretário-adjunto da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo na gestão passada e agora assessora a SPTrans em assuntos de acessibilidade ao transporte público coletivo. Ao longo da semana traremos a opinião de outras lideranças representativas no tema da acessibilidade.
Diário do Transporte: Qual a visão das entidades que representam pessoas com deficiência sobre estes constantes adiamentos?
Tuca Munhoz – A questão da acessibilidade para as pessoas com deficiência, entendo, deve ser vista enquanto um Direito Humano. A visão, ainda predominantemente assistencialista de nossa sociedade, ainda a entende como um favor, ou quando muito, como uma pequena concessão. Então, quando a acessibilidade é negada, e nos é cotidianamente, isso não é visto por toda a sociedade como um acinte, uma agressão, a um direito humano fundamental para as pessoas com deficiência.
Diário do Transporte: Quais as ações destas entidades a respeito?
Tuca Munhoz – Desconheço, ainda, quais ações serão tomadas por essas entidades. Mas, dado ao repetido desrespeito desse tema especificamente creio que ações mais radicais e com maior visibilidade devam ser tomadas. Manifestações em frente às empresas, à ABNT, Ministério Público e outros.
Diário do Transporte: Quais as principais dificuldades e desconforto das cadeiras de transbordo?
Tuca Munhoz – A cadeira de transbordo é de fato um “quebra galho” de péssima qualidade. O pessoal das rodoviárias não está preparado para usá-la, ela não se presta à todas as pessoas com deficiência, é desconfortável, insegura e principalmente: não oferece, não propicia uma situação de dignidade no embarque e desembarque das pessoas com deficiência.
Diário do Transporte: O que pode ser feito para que o prazo seja antecipado ou para que em 2018 não seja adiado de novo?
Tuca Munhoz – Repito: se fazem necessárias ações mais radicais e incisivas dos movimentos das pessoas com deficiência. Nos anos oitenta várias manifestações de pessoas com deficiência foram realizadas em frente às estações do Metrô para que se tornassem acessíveis. Apesar da resistência dessa empresa, que durante uma década recorreu à justiça, hoje o Metrô pode ser utilizado por todas as pessoas com deficiência. Ainda com muito a aprimorar, mas já pode ser considerado um meio de transporte acessível.
O mesmo deve ser feito em relação à acessibilidade nos ônibus rodoviários: manifestações, ações junto ao Ministério e Defensoria Pública, etc.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transporte
Fonte: https://diariodotransporte.com.br/2017/07/24/entrevista-tuca-munhoz-comenta-sobre-prorrogacao-de-prazo-para-onibus-rodoviarios-se-tornarem-acessiveis/
Postado Por: Antônio Brito

10/02/2018

FESTIVAL DE PRÊMIOS DE TABIRA COM PARTE DA RENDA EM PROL DA ADET, FAÇA A SUA PARTE, PARTICIPE!



"SORTE TEM
QUÉM ACREDITA NELA"

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PODERÃO REGISTRAR SUA CONDIÇÃO NA CARTEIRA DE IDENTIDADE

 

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou, nesta quarta-feira (7), projeto de lei (PLS 346/2017) do senador Hélio José (PROS-DF) que permite às pessoas com deficiência o registro de sua condição na cédula e no documento nacional de identidade (DNI). A inserção da expressão “pessoa com deficiência” na carteira de identidade só será feita a pedido do interessado. O projeto também abre a possibilidade de se especificar o tipo de deficiência, sempre a critério do cidadão. A especificação deverá seguir o parâmetro de avaliação biopsicossocial estabelecido pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência/Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei nº 13.146/2015) O projeto estabelece ainda que a menção à deficiência na cédula de identidade terá fé pública. Mas resguarda a possibilidade de avaliação do cidadão para fins de obtenção de benefícios. As medidas contidas no projeto levarão 90 dias para entrar em vigor após sua transformação em lei. Ao justificar a proposta, Hélio José observou que a inserção desse registro na carteira de identidade (e futuramente no DNI, criado pela Lei nº 13.444/2017) servirá como prova da condição da pessoa com deficiência perante entidades públicas e privadas. A intenção é evitar, conforma salientou, “a imposição de exigências extras e arbitrárias que dificultem à pessoa com deficiência o exercício de seus direitos”. O relator, senador Romário (PODE-RJ), considerou a iniciativa meritória e sugeriu modificações na redação, para listar os tipos de deficiência a serem especificados no documento de identificação: física, auditiva, visual, mental ou intelectual. “É chegada a hora de estender à pessoa com deficiência o desembaraço de que gozam as pessoas ditas ‘normais’ na consecução de suas metas e na obtenção de seus direitos no dia-a-dia. A pronta comprovação da deficiência, em documento tão simples e de ágil apresentação como o são a cédula de identidade e o DNI, abrirá inúmeras portas às pessoas com deficiência, sedentas que estão de inclusão plena”, ressaltou o relator no parecer. O PLS 346/2017 agora segue para votação final na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Audiências Os senadores também aprovaram requerimento para discutir a situação dos refugiados venezuelanos que vêm chegando a Roraima há alguns anos. O governo local contabiliza 40 mil refugiados e pede socorro à União por não conseguir mais lidar com a imigração, relataram Telmário Mota (PTB-RR) e João Capiberibe (PSB-AP). O debate será conjunto entre CDH e Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Outras audiências foram aprovadas para debater a Doença de Parkinson; a situação dos aposentados e pensionistas; a reforma da Previdência e a nova tentativa de votação da proposta na Câmara dos Deputados. Além disso, ocorrerão dois ciclos de audiências públicas para tratar de “Discriminação e todo tipo de preconceito” e do “Estatuto do Trabalho”. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

06/02/2018

BLOCO DE CARNAVAL DE BELO HORIZONTE CRIA A CORDA INCLUSIVA PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.

Informação retirada do perfil da cantora Aline Calixto, no FaceBook

Pro carnaval ser completo, deve ser acessível a todos. 🎉

É por isso que, assim como no ano passado, também queremos fazer a nossa corda inclusiva em 2018, possibilitando às PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS curtirem o#BlocodaCalixto pertinho do trio, sem vucovuco, com mais espaço e conforto.

Vamos abrir esse espaço para aqueles que se CADASTRAREM PREVIAMENTE, manifestando a necessidade pelo nosso e-mail: contato@alinecalixto.com.br
Um beijo e espero vocês nesse carnaval só love, só love para TODOS! 💗


➡Nosso desfile será dia 10/02, com concentração a partir das 12h na Rua Professor Morais (entre Av. Afonso Pena e Av. Getúlio Vargas). O percurso será por toda a Av. Getúlio Vargas, até o quarteirão fechado da Praça da Savassi.
#BlocodaCalixto #carnavalizabh #sólovesólove#existeamoremBH #carnavalBH

Fonte: https://tudobemserdiferente.wordpress.com/2018/02/06/bloco-de-carnaval-de-belo-horizonte-cria-a-corda-inclusiva-para-pessoas-com-necessidades-especiais/

Postado Por: Antônio Brito

26/01/2018

As próteses mecânicas mai estilosas que você já viu


Tecnologia e design a favor de uma vida melhor.
A perda de um membro do corpo certamente não é uma situação simples para ninguém. Seja por culpa de um acidente, de uma doença grave ou mesmo por condição genética, as pessoas que sofrem a perda de uma perna, por exemplo, precisam conhecer novamente a capacidade do seu corpo e se superar a cada dia. Graças à medicina, existem algumas soluções úteis como as próteses mecânicas.
Porém, por mais que sejam úteis, geralmente as “pernas substitutas” tentam imitar o corpo humano, reproduzindo cores, formas e em alguns casos, até a textura da pele.
Contrariando esta teoria, o designer Scott Summit criou um estúdio para fabricar próteses assumidamente mecânicas, transformando um recurso da medicina em uma peça autoral. Através do molde 3D da perna real do paciente, Scott cria a base do novo membro sintético. A partir daí, a peça é projetada com base em gostos, histórico e informações pessoais. Todo o Design e o material utilizado servem para realizar este mix entre ergonomia e estética, obtendo resultados incríveis.
O preço final varia entre 4 e 6 mil dólares. E cada criação  é única.
Veja alguns exemplos:
Scott Summit
Summit se baseou nas tattoos de um dos seus clientes para criar sua prótese com os mesmos desenhos reproduzidos em impressão 3D.
Scott Summit
Jim sofreu um acidente de moto e perdeu uma das pernas. O tema serviu de inspiração para o design final.
Impressão 3D com textura similar às rendas artesanais.
Você pode saber mais no site do estúdio Bespoke Innovations.

Fonte: http://www.cutedrop.com.br/2013/08/as-proteses-mecanicas-mais-estilosas-que-voce-ja-viu/

Postado Por: Antônio Brito

15/01/2018

SEGURIDADE SOCIAL REDUZ IDADE PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA SER DECLARADA IDOSA


A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou projeto de lei que classifica como idosa a pessoa com deficiência a partir dos 50 anos (PL 1118/11). O projeto recebeu parecer favorável da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), que apresentou um substitutivo.
Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Sessão Solene em Homenagem aos Noventa Anos da Associação Brasileira de Enfermagem. Dep. Carmen Zanotto (PPS-SC)
Zanotto ressalta que o curso de vida de uma pessoa com deficiência se difere em razão das condições físicas, psicológicas, sociais e ambientais que tem de enfrentar
O texto original, de autoria do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), determina que a pessoa com deficiência seja considerada idosa com idade igual ou superior a 45 anos.
A proposta modifica o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), que considera idosa a pessoa a partir dos 60 anos. O projeto aprovado, na prática, estende a rede de proteção do estatuto aos deficientes quando estes completarem 50 anos.
Envelhecimento precoce
O projeto, segundo a deputada, é um reconhecimento de que as pessoas com deficiência sofrem envelhecimento prematuro e devem ser tratadas de forma diferente dos que não tem deficiência.
“Se as limitações funcionais ou as doenças associadas ao envelhecimento afetam as pessoas sem deficiência por volta dos 70 anos, as pessoas com deficiência experimentam essas situações cerca de 20 a 25 anos mais cedo”, disse Zanotto.
Ela lembrou que a redução da idade para o deficiente ser classificado como idoso foi defendida em audiência pública realizada na Câmara.
Exame
A versão aprovada na Comissão de Seguridade determina ainda que o limite de idade (50 anos ou mais) para ser considerado idoso poderá ser reduzido mediante avaliação feita com base nos critérios estabelecidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15).
O estatuto determina que a avaliação da deficiência será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará, entre outros aspectos, os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; e a limitação no desempenho de atividades.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora nas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.